quinta-feira, outubro 31, 2019

Notícia sobre a evolução dos tetrápodes...

Descoberto o “antepassado perdido” do primeiro animal que caminhou na Terra
 
  
Investigadores identificaram uma nova espécie, chamada Parmastega aelidae, que é o tetrápode mais antigo encontrado. 
  
O estudo, publicado este mês na revista especializada Nature, revela que esta descoberta é essencial para reconstruir a passagem da vida nos oceanos para a vida na Terra.
Os tetrápodes são criaturas, de quatro membros, que viviam no oceano e que se aventuraram a andar e rastejar na superfície da Terra há pelo menos 390 milhões de anos, quando a Terra estava a passar pelo período devoniano. Além disso, são ancestrais de anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos.
Parmastega permite ver um tetrápode muito antigo”, disse à ABC Per Erik Ahlberg, primeiro autor do estudo e investigador da Universidade de Uppsala, na Suécia. “Até agora, os únicos tetrápodes dos devonianos – os géneros Ichthyostega, Acanthostega e Ventastega – são do fim devoniano”, continuou.
Os fósseis de Parmastega permitem “reconstruir toda a cabeça e a cintura escapular – a parte do membro superior mais próxima do corpo”, disse o autor. Portanto, a espécie “ilumina uma fase na evolução dos tetrápodes sobre a qual sabíamos muito pouco até agora”.
Os vestígios mais antigos de um tetrápode na Terra têm 390 milhões de anos. Os tetrápodes mais conhecidos têm cerca de 360 milhões de anos e os mais fragmentados têm até 373 milhões de anos. O novo tetrápode tem 372 milhões de anos e está muito completo.
Os fósseis desta espécie foram encontrados na formação de Sosnogorsk, algumas pedras calcárias originárias de uma antiga lagoa costeira tropical e que hoje fazem parte da margem do rio Izhma, perto da cidade de Ukhta, no noroeste da Rússia. Naquela época, os Urais ainda não se tinham formado e o oeste da Rússia e da Sibéria eram continentes separados por um oceano.
Parmastega aelidae vivia numa lagoa salobra, separada do mar por uma barreira de corais antigos. Acredita-se que este lago fosse habitado por uma rica fauna de peixes com lobos e placodermas (peixes primitivos blindados).
As características do Parmastega são muito semelhantes às dos peixes, o que indica que são animais muito primitivos, ou seja, mais adaptados para viver no oceano do que se aventurar em terra.
O formato da cabeça do Parmastega era semelhante à de um jacaré, “indicando que passava muito tempo a flutuar na superfície com os olhos na água”. A sua dentadura, equipada com fortes presas superiores e dentes finos, mostram que era um predador.
Porém, ao contrário dos répteis, o esqueleto era composto quase inteiramente de cartilagem, um tecido de suporte muito mais elástico e macio do que o osso. “Isso significa que não poderia ser um animal terrestre”, segundo Ahlberg.
Além disso, os cientistas descobriram traços de canais que formam a linha lateral, um órgão que, no peixe, capta vibrações e movimentos na água para detetar correntes ou presas.
De facto, a criatura não morava no continente: é um tetrápode primitivo que passou a maior parte da sua vida na água – foram os seus parentes mais recentes, que se aventuraram a deixá-la para trás. Naquela época, havia grandes artrópodes na superfície da Terra, como centopeias ou escorpiões marinhos.
  

Ali Farka Touré nasceu há oitenta anos

Ali Farka Touré, né le 31 octobre 1939 à Kanau (Mali) et décédé le 7 mars 2006 à Bamako, est un musicien et chanteur malien. Il est considéré comme l’un des guitaristes de blues africain les plus importants.
   
Biographie
Ali Farka Touré est originaire de Kanau, un village proche du fleuve Niger, à environ 65 km de Tombouctou. Il appartient à une famille noble de l’ethnie Arma, elle-même issue de l’ethnie Songhaï. Son père était un militaire, il meurt pendant la Seconde Guerre mondiale. Sa famille s’installe alors à Niafunké (situé 250 km au sud-ouest de Tombouctou). Il ne fréquente pas l’école et passe ses journées à travailler aux champs. Déjà, il s’intéresse à la musique, et plus particulièrement à certains instruments : le gurkel, petite guitare traditionnelle, le njarka (en), violon populaire, la flûte peul ou le luth ngoni à quatre cordes.
En 1956, il assiste au concert de Fodéba Keïta, musicien guinéen. Parallèlement à sa profession (il est chauffeur), il reprend des airs traditionnels. Il rencontre l’écrivain Amadou Hampâté Bâ avec qui il parcourt le Mali à la découverte des musiques traditionnelles. En 1960, Ali Farka Touré fonde et dirige son premier groupe, La Troupe 117 avec laquelle il parcourt le Mali à travers les festivals. En 1968, il effectue son premier voyage hors d’Afrique pour se rendre au festival international des arts à Sofia (Bulgarie). Il entre en 1970 dans l’orchestre de Radio Mali tout en travaillant comme ingénieur du son dans la même radio. En 1973, l’orchestre est dissous par le gouvernement.
Farka Touré commence alors une carrière solo en donnant des concerts dans toute l’Afrique de l’Ouest. Son premier disque Farka sort en 1976. Dans les années 1980, il effectue plusieurs tournées internationales en Europe, au Japon et aux États-Unis. Après quelques albums à succès, il enregistre en 1991 The Source avec le bluesman Taj Mahal et s’ouvre ainsi à la fusion de la world music. La sortie en 1993 de l’album Talking Timbuktu en duo avec Ry Cooder, le guitariste américain, le propulsera sur la scène internationale avec succès : il reçoit un Grammy Award pour cet album.
En 1996, un album en songhaï, en peul et en tamasheq qu’il intitule Radio Mali est publié. Il réunit des titres sélectionnés parmi de nombreuses bandes enregistrées et diffusées à la radio nationale malienne en 1973-1978. En 1997, Ali Farka Touré annonce qu’il veut se consacrer à l’agriculture dans son village, Niafunké. Son investissement principal sera de faire installer des pompes à eau puisant dans le Niger pour l’irrigation des champs alentour. Son investissement pour le développement local fera qu’il sera élu maire de la ville de Niafunké sur une liste de l’Union pour la République et la Démocratie. En corollaire, il sort l’album intitulé Niafunké, où il abordera à travers les chansons le travail de la terre, l’éducation, la justice et l’apartheid.
En 2005, Ali Farka Touré publie In the Heart of the Moon, avec Toumani Diabaté. Cet album obtient le 8 février 2006 le Grammy Award du meilleur album traditionnel de musique du monde, offrant ainsi à Ali un deuxième Grammy Award. En avril 2005, il crée une fondation portant son nom qui a pour but d’organiser un festival biannuel de jazz à Niafunké et créer un centre de formation de jeunes artistes en instruments traditionnels locaux.
Ali Farka Touré décède le 7 mars 2006, au matin, à Bamako. Il souffrait d’un cancer depuis plusieurs années et était paralysé depuis quelque temps. Il est inhumé à Niafunké.
Selon sa maison d’édition, World Circuit, Ali Farka Touré venait de terminer le travail sur un dernier album en solo. Ce sera Savane, album posthume, héritage d’Ali Farka Touré que Ry Cooder qualifie «d’absolument parfait».
En 2002, Ai Du, morceau extrait de Talking Timbuktu, est choisi pour faire partie de la bande originale du film L'Auberge espagnole de Cédric Klapisch. En 2008, un de ses morceaux a été utilisé pour le film ivoirien Amour & Trahison de Hervé Éric Lengani.
  
Anecdote
Il explique lui-même l’origine du nom traditionnel «Farka», signifiant «âne», qui n’a rien de péjoratif car cet animal est admiré pour sa force et sa ténacité : «J’ai perdu neuf frères du même père et de la même mère. Le nom que je porte est Ali Ibrahim. Mais il est une tradition en Afrique de donner un surnom étrange à votre unique enfant si vous avez perdu tous les autres… laissez-moi vous dire clairement une chose, je suis l’âne sur lequel personne ne peut monter...».
   
in Wikipédia
     

Carlos Drummond de Andrade nasceu há 117 anos

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 - Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.
  
    
 
O Tempo Passa? Não Passa

O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade.
  
  
in Amar se Aprende Amando (1985) - Carlos Drummond de Andrade

Larry Mullen Jr., baterista dos U2, faz hoje 58 anos

Lawrence "Larry" Joseph Mullen Jr. (Dublin, 31 de outubro de 1961) é um baterista irlandês, fundador e integrante da banda U2. Foi Larry quem colocou, em 1976, o aviso na Mount Temple High School procurando pessoas para formar uma banda, os Feedback, e que acabou por se tornar nos U2.
   
    

Linn Berggren, vocalista dos Ace of Base, faz hoje 49 anos

Malin Sofia Katarina Berggren (Gothenburg, 31 October 1970) is a former member of the band Ace of Base. Having been interested and involved in music since her childhood, she formed the band in 1987, along with her sister Jenny, her brother Jonas and their friend Ulf Ekberg. Before forming Ace of Base, Malin sang in her church's choir. She was born in Gothenburg, Sweden.
When Ace of Base was signed to Danish label Mega Records in 1990, Malin, or Linn as she became known, chose to put her teaching career on hold. But while her sister Jenny has stated she always wanted to be a singer, Linn has never said anything similar. On the contrary, in 1997 Linn said: "I wanted to sing; I never wanted to be a singer". Linn's vocal range is contralto; she is recognized by her distinguishable vibrato.
  
   

Indira Gandhi foi assassinada há 35 anos

Indira Priyadarshini Gandhi (Allahabad, 19 de novembro de 1917 - Nova Deli, 31 de outubro de 1984) foi primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984.
  
Biografia
Filha de Jawaharlal Nehru; foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo indiano. Usava o apelido do marido, Feroze Gandhi, que o havia mudado para "Gandhi" por razões políticas.
Brilhante política, estratega e pensadora, possuía grande ambição política. Como mulher e ocupando a mais alta posição do governo numa sociedade, na época, ainda bastante patriarcal, esperava-se que Indira fosse uma líder de pouca relevância, mas as suas ações provaram o contrário.
Filiou-se em 1939 no Partido do Congresso Nacional Indiano, e passou mais de um ano presa por atividades durante a guerra. Os seus primeiros anos na política foram dedicados a ajudar o pai, Nehru, primeiro-ministro, exercendo o cargo de presidente do Congresso (1959-60). Tornou-se ministra da Informação e Radiodifusão no gabinete de Lal Bahadur Shastri, e em 1966, após a morte deste, foi escolhida para lhe suceder como primeiro-ministro, depois de breve interinidade exercida por Gulzarilal Nanda.
Durante os anos seguintes esteve empenhada numa prolongada rixa com a velha liderança do Congresso, mas derrotou-os, com a ajuda da ala esquerdista, em 1969-70. Como Primeiro Ministro, Indira usou com cuidado os instrumentos de que dispunha para consolidar o seu poder e autoridade. Usando seu poder de nomeações, criou gabinetes notoriamente débeis. Criou seu próprio partido do Congresso, depois da cisão de novembro de 1969, dentro do partido do Congresso Nacional Indiano.
Reeleita em 1971 - depois de campanha feroz nos moldes de sua conhecida plataforma socialista com o slogan célebre (garibi hatao ou expulsar a pobreza) - conseguiu melhorar a sorte de seu próprio governo com os êxitos da Guerra Indo-Paquistanesa de 1971, contra o vizinho Paquistão, apoiado pelos Estados Unidos da América, em Bengala do Leste, onde a intervenção da Índia permitiu aos separatistas locais coroar a sua própria guerra de independência de nove meses com a criação de uma república independente, o Bangladesh. Depois de invadir o Paquistão Oriental, o exército indiano não derrotou o Paquistão porque a Índia tinha aceitado a ideia do Paquistão, após a partilha. O presidente dos Estados Unidos Richard Nixon numa mensagem para Indira, despachou o porta-aviões USS Enterprise para a baía de Bengala, mas o exército indiano em breves dias já terminara seus assuntos no Paquistão do Leste. Além do mais, a União Soviética tinha oferecido auxílio, em caso de confrontação com os Estados Unidos.
O apoio norte-americano ao Paquistão deve ser encarado pelo prisma da Guerra Fria. O Paquistão era aliado dos Estados Unidos e a Índia vista como próxima a Moscovo, embora oficialmente não-alinhada. A Índia retirou suas forças do Paquistão ocidental, mas já estava criada a República do Bangladesh. Pode-se considerar que foi uma derrota para os Estados Unidos e seu aliado Paquistão, tendo provocado uma onda de orgulho na Índia. Indira foi adorada pelas massas, depois da vitória e um dos inquéritos do Instituto Gallup mostrava-a como o governante mais admirado do mundo.
Após a bem-sucedida guerra indo-paquistanesa de 1971, sua popularidade subiu no auge, tendo depois declinado na década de 70. Quando ameaçada com a perda de sua posição por um processo jurídico em função de atividades eleitorais ilegais, declarou estado de emergência (1975-77) e governou a Índia ditatorialmente, auxiliada por apaniguados, como seu filho mais novo, Sanjay.
Após a derrota nas eleições de 1977 para Morarji Desai, sua carreira parecia estar encerrada, mas em 1979 a sua facção no Partido do Congresso reelegeu-a e ela governou até ser assassinada, em 1984, por um extremista sikh. Em (1983-84) foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. O seu filho mais velho, Rajiv Gandhi (1944-1991) sucedeu-lhe como primeiro-ministro.
A Indira atribui-se a nacionalização dos bancos na Índia, o que os economistas da época desaconselhavam, mas que conseguiu-lhe aprovação das massas, reflexo da fúria do povo comum no momento em que diversos bancos particulares tinham falido e arrastado os depósitos do povo, que recebera apenas uma fração. E numerosos bancos particulares eram operados por companhias holding, com interesses variadíssimos, de modo que o povo achava que o dinheiro depositado não estava sendo bem usado. A rede nacionalizada criada por Gandhi criou as instituições de sucesso de hoje, que recebem a confiança geral. Indira tomou também a medida corajosa de fazer cessar as pensões particulares como os pagamentos a título pessoal feitos aos Estados principescos, que ela considerava anacrónicos, dado o caráter democrático do país após sua independência.
Outro sucesso foram seus esforços em prol de autossuficiência alimentar para a Índia em cereais - a Revolução Verde. As iniciativas de seu Governo para diversificar e aumentar as colheitas em todo o país acabaram com a dependência da Índia em importações de cereais. O sucesso da Revolução Verde levou seu partido, o do Congresso, a vencer de modo arrasador as eleições legislativas de 1972 em diversos estados.
Indira Gandhi é também considerada a iniciadora do programa nuclear indiano. A Índia fez seu primeiro teste nuclear em 1974, teoricamente para propósitos pacíficos. A segunda série de testes em 1998 levou ao reconhecimento das capacidades nucleares do país.
  
Estado de sítio
Os seus adversários alegaram que o seu partido praticara fraude eleitoral para vencer as eleições de 1971. Em junho de 1975, o Supremo Tribunal de Allahabad considerou-a culpada de fraude eleitoral e ordenou a perda do seu assento no Parlamento e que fosse proibida de se candidatar durante seis anos. Em vez de enfrentar a acusação, Indira declarou estado de sítio ou emergência na Índia, e, em suas próprias palavras, «fez uma paragem na democracia».
Invocando o artigo 352º da Constituição Indiana, arrogou-se poderes extraordinários, reduziu as liberdades civis e perseguiu a oposição, no que foi apoiada por Madre Teresa. Líderes de partidos rivais foram presos, a eletricidade cortada aos jornais da oposição. Assembleias oposicionistas foram dissolvidas e suspensas indefinidamente. Indira criou leis cada vez mais duras e emendas constitucionais que passaram pelo Parlamento com pouca discussão e sem debate.
Indira tentou reescrever as leis do país com ajuda do Parlamento, de maneira a se proteger de uma perseguição legal quando o estado de emergência terminasse. As reformas foram enormes, mas ela cada vez queria mais, de modo que usou o presidente Fakhruddin Ali Ahmed para promulgar «leis extraordinárias» acima do Parlamento, permitindo que ela governasse por decreto.
  
Anos posteriores
Os anos seguintes de seu Governo ficaram marcados por um rompimento grave nas relações entre os hindus e sikhs que levariam finalmente a seu assassinato. Alarmados com o aumento de popularidade de um líder missionário sikh, figura altamente politizada, Sant Jarnail Singh Bhindranwale, os líderes da Índia mais se perturbaram com a proclamação por parte dele de que os Sikhs eram uma comunidade soberana que devia se autogovernar.
Temendo o apoio do Paquistão ao movimento, em junho de 1984 Gandhi ordenou a Operação Estrela Azul, um assalto militar ao santuário sagrado em Amritsar intitulado Harmindar Sahib ou Templo de Ouro, templo mais importante de prece para os Sikh, que fora ocupado por Sant Jarnail Singh e os seus partidários e militantes e transformado em esconderijo secreto de armas. Gandhi deu ordem ao Exército para irromper pelo santuário e os ocupantes recusaram-se a sair. Na luta que se seguiu houve 83 soldados e 493 ocupantes mortos, incluindo os líderes, além de numerosos feridos.
Os Sikhs encheram-se de raiva com a profanação do santuário, que teve consequências dramáticas, pois a 31 de outubro de 1984, Indira Gandhi foi assassinada por dois dos seus guarda-costas Sikh, Beant Singh e Satwant Singh. Morreu minutos depois de entrar no All India Institute for Medical Sciences (AIIMS), em Nova Deli. Beant Singh foi morto durante o assassinato e Satwant Singh condenado a morrer enforcado, em 1988. Em Nova Deli, começaram motins anti-sikh, em que mais de dois mil sikhs morreram. Muitos membros do partido do Governo, e do Congresso estiveram implicados nos motins, alguns ainda aguardam julgamento nos tribunais. Indira parece ter tido uma premonição de sua morte pois na própria noite em que morreu, num discurso, disse: "I don't mind if my life goes in the service of the nation. If I die today, every drop of my blood will invigorate the nation», ou seja, «Não me importa se perco a vida ao serviço da nação. Se morrer hoje, cada gota de meu sangue revigorará a nação.»
  
Herança
Até hoje a herança de Indira como primeira-ministra é controversa. Embora tenha sido uma forte personalidade e o seu governo tenha sido popular, sobretudo nas camadas jovens e mais pobres, é muito discutível sua decisão de declarar o estado de sítio apenas para escapar de ser processada. E até hoje numerosos sikhs ainda estão ressentidos do que consideram o mais sangrento genocídio da Índia.
Os seus dois filhos, Sanjay e Rajiv, envolveram-se na política. Sanjay Gandhi morreu num acidente aéreo em junho de 1980. Rajiv Gandhi entrou para a política em fevereiro de 1981 e tornou-se primeiro-ministro por ocasião da morte da mãe, e, em maio de 1991, ele próprio teve um fim semelhante, assassinado por militantes estrangeiros do LTTE. A sua viúva, a italiana Sonia Gandhi (portanto, nora de Indira), chefiou uma coligação do seu partido (Congresso) que, por si próprio, era inédita na história do Partido, e conseguiu uma surpreendente vitória nas eleições de 2004, afastando Atal Bihari Vajpayee e sua Aliança Democrática Nacional (NDA). Sonia Gandhi não aceitou a oportunidade de assumir o cargo de primeiro-ministro, de modo que Manmohan Singh, um sikh, aceita o cargo, passando assim a comandar o país.
   

Três Reis portugueses nasceram nesta data...

D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal, (Coimbra, 31 de outubro de 1345 - Lisboa, 22 de outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e sua mulher, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu ao seu pai em 1367. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa que ditou três guerras com a vizinha Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras).
 
 
D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de outubro de 1391Tomar, 9 de setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu.
Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi preparado para reinar, como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.
 
 
D. Luís I de Portugal, de nome completo: Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Lisboa, 31 de outubro de 1838 - Cascais, 19 de outubro de 1889) foi o segundo filho da rainha Maria II e do rei Fernando II. Luís herdou o trono depois da morte do seu irmão mais velho, Pedro V em 1861. Ficou conhecido como O Popular, devido à adoração pelo seu povo; Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.


quarta-feira, outubro 30, 2019

Alfred Sisley nasceu há 180 anos!

Retrato de Sisley feito por Renoir em 1874
    
Alfred Sisley (Paris, 30 de outubro de 1839 - Moret-sur-Loing, 29 de janeiro de 1899) foi um pintor francês de ascendência e nacionalidade britânica.
Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em Londres, (1857-1861) para continuar o trabalho de seu pai, diretor de uma empresa de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Porém em vez de estudar, passava o tempo a visitar museus e copiando esboços de Constable, Turner e Bonington. Quando voltou para Paris conseguiu autorização dos pais para entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de Paris, Sisley conheceu Renoir, Bazille e Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em 1877 participou da terceira exposição do grupo impressionista. Juntamente com Camille Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do impressionismo, sendo considerado também um dos pintores da escola de Barbizon.
Os seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de Jean-Baptiste Camille Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais sutis da luz, habilidade que demonstra nos seus quadros das estações do ano.
Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando as suas paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs os seus quadros, sem sucesso, em Paris. Mais tarde, em 1890, Sisley foi indicado como académico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs as suas obras pela última vez, no ano de 1898.
  
Biografia
A família de Sisley, proveniente de Manchester, morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, William, exportava flores artificiais para a América do Sul. A mãe, Felicia Sell, era de uma família inglesa culta. O pai estimulava Alfred Sisley a interessar-se pelo comércio, razão pela qual o mandou para Londres estudar.
Entre 1857 e 1861, Sisley ficou em Londres para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros pintores como Frédéric Bazille, Claude Monet e Renoir.
Em 1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol.
Até praticamente 1870, Sisley pintava com tons escuros, mas a partir de então as suas cores tornam-se mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios, tema constante de suas obras.
O pai foi à falência com o fim da guerra franco-prussiana e morreu pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver do próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima de Paris.
Em 1872, Sisley conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, que investia o seu dinheiro em obras impressionistas. Em 1874, Sisley expôs cinco telas na exposição independente do Salão Oficial de Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso. No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro. Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição independente sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela.
Em 1877, Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta de Fontainebleu. Ano após ano a sua situação financeira piorava. Procurou ajuda do marchand Durand que, em 1883 promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em Moret-sur-Loing.
Foi só no ano de 1890 que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento por seu trabalho ao participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1897, George Petit, um marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, não vendeu nenhum quadro.
Em 1898, Eugenie Lescouezec, a sua mulher morreu a 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois, em 29 de janeiro de 1899, sem o reconhecimento merecido em vida.
"A ponte e os Moinhos de Moret", obra de 1888
"Neve em Louveciennes", obra de 1878
   

Passam hoje 679 anos sobre a Batalha do Salado

  
A Batalha do Salado foi travada a 30 de outubro de 1340, entre Cristãos e Mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis (sul de Espanha).
História
Abul-Hassan, rei de Fez e de Marrocos, aliado com o emir de Granada, decidira reapossar-se a todo o custo dos domínios cristãos, e as forças muçulmanas já haviam entrado em acção contra Castela. A frota do prior de S. João do Hospital, almirante castelhano, que tentara opor-se ao desembarque dos mouros, foi completamente destroçada por uma tempestade, e esse desastre obrigou Afonso XI de Castela a humilhar-se, mandando pedir à esposa - a quem tanto desrespeitara com os seus escandalosos casos amorosos com Leonor de Gusmão - que interviesse junto de seu pai, o rei português Afonso IV de Portugal, para que este enviasse uma esquadra de socorro.
Estava D. Maria recolhida num convento em Sevilha e, apesar dos agravos que sofrera, acedeu ao pedido. Todavia, Afonso IV, no intuito de humilhar ainda mais o genro, respondeu ao apelo dizendo, verbalmente, ao enviado da filha, que se o rei de Castela precisava de socorro o pedisse directamente. Vergando o seu orgulho ao peso das circunstâncias, Afonso XI de Castela repetiu pessoalmente - por carta - o pedido foi feito, e o soberano português enviou-lhe imediatamente uma frota comandada pelo almirante genovês Manuel Pessanha (ou Pezagno) e por seu filho Carlos. Mas era cada vez mais desesperada a situação de Afonso XI, a quem o papa censurava asperamente.
Além da frota portuguesa, Castela recebia um reforço de doze galés cedidas pelo rei de Aragão, mas tudo isto nada era em comparação com o número incontável dos contingentes mouros. O rei de Granada, Yusef-Abul-Hagiag, tomou, em setembro de 1340, o comando das tropas, às quais pouco depois se juntou, em Algeciras, um formidável exército sob as ordens de Abul-Hassan. A ameaça muçulmana era apavorante. Os mouros, embora repelidos nas primeiras tentativas de ataque a Tarifa, não deixavam prever a possibilidade de vantagens futuras para as hostes cristãs.
Reconhecendo quanto lhe seria útil a ajuda efectiva do rei de Portugal, Afonso XI de novo rogou a intervenção de D. Maria. Esta acedeu uma vez mais e foi-se encontrar com D. Afonso IV, em Évora. O soberano português atendeu as súplicas da filha, e logo esta foi dar a boa notícia a seu marido, que ansioso, a fora esperar a Juromenha.
D. Afonso IV reuniu então em Elvas junto com D. Martim Peres de Soveral, cavaleiro de Avelar, 1276 - 1343, senhor das honras de Soveral e da Lapa, o maior número possível de cavaleiros e peões, e à frente do exército, que ia aumentando durante o caminho com os contingentes formados em vários pontos, dirigiu-se a Castela, onde por ordens do genro foi recebido com todas as honras. Em Sevilha, o próprio Afonso XI acolheu festivamente o rei de Portugal e sua filha, a rainha D. Maria. Ali se desfizeram quanto menos momentaneamente, os ressentimentos de passadas discórdias.
Assente entre os dois monarcas o plano estratégico, não se demoraram em sair de Sevilha a caminho de Tarifa, tendo chegado oito dias depois a Pena del Ciervo avistava-se o extensíssimo arraial muçulmano. Em 29 de outubro, reunido o conselho de guerra, foi decidido que Afonso XI de Castela combateria o rei de Marrocos, e Afonso IV de Portugal enfrentaria o de Granada. Afonso XI designou D. João Manuel para a vanguarda das hostes castelhanas, onde iam também D. João Nunes de Lara e o novo mestre de Sant'Iago, irmão de Leonor de Gusmão. Com D. Afonso IV viam-se o arcebispo de Braga Gonçalo Pereira, o prior do Crato, o mestre da Ordem de Avis e muitos denotados cavaleiros.
No campo dos cristãos e dos muçulmanos tudo se dispunha para a batalha, que devia travar-se ao amanhecer do dia seguinte. A cavalaria castelhana, atravessando o Salado, iniciou a peleja. Logo saiu, a fazer-lhe frente, o escol da cavalaria muçulmana, não conseguindo deter o ataque. Quase em seguida avançou Afonso XI, com o grosso das suas tropas, defrontando então as inumeráveis forças dos mouros. Estava travada, naquele sector, a ferocíssima luta. O rei de Castela, cuja bravura não comportava hesitações, acudia aos pontos onde o perigo era maior, carregando furiosamente sobre os bandos árabes até os pôr em debandada.
Nessa altura a guarnição da praça de Tarifa, numa surtida inesperada para os mouros, caía sobre a retaguarda destes, assaltando o arraial de Abul-Hassan e espalhando a confusão entre os invasores. No sector onde combatiam as forças portuguesas, as dificuldades eram ainda maiores, pois os mouros de Granada, mais disciplinados, combatiam pela sua cidade, sob o comando de Yusef-Abul-Hagiag, que via em risco o seu reino. Mas D. Afonso IV, à frente dos seus intrépidos cavaleiros, conseguiu romper a formidável barreira inimiga e espalhar a desordem, precursora do pânico e da derrota entre os mouros granadinos. E não tardou muito que, numa fuga desordenada, africanos e granadinos abandonassem a batalha, largando tudo para salvar a vida. O campo estava juncado de corpos de mouros, vítimas da espantosa mortandade.
O arraial, enorme, dos reis de Fez e de Granada, com todos os seus despojos valiosíssimos em armas e bagagens, caiu finalmente em poder dos cristãos, que ali encontraram ouro e prata em abundância, constituindo tesouros de valor incalculável. Ao fazer-se a partilha destes despojos, assim como dos prisioneiros, quis Afonso XI agradecer ao sogro, pedindo-lhe que escolhesse quanto lhe agradasse, tanto em quantidade como em qualidade.
Afonso IV, porém num dos raros gestos de desinteresse que praticou em toda a sua vida, só depois de muito instado pelo genro escolheu, como recordação, uma cimitarra cravejada de pedras preciosas e, entre os prisioneiros, um sobrinho do rei Abul-Hassan. A 1 de novembro ao princípio da tarde, os exércitos vencedores abandonaram finalmente o campo de batalha, dirigindo-se para Sevilha onde o rei de Portugal pouco tempo se demorou, regressando logo ao seu país.
Pode imaginar-se sem custo a impressão desmoralizadora que a vitória dos cristãos, na Batalha do Salado, causou em todo o mundo muçulmano, e o entusiasmo que se espalhou entre o cristianismo europeu. Era ao cabo de seis séculos, uma renovação da vitória de Carlos Martel em Poitiers.
Afonso XI para exteriorizar o seu regozijo, apressou-se a enviar ao Papa Benedito XII uma pomposa embaixada portadora de valiosíssimos presentes, constituídos por uma parte das riquezas tomadas aos mouros, vinte e quatro prisioneiros portadores de bandeiras que haviam caído em poder dos vencedores, muitos cavalos árabes ricamente ajaezados e com magníficas espadas e adagas pendentes dos arções, e ainda o soberbo corcel em que o rei castelhano pelejara.
Quanto ao auxílio prestado por Portugal, que sem dúvida fora bastante importante para decidir a vitória dos exércitos cristãos, deixou-o o Papa Bento XII excluído dos louvores que, em resposta, endereçou a Afonso XI em consequência da opulenta «lembrança» enviada pelo rei de Castela. D. Afonso IV, que durante o seu reinado praticou as maiores crueldades, ficaria na História com o cognome de «o Bravo», em consequência da sua acção na Batalha do Salado.
    

Vanessa White, vocalista das The Saturdays, faz hoje trinta anos!

Vanessa Karen White (Yeovil, 30 de outubro de 1989) é uma atriz, modelo, cantora e compositora inglesa de pop, filha de mãe filipina e pai inglês, integrante da girlband britânica The Saturdays, sendo a cantora principal da banda.
Vanessa é uma das cinco integrantes do grupo inglês The Saturdays, que já teve seis top 10, quatro top 5 e duas canções em segunda posição e uma em número um. As músicas "If This Is Love", "Up", "Issues", "Just Can't Get Enough" para a Comic Relief, "Forever is Over", "Ego" e "What About Us" foram alguns dos seus sucessos. A banda é formada por Mollie King, Una Foden, Frankie Sandford, Vanessa White e Rochelle Humes. Em conjunto com as The Saturdays participou de uma tour sold out, e uma mini tour na Ásia. Apareceu ainda, a título individual, no programa Popstar to Operastar.
  
  
   

terça-feira, outubro 29, 2019

O paleontólogo Othniel Charles Marsh nasceu há 188 anos

Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. Suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
 
O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico
 

Notícia sobre vulcanologia e caldeiras

As Filipinas têm a maior caldeira vulcânica do mundo (e acabou de ser descoberta)

Um grupo de cientistas descobriu um grande bloco ígneo a leste da ilha de Luzon, localizada no fundo do mar das Filipinas. Trata-se da maior caldeira vulcânica conhecida da Terra.
Este bloco ígneo maciço, encontrado por uma equipa de cientistas, representa os restos da maior caldeira vulcânica conhecida da Terra. A mais recente descoberta foi batizada de caldeira Apolaki, que significa “senhor gigante” em filipino e é o Deus mítico do Sol e da Guerra.
De acordo com o artigo científico, recentemente publicado na Marine Biology, a caldeira tem um diâmetro de, aproximadamente, 150 quilómetros, duas vezes o tamanho da famosa caldeira de Yellowstone, em Wyoming, nos Estados Unidos.
Além disso, os cientista afirmam que se trata de uma enorme e única cratera vulcânica formada pelo colapso de um vulcão. Recursos como uma borda rompida, bancos intra-caldeira e uma cúpula ressurgente indicam uma história vulcânica multifásica que consiste em erupções silenciosas e explosivas.
THE WORLD'S LARGEST CALDERA IS IN THE PHILIPPINES
Jenny Anne Barretto, a Filipina marine geophysicist based in New Zealand, recently published a paper, along with Ray Wood and John Milsom, describing the morphology and formation of the Benham Rise.
Among their findings is the existence of the Apolaki Caldera within Benham Rise, which may be the world's largest known caldera with a diameter of ~150 km. For comparison, Earth's largest calderas, like the Yellowstone, is only about 60 km. The size is comparable to shield calderas in Mars (Olympus Mons; 80 km x 65 km) and Venus (Sacajawea; 150 X 105 km).
Apolaki means “giant lord”, after the Filipino mythical god of the sun and war.
There is still a lot we need to discover within our seas!
*The authors were among the key scientists of the Benham Rise UNCLOS technical working group.


Também conhecida como Philippine Rise, a Benham Rise é uma região submarina sismicamente ativa e uma cordilheira vulcânica extinta localizada no Mar das Filipinas, aproximadamente 250 quilómetros a leste da costa norte de Dinapigue, Isabela, refere o Tech Explorist.
Jeffrey Maloles, do UP MSI Geological Oceanography Laboratory, disse que o trabalho da equipa de geofísicos marinhos tem como objetivo “aumentar a consciencialização sobre a importância dos nossos mares no que diz respeito à estabilidade ecológica, ao clima e ao suprimento de alimentos”.