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quarta-feira, março 26, 2025

Beethoven morreu há 198 anos...

 
Ludwig van Beethoven (Bona, batizado em 17 de dezembro de 1770 - Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor alemão, do período de transição entre o classicismo (século XVIII) e o romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade", observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspetos da vida".
    
 

 


terça-feira, março 25, 2025

O músico barroco Johann Adolph Hasse nasceu há 326 anos

  
Johann Adolph Hasse (Bergedorf, 25 de março de 1699 - Veneza, 16 de dezembro de 1783)  foi um cantor, professor de música e compositor alemão do movimento barroco. Viveu e trabalhou na Itália, onde era conhecido como Giovanni Adolfo Hasse.
    
 

segunda-feira, março 24, 2025

A cantora Nena comemora hoje 65 anos...!

 
Nena, nome artístico de Gabriele Susanne Kerner (Hagen, 24 de março de 1960) é uma cantora pop e atriz alemã que ficou internacionalmente conhecida, na década de 80, pela música 99 Luftballons.
      
 

sábado, março 22, 2025

Goethe morreu há cento e noventa e três anos...

 
Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 - Weimar, 22 de março de 1832) foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe tornou-se o mais importante autor do classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.
  

 

Feliz Só Será

 

Feliz só será
A alma que amar.

'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.


 

Johann Wolfgang von Goethe (tradução - Paulo Quintela)

Guilherme I, o primeiro Kaiser do II Reich alemão, nasceu há 228 anos

  
Guilherme I, de nome completo Guilherme Frederico Luís de Hohenzollern (Wilhelm Friedrich Ludwig von Hohenzollern, em alemão; Berlim, 22 de março de 1797 - Berlim, 9 de março de 1888) foi rei da Prússia (de 2 de janeiro de 1861 a 9 de março de 1888) e o primeiro Kaiser (Imperador) da Alemanha unificada (foi Imperador de 18 de janeiro de 1871 a 9 de março de 1888). Pertencia a poderosa Casa de Hohenzollern e era filho de Frederico Guilherme III e da rainha Luísa de Mecklemburg-Strelitz, sucedendo ao seu irmão Frederico Guilherme IV.
Durante o reinado de Guilherme I, ocorreu a transformação da Prússia numa potência capaz de enfrentar nações poderosas que estendeu sua influência a toda a Alemanha e pôs em prática uma política imperial de expansão.
Os reveses da Prússia diante de Napoleão (a derrota em Jena e a ocupação do país) convenceram o então príncipe a combater os franceses, o que o levou a participar dos últimas campanhas contra Napoleão (1814-1815).
Defendia o absolutismo monárquico, tendo um papel relevante na repressão dos movimentos liberais que assolaram a Alemanha nesta época (1848-1849). Em março de 1848, viu-se obrigado a refugiar-se na Inglaterra devido à Revolução de Berlim. Um ano depois, voltou e chefiou as tropas que, na Baviera, instauraram a ordem alterada pelos liberais.
Foi nomeado regente da Prússia depois do seu irmão (Frederico Guilherme IV) ter enlouquecido (1858), e sucedeu-lhe como rei após a sua morte (1861). O seu primeiro objetivo foi dotar a Prússia de poderio militar, para evitar a repetição dos desastres passados. No entanto, teve de enfrentar a oposição do Parlamento, integrado por ricos proprietários, que viam a criação de um poderoso exército profissional como um óbice a suas pretensões de controlar a política do governo. Para enfrentar o Parlamento, Guilherme I nomeou para primeiro-ministro Otto von Bismarck, que se transformou em figura-chave na construção da potência prussiana e da consecução da unidade alemã sob a direção da Prússia. Conseguiu reconstituir o exército prussiano.
Em 1862, dando início à política militarista da Prússia, ligou-se à Áustria para vencer a Dinamarca na Guerra dos Ducados (1864-1865), seguindo-se a guerra austro-prussiana, contra a sua ex-aliada, a Áustria, na qual a Prússia conseguiu anexar alguns territórios, depois da vitória de Sadowa (1866).
   

   

sexta-feira, março 21, 2025

Andrea Luchesi morreu há 224 anos...

 
Andrea Luca Luchesi
(Motta di Livenza, 23 de maio de 1741 - Bona, 21 de março de 1801) foi um compositor italiano da era clássica que foi também um organista notável.
Aos quinze anos foi para Veneza e estudou com famosos músicos, tornando-se rapidamente famoso na Europa central como organista e compositor.
Em 1771 estabeleceu-se em Bona, convidado pelo Príncipe-eleitor de Colónia, e, em 1774, foi nomeado mestre de capela (Kapellmeister) na corte de príncipe. Em 1775 casou-se com Anthonetta d’Anthoin. Escreveu peças para órgão ou cravo, obras instrumentais (concertos, sonatas), composições religiosas, óperas. Foi o precursor da sinfonia da época clássica.
   
 

A derradeira tentativa alemã de ganhar a I Grande Guerra começou há 107 anos

  
A Ofensiva da Primavera de 1918 ou Kaiserschlacht (A Batalha do Kaiser em alemão), também conhecida como a Ofensiva Ludendorff, foi um conjunto de ataques alemães aos Aliados, ao longo da Frente Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial, iniciados a 21 de março de 1918, que marcaram os avanços mais significativos, para ambos os lados, desde o início do conflito em 1914. As forças alemãs tomaram consciência de que a única, e última, hipótese de vitória era derrotar os Aliados antes da entrada das forças norte-americanas, superiores em termos de recursos humanos e materiais. Nesta altura, os alemães tinham uma vantagem temporária em termos de número de homens, com cerca de 50 divisões disponíveis depois da rendição dos russos, após o Tratado de Brest-Litovski.
Foram quatro os ataques alemães com o nome de código Michael, Georgette, Gneisenau e Blücher-Yorck. Michael, o primeiro, constituiu o principal ataque, cujo objetivo era penetrar nas linhas Aliadas, cercar as forças britânicas que defendiam a frente a partir do rio Somme até ao Canal da Mancha e derrotar o Exército Britânico. Quando este objetivo fosse cumprido, esperava-se que os franceses assinassem um armistício. As outras ofensivas dependiam da Michael e e serviam para desviar as atenções dos Aliados da principal ofensiva no Somme.
No entanto, os objetivos estratégicos da operação não existiam. Não foi estabelecido qualquer objetivo claro antes do começo das ofensivas e, já durante as operações, os alvos dos ataques mudavam constantemente de acordo com a situação tática do campo de batalha. Por seu lado, os Aliados concentraram as suas forças principais em zonas essenciais (a aproximação aos portos do Canal e a estação de caminhos-de-ferro de Amiens), deixando o terreno estrategicamente sem valor, destruído por anos de combates, com apenas algumas defesas.
Os alemães também se mostraram incapazes de reforçar as operações com mantimentos e reforços de forma rápida e eficiente de forma a manter a sua vantagem. As forças de ataque rápido alemãs, que lideravam os ataques, não podiam levar comida e munições suficientes para manterem a sua autonomia, e todas as ofensivas alemãs falharam, em parte devido à falta de suprimentos.
No final de abril de 1918, o perigo de uma vitória alemã tinha passado. O Exército Alemão tinha sofrido pesadas baixas e ocupava agora terreno de pouco valor estratégico que se mostrou impossível de manter com os poucos recursos humanos agora disponíveis. Em agosto de 1918, ao Aliados deram início a uma contra-ofensiva utilizando novas técnicas de artilharia e métodos operacionais. A Ofensiva dos Cem Dias resultou na retirada dos alemães ou na expulsão destes de todos os terrenos ganhos na Ofensiva da Primavera, na queda da Linha Hindenburg e na capitulação do Império Alemão, em novembro.
  
Tanque alemão A7V em Roye a 21 de março de 1918
  

Johann Sebastian Bach nasceu há 340 anos

   
Nascido numa família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo se tornou um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia da sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas as suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante da sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande reportório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora as suas cantatas mais maduras revelem bastante influência deste género artístico teatral que foi uma das formas musicais mais populares do período Barroco.
A sua técnica no órgão e cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e tornou-se lendária, sendo considerado o maior virtuoso da sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor o seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi muito popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande músico. A maior parte da sua música caiu no esquecimento após a sua morte, mas a sua recuperação iniciou-se no século XIX e, desde então, o seu prestígio não cessou de crescer. Numa visão contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu género. Entre as suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias das suas cantatas.
   
 

sábado, março 15, 2025

Carolina Michaëlis nasceu há 174 anos...


Carolina Wilhelma Michaëlis de Vasconcelos (Berlim, 15 de março de 1851 - Porto, 22 de outubro de 1925) foi uma crítica literária, escritora, lexicógrafa e professora universitária, tendo sido a primeira mulher a lecionar numa universidade portuguesa, na Universidade de Coimbra, e uma das duas primeiras a entrar na Academia das Ciências. Teve igualmente grande importância como mediadora entre a cultura portuguesa e a cultura alemã. 

 

Família e nascimento

Nascida em Berlim, Prússia, na época parte da Confederação Germânica, a 15 de março de 1851, Carolina Wilhelma Michaëlis era filha do professor liceal de matemática e, mais tarde na universidade de fonética e estenografia, Gustav Michaëlis, e de Henriette Louise Lobeck. Era a mais nova dos cinco filhos do casal, sendo irmã da lexicógrafa e autora dos primeiros dicionários Michaelis, Henriette Michaëlis.

 

Primeiros Anos

Desde muito cedo demonstrou ter uma rara aptidão e gosto pelas línguas e literatura germânica, eslava e latina, tendo ingressado com 7 anos no colégio feminino municipal Luisenschule já a saber ler e escrever. Aos 12 anos de idade tornou-se órfã de mãe. Querendo aprofundar os seus estudos, e apesar do ensino superior ser à época exclusivo para o sexo masculino, dos 16 aos 25 anos foi educada e instruída pelo seu pai, o filólogo Eduard Matzner e pelo romancista e amigo da família Carl Goldbeck que lhe ensinaram filologia clássica e românica, para além de literatura greco-romana, francesa, espanhola e italiana, entre outras.

Em 1867, com apenas 16 anos de idade, Carolina começou a publicar em revistas alemãs da especialidade e, com 20 anos, já trabalhava como tradutora e intérprete para os assuntos da Península Ibérica, no Ministério do Interior alemão, assim como colaborara nas enciclopédias de Brockhaus e Meyer e em várias revistas e periódicos internacionais, como a Bibliografia Crítica de História e Literatura, dirigida por Francisco Adolfo Coelho.

 

 Casamento

Em 1876, durante a sua colaboração luso-germânica e após o polémico caso da "Questão do Fausto", na qual foi bastante criticada a versão traduzida da obra Fausto, de Goëthe, feita por António Feliciano de Castilho, Carolina conheceu Joaquim António da Fonseca de Vasconcelos, musicólogo e historiador de arte português. Com ele, iniciou uma longa correspondência de cartas que, em pouco tempo, se transformou num fervoroso namoro à distância. Ficou conhecido o episódio em que Joaquim António de Vasconcelos, arrebatado e decidido em ir ao encontro da sua amada, em plena terceira guerra carlista, à falta de comboios, decidiu atravessar os Pirenéus a cavalo. Nesse mesmo ano, os dois casaram-se em Berlim e foi dada a dupla cidadania a Carolina.

Após o casamento, o casal mudou-se para Portugal, dividindo o seu tempo entre a localidade de Vasconcelos, no distrito de Braga, e as cidades de Lisboa e Porto, para além da sua casa de férias em Águas Santas. Apesar de ter dedicado esses primeiros anos à sua vida familiar, Carolina Michaëlis de Vasconcelos nunca deixou os estudos e investigações, e em 1877, durante os primeiros meses de gravidez, era frequente vê-la passar as tardes na biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, a recolher dados sobre a língua e a literatura do folclore português, especialmente do período arcaico. Pouco depois tornou-se sócia honorária do Instituto de Línguas Vivas de Berlim e, em dezembro desse mesmo ano, nasceu o seu primeiro e único filho, Carlos Joaquim Michaëlis de Vasconcelos.

  

Investigação literária e carreira profissional

Decidida a investigar mais sobre a literatura, língua e história de Portugal, Carolina Michaëlis de Vasconcelos começou a desenvolver um intenso trabalho de investigação, levando-a a se corresponder com inúmeras figuras da elite intelectual e cultural do país, como escritores, políticos, historiadores, médicos e filólogos, tais como Eugénio de Castro, Antero de Quental, João de Deus de Nogueira Ramos, Henrique Lopes de Mendonça, José Leite de Vasconcelos, Conde de Sabugosa, Teófilo Braga, Trindade Coelho, Anselmo Braamcamp Freire, Sousa Viterbo, Alexandre Herculano, António Egas Moniz e Ricardo Jorge, ou personalidades espanholas, como os escritores Menéndez y Pelayo e Menéndez Pidal, para além de diversas outras figuras de origem francesa, inglesa e alemã.

Pelo seu trabalho na divulgação e valorização da língua portuguesa, em 1901, foi-lhe concedida pelo rei D. Carlos a insígnia de oficial da Real Ordem Militar de Santiago da Espada.

Dez anos depois, em 1911, Carolina Michaëlis de Vasconcelos foi nomeada, por distinção, docente de Filologia Germânica da Universidade de Lisboa, tornando-se na primeira mulher a lecionar numa universidade portuguesa. Um ano depois, por querer estar mais perto da cidade do Porto, pediu transferência para a Universidade de Coimbra, onde viria a reger cinco cursos distintos: dois de Filologia (românica e portuguesa) e três de Língua e Literatura Alemã.

Nesse mesmo ano, foi inscrita e votada para entrar, novamente por mérito, juntamente com Maria Amália Vaz de Carvalho, como membro e sócia da Academia das Ciências de Lisboa, tornando-se assim numa das primeiras mulheres a entrar na prestigiada instituição científica.

Em 1924, dirigiu a revista Lusitânia (1924-1927), uma das publicações de maior projeção cultural em território nacional. 

  

(...)

    

Morte

Faleceu a 22 de outubro de 1925, com 74 anos de idade, no Porto. No seu enterro, escritores, jornalistas e colegas, assim como o Presidente da República, Teixeira Gomes, acompanharam o corpo da escritora desde a sua casa, na Rua de Cedofeita, até ao cemitério de Agramonte.
 

sexta-feira, março 14, 2025

George Philipp Telemann nasceu há 344 anos

 

George Philipp Telemann (Magdeburgo, 14 de março de 1681 - Hamburgo, 25 de junho de 1767) foi um compositor e músico alemão.
     
 

quinta-feira, março 13, 2025

Johann Zoffany nasceu há 292 anos

 
Johann Zoffany
(Frankfurt, 13 de março de 1733 - Strand-on-the-Green, Londres, 11 de novembro de 1810) foi um pintor alemão neoclássico, ativo principalmente na Inglaterra. As suas obras estão em exibição em galerias nacionais britânicas, tais como a National Gallery, em Londres, e na Tate Gallery.
 
Queen Charlotte with her Two Eldest Sons (1765)
 
 
 Autorretrato como David, com a cabeça de Golias, circa 1756
  

quarta-feira, março 12, 2025

Anschluss (e Chechénia, Ossétia do Sul, Abecásia, Transnístria, Crimeia, Donbass e Bielorrússia...) nunca mais

 
Anschluß ou Anschluss é uma palavra do idioma alemão que significa conexão, anexação, afiliação ou adesão. É utilizada em História para se referir à anexação político-militar da Áustria por pela Alemanha nazi em 1938.
Este termo é o oposto à palavra Ausschluß, que caracteriza a exclusão da Áustria no Reino da Prússia.
No tratado de Saint-Germain-en-Laye de 1919, que pôs fim ao Império Austro-Húngaro, o artigo 88º estipulava expressamente que a união de Áustria com Alemanha ficava proibida, mas a maioria dos habitantes que falavam o alemão apoiavam uma união com a Alemanha.
Como se sabe, a Áustria, na tradição do Império Austro-Húngaro, era uma nação multi-étnica e multicultural. Em Viena e nas principais cidades austríacas viviam pessoas que falavam línguas diversas (alemão, húngaro, checo, croata, iídiche etc.) e praticavam as mais diferentes religiões (católicos - cerca de 73,6% da população, luteranos, judeus, cristãos ortodoxos). O imperador da Áustria tinha sido a figura política que tinha dado coesão à sociedade multicultural do Império Austro-Húngaro. Esse papel centralizador não tinha então um correspondente na nova sociedade austríaca. Muitas famílias judaicas, por exemplo, recordavam com saudade esses tempos idos. A nova sociedade austríaca vivia sob o signo do antissemitismo e das dificuldades da coexistência multi-cultural. Muitos austríacos, aqueles que eram de origem germânica (como Adolf Hitler) aspiravam a uma nação livre dessas outras etnias, que desdenhavam. Aos olhos de Hitler, o ideal a seguir era o do pangermanismo: uma nação com uma só língua e etnia.
A 13 de setembro de 1931 uma milícia dos cristãos-socialistas tenta, em vão, tomar o poder na Áustria pelas armas.
Depois da vitória nas eleições de abril de 1932, os nazis não obtiveram a maioria absoluta, o que os leva à oposição. Os nazis austríacos lançam-se numa estratégia de tensão e recorrem ao terrorismo. O chanceler social cristão Engelbert Dollfuss escolhe, em 1933, governar por decreto, dissolve o parlamento, o Partido Comunista da Áustria, o partido nacional-socialista e a poderosa milícia social-democrata, a Schutzbund. O seu regime assemelha-se ao regime fascista, com uma preferência por Benito Mussolini. Dollfuss reprime os social-democratas, que não querem deixar morrer a democracia, seja através de Dollfuss ou dos nazis.
Após dura repressão da polícia, depois de uma insurreição em Linz, em fevereiro de 1934, que causou entre 1.000 e 2.000 mortes, os social-democratas abandonaram o combate e escolheram o exílio.
Enquanto isso os nazis austríacos reforçaram-se e organizaram-se; preferindo um fascismo mais germânico, assassinaram o chanceler Dollfuss, a 25 de junho de 1934, e exterminaram o seu clã, mas o seu golpe de Estado é frustrado.
O novo chanceler, Kurt Schuschnigg, negocia uma trégua com Hitler em Berchtesgaden, em fevereiro de 1938. O acordo é claro: entrada dos nazis no governo e amnistia para os crimes em troca de uma não-intervenção alemã na crise política.
O pacto não serve de nada: Schuschnigg perde o controle do país e vê como último recurso organizar um referendo para beneficiar da legitimidade popular: o exército alemão entra na Áustria a 12 de março e coloca o ministro do interior nazi no lugar de chanceler.
A 13 de março de 1938 a Alemanha anuncia oficialmente a anexação da república austríaca e converte-a numa província do Terceiro Reich. Em 10 de abril, um vergonhoso arremedo de referendo aprova a anexação, com uma taxa de 99% de aprovação, pela população que pode votar.
  

terça-feira, março 11, 2025

Hoje é dia de ouvir cantar Nina Hagen...!

Nina Hagen - 70 anos...!

        
Nina Hagen (nascida Catharina Hagen, no dia 11 de março de 1955, na cidade de Berlim, Alemanha), é uma cantora alemã de grande sucesso internacional, especialmente pelas suas atuações e pela sua extravagância vocal. 
Apesar de ser uma cantora de renome de rock, representante da música popular, anteriormente ela recebeu treino vocal formal como cantora de ópera (o que transparece, por exemplo, na sua interpretação de New York, New York).
          
 

segunda-feira, março 10, 2025

Carl Reinecke morreu há 115 anos

 Carl Reinecke, circa 1905
       
Carl Heinrich Carsten Reinecke (Altona, Hamburgo, 23 de junho de 1824Leipzig, 10 de março de 1910) foi um compositor, professor e pianista alemão.
  
Biografia

Reinecke nasceu em Altona, na época parte do ducado de Holstein e governada, em união pessoal, pelo rei da Dinamarca, hoje um distrito de Hamburgo. Filho de Johann Peter Rudolph Reinecke, um professor de música, Carl começa a compor aos sete anos, vindo a se apresentar como pianista a partir de seus doze anos de idade.

Realizou a sua primeira excursão musical em 1843, fato que o conduziu, em 1846, a sua nomeação como Pianista da Corte de Cristiano VIII em Copenhaga, onde permaneceu até 1848. Durante o período escreveu quatro concertos para o piano e várias cadenzas para outras obras, inclusive um grande grupo publicado como seu opus 87. Escreveu também concertos para violino, violoncelo, harpa e flauta.

Em 1851 torna-se professor no Conservatório de Colônia. Nos anos seguintes foi apontado como diretor musical em Barmen, também se tornou diretor musical e académico e maestro da Singakademie de Wrocław (Breslau).

Em 1860, Reinecke é nomeado diretor da Orquestra Gewandhaus em Leipzig, onde permanece até 1895, e professor de composição e piano no conservatório da cidade. Em 1865 o Quarteto Gewandhaus apresenta pela primeira vez seu quinteto para piano e em 1892 seu quarteto de cordas em ré maior.

A obra mais conhecida de Reinecke é a sonata para flauta Ondina, mas ele é também lembrado como um dos mais influentes e versáteis músicos de seu tempo. Como professor, deu aulas para grandes nomes da música.

Após sua retirada dedicou o seu tempo à composição, inclusive de diversas óperas. Carl Reinecke morreu em Leipzig aos 85 anos.

 

    

 

domingo, março 09, 2025

Guilherme I, o primeiro Kaiser do II Reich alemão, morreu há 137 anos

   
Guilherme I
(Berlim, 22 de março de 1797 – Berlim, 9 de março de 1888) foi o Rei da Prússia de 1861 até à sua morte e também o primeiro Imperador do unificado Império Alemão, a partir de 1871. Sob a sua liderança como chefe de estado e do seu chefe de governo, Otto von Bismarck, a Prússia encabeçou a Unificação Alemã e por consequência o (re)estabelecimento do Império Alemão (a Alemanha moderna como conhecemos hoje, porém com território maior). Apesar do apoio que dava ao chanceler do império, o soberano tinha muitas reservas sobre algumas das políticas mais reacionárias do político, incluindo o seu anti-catolicismo e a severidade com os subordinados. Ao contrário de Bismarck, o imperador foi descrito como cavalheiresco, educado e refinado, e apesar de manter um firme conservadorismo, tinha uma mentalidade mais aberta a certas ideias clássicas liberais que o seu neto Guilherme II, porém muito menos que o seu filho, e breve sucessor, Frederico III.
  
  

sábado, março 08, 2025

Ferdinand von Zeppelin morreu há 108 anos...

    
Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (Constança, 8 de julho de 1838 - Berlim, 8 de março de 1917) foi um nobre e militar, general alemão, fundador da companhia dirigível Zeppelin.
O nome da banda de rock britânica Led Zeppelin remete para os balões de Ferdinand. A Kriegsmarine desenvolveu o projeto para a construção de um porta-aviões batizado Graf Zeppelin em homenagem ao conde.
    
(...)
    
Primeira ascensão do LZ-1 em 2 de julho de 1900
  
Zeppelin, baseado nas ideias de Schwartz, um engenheiro austríaco que havia tentado construir um balão de alumínio em 1887, projetou um aeróstato sob comando, partindo então para tentativas arrojadas, em Friedrichshafen, onde morava.
Além de orientar a edificação de uma fábrica de alumínio, o ousado conde iniciou a construção e montagem dos primeiros dirigíveis rígidos em 1889, e, a despeito das dificuldades, terminou o seu primeiro modelo no ano seguinte. No entanto, o protótipo LZ-1 somente foi aprovado cinco anos depois, sendo que os modelos testados levavam as iniciais LZ, de Ludwig (assistente do conde) e do próprio Zeppelin, antecedendo a numeração.
Apesar do seu projeto ter sido rejeitado pelo Kaiser Guilherme II em 1894, o nobre militar, contando com o apoio da população do povoado na margem do Lago Constança e utilizando todos os seus recursos financeiros, empenhou-se na construção de aeronaves com estrutura rígida, numa época em que os balões carregados de gás tinham estrutura flexível.
Em 2 de julho de 1900, fez o voo inaugural do LZ-1, às margens do lago Constança. Porém, o tecido que cobria a estrutura de alumínio do balão rompeu-se na aterragem; mas o milionário não desistiu. Já estava na bancarrota quando, em 1908, ganhou fama com o LZ-4, ao cruzar os Alpes, numa viagem de 12 horas, sem escalas. Daí por diante, Zeppelin pôde contar com o dinheiro do governo alemão nas suas façanhas e os seus dirigíveis transformaram-se em orgulho nacional. Zeppelin instituiu a primeira companhia aérea, a Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, em 1909, com uma frota de cinco dirigíveis. Até 1914, quando iniciou a Primeira Grande Guerra, foram mais de 150 mil quilómetros voados, 1.600 voos e mais de 37 mil passageiros transportados. Durante o conflito mundial, ao lado dos nascentes aviões, os dirigíveis alemães foram utilizados para bombardear Paris. Ao longo de sua vida, Zeppelin construiu mais de 100 dirigíveis.
     
Brasão do Conde Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin
 

quinta-feira, março 06, 2025

O pastor Martin Niemoller morreu há 41 anos...

    
Martin Niemöller (Lippstadt, 14 de janeiro de 1892 - Wiesbaden, 6 de março de 1984) foi um pastor luterano alemão. Em 1966 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Desde a década de 80 tornou-se conhecido pela sua adaptação de um poema Vladimir Maiakovski, "Quando os nazis vieram atrás dos comunistas".
    
Biografia
Filho de um pastor luterano, foi educado na fidelidade ao Imperador e com sentimentos patrióticos alemães. Depois de concluir o curso secundário, ingressou na Marinha como soldado de carreira. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como comandante de submarino, vindo a ser condecorado com a Cruz de Ferro. Após a guerra, viveu durante algum tempo em Freikorps e estudou Teologia. Em 1931, foi ordenado pastor da Igreja de Santa Ana em Dahlen, um subúrbio de Berlim.
Mesmo depois de formar-se em Teologia, ele permaneceu fiel à sua ideologia patriótica e conservadora. Porém, após a subida dos nazis ao poder, em 1933, Niemöller – então pároco em Berlim-Dahlem – entrou num conflito crescente com o novo governo. Inicialmente, ele concordava com o antagonismo dos Nazis ao Comunismo e à República de Weimar, mas ficou alarmado com a tentativa de Hitler em dominar a Igreja Evangélica (Luterana ou Reformada) impondo-lhe o movimento neopagão dos "Cristãos Germânicos" da Igreja do Reich e de seu bispo Ludwig Müller. Sendo nacionalista e não estando inteiramente livre de preconceitos anti-semitas, Niemöller protesta decididamente contra a aplicação do "parágrafo ariano" na Igreja e a falsificação da doutrina bíblica pelos cristãos alemães de ideologia nazi. Para impedir a segregação de cristãos de origem judaica, ele criou no outono de 1933, com Dietrich Bonhöffer, a Pfarrernotbund ("Liga Pastoral de Emergência") para apoiar os pastores não-arianos ou casados com não-arianas, que foi transformada na Bekennende Kirche (Igreja Confessante) em 1934. A Igreja Confessante recusou obediência à direção oficial da Igreja Evangélica, tornando-se um importante centro de resistência alemã protestante ao regime nazi.
Em 1934, Niemöller acreditava ainda que poderia discutir com os novos donos do poder. Numa receção na Chancelaria em Berlim, ele contestou Hitler, que queria eximir a Igreja de toda responsabilidade pelas questões "terrenas" do povo alemão:
"Ele me estendeu a mão e eu aproveitei a oportunidade. Segurei a sua mão fortemente e disse: 'Sr. Chanceler, o senhor disse que devemos deixar em suas mãos o povo alemão, mas a responsabilidade pelo nosso povo foi posta na nossa consciência por alguém inteiramente diferente'. Então, ele puxou a sua mão, dirigindo-se ao próximo e não disse mais nenhuma palavra."
  
Perseguição nazi
A partir deste incidente, Niemöller fica cada vez mais na mira do regime. É observado pela Gestapo e proibido de fazer pregações, o que não aceita. Em 1935, é preso pela primeira vez e logo libertado. Martin Niemöller já era tido nessa época como o mais importante porta-voz da resistência protestante. No verão de 1937, ele pregava:
E quem como eu, que não viu nada a seu lado no ofício religioso vespertino de anteontem, a não ser três jovens policiais da Gestapo – três jovens que certamente foram batizados um dia em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e que certamente juraram fidelidade ao seu Salvador na cerimónia de crisma, e agora são enviados para armar ciladas à comunidade de Jesus Cristo –, não esquece facilmente o ultraje à Igreja e deseja clamar 'Senhor, tende piedade' de forma bem profunda.
Em julho de 1937, Niemöller foi preso novamente. Passados cerca de sete meses, no dia 7 de fevereiro de 1938, começou então o seu processo diante do Tribunal Especial II em Berlim-Moabit. Segundo a acusação, Martin Niemöller teria criticado as medidas do governo nas suas pregações "de maneira ameaçadora para a paz pública", teria feito "declarações hostis e provocadores" sobre alguns ministros do Reich e, com isto, transgredido o "parágrafo do Chanceler" e a "lei da perfídia". A sentença: sete meses de prisão, bem como dois mil marcos de multa.
Os juízes consideraram a pena como cumprida, em função do longo tempo de prisão preventiva. Niemöller deveria, assim, ter deixado a sala do tribunal como homem livre. Para Hitler, no entanto, a sentença pareceu muito suave. Ele enviou o pastor como seu "prisioneiro pessoal" para um campo de concentração. Até o fim da guerra, durante mais de sete anos, Martin Niemöller permaneceu preso – inicialmente, no campo de concentração de Sachsenhausen, depois no de Dachau.
   
Frases célebres
Niemöller é o autor de uma adaptação de um célebre poema de Vladimir MaiakovskiE Não Sobrou Ninguém” tratando sobre o significado do regime nazi na Alemanha:
  

E Não Sobrou Ninguém

Quando os nazis levaram os comunistas,
eu calei-me,
porque, afinal,
eu não era comunista.

Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu calei-me,
porque, afinal,
eu não era social-democrata.

Quando eles levaram os sindicalistas,
eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era sindicalista.

Quando levaram os judeus,
eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era judeu.

Quando eles me levaram,
não havia mais quem protestasse.