ESPERANÇA
O poema quer nascer das trevas.
Está nas palavras, e não as sei.
É como um filho que não tem caminho
No ventre da mãe.
Dói,
Dói,
Mas a negar-me teimosamente
A todos os acenos libertadores
Do desespero dilacerado.
No silêncio cansado
E paciente
Canta um galo vidente.
E diz que cada dia
Que anuncia
É sempre um dia novo
De renovo
E poesia.
Coimbra, 31 de Dezembro de 1989
in Poesia Completa II - Miguel Torga
segunda-feira, dezembro 31, 2007
Para entrar no Ano Novo como deve ser
Sítios para visitar na Internet - III
1. Geocrusoe
Blog muito interessante de um geólogo faialense, que se descreve assim:
"Geólogo de paixão e vocação,sobretudo vulcanologia e riscos geológicos. Nascido no Canadá sempre tive o dilema de ser estrangeiro em Portugal mas português de sangue. Cristão de consciência e fé, mas permanentemente descontente com as religiões o mundo em geral, busco permanentemente valores e ideais. Adoro ser perfeito no que faço, o que raramente acontece,prefiro que os meus projectos cresçam e sejam reconhecidos e que eu desapareça deles como criador ou co-autor dos mesmos."
2. De Rerum Natura
Blog assumidamente de ciência e divulgação científica, com nomes importantes do nosso panorama científico. As controvérsias são imperdíveis e há textos para todos os gostos e feitios...
3. Grande Loja do Queijo Limiano
Blog gerido por magistrados, conotado politicamente, com texto sobre política, música, notícias actuais e justiça, entre outros. Um sítio que eu gosto de ler quase diariamente...
4. Sorumbático
Blog muito interessante, com gente que gosto imenso de ler (Medina Ribeiro, Nuno Crato, Joaquim Letria, Alice Vieira, Saldanha Sanches, Pedro Barroso, Batista-Bastos, entre outros...) com piada e conteúdo. Muitos passatempos, por vezes com prémios, fotografias, desenhos humorísticos, textos actuais, tudo isto num só local...
Vigilância de Tsunamis no Atlântico
2007-12-29
A 25 de Agosto deste ano o navio da marinha italiana ‘Urania’ colocava, a cerca de cem quilómetros a sudoeste do cabo de São Vicente e a 3200 metros de profundidade, o primeiro observatório subaquático de tsunamis ao largo da costa portuguesa. Iniciava--se assim a criação de um sistema de alerta para ondas gigantes no Oceano Atlântico, o Geostar.
“Depois do tsunami de Sumatra, em Dezembro de 2004, a UNESCO decidiu colocar estes sistemas em todos os oceanos”, refere Maria Ana Baptista, coordenadora do grupo de trabalho português do Nearest (ver caixa). “No Pacífico já existia um, no Índico e no Atlântico ainda não”, acrescenta.
O local para a colocação da Geostar foi escolhido por ter sido naquela zona que tiveram origem os principais sismos que assolaram Portugal – incluindo o de 1755 – junto às falhas do Marquês de Pombal e da Ferradura É também ali que se acredita poder ser gerado um sismo com amplitude semelhante, com capacidade para criar um tsunami, como aconteceu no séc. XVIII.
“Para surgir um tsunami, um sismo no fundo do mar tem de ter, pelo menos, 6.5 ou 7 graus de magnitude na escala de Richter”, diz Maria Ana Baptista. “Foi isso que aconteceu em 1755 como se acredita que tenha acontecido no sismo de 1969”, conta. Neste último abalo “houve um tsunami”, mas como se verificou às 02h00 da manhã “existem poucos testemunhos”, explica a investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
No equipamento que compõe a Geostar existe um sismómetro que detecta a magnitude dos abalos, tal como sensores para controlar a pressão da água (ver caixa sobre equipamento).
A informação é enviada do fundo do mar para a bóia à superfície e depois desta para as estações que se encontram em terra. “Se há a possibilidade de se gerar um tsunami, nessa altura o Instituto de Meteorologia avisa a Protecção Civil e são tomadas medidas de prevenção”, descreve Maria Ana Baptista. A velocidade a que a informação é difundida é essencial. Para que se tenha uma ideia, em 1755 o tsunami demorou vinte minutos a atingir a costa. Em 1969 foram 35 minutos.
A Geostar foi colocada a título experimental e é financiada pelo Nearest – com fundos do VI Quadro Comunitário de Apoio. Para já existem verbas para a manutenção durante um ou dois anos. Depois a intenção é que seja englobado no projecto da UNESCO que deve estar a funcionar em pleno em 2011.
EQUIPAMENTO NO FUNDO DO MAR
O equipamento que detecta a eventual formação de um tsunami está no fundo do mar em permanente comunicação com a bóia à superfície – é esta que depois envia a informação para as estações na costa. A detecção é feita através dos sensores de pressão (1), que analisam o peso da coluna de água. Uma variação pode indicar a possibilidade de formação de um tsunami. O sistema inclui ainda um sismómetro (4) para detecção de abalos, um hidrofone (3) que transforma os sons subaquáticos em impulsos eléctricos e as baterias (2), que fornecem a energia a todo o conjunto.
COMO SE FORMAM
Os tsunamis formam-se quando há alterações abruptas que provocam o deslocamento vertical de uma grande massa de água, formando uma ou várias ondas de grande dimensão. Na origem dos tsunamis podem estar sismos, como aconteceu no Oceano Índico em 2004, mas também explosões vulcânicas ou mesmo o impacto de meteoros. No caso dos sismos, quando ocorrem no mar a massa de água localizada sobre a zona é afastada da posição de equilíbrio. As ondas são resultado da acção da gravidade sobre a perturbação da massa de água.
SISTEMA CUSTOU 330 MIL EUROS
O Nearest é um projecto que pretende identificar e caracterizar potenciais fontes de tsunami perto da costa no golfo de Cadiz. A Geostar, que custou 330 mil euros, foi um dos passos mais importantes do projecto, que conta com a participação de diversos organismos e universidades de Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, França e Marrocos. A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa é o representante nacional. Maria Ana Baptista refere que depois do período inicial “terá de ser um organismo oficial, do Estado, a assumir as despesas com a manutenção da estação”.
NOTAS
GRANDES SISMOS
Na zona onde está a Geostar teve origem a maioria dos grandes sismos que afectaram Portugal, nomeadamente os de 1755 e de 1969 que geraram tsunamis.
LOCALIZAÇÃO EXACTA
A Geostar está localizada na latitude 36,30 Norte e longitude 09,37 Oeste, no golfo de Cadiz, entre Portugal e Marrocos, à entrada do estreito de Gibraltar.
in Correio da Manhã - ver notícia
Sítios para visitar na Internet - II
1. Dino_Geológico
2. Portugal - Um cantinho da Europa
3. Ondas3
4. Profundezas...
5. Desambientado
6. Ciência ao Natural
7. A Educação do meu Umbigo
Blog do professor Paulo Guinote, que o define assim: "Gaveta aberta de textos e memórias a pretexto da Educação que vamos tendo." É o local ideal para saber novidades do Ensino Oficial em Portugal.
8. Anterozóide
Feliz Ano Novo!?!
Poema do alegre desespero
Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,
ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.
Compreende-se.
E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,
e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio,
e os poemas de António Gedeão.
Compreende-se.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.
Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.
E o nosso sofrimento para que serviu afinal?
António Gedeão
Sítios para visitar na Internet...
1. Pedras Soltas - Blog sobre mineralogia
O nosso colega blogger Ricardo Pimentel começou, en hora buena, um novo Blog (só esperemos que coloque aqui alguns posts que lá irá publicar...). E ainda por cima hoje está a nevar nesse blog...!
2. The Panda's Tumb
“The Panda’s Thumb” is many things…
First, it is an example of jury-rigged evolutionary adaptation made famous by the late Stephen Jay Gould in an essay of the same name. Second, it is the legendary virtual bar serving the community of the legendary virtual University of Ediacara somewhere in the Ediacaran hills of southern Australia, growing out of the lore of the Usenet talk.origins newsgroup. And now it is a weblog giving another voice for the defenders of the integrity of science, the patrons of “The Panda’s Thumb”.
Much as in any tavern serving a university community, you can expect to hear a variety of levels of discussion, ranging from the picayune to the pedantic. The authors are people associated with the virtual University of Ediacara (and thus the talk.origins newsgroup), and various web sites critical of the antievolution movement, such as the TalkOrigins Archive, TalkDesign, and Antievolution.org.
So, here’s a virtual pub crawl that you might actually learn something from. We hope you find your time spent here pleasant and rewarding.
O autor, brasileiro, apresenta assim o seu site:
"Seja bem vind@ à inevitável Evolução da antiga secção do CRIA X EVO WWW.XR.PRO.BR... Inteiramente dedicado à essa controvérsia, este site não pretende atacar religião alguma, mas sim demonstrar porque o Criacionismo não é aceite como Ciência, e porque a Evolução é o paradigma científico actual."
O Novo Modelo de Gestão das Escolas: Que Debate Público?
A colega Isabel Guerreiro enviou-me a peça do Público de ontem sobre este tema (clicar para aceder à imagem e aumentar) e uma proposta, em forma de desafio, que espero divulgar ainda hoje, acerca da possibilidade de, partindo da blogosfera, se alargar um debate público sobre o tema que saia dos gabinetes e envolva muitos dos mais interessados pelas mudanças anunciadas.
Contactei desde já alguns colegas (docentes, autores de blogues) no sentido de saber a opinião de cada um sobre a possibilidade de fazer tal iniciativa no curto espaço de tempo que temos e com as magras disponibilidades que sobram depois do nosso trabalho quotidiano. E em que modalidade o fazer: apenas na blogosfera, com um suporte físico numa reunião ou numa rede de encontros regionais/locais. E com que protagonistas: apenas docentes, convidando outras personalidades, etc, etc.
E continuam as experiências...
[Na imprensa de hoje]
terça-feira, dezembro 25, 2007
Presépio em 2007
1. O Presépio não deve ter Vaca, a menos que esta tenha atestado de sanidade veterinária a comprovar que não está louca... Esta não pode ser substituída por outros animais, nomeadamente aves (por causa da gripe das aves) ou porcos (por causa do recente surto de doença vesicular).
2. A presença de Reis Magos não é aconselhável, visto que, do ponto de vista racial, é pouco representativa da variedade humana (só é aceitável se tiver um europeu mediterrânico, um europeu de leste, um europeu germânico, um africano, um bosquímane, um árabe, um aborígene australiano, um índio da América do Sul, um índio da América do Norte, um inuit, um tailandês, um indiano, e um chinês).
3. Na remota possibilidade de terem todos estes Reis Magos no Presépio, há ainda o problema da montada: este ano não há Camelos, visto estarem quase todos a protestar na margem sul do Tejo - os três que restavam são actualmente ministros e não tiveram direito a férias...
4. O Presépio não deve ter Burro, visto este ter ficado na Escola a dar aulas de substituição, a preparar as próximas aulas de recuperação e a tentar ler os 593 textos que o Ministério tentou publicar na paragem de aulas do Natal.
5. A presença de Maria e José não é aceitável, porque estes têm de ir à Escola para avaliar o Burro - eles queriam era avaliar a Ministra da Educação ou os respectivos Secretários de Estado desse Ministério, mas estes não são avaliáveis...
6. É ainda totalmente proibido fazer o Presépio em Estábulos e Grutas, pois a ASAE está a verificar que estes não estão em conformidade com as normas europeias e quem o fizer sofre coima elevadíssima. Os outros locais só serão licenciáveis se tiverem casa de banho anexa, locais refrigerados para guardar alimentos, palha certificada e licença de habitabilidade passada pela respectiva Câmara Municipal.
7. Não se recomenda o nascimento de Jesus em Maternidades pequenas do interior porque estas têm uma elevada taxa de cesarianas, que como se sabe é má para a saúde materno-infantil (e há ainda o problema de ser uma cesariana, derivada da palavra César, o Imperador romano, o que não é aceitável para uma família judaica...). Em dúvida fazer mesmo o parto numa belíssima ambulância, que agora têm um kit de partos que é melhor que a maioria das maternidades portuguesas.
8. O Presépio ficou proibido de ter Menino Jesus, pois foi considerado pelo Tribunal de Menores um descarado aproveitamento de uma criança, além de que a Relação de Coimbra ordenou a entrega do menor ao Pai biológico antes do Natal (embora ainda haja dúvidas sobre a paternidade, pois a audição ao Arcanjo Gabriel foi inconclusiva e o teste de ADN ainda não voltou do Reino Unido).
9. É proibida a utilização no Presépio de objectos de barro, a menos que a argila e tintas sejam previamente certificadas pelo IPQ, bem como a empresa que as produziu.
10. A utilização do Pinheiro de Natal só será autorizada desde os mesmos sejam abatidos em local autorizado pelo Ministério da Agricultura e seja paga a taxa de reciclagem dos mesmos à Sociedade Ponto Verde. A utilização de luzes de Natal só será permitida se estas tiverem avaliação do índice de consumo energético feito pela IGAE (classes A ou B) e estiverem a ser usadas com energia eléctrica proveniente de fontes eólicas, geotérmicas ou das ondas.
11. Dado que não há acordo entre os astrónomos acerca do que seria a Estrela de Natal (uma Nova, uma Supernova, um Cometa ou a Conjunção de Júpiter com Saturno) esta deverá ser removida do Presépio, até novas ordens.
12. Não deve haver pastorinhos menores ou idosos no Presépio, visto que as crianças não devem ser exploradas e os idosos têm direitos...
13 O Presépio não deve ter objectos ou representações de coisas que ofendam outras opiniões, crenças ou religiões (é proibido ter imagens de seres vivos, por causas dos muçulmanos, imagens de anjos, por causa das religiões animistas, musgo ou palha, por causa dos ecologistas, ou ainda representações de templos, por causa de todas as religiões).
Se cumprir com todos estes aspectos poderá ainda fazer o Presépio, se pedir autorização à Comissão da Liberdade Religiosa, dirigida ao Dr. Mário Soares, com 3 meses de antecedência. E nem pensem em Pai Natal, porque este ano ele não vem, pois a Força Área teve de o abater por excesso de velocidade e por não ter respondido à Torre de Controle de Tráfego Aéreo...
sábado, dezembro 22, 2007
Natal
França
História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Natal
França
História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981
Boas Festas...
quarta-feira, dezembro 19, 2007
35 anos depois - última missão tripulada à Lua - IV
Harrison "Jack" Schmitt (Santa Rita, Novo México, EUA – 3 de Julho de 1935) é geólogo, Astronauta, ex-Senador dos Estados Unidos e foi o 12º e último homem a pisar na superfície da Lua, como membro da missão Apollo 17, a última a pousar no satélite em Dezembro de 1972.
Antes de se juntar à NASA, como membro de primeira equipe de astronautas-cientistas da agência espacial em 1965, “Jack” Schmitt trabalhou no Centro de Astrogeologia dos Estados Unidos, onde realizou diversas experiências e desenvolveu técnicas de geologia de campo que viriam a ser utilizadas pelas tripulações das missões Apollo. Após sua admissão, Schmitt exerceu um papel chave no treinamento dos astronautas da Apollo para ajudá-los a ser bons observadores geológicos quando estivessem na órbita lunar e competentes geólogos de campo na superfície do satélite. Após o fim de cada missão, ele participava dos exames e avaliações do material recolhido e ajudava as equipes nos aspectos científicos de suas missões.
Como ele era o único geólogo profissional no grupo de astronautas, e havia-se graduado na pilotagem dos módulos de comando e lunar, não foi surpresa quando foi escolhido para se tornar tripulante da última das missões lunares, a Apollo 17, onde exerceu um trabalho fundamental no exame e recolha de materiais rochosos da região lunar de Taurus-Littrow, em companhia do comandante da missão, Eugene Cernan. Na volta para a Terra, Schmitt tirou uma das mais famosas e divulgadas fotografias da terra vista do espaço, A Bola Azul, mostrando integralmente todo o planeta azul e esférico brilhando no espaço.
Em Agosto de 1975, Harrison Schmitt deixou a NASA para concorrer ao Senado americano pelo Partido Republicano e foi eleito Senador pelo estado do Novo México, seu estado natal. Derrotado nas eleições para um segundo mandato, passou a trabalhar como consultor em Geologia, Espaço e políticas públicas.
Ainda hoje ele continua advogando o retorno a Lua, para que se possa utilizar o satélite como fonte de Hélio-3, um tipo de isótopo radioativo de hélio abundante na Lua, combustível fundamental para o desenvolvimento de reatores nucleares a serem usados como propulsores de motores de naves espaciais, capaz de atingir velocidades muito maiores que as actuais, possibilitando a exploração espacial dos satélites e planetas mais distantes do nosso sistema solar.
Eugene Andrew Cernan (Chicago, 14 de Março de 1934) é um ex-astronauta norte-americano, filho de mãe checa e pai eslovaco, que esteve no espaço por três vezes, na última delas como comandante da Apollo 17, a última das missões Apollo a pousar na Lua.
Cernan foi o 11º astronauta a pisar em solo lunar e seu co-piloto Harrison Schmitt o 12º e último, de todos os astronautas que exploraram o satélite, já que, como comandante, ele era o primeiro a descer da nave. Entretanto, Cernan exibe até hoje o título – que inclusive é o nome do livro com as memórias de suas viagens espaciais – de “O Último Homem na Lua” - já que, também por ser o comandante, foi o último a re-entrar no Módulo Lunar para a viagem de volta, sendo suas as últimas pegadas feitas na superfície da Lua trinta e cinco anos atrás.
Astronauta dos programas Gemini e Apollo, Eugene Cernan viajou para a Lua em duas ocasiões diferentes, a primeira apenas sobrevoando o satélite na Apollo 10 e a segunda comandando a Apollo 17 e pousando na região de Taurus-Littrow. Nesta missão, ele e Harrison Schmitt, seu parceiro de viagem, passaram três períodos em actividades extra-veiculares na superfície, cobrindo um total de 22 horas fora do Módulo Lunar Falcon, em comparação com as duas horas dos pioneiros Neil Armstrong e Edwin Aldrin três anos antes. Também quebraram os recordes de quantidade de material geológico trazido de volta e dirigiram mais de 35 km o jipe lunar pela superfície de Taurus- Littrow.
Quando Eugene Cernan se preparava para subir a escada do módulo Falcon de volta para a Terra, ele disse as palavras que se tornaram as últimas de um ser humano na face da Lua: “No momento em que deixamos a Lua e Taurus-Littrow, partimos como chegámos, e se for a vontade de Deus voltaremos com paz e esperança para toda a Humanidade. Quando dou estes últimos passos para fora da superfície lunar, gostaria de lembrar que o desafio da América de hoje, forjou o destino do homem do amanhã. Deus abençoe a tripulação da Apollo 17”.
Ronald Ellwin Evans Jr. (St. Francis, 10 de Novembro de 1933 — Scottsdale, 7 de Abril de 1990) foi um astronauta dos Estados Unidos e tripulante da missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, em Dezembro de 1972.
"Ron" Evans fez seus estudos secundários e universitários em instituições de seu estado natal do Kansas e em 1957 completou seu o treino posterior como piloto naval de combate. Foi nesta função, enquanto servia a bordo do porta-aviões USS Ticonderoga durante a Guerra do Vietnam, que ele recebeu a notícia de sua selecção para o treino de astronauta da NASA, no qual havia se inscrito.
Evans entrou para a NASA no grupo de dezanove astronautas seleccionados em Abril de 1966 e após o período de treino serviu como membro das equipes de apoio das missões Apollo 7 e Apollo 11 e comandante reserva da Apollo 14.
Seu vôo no espaço deu-se como piloto do Módulo de Comando Americano da missão Apollo 17, a última missão lunar, junto com os astronautas Eugene Cernan, comandante da missão e Harrison Schmitt, piloto do Módulo Lunar Falcon. Enquanto os dois últimos desciam na Lua, ele permaneceu em órbita realizando observações geológicas da superfície, tirando fotografias de alvos específicos no satélite. Na viagem da volta para a Terra, ‘Ron’ realizou actividades no espaço durante uma hora e seis minutos, saindo da Apollo para recolher câmeras e cassetes e fazer uma inspecção visual da área de carga da nave.
Após servir como piloto reserva da missão americano-soviética Apollo-Soyuz, que realizou o encontro em órbita entre naves espaciais dos dois países, em 1975, e de participar do programa de desenvolvimento do vai-vem espacial, Ronald Evans retirou-se da NASA em Março de 1977 e tornou-se um executivo da indústria de carvão.
Condecorado várias vezes pela NASA e pela Marinha dos Estados Unidos, ele morreu de ataque cardíaco em Abril de 1990 na cidade de Scottsdale, estado do Arizona, deixando mulher e dois filhos.
John Fitzgerald Kennedy (Brookline, Massachusetts, 29 de Maio de 1917 — Dallas, 22 de Novembro, 1963) foi um político americano e o 35° presidente de seu país (1961–1963).
Sua família era de ascendência irlandesa e tradicionalmente católica. Kennedy era filho de Joseph P. Kennedy, embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido no fim dos anos 30. Formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido em Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral. Ainda quando jovem, participou do Movimento Escuteiro.
Desafio da conquista da Lua
Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar a Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. No famoso discurso em 1961 Kennedy lançou o desafio de "enviar homens a Lua e trazê-los de volta a salvo".
"I believe this nation should commit itself to archieving the goal, before this decade is out, of landing the man on the moon and returning safely to Earth."
"Eu acredito que a nação deva se comprometer para alcançar o objetivo, antes do fim da década, de aterrissar o homem na lua e fazê-lo voltar em segurança para a Terra."
Em outro discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis").
terça-feira, dezembro 18, 2007
Exposições permanentes no Carsoscópio
Geódromo – Uma viagem impossível
Um simulador de realidade virtual com capacidade para 16 pessoas transporta os visitantes numa viagem incrível de 175 milhões de anos, até ao tempo em que os dinossáurios “desenharam” as suas pegadas na rocha calcária da Serra de Aire.
Navegue até às profundezas da terra, atravesse grutas e algares, observe de perto a queda do meteorito que abriu a cratera de Thor ao largo da Nazaré e veja como milhões de anos de alterações geológicas fizeram do Maciço Calcário Estremenho uma sucessão de montes e vales, fendas e cavidades, um deserto aparente à superfície, onde a água percorre verdadeiros labirintos subterrâneos.
Climatógrafo – O ciclo da água a 3D
Uma visão a 3D dos 180 km² da bacia de alimentação do Alviela permite contemplar a passagem das estações do ano e as diferenças que estas imprimem no curso da água.
Comande a meteorologia e provoque chuvas ou tempestades, observando de perto as variações no caudal do rio. Perceba ainda porque alberga o Maciço Calcário Estremenho um dos maiores reservatórios de água doce do país.
Quiroptário – Vida de Morcego… o turno da noite
Prenúncio de morte, doença ou azar, vampiros deambulando na noite, são vários os mitos e lendas sobre esta espécie animal de vida silenciosa e discreta. A verdade é que os morcegos são essenciais para o controlo de pragas e, à semelhança de outros animais, também eles estão em perigo de extinção.
Nada melhor para perceber estes mamíferos de duas asas que viver algumas experiências empolgantes, tais como, ficar pendurado de cabeça para baixo, aumentar a capacidade de audição, guiar-se apenas pelo som ou partilhar um espaço ínfimo com mil acompanhantes.
Contactos:
CARSOSCÓPIO – Centro Ciência Viva do Alviela
Louriceira
2380-450 Alcanena
Tel.: 249 881 805
Fax: 249 881 842
Horários:
- 3ª-feira a Domingo – das 10:00h às 18:00h (última admissão às 16:30h)
Tabela de Preços do Centro Ciência Viva do Alviela
Regime Geral
- Criança (≤ 5 anos) - Gratuito
- Estudante - € 3,00
- Adulto - € 5,00
- Sénior - € 3,00
Regime Grupos (mais de 15 pessoas)
- Estudante - € 2,00
- Adulto - € 4,00
- Sénior - € 2,00
Centro de Alojamento
- Saco-cama - € 5,00
- Cama-feita - € 8,00
Recepção (Informações e Marcações):
A recepção do CARSOSCÓPIO – Centro Ciência Viva do Alviela funciona diariamente, no seguinte horário:
- Período de Verão (01 de Junho a 15 de Setembro): das 8:00h às 21:00h
- Período de Inverno (16 de Setembro a 31 de Maio): das 09:00h às 17:30h
Ficha técnica:
Toda a exposição permanente do Centro Ciência Viva do Alviela foi desenvolvida com base em tecnologia 100% nacional, produzida pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria (ESTG-IPL), estando a concepção da ideia e dos conteúdos expositivos a cargo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Também a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Museu Nacional de História Natural e a Universidade Aberta tiveram um contributo bastante importante para o projecto.
Inauguração de exposição sobre Lineu
Nesta quarta-feira, dia 19 de Dezembro, pelas 18.00 horas, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, situado no Largo Marquês de Pombal, em Coimbra, inaugura a exposição temporária A diversidade da vida, 300 anos de Lineu. Diz a organização que estão todos convidados...
Adaptado de post do Blog De Rerum Natura.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Espeleólogos encuentran en Almería un abeto de yeso milenario
"Desde hace ya más de un año el ESPELEO CLUB ALMERÍA viene realizando exploraciones en el Karst en Yesos de Sorbas aplicando una herramienta informática muy interesante. Esta utilidad, el CatSORBAS, se basa en un SIG en la que se inventarían más de 1500 cavidades dentro de este karst. Uno de los parámetros que se almacena en esta gran Base de Datos es un índice de prioridad de cara a futuras exploraciones. La prioridad se mide en función a varios factores: alineamiento de varias entradas, cercanía a grandes sistemas subterráneos, sondeos, testimonios de antiguas exploraciones, etc. Gracias a esta herramienta, desarrollada con la colaboración de la Federación Andaluza de Espeleología y a la Junta de Andalucía, ahora podemos dirigir mejor nuestras exploraciones y obtener un mayor índice de aciertos.Descubrimientos recientes como los de la Sima ADA o la Sima del Anfiteatro son un ejemplo de la utilidad del CatSORBAS.Ahora, el karst de Sorbas, nos desvela un nuevo secreto oculto bajo su superficie. Con este nuevo hallazgo el Karst en Yeso de Sorbas se reafirma como el más importante del mundo. Se trata de un espeleotema de gran belleza. El Pino (ilustraciones 1 y 2), que así es como fue bautizado por los espeleólogos del ECA, es el mejor ejemplar a nivel mundial de una extraña forma geológica conocida técnicamente como Abeto de Yeso.
La primera exploración de la sima de Los Pinos tuvo lugar el 10 de septiembre de 2006. El honor de este descubriendo corresponde a Ada R.C, Alain T., Ángel T. P., Johann H. D, Ignacio L. V. y Jorge V. G. Desde entonces la exploración ha avanzado mucho. Se han descubierto salas, galerías, pozos y sobretodo el espectacular Pino.Espeleogénesis de los “Abetos de Yeso”El profesor de Geología de la Universidad de Almería, José María Calaforra Chordi, explica la génesis de los “Abetos de Yeso” de la siguiente manera.La formación de los espeleotemas denominados “abetos de yeso” (“Christmas Trees” en la literatura anglosajona) responde a una singular conjunción de procesos espeleogenéticos que hace de éstos un espeleotema enormemente peculiar. De hecho, los dos únicos lugares del mundo donde se han encontrado ejemplos notables son el karst en yeso de Sorbas y el de Nuevo México.
Este espeleotema entraría dentro del grupo genérico denominado “coraloides”. La complejidad de procesos que intervienen en su formación podría resumirse en los siguientes apartados:- Fuerte goteo: el espeleotema requiere de un intenso caudal de goteo, constante durante mucho tiempo y distribuido por multitud de puntos- Acción del “splash”: el impacto de las gotas provoca la salpicadura y micronización del agua en la superficie del espeleotema- Capilaridad: el agua asciende por capilaridad entre los cristales del espeleotema hasta sus ápices- Evaporación: leves corrientes de aire provocan la evaporación del agua capilar con el consiguiente crecimiento cristalino del espeleotema- Condensación: el agua evaporada condesa en el techo con la consiguiente corrosión. Esta agua cargada ahora en sulfato cálcio vuelve a gotear en forma de “splash” sobre el espeleotemaEl equilibrio entre los distintos procesos descritos es crucial para que el espleotema siga ascendiendo. Sin embargo, el equilibrio entre condensación- evaporación y disolución-precipitación hace que el espeleotema nunca llegue a alcanzar el techo en su crecimiento.
Problema ambiental
Cuarenta años después siguen encontrándose joyas en el Karst en Yesos de Sorbas. Cada descubrimiento viene a sumar nuevos argumentos para la defensa de este Karst amenazado por la acción destructiva de tres canteras a cielo abierto que extraen yeso. El Espeleo Club Almería descubre, estudia y quiere dar a conocer el karst para que la opinión pública exija a la administración una solución para la protección de este karst único en el mundo. Pensemos que no solo se está perdiendo un entorno subterráneo maravilloso, sino que toda la cuenca del Río de Aguas se ve afectada por la destrucción de su sistema hidrogeológico."
Via Blog Profundezas... post original aqui.
Os Olhos de Água do Alviela e sua importância para as Geociências
1. Olhos de Água do Alviela - exsurgência
É a exsurgência principal a partir da qual nasce o rio Alviela - embora de facto sejam várias exsurgências, algumas temporárias. Penso que se trata, no que diz respeito à quantidade de água, da maior exsurgência portuguesa. A EPAL abasteceu durante muitos anos a partir dela a cidade de Lisboa e ainda hoje abastece alguns municípios importantes da sua cintura. Para quem não sabe, uma exsurgência é um local de onde sai bastante água que circulou difusamente em zona calcária (o carso) dentro de grutas.
2. Canhão da ribeira dos Amiais
Por causa de falhas que fizeram levantar um bloco rochoso de calcário, a ribeira dos Amiais teve de furar esse mesmo bloco, fazendo-o através de uma gruta. O abatimento da parte final da gruta deu origem ao Canhão, com paredes verticais de mais de 20 metros em certos locais e um coberto vegetal fantástico. Eu costumo pular, a partir do rebordo da ponte junto à exsurgência principal do Alviela, para o rebordo da ribeira e de esta para dentro de água, fazendo assim, com os pés molhados, o percurso no canhão, para mostrar um pequeno rápido (uma quedazinha de água), várias marmitas de gigante, algumas pequenas exsurgências e galerias laterais da gruta original. É uma delícia o percurso assim feito...!
4. Perda (sumidouro) da ribeira dos Amiais
No local onde a ribeira dos Amiais começou a escavar o bloco calcário que as forças telúricas iam levantando (dando origem a uma gruta) está a perda (ou sumidouro) da ribeira dos Amiais. Um pouco mais à frente a gruta já abateu e, nessa janela cársica (dolina incipiente), vê-se a ribeira dos Amiais a escavar os calcários e os diversos níveis a que já circulou.
4. Ressurgência da ribeira dos Amiais
No local onde acaba o canhão (onde a gruta ainda não abateu) existe uma das raras ressurgências existentes em Portugal, a ressurgência da ribeira dos Amiais. Para quem não sabe, uma ressurgência é uma exsurgência especial, pois neste caso a água que sai da ressurgência entrou especificamente por um só local (perda ou sumidouro).
5. Percurso pedestre dos Olhos de Água do Alviela
Abrange os locais atrás citados. Com cerca de 1,5 km, é relativamente fácil e delicioso em certas alturas do ano - os medronhos ou as amoras podem ser um extra aliciante...
6. Praia fluvial da Nascente do Alviela
Uma das melhores pais fluviais portuguesas, com bons apoios (embora a comida no café/restaurante não seja grande coisa...). Tem um bom parque de estacionamento, excelente parque de merendas, água de qualidade, caiaques e bicicletes para alugar na época balnear e campo de futebol de praia.
7. FESTAMB
A Festa do Ambiente dos Olhos de Água do Alviela (FESTAMB) é uma montra para tudo que existe em termos de Ambiente e Educação Ambiental em Portugal. Realizando-se sempre no início de Junho, há mais de dez anos que é um momento importante no calendário do Ambiente em Portugal.
8. Desportos de Natureza
Nesta zona podem praticar-se desportos aquáticos (natação e caiaque, entre outros), orientação (na variante federada ou no percurso pedestre), BTT, hipismo, futebol de praia, espeleologia, espeleomergulho, atletismo e escalada, entre outros. Palavras para quê...?
9. Alojamento e Alimentação nos Olhos de Água do Alviela
Para não falar de mais nada, no local existe um Parque de Campismo e Caravanismo, um Centro de Alojamento, excelentes para actividades escolares e geridos pelo Centro Ciência Viva, e ainda um café/restaurante, bem como um bar na época balnear, tudo dentro dos Olhos de Água...
10. Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio
O Centro Ciência Viva do Alviela, espaço interactivo de interpretação e divulgação científica, tecnológica e ambiental, aborda temas relacionados com a evolução geológica da zona das Nascentes do Alviela (Geódromo), o ciclo da água e a influência que o clima tem no mesmo (Climatógrafo) ou a vida dos morcegos cavernícolas, que fazem parte da fauna característica da região (Quiroptário).
11. Instalações da EPAL nos Olhos de Água do Alviela
Embora tendo pouco para ver, são visitáveis. O sistema de recolha de água (que só recolhe a águas das principais exsurgências e consegue separar esta água da que vem da ribeira dos Amiais, ligeiramente poluída...), o início do sistema (condutas) de envio da água, a sua vigilância e monitorização, todo isto pode ser visto com autorização da EPAL.
Agora que já vos aguçámos o apetite, com referências a aspectos geológicos (e a outros para os quais gostariamos que houvesse mais geólogos a tratar...), aqui fica um mapa do GoogleMaps interactivo, com a localização do Centro Ciência Viva do Alviela, em que podem ver como chegar...
Ver mapa maior
Centro Ciência Viva do Alviela (Carsoscópio) finalmente inaugurado
O Presidente da República está convencido que o Carsoscópio, Centro Ciência Viva do Alviela, em Alcanena, «vai ser um sucesso», não escondendo a satisfação por ter experimentado a «adrenalina»
«Foi como sentir a adrenalina sentado no sofá. Faz lembrar as viagens de Júlio Verne. É uma criação virtual extraordinária. Tinha conhecido algo não muito diferente na Exposição Universal de Sevilha. Foi uma sensação que vale a pena experimentar» , disse Aníbal Cavaco Silva na inauguração do 17º Centro Ciência Viva do país.
O Presidente da República falava depois de experimentar os simuladores que lhe permitiram sentir as vivências dos morcegos cavernícolas que habitam na zona, viajar por 175 milhões de anos até às origens mais longínquas do Maciço Calcário Estremenho e ver, a três dimensões, as influências do clima na bacia de alimentação do Alviela.
Cavaco Silva inaugurou, juntamente com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o Centro de Ciência Viva do Alviela, um investimento global de 2,8 milhões de euros (comparticipados por fundos comunitários).
O presidente saudou a parceria entre a Câmara Municipal de Alcanena, o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, onde foram concebidos todos os sistemas tecnológicos do Centro, provando que os cientistas portugueses «podem fazer» este tipo de equipamento.
Cavaco Silva confessou que o nome deste Centro de Ciência Viva, Carsoscópio, o levou «a estudar o Cársio», confessando querer «aprender um pouco mais além» do que leu sobre o assunto.
A curiosidade do presidente foi satisfeita com as experiências virtuais que viveu no Quiroptário, no Geódromo e no Climatógrafo.
Mariano Gago, por seu turno, saudou a «iniciativa, persistência e visão» da câmara municipal de Alcanena, que iniciou em meados da década de 90 uma série de intervenções para valorização, estudo e divulgação do património associado à nascente do Alviela.
Contudo, o ministro alertou para a necessidade do Carsoscópio se dotar de um programa de actividades que torne atractivo um Centro de Ciência Viva que está situado numa região que não é uma grande metrópole.
O Centro inclui um centro de documentação e espaço de acesso gratuito à Internet, sala de formação, auditório, centro de alojamento, bar/refeitório e recepção e loja.
O projecto da autarquia tem como parceiros o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros, o Instituto da Conservação e Biodiversidade e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria.
Conta ainda com os apoios da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa, Museu Nacional de Historia Natural, Universidade Aberta, Sociedade Portuguesa de Espeleologia e Espeleo Clube de Lisboa, Estremadura e Ribatejo.
Lusa/SOL
in O Sol - ver notícia
ADENDA: Já era tempo de inaugurarem esta estrutura (eu já ouvi a indicação de que ia abrir "no próximo Verão..." umas 20 vezes, desde 2003). E o que será o "Cársio" que o nosso Chefe de Estado andou a estudar...?!? Já agora, a primeira imagem foi rapinada do site oficial da Presidência e a 2ª é do autor deste post...
Cavaco Silva e Mariano Gago inauguram o Centro de Ciência Viva em Alcanena
O impedimento de inaugurar o espaço não surgiu só agora. A abertura do Carsoscópio já tinha sido prevista para Setembro de 2005, mas nessa altura dificuldades financeiras levaram ao adiamento da conclusão das obras e a uma espera de dois anos.
A maior atracção no Carsoscópio, que abrirá ao público no domingo, é o Geódromo, um simulador que leva o visitante a uma viagem de 175 milhões de anos, desde o tempo dos dinossáurios até ao século XXI. A placa elevatória permite ver as profundezas das grutas e o embate de um meteorito na Terra. O percurso de hora e meia começa nas grutas onde vivem os morcegos. Ali, no Quiroptário, é possível perceber o modo de vida dos animais. Existe, por exemplo, um capacete de orelhas enormes, que permite experimentar a audição dos morcegos. Os visitantes poderão também experimentar um capacete que, aliado a uma venda nos olhos, permite ter a experiência da orientação através de sonar usada pelos pequenos mamíferos. A viagem segue para o Climatógrafo, uma visão tridimensional sobre a nascente dos Olhos de Água, formada por vários veios de água, cuja origem continua um mistério.
Todo o complexo tem estado a funcionar nos últimos cinco meses a título experimental. Quinhentas crianças de diversas escolas já visitaram o centro e, segundo uma das monitoras, grande parte delas revelou curiosidade e algum conhecimento sobre o que é ensinado no Carsoscópio.
O projecto de ciência viva em Alcanena começou a ser imaginado em 1986. A ideia foi ganhando raízes mas perdeu tempo e em 2001 a candidatura ficou suspensa. Quando finalmente foi possível avançar, em 2003, o projecto era candidatável apenas a um financiamento de fundos comunitários de 50 por cento, sendo o restante valor coberto pela autarquia, uma vez que já não existia apoio financeiro estatal (que inicialmente cobria a restante metade). O custo total rondou os 1,1 milhões de euros, “sem o edifício”.
O vice-presidente Eduardo Marcelino fala na concretização de “um sonho” que representou um peso financeiro para a autarquia. A câmara pretende que a partir de 2009 o Centro de Ciência Viva seja auto-suficiente, ou seja, que consiga arrecadar receitas suficientes para fazer face às despesas. O esforço financeiro que é feito actualmente com o pagamento do pessoal não foi revelado à comunicação social.
in O Mirante - ver notícia
sábado, dezembro 15, 2007
Palestra em Évora
Este investigador Departamento de Geologia - College of William and Mary, Williamsburg, Virgínia - tem realizado vários trabalhos em terraços fluviais, onde tem aplicado esta técnica de datação.
Ambiente, Saúde e Educação – I Congresso Internacional Escolar
Cidade de Braga e Geraz do Minho, Portugal.
No dia 8 o evento terá lugar no Instituto Superior de Saúde do Alto Ave em Geraz do Minho.
Nos dia 9 e 10 terá lugar no Theatro Circo em Braga.
Data
8 a 10 de Maio de 2008.
Destinatários
Educadores, Encarregados de Educação, Pais, Professores, Estudantes, Investigadores, outros profissionais ligados às áreas temáticas do Congresso, empresas e população em geral.
Eixos Principais
- Ambiente;
- Saúde;
- Políticas ambientais e de saúde escolares;
- Formação de profissionais.
Objectivos
- Alertar para as iminentes mudanças climáticas;
- Informar sobre as realidades planetárias;
- Informar sobre os novos problemas de saúde relacionados com a mudança climática;
- Desenvolver conhecimentos, competências e motivação para o auto-cuidado e promoção do bem-estar;
- Sensibilizar os professores para o seu papel enquanto agentes activos na educação das populações;
- Apresentar, partilhar e discutir pedagogias adequadas e inovadoras;
- Criar plataformas de trabalho e cooperação entre as escolas, o poder autárquico e central;
- Criar plataformas de trabalho e cooperação entre as escolas e as universidades;
- Promover os valores humanistas e o rigor científico na resolução de problemas;
- Beneficiar da partilha de experiências pedagógicas geográfica e culturalmente díspares;
- Contribuir para a implementação dos temas ambientais e da saúde na formação de base e contínua dos professores;
- Fomentar a criatividade como ferramenta pedagógica.
Conferência em Lisboa
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Escola na Natureza
Do Blog Ciências Correia Mateus publicamos um post ligeiramente adaptado:
As escolas podem-se inscrever, mediante validação de utilizador (código GIASE) e respectiva palavra-chave.
O principal objectivo do projecto “Escola na Natureza”é facultar a todos os cidadãos formação na área do ambiente e da sustentabilidade. Esta formação ocorre nas Áreas Protegidas (AP’s) nacionais, onde alunos do 8.º ano permanecem dois dias (e uma noite) e onde realizam um conjunto de actividades didácticas elaboradas por técnicos do ICN e das DRE, com o parecer da DGIDC.
O projecto “Escola na Natureza” teve o seu início em 2005 e tem sido desenvolvido através da colaboração entre o Instituto da Conservação da Natureza (ICN), a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e as Direcções Regionais de Educação (DRE), do continente.
O projecto contou com uma fase experimental com duração de dois anos e encontra-se agora na sua fase de expansão. Espera-se a médio prazo envolver todas as AP’s nacionais de forma a oferecer o programa a todos os alunos do 8º Ano de escolaridade. Assim, ao concluírem a escolaridade obrigatória todos os cidadãos terão tido acesso a esta formação.
O principal objectivo do projecto “Escola na Natureza” é facultar a todos os cidadãos formação na área do ambiente e da sustentabilidade. Esta formação ocorre nas Áreas Protegidas (AP’s) nacionais, onde alunos do 8.º ano permanecem dois dias (e uma noite) e onde realizam um conjunto de actividades didácticas elaboradas por técnicos do ICN e das DRE, com o parecer da DGIDC.
As escolas podem-se inscrever, mediante validação de utilizador (código GIASE) e respectiva palavra-chave.