quinta-feira, abril 18, 2024
Monteiro Lobato nasceu há cento e quarenta e dois anos
Postado por Fernando Martins às 01:42 0 bocas
Marcadores: Brasil, Google Doodle, literatura, literatura infantil, Monteiro Lobato, O Sítio do Picapau Amarelo
domingo, abril 07, 2024
Morreu o cartunista brasileiro Ziraldo...
Morreu Ziraldo, o génio que desenhou o Brasil e a infância
Cartoonista corajoso e influência para várias gerações, nome maior da literatura infantil brasileira, criador de O Menino Maluquinho, foi vítima de falência de múltiplos órgãos. Tinha 91 anos.
in Público
Postado por Fernando Martins às 20:24 0 bocas
Marcadores: Brasil, caricaturista, cartunista, dramaturgo, literatura infantil, Menino Maluquinho, pintor, Ziraldo
terça-feira, abril 02, 2024
Hans Christian Andersen nasceu há 219 anos - hoje é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil
Postado por Fernando Martins às 02:19 0 bocas
Marcadores: Dinamarca, Hans Christian Andersen, literatura, literatura infantil
quarta-feira, março 20, 2024
Ilse Losa nasceu há 111 anos
Postado por Fernando Martins às 01:11 0 bocas
Marcadores: Ilse Losa, judeus, literatura, literatura infantil
quinta-feira, janeiro 18, 2024
A. A. Milne, o criador de Winnie-the-Pooh, nasceu há 142 anos
Ele era o pai do livreiro Christopher Robin Milne, em quem o personagem Christopher Robin é baseado.
in Wikipédia
NOTA: nestes dias em que um certo país censura o mais adorável ursinho do mundo, aqui fica como alguns não o querem recordar...
Postado por Fernando Martins às 14:20 0 bocas
Marcadores: A. A. Milne, banda desenhada, censura, China, literatura, literatura infantil, meme, Winnie-the-Pooh
domingo, janeiro 14, 2024
Lewis Carroll morreu há 126 anos...
Postado por Fernando Martins às 01:26 0 bocas
Marcadores: Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll, literatura infantil
sexta-feira, janeiro 12, 2024
Charles Perrault nasceu há 396 anos
Postado por Fernando Martins às 00:39 0 bocas
Marcadores: Charles Perrault, conto de fadas, França, literatura infantil
sábado, janeiro 06, 2024
Ilse Losa morreu há dezoito anos...
Ilse Lieblich Losa (Melle-Buer, 20 de março de 1913 - Porto, 6 de janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica.
Postado por Fernando Martins às 18:00 0 bocas
Marcadores: Ilse Losa, judeus, literatura, literatura infantil
sexta-feira, dezembro 22, 2023
Beatrix Potter morreu há oitenta anos...
Postado por Fernando Martins às 08:00 0 bocas
Marcadores: Beatrix Potter, literatura infantil, Pedro Coelho, Peter Rabbit
terça-feira, novembro 28, 2023
Enid Blyton morreu há cinquenta e cinco anos...
Postado por Fernando Martins às 00:55 0 bocas
Marcadores: Enid Blyton, literatura infantil, Noddy, Os Cinco
sábado, novembro 18, 2023
Saudades de Manuel António Pina...
(imagem daqui)
Os tempos não
Os tempos não vão bons para nós, os mortos.
Fala-se de mais nestes tempos (inclusive cala-se).
As palavras esmagam-se entre o silêncio
que as cerca e o silêncio que transportam.
É pelo hálito que te conheço....no entanto
o mesmo escultor modelou os teus ouvidos
e a minha voz, agora silenciosa porque nestes tempos
fala-se de mais são tempos de poucas palavras.
Falo contigo de mais assim me calo e porque
te pertence esta gramática assim te falta
e eis por que não temos nada a perder e por que é
cada vez mais pesada a paz dos cemitérios.
in Todas as palavras - Poesia reunida (2012) - Manuel António Pina
Postado por Pedro Luna às 08:00 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia
Poesia adequada à data...
TRANSFORMA-SE A COISA ESCRITA NO ESCRITOR
Isto está cheio de gente
falando ao mesmo tempo
e alguma coisa está fora de isto falando de isto
e tudo é sabido em qualquer lugar.
(Chamo-lhe Literatura porque não sei o nome de isto;)
o escritor é uma sombra de uma sombra
o que fala põe-o fora de si
e de tudo o que não existe.
Aquele que quer saber
tem o coração pronto para o
roubo e para a violência
e a alma pronta para o esquecimento.
Manuel António Pina
Postado por Fernando Martins às 08:00 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia, Sabugal
Manuel António Pina nasceu há oitenta anos...
Palavras não
Palavras não me faltam (quem diria o quê?),
faltas-me tu poesia cheia de truques.
De modo que te amo em prosa, eis o
lugar onde guardarei a vida e a morte.
De que outra maneira poderei
assim te percorrer até à perdição?
Porque te perderei para sempre como
o viajante perde o caminho de casa.
E, tendo-te perdido, te perderei para sempre.
Nunca estive tão longe e tão perto de tudo.
Só me faltavas tu para me faltar tudo,
as palavras e o silêncio, sobretudo este.
in Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde (1974) - Manuel António Pina
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia
quinta-feira, novembro 09, 2023
A poetisa Cecília Meireles morreu há 59 anos...
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
Postado por Fernando Martins às 00:59 0 bocas
Marcadores: Açores, Brasil, Cecília Meireles, literatura infantil, modernismo, poesia, Português, Simbolismo
terça-feira, novembro 07, 2023
Poesia de aniversariante de hoje...
Tão velho estou como árvore no inverno,
vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas,
acostumado apenas ao som das músicas,
à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético
dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando
e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada:
já não é a minha, mas a do tempo,
com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu:
mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo,
com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda:
que os destroços, mesmo os da maior glória,
são na verdade só destroços, destroços.
in Poemas (1958) - Cecília Meireles
Postado por Pedro Luna às 12:20 0 bocas
Marcadores: Açores, Brasil, Cecília Meireles, literatura infantil, modernismo, poesia, Português, Simbolismo
terça-feira, outubro 24, 2023
Ziraldo faz hoje 91 anos
Começou a trabalhar no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo), em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista O Cruzeiro em 1957 e posteriormente no Jornal do Brasil, em 1963. Os seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores.
Em 1960 lançou a primeira revista em quadradinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadradinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial. A revista da Turma do Pererê, teve outras passagens pelas bancas, numa edição encadernada pela Editora Primor no ano de 1986 e em formato de almanaque pela Editora Abril na década de 90.
Em 1960 recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prémio Merghantealler, principal prémio da imprensa livre da América Latina.
Foi fundador e posteriormente diretor do periódico O Pasquim, tabloide de oposição ao regime militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5.
Em 1980, lançou o livro "O Menino Maluquinho", o seu maior sucesso editorial, o qual foi mais tarde adaptado na televisão e no cinema. Para televisão, foi adaptado em 2006 pela TV Brasil, chamada Um Menino muito Maluquinho, que durou uma temporada com vinte e seis episódios sob a direção de Anna Muylaert e Cao Hamburger. No cinema, foi adaptado três vezes, a primeira em Menino Maluquinho - O Filme em 1995 e uma sequência em 1998 dirigida por Fernando Meirelles, Menino Maluquinho 2 - A Aventura. A adaptação mais recente da série é Uma Professora Muito Maluquinha de 2010, estrelado por Paolla Oliveira.
Incansável, Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em novas iniciativas. Uma das mais recentes foi a "Revista Bundas", uma publicação de humor sobre o quotidiano que faz uma brincadeira com a revista "Caras", esta, voltada para o dia a dia de festas e ostentação da elite brasileira. Ziraldo foi também o fundador da revista "A Palavra" em 1999.
Ilustrações de Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas "Private Eye" da Inglaterra, "Plexus" da França e "Mad", dos Estados Unidos.
Desde o ano de 2000 participa da "Oficina do Texto", maior iniciativa de coautoria de livros do Mundo, Criada por Samuel Ferrari Lago então diretor do Portal Educacional, onde já ilustrou histórias que ganharam textos de alunos de escolas do Brasil todo, totalizando aproximadamente um milhão de diferentes obras editadas em coautoria com igual número de crianças.
No dia 3 de outubro de 2016 recebeu a Medalha de Honra da Universidade Federal de Minas Gerais em cerimónia presidia pelo reitor Jaime Arturo Ramírez no auditório da reitoria da universidade.
Postado por Fernando Martins às 09:10 0 bocas
Marcadores: Brasil, caricaturista, cartunista, dramaturgo, literatura infantil, Menino Maluquinho, pintor, Ziraldo
quinta-feira, outubro 19, 2023
Saudades de Manuel António Pina...
(imagem daqui)
O regresso
Como quem, vindo de países distantes fora de
si, chega finalmente aonde sempre esteve
e encontra tudo no seu lugar,
o passado no passado, o presente no presente,
assim chega o viajante à tardia idade
em que se confundem ele e o caminho.
Entra então pela primeira vez na sua casa
e deita-se pela primeira vez na sua cama.
Para trás ficaram portos, ilhas, lembranças,
cidades, estações do ano.
E come agora por fim um pão primeiro
sem o sabor de palavras estrangeiras na boca.
in Como se desenha uma casa (2011) - Manuel António Pina
Postado por Geopedrados às 23:32 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia
Porque os Poetas permanecem vivos, enquanto são lembrados...
It's allright, ma...
Está tudo bem, mãe,
estou só a esvair-me em sangue,
o sangue vai e vem,
tenho muito sangue.
Não tenho é paciência,
nem tempo que baste
(nem espaço, deixaste-me
pouco espaço para tanto existência).
Lembranças a menos
faziam-me bem,
e esquecimento também
e sangue e água a menos.
Teria cicatrizado
a ferida do lado,
e eu ressuscitado
pelo lado de dentro.
Que é o lado
por onde estou pregado,
sem mandamento
e sem sofrimento.
Nas tuas mãos
entrego o meu espírito,
seja feita a tua vontade,
e por aí adiante.
Que não se perturbe
nem intimide
o teu coração,
estou só a morrer em vão
in Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina
Postado por Pedro Luna às 01:10 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia, Porto, Sabugal
Manuel António Pina morreu há onze anos...
D’aprés D. Francisco de Quevedo
Também eu ceei com os doze naquela ceia
em que eles comeram e beberam o décimo terceiro.
A ceia fui eu; e o servo; e o que saiu a meio;
e o que inclinou a cabeça no Meu peito.
E traí e fui traído,
e duvidei, e impacientei-me, e descartei-me;
e pus com Ele a mão no prato e posei para o retrato
(embora nada daquilo fizesse sentido).
Não subi aos céus (nem era caso para isso),
mas desci aos infernos (e pela porta de serviço):
comprei e não paguei, faltei a encontros,
cobicei os carros dos outros e as mulheres dos outros.
Agora, como num filme descolorido,
chegou o terceiro dia e nada aconteceu,
e tenho medo de não ter sido comigo,
de não ter sido comido nem ter sido Eu.
in Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina
Postado por Fernando Martins às 00:11 0 bocas
Marcadores: jornalismo, literatura infantil, Manuel António Pina, poesia, Sabugal
sexta-feira, agosto 11, 2023
Enid Blyton nasceu há 126 anos...
Enid Mary Blyton (East Dulwich, Londres, 11 de agosto de 1897 – Hampstead, Londres, 28 de novembro de 1968) foi uma escritora inglesa de livros de aventuras para crianças e adolescentes. É também a criadora original de Noddy e Os Cinco.
No seguimento do sucesso comercial dos seus primeiros trabalhos como Adventures of the Wishing Chair (1937) e The Enchanted Wood (1939), Blyton continuou a construir o seu império literário, algumas vezes com 50 livros por ano, para além dos seus vários contributos em revistas e jornais. A sua escrita era espontânea e tinha origem na sua mente inconsciente; escrevia as suas histórias como se as estivesse a ver de fronte a si. O volume dos seus livros, e a velocidade à qual eram produzidos, criaram boatos sobre a utilização de escritores fantasmas, uma acusação que Blyton recusou veementemente. Enid Blyton inspirou-se nas suas filhas para escrever os livros de colégios internos.
O trabalho de Blyton foi tornando-se controverso no céu dos críticos literários, professores e família, a partir da década de 50, por causa da natureza sem rival dos seus livros, em particular a série sobre Noddy. Algumas livrarias e escolas baniram os seus trabalhos, os quais a BBC se tinha negado a transmitir desde os anos 30 até 50, pois entendiam que não tinham qualquer mérito literário. Os seus livros têm sido criticados como sendo elitistas, sexistas, xenófobos e, pontualmente, com o ambiente liberal que emergia no pós-guerra no Reino Unido, mas, ainda assim, continuam a ser grandes sucessos de venda desde a sua morte, em 1968.
Blyton sentiu a responsabilidade de fornecer aos seus leitores uma forte mensagem moral e incutiu-lhes a ideia de apoiarem causas nobres. Em particular, através de associações que ela criou, ou que apoiava, motivou-os a organizarem e a juntarem os meios financeiros suficientes para ajudar os animais e as crianças.
Postado por Fernando Martins às 01:26 0 bocas
Marcadores: Enid Blyton, literatura infantil, Noddy, Os Cinco