segunda-feira, abril 06, 2015

Há 630 anos as Cortes de Coimbra deram um novo Rei a Portugal

(imagem daqui)

De acordo com a decisão tomada pelo Mestre de Avis, pelos nobres e representantes do povo reunidos no mosteiro de São Domingos de Lisboa e a conselho de D. Nuno Álvares Pereira, convocou o primeiro, na qualidade de Defensor do Reino, as cortes de Coimbra nos Paços de El-Rei naquela cidade, para 6 de abril de 1385, com a seguinte ordem de trabalhos:
  • atribuições da coroa;
  • o financiamento da guerra;
  • a formulação dos capítulos que um dos três estados podia propor à resolução real.
O clero esteve representado pelo arcebispo de Braga, pelos bispos das principais cidades, pelo prior de Santa Cruz de Coimbra, por dois abades mitrados beneditinos, por Rui Lourenço, deão de Coimbra, e «outros prelados» entre os quais D. João de Ornelas, abade de Alcobaça. A nobreza, por setenta e dois fidalgos e muitos outros cavaleiros e escudeiros. E, como procuradores dos povos, os representantes de trinta e uma vilas e cidades. Antes de referir o que de fundamental se passou nestas cortes convém dizer em traços largos qual o panorama político-económico-social do País.
Alguns autores interpretam que os burgueses e os legistas apressaram o desmembramento da nobreza, quando promoveram e orientaram a revolução, aproveitando, ao que parece, uma experiência anterior, vivida escassos anos atrás, aquando dos tumultos de 1372, em que a «arraia-miúda» se manifestou contra o casamento de D. Fernando com D. Leonor Teles. Essa, sim, terá sido a verdadeira rebelião popular espontaneamente surgida, pois o povo não queria ver fortalecida, junto do rei, a posição da nobreza, a que estava ligada a nova rainha. Assim, o movimento dos mesteirais de Lisboa, capitaneado por Fernão Vasques, em 1372, terá ficado na memória da burguesia, mostrando-lhe bem a valia potencial das massas revoltadas, se estas viessem a ser orientadas para lhe servirem de instrumento para a consecução do papel político que era ambicionado pelos armadores e mercadores de Lisboa e do Porto.
Desencadeada essa força, a burguesia irá servir-se dela para se alcandorar, com o Mestre de Avis, à direcção superior do Reino, sendo, para isso, assistida pelos legistas, cujas concepções de Direito romano irão ajudar à consolidação do Estado.
A aceitação de um rei estrangeiro pelos Portugueses mostrava-se difícil.
Formaram-se logo três partidos:
Para seus membros, a independência do reino de Portugal estaria na tomada de posse do Mestre de Avis, e não poderiam ser elevados a representantes do reino a D. Beatriz de Portugal nem os infantes D. João e D. Dinis, filhos de D. Pedro I e de Inês de Castro - a primeira, porque era casada com D. João I de Castela; os segundos, porque já tinham participado de lutas ao lado dos castelhanos contra o reino de Portugal.
No que respeita ao clero, houve no início algumas figuras marcantes, como os bispo de Lisboa, bispo de Coimbra e bispo da Guarda (os dois primeiros, D. Martinho e D. João Cabeça de Vaca, eram castelhanos), que aderiram ao partido do rei de Castela. Mas o mesmo não aconteceu com outros, como o arcebispo de Braga, D. Lourenço Vicente que, sendo partidário da causa nacional, teve uma atitude patriótica ao longo de toda a crise e muito contribuiu para o triunfo final.
Em grande parte, a nobreza desta época alinhou com João I de Castela, que reclamava ser rei e senhor efectivo de Portugal pelo seu casamento com Beatriz e pela renúncia à regência de Leonor Teles de Meneses. Mas houve também fidalgos que tomaram o partido do mestre de Avis. Eram, no entanto, na sua maioria, das mais baixas camadas da nobreza. A única excepção de relevo verificou-se nas Ordens Militares, que se mantiveram quase todas do lado português. Assim, para além do povo e das baixas camadas da nobreza e respectivos homens de armas, o núcleo mais activo com que pôde contar o «Regedor e Defensor do Reino» foi constituído por uma classe média de burgueses e de artesãos.
No entanto nem todos os burgueses estavam de acordo com o célebre Álvaro Pais. Os grandes da cidade de Lisboa, chamados a ratificar a escolha do mestre de Avis para «Regente», mostraram-se hesitantes e tiveram de ser persuadidos pela rudeza do povo personificada num seu representante, o tanoeiro Afonso Anes Penedo.
Abertas as cortes, o dr. João das Regras, notável legista, omitindo o nome do seu candidato, refutou os possíveis direitos daqueles que se apresentavam como pretendentes ao trono de Portugal. Contra Beatriz e João I de Castela, a principal razão invocada foi a quebra pelo rei castelhano do tratado antenupcial de Salvaterra, de Março de 1383, e o facto de ser cismático. Mas a despeito de todos os seus argumentos, que visavam demonstrar que o trono estava completamente vago, os seguidores do infante D. João não se deram por vencidos, dizendo que era a ele que o reino pertencia de direito e sem qualquer dúvida. As discussões arrastavam-se, e então, de forma inesperada e arrasadora, o legista exibe e lê a carta em que o Papa Inocêncio VI se tinha recusado a legitimar os filhos do Rei D. Pedro e de D. Inês de Castro, fazendo cessar a oposição por parte de Martim Vasques da Cunha e dos outros apoiantes do infante D. João a que as Cortes elegessem um novo rei. João das Regras propõe então abertamente D. João, Mestre de Avis, para rei de Portugal, o qual é eleito «por unida concordança de todos os grandes e comum povo» (Fernão Lopes, Crónica de El-Rei D. João I, capítulo 191). Para reforçar a escolha no Mestre de Avis, D. Nuno entra na sala com vários escudeiros bem armados o que reforçou a eleição do Mestre de Avis. Começava assim uma nova dinastia.
Quanto ao «financiamento da guerra», os concelhos autorizaram um «pedido» de 400.000 libras. Seguiram-se os capítulos dos povos, na sua maioria de grande importância, e só a cidade de Lisboa apresentou 36. Os diplomas que despacham os capítulos das cortes têm a data de 10 de abril de 1385.

Stravinsky morreu há 44 anos

Ígor Fiódorovitch Stravinsky (Oranienbaum, 17 de junho de 1882Nova Iorque, 6 de abril de 1971) foi um compositor, pianista e maestro russo, considerado por muitos um dos compositores mais importantes e influentes do século XX. Foi o arquétipo do russo cosmopolita, escolhido pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do século. Além do reconhecimento que obteve pelas suas composições, ficou ainda famoso como pianista e maestro, estando nessa condição muitas vezes nas estreias das suas obras.


Rafael morreu há 495 anos

Rafael Sanzio, Autorretrato

Rafael Sanzio (em italiano: Raffaello Sanzio; Urbino, 6 de abril de 1483 - Roma, 6 de abril de 1520), frequentemente referido apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Também é conhecido por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi, Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio de Urbino. Juntamente com Miguel Ângelo e Leonardo Da Vinci forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.
Urbino era então capital do ducado do mesmo nome e seu pai, Giovanni Santi, pintor de poucos méritos mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro. Transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício. O duque, personificação do ideal renascentista do príncipe culto, encorajara todas as formas artísticas e transformara Urbino em centro cultural, a que foram atraídos homens como Donato Bramante, Piero della Francesca e Leone Battista Alberti.


domingo, abril 05, 2015

Mamma Mia...!


Layne Staley, o vocalista dos Alice in Chains, morreu há 13 anos

Layne Thomas Staley (Kirkland, Washington, 22 de agosto de 1967 – Seattle, Washington, 5 de abril de 2002) foi um músico americano conhecido por ter sido vocalista e co-compositor da banda Alice in Chains, a qual foi co-fundada por ele, ao lado do guitarrista Jerry Cantrell, em Seattle, Washington, em 1987. A banda alcançou a fama por ter feito parte do movimento grunge no início da década de 1990, e tornou-se conhecida pelo distinto estilo vocal de Layne, que também foi membro dos grupos Mad Season e Class of '99. Em meados de 1996, Staley desapareceu dos holofotes, e nunca mais se apresentou ao vivo. Ele lidou por muitos anos com depressão e uma severa dependência química, o que resultou na sua morte, em 5 de abril de 2002.


Agnetha Faltskog, dos ABBA, faz hoje 65 anos!

Agneta Åse Fältskog (Jönköping, 5 de abril de 1950) é uma cantora e compositora sueca, ex-integrante do grupo de música pop ABBA, entre 1972 e 1982.


sábado, abril 04, 2015

Música atual para geopedrados...


A Rainha D.ª Maria II nasceu há 196 anos

Dona Maria II, por William Charles Ross, 1852

Maria II de Portugal, de nome nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1819 - Lisboa, 15 de novembro de 1853) foi rainha de Portugal de 1834 a 1853. 


Era filha do rei D. Pedro IV de Portugal (Imperador do Brasil como D. Pedro I) e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria e irmã mais velha de D. Pedro II, imperador brasileiro, também filho de Pedro IV com Leopoldina. Foi cognominada de A Educadora ou A Boa Mãe, em virtude da aprimorada educação que dispensou aos seus filhos. Maria da Glória era loira, de pele muito fina, e olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31.ª Rainha de Portugal e dos Algarves aquando da abdicação do pai, de 1826 a 1828, e de 1834 a 1853.

Ceptro do dragão, feito para a aclamação da rainha Maria II, simbolizando a Coroa de Portugal, a carta constitucional de 1826, e um dragão emblemático da Casa de Bragança

Muddy Waters nasceu há 102 anos

McKinley Morganfield ou Muddy Waters (Condado de Issaquena, Mississippi, 4 de abril de 1913 - Westmont, Illinois, 30 de abril de 1983) foi um músico de blues norte-americano, considerado o pai dos Chicago Blues. Foi considerado o 49º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.


Afonso X, o avô de El-Rei D. Dinis, morreu há 731 anos

O Rei Afonso X, o Sábio, trajado com as armas de Leão e Castela, rodeado pelos seus cortesãos

Afonso X (em espanhol: Alfonso X), o Sábio (Toledo, 23 de novembro de 1221Sevilha, 4 de abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 até à sua morte, em 1284.

(...)

O infante cresceu com seus aios em Villaldemiro e em Celada del Camino e também passou parte de sua infância nas propriedades de seus cuidadores, em Allariz, onde aprendeu galaico-português que anos depois utilizou para escrever as Cantigas de Santa Maria. Ainda infante, o seu pai fê-lo participar na tomada de várias praças andaluzes, entre as quais Múrcia, Alicante e Cádis, na reconquista durante o reinado do seu pai, Fernando, o Santo.

(...)

Contribuições para a cultura
Como D. Dinis seu neto, Afonso X fomentou a actividade cultural a diversos níveis. Realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, idioma que adoptou como oficial em detrimento do latim. O objectivo seria desenvolver o vernáculo do seu reino, segundo o historiador Juan de Mariana.
A famosa escola de tradutores de Toledo juntou um grupo de estudiosos cristãos, judeus e muçulmanos. Foi principalmente nesta que se realizou o importantíssimo trabalho de traduzir para as línguas ocidentais os textos da antiguidade clássica, entretanto desenvolvidos pelos cientistas islâmicos. Estas obras foram as principais responsáveis pelo renascimento científico de toda a Europa medieval, que forneceria inclusivamente os conhecimentos necessários para o subsequente período dos descobrimentos. A verdadeira revolução cultural que impulsionou foi qualificada de renascimento do século XIII. Mas a obra que mais foi divulgada e traduzida no reinado deste intelectual foi a Bíblia.

Afonso foi também mecenas generoso do movimento trovadoresco, e ele próprio um dos maiores trovadores e poetas de língua galaico-portuguesa (a língua mais usada na lírica ibérica do século XIII), tendo chegado até nós 44 cantigas suas, de amor e principalmente de escárnio e maldizer. A sua obra mais reconhecida é as Cantigas de Santa Maria, cancioneiro sacro sobre os prodígios da Virgem Santíssima, num total de 430 composições, musicadas.
Também colaborou no El Libro del Saber de Astronomia, obra baseada no sistema ptolomaico. Esta obra teve a participação de vários cientistas que o rei congregara, e aos quais proporcionava meios de estudo e investigação, tendo mesmo mandado instalar um observatório astronómico em Toledo. Compôs as tabelas afonsinas sobre as posições astronómicas dos planetas, baseadas nos cálculos de cientistas árabes. Como tributo à sua influência para o conhecimento da astronomia, o seu nome foi atribuído à cratera lunar Alfonsus.
Outras obras com o seu contributo são o Lapidario, um tratado sobre as propriedades das pedras em relação com a astronomia e o Libro de los juegos, sobre temas lúdicos (xadrez, dados e tabelas - uma família de jogos a que pertence o gamão), praticados pela nobreza da época.


Martin Luther King foi assassinado há 47 anos

Martin Luther King Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 - Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político dos Estados Unidos. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um pastor batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. Ele liderou em 1955 o boicote aos autocarros de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como o seu primeiro presidente. Os seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez o seu famoso discurso "I Have a Dream".
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo o combate à desigualdade racial através da não violência. Nos próximos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu seu foco para incluir a pobreza e a Guerra do Vietname, com um discurso de 1967 intitulado "Além do Vietname".
King foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1977, e a Medalha de Ouro do Congresso, em 2004; o Dia de Martin Luther King, Jr. foi estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.

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Assassinato
Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul, o que culminou no seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis. James Earl Ray confessou o crime, mas, anos depois, repudiou a sua confissão. Encontra-se sepultado no Centro Martin Luther King Jr., Atlanta, Fulton County, Geórgia nos Estados Unidos. A viúva de King, Coretta Scott King, em conjunto com o resto da família do líder, venceu um processo civil contra Loyd Jowers, um homem que armou um escândalo ao dizer que lhe tinham oferecido 100.000 dólares pelo assassinato de King.

sexta-feira, abril 03, 2015

Leona Lewis - 30 anos!

Leona Louise Lewis, mundialmente conhecida simplesmente como Leona Lewis, (Londres, 3 de abril de 1985), é uma cantora e compositora britânica de pop e R&B, que alcançou sucesso após participar e ganhar a terceira temporada da série da televisão britânica The X Factor. Logo no início da sua carreira, Leona recebeu três nomeações para os Grammy Awards e possui uma estatueta do Ivor Novello Awards, duas do MOBO Awards, um MTV Asia Awards, um MTV Europe Music Awards, dois World Music Awards e dois Virgin Media Awards.


Aristides de Sousa Mendes morreu há 61 anos

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches (Carregal do Sal, Cabanas de Viriato, 19 de julho de 1885 - Lisboa, 3 de abril de 1954) foi um diplomata português, cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi , na Segunda Guerra Mundial. Sousa Mendes desafiou ordens expressas do ditador António de Oliveira Salazar, que acumulava a função de ministro dos Negócios Estrangeiros, e durante cinco dias concedeu milhares vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940.
Por muitos considerado um herói, Aristides de Sousa Mendes terá salvado dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Chamado de "o Schindler português", Sousa Mendes também teve a sua lista e salvou a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10 mil judeus. Mas segundo, Avraham Milgram historiador da Yad Vashem num estudo publicado em 1999 pelo Shoah Resource Center, International School for Holocaust Studies, a diferença entre o mito dos 30 mil vistos e a realidade é grande.
Os historiadores Avraham Milgam e Douglas Wheeler afirmam que a literatura popular tentou, com exagero, elevar a figura e os feitos de Sousa Mendes comparado-o com outras personalidades como a de Raoul Wallenberg. Tal é o caso, por exemplo, da biografia escrita por Rui Afonso: Um homem bom: Aristides de Sousa Mendes, o "Wallenberg português". Contudo Milgram e Wheeler afirmam que exceptuando o facto de que ambos eram diplomatas, Sousa Mendes e Wallenberg têm muito pouco em comum.

Bartolomé Esteban Murillo morreu há 333 anos

Autorretrato de Murillo

Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1618 - Cádiz, 3 de abril de 1682) foi um pintor barroco espanhol.


Sarah Vaughan morreu há 25 anos

Sarah Lois Vaughan (Newark, 27 de março de 1924 - Los Angeles, 3 de abril de 1990) foi uma cantora dos Estados Unidos de jazz, descrita por Scott Yanow como "uma das vozes mais maravilhosas do século XX".
Apelidada de "Sailor" (pelo seu discurso salgado), "Sassy" e "A Divina", Sarah Vaughan foi vencedora do Grammy e do NEA Jazz Masters, a "mais alta honra no jazz", atribuído pela National Endowment for the Arts em 1989.
A voz de Vaughan caracterizava-se pela sua tonalidade grave, pela sua enorme versatilidade e por seu controle do vibrato. Sarah Vaughan foi uma das primeiras vocalistas a incorporar o fraseio do bebop.


Brahms morreu há 118 anos

Johannes Brahms (Hamburgo, 7 de maio de 1833 - Viena, 3 de abril de 1897) foi um compositor alemão, uma das mais importantes figuras do romantismo musical europeu do século XIX.
Hans von Bülow faz referência a Brahms como um dos "três Bs da música", apelidando a sua primeira sinfonia como décima, fazendo referência à sua sucessão a Beethoven e sendo o outro compositor Johann Sebastian Bach.


quinta-feira, abril 02, 2015

Música de aniversariante de hoje...



João Paulo II morreu há dez anos...

João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em italiano: Giovanni Paolo II, em polaco: Jan Paweł II, nascido Karol Józef Wojtyła, em Wadowice, a 18 de maio de 1920 e falecido no Vaticano, a 2 de abril de 2005) foi o Papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até à sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história, depois dos papas São Pedro, que reinou cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco até à sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o neerlandês Papa Adriano VI em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e, talvez, em toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaísmo, Islão, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado pela sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, bem como pelo apoio ao Concílio Vaticano II e sua reforma das missas, também foi elogiado.
Foi um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em 1 de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano. Em 27 de abril de 2014, numa cerimónia inédita, presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo, juntamente com o Papa João XXIII; a sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.
 

Serge Gainsbourg nasceu há 87 anos

Serge Gainsbourg, registado com o nome de Lucien Ginzburg (Paris, 2 de abril de 1928 - Paris, 2 de março de 1991) foi um músico, cantor e compositor francês.
Gainsbourg escreveu canções para diversos intérpretes, de entre os quais se destacam Juliette Gréco, Françoise Hardy, France Gall, Brigitte Bardot, Jacques Dutronc, Catherine Deneuve, Alain Chamfort, Alain Bashung, Anna Karina, Isabelle Adjani, Vanessa Paradis e para a sua esposa Jane Birkin, mãe da sua filha Charlotte Gainsbourg.


Marvin Gaye nasceu há 76 anos


 Marvin Gaye visto pelo artista belga Willy Bosschem
Marvin Gaye (Washington DC, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay , Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. 


Hans Christian Andersen nasceu há 210 anos

Hans Christian Andersen (Odense, 2 de abril de 1805 - Copenhaga, 4 de agosto de 1875) foi um escritor e poeta de histórias infantis, nascido na Dinamarca.
Andersen era filho de um sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se poder instruir. No entanto, os seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhaga. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.
Publicou ainda: O Improvisador (1835), Nada como um menestrel (1837), Livro de Imagens sem Imagens (1840), O romance da minha vida (autobiografia em dois volumes, publicada inicialmente na Alemanha, em 1847), mas a sua maior obra foram os contos de fadas (Eventyr og Historier, ou Histórias e Aventuras) que publicou de 1835 a 1872, onde o humor nórdico se alia a uma bonomia sorridente, e onde usa simultaneamente a base constituída por contos populares e uma ironia dirigida aos contemporâneos.
 
(...)

Graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, a data de seu nascimento, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prémio internacional do género, o Prémio Hans Christian Andersen, tem o seu nome.
Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. Em 2003 foi lançado o filme A vida num conto de fadas (no original em inglês, Hans Christian Andersen: My Life as a Fairy Tale), no qual foi romanceada a história de Andersen, mesclando trechos dos seus contos com a sua vida.

Casanova nasceu há 290 anos

Giacomo Girolamo Casanova (Veneza, 2 de abril de 1725 - Duchcov, Reino da Boémia, 4 de junho de 1798) foi um escritor e aventureiro italiano.
Interrompeu as duas carreiras profissionais que iniciou - a militar e a eclesiástica - e levou uma vida acidentada.
A cidade onde Casanova nasceu, em 2 de abril de 1725, proporcionou aos turistas um acervo de centenas de peças vindas de museus dos quatro cantos da Europa, do Louvre ao Ermitage de São Petersburgo, de Dresde a Varsóvia, de Estugarda a Aix-en-Provence, de Viena a Amesterdão.
Filho de uma atriz de 17 anos de idade e, provavelmente, do nobre Michele Grimani, proprietário do Teatro de San Samuele onde a sua mãe passou a actuar, Casanova teve uma vida apaixonante, tendo sido inicialmente orientado na sua educação para a vida eclesiástica.
Uma aura mágica envolve toda a sua vida de debochado, libertino, coleccionador de mulheres, vigarista e conquistador empedernido, aquele homem que conseguiu fugir das masmorras do Palácio Ducal de Veneza (ou Palácio do Doge), com uma fuga rocambolesca pelos telhados do palácio, depois de estar prisioneiro durante 16 meses.
Tinha sido preso na madrugada de 26 de julho de 1755, sob a acusação de levar uma vida dissoluta, de possuir livros proibidos e de fazer propaganda antirreligiosa. Esperavam-no cinco anos de cativeiro. Na sua primeira cela minúscula, Casanova nem conseguia se erguer.
Cedo adoece, mas mesmo assim planeia uma fuga e cava um túnel, descobrindo desesperado que os seus planos estão condenados ao fracasso quando o mudam de cela em 25 de agosto.
Mas com um companheiro da prisão, o abade Balbi, planeia meticulosamente nova fuga. Na madrugada do dia 1 de novembro de 1756, escapa-se por um buraco que conseguiu escavar no teto da cela e trepa para os telhados do Palácio Ducal de onde não consegue descer.
Esgotado pela procura de uma escada ou de cordas que lhe permitirão sair do telhados que percorre durante toda a noite, Casanova adormece por um par de horas nas águas-furtadas, uma espécie de forro interior dos telhados do Palácio, mas os sinos da Basílica de São Marcos acordam-no providencialmente e forçam-no a procurar novamente uma outra saída.
Acaba por penetrar novamente na Sala Quadrada do Palácio Ducal servida pela Escada dos Gigantes, decorada pelo famoso arquitecto Sansovino no século XVI. Um guarda vê os dois fugitivos e, pensando que são magistrados de Veneza que ficaram até altas horas da madrugada a trabalhar nos processos judiciais, abre-lhes a porta e deixa-os sair pela Porta da Carta, a entrada habitualmente usada para o ingresso no Palácio dos Doges.
Casanova atravessa a Piazetta numa corrida desesperada ao longo das colunas do Palácio Ducal e atira-se para dentro de uma gôndola, escondendo-se da curiosidade dos transeuntes sob a antiga protecção que muitas destas embarcações possuíam outrora, uma cabina chamada "felze" que foi proibida mais tarde, devido aos encontros amorosos que o esconderijo facilitava.
O aventureiro atravessa a fronteira, parte para Munique e só regressa a Veneza vinte anos mais tarde, em 1785, vindo de Trieste e com a incumbência de escrever regularmente relatórios secretos para a Inquisição de Veneza sobre as pessoas que ele frequenta nas suas longas noites de jogo e de dissolução.
Cruel ironia do destino, que ele aceita, existindo cerca de 50 relatórios onde ele acusa nobres e banqueiros de adultério e deboche, da posse de livros cabalísticos e proibidos, de conjura contra o Estado ou de vigarices, crimes que não lhe repugnava cometer!
Em 1772, é recebido novamente no palácio dos Grimani, uma família patrícia de Veneza com a qual pensa estar aparentado, mas por causa das dívidas do jogo envolve-se num confronto com um dos aristocrata de onde sai humilhado, com toda a gente a troçar da sua situação.
Vinga-se ao escrever uma brochura intitulada "Nem Amor Nem Mulheres ou o Limpador dos Estábulos", que todos reconhecem como um retrato do nobre Grimani. Os Inquisidores ameaçam-no e ele é forçado a abandonar Veneza onde nunca mais regressou. A sociedade aristocrática e absolutista do Antigo Regime não podia permitir as ousadias da vingança de um plebeu contra um nobre.
Viaja novamente até Paris e, mergulhando nos salões eruditos e nas bibliotecas, transforma-se num Enciclopedista à maneira de Voltaire, Diderot, D'Alembert e do Barão d' Holbach.
Irrequieto e agitado por uma inquietação, que nunca o abandonou, em 73 anos de vida, este sedutor em movimento perpétuo passa grande parte da sua vida em viagens por Avinhão, Marselha, Florença, Roma, Praga, São Petersburgo, Istambul e Viena.
Viajou por toda a Europa e conheceu todos as personagens relevantes da sua época. Personagem, por sua vez, característico do Iluminismo do século XVIII, epicúrio e racionalista, é recordado sobretudo pelas suas inumeráveis histórias galantes. Já idoso, em 1788, foi nomeado bibliotecário do conde de Waldstein-Wartenberg.
Dedicou os seus últimos anos à escrita de um romance, Isocameron, e, especialmente, à redacção das suas memórias, História da minha vida, volumosas e escritas em francês, que constituem um fascinante testemunho da época. Desde a sua primeira publicação, em 1822-25, fizeram-se múltiplas edições novas retocadas. O original integral não foi publicado até 1960.

quarta-feira, abril 01, 2015

Mário Viegas morreu há 19 anos

(imagem daqui)

António Mário Lopes Pereira Viegas (Santarém, 10 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de abril de 1996) foi um actor, encenador e recitador português.


Jimmy Cliff nasceu há 67 anos

Jimmy Cliff, nome artístico de James Chambers, (Portmore, 1 de abril de 1948), é um músico jamaicano de reggae. É o menos compreendido de todos os grandes mestres do reggae, tendo sido acusado de abandonar a origem rasta, porém é respeitado por ter sido o primeiro a abrir as portas do sucesso ao reggae na Europa e no resto do mundo.


Marvin Gaye morreu há 31 anos

Marvin Gaye (Washington, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay , Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da Motown.

(...)

Ele ameaçou cometer suicídio diversas vezes, depois de numerosas e amargas lutas com o seu pai, o pastor evangélico Marvin Pentz Gay (Senior). Em 1 de abril de 1984, um dia antes de completar seu 45º aniversário, Marvin foi assassinado, com um tiro, pelo próprio pai, após uma disputa iniciada quando os pais de Gaye discutiam sobre a perda de documentos de negócios. A ironia é que Gaye foi morto por uma arma de calibre 12 que ele próprio havia dado de presente ao seu pai. O seu corpo foi cremado e as cinzas lançadas no Oceano Pacífico. Marvin Pentz Sr. foi condenado a seis anos de prisão, após ser declarado culpado por homicídio. A acusação de assassinato foi abandonada após médicos descobrirem que estava com um tumor cerebral. Marvin Pentz Sr passou o fiml da sua vida num asilo, onde morreria de pneumonia em 1998.