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sábado, dezembro 20, 2025

Camané - 58 anos

      
Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos, conhecido por Camané (Oeiras, 21 de dezembro de 1967), é um fadista português, irmão mais velho dos também fadistas Hélder Moutinho e Pedro Moutinho.
   

Bobby Darin morreu há cinquenta e dois anos...

      
Bobby Darin, nascido Walden Robert Cassotto (Harlem, Nova Iorque, 14 de maio de 1936 - Los Angeles, 20 de dezembro de 1973) foi um cantor e ator norte-americano.
 
Biografia

Viveu uma existência dramática, vindo do nada até atingir o estrelato. Bobby Darin, desde seu nascimento, enfrentou diversas dificuldades, a começar quando, ainda em sua infância, o médico após examiná-lo, constatou que ele sofria de problemas cardíacos e lhe estimou pouco tempo de vida, devido a tamanha gravidade da sua enfermidade. Por isso decidiu viver a sua vida de maneira muito intensa. Viveu como se todo dia fosse o último.

Bobby é um exemplo de superação de sensibilidade, que encontra forças nas suas lembranças de infância, que ele nunca esqueceu, para enfrentar a vida com alegria e acima de tudo muito talento.

Entretanto, Bobby foi um conquistador, um vencedor nato, para começar venceu uma infância extremamente difícil, porque além de ficar recluso por causa da doença, sem poder brincar como as outras crianças, não conheceu o pai, pois este abandonou a sua mãe.

Bobby cresceu num bairro pobre, e mesmo contra as recomendações do médico e da sua mãe de não fazer muitos esforços, tornou-se mais tarde umas das maiores estrelas da América.

Os seus maiores sucessos foram as canções "Dream Lover" e "Splish Splash".

A sua carreira começou graças à sua 'mãe', Holly, que ao descobrir que o filho talvez não chegasse aos 15 anos, o incentivou a aprender a tocar vários instrumentos.

Quando foi à Itália gravar "Quando Setembro Vier" conheceu no set aquela que seria a sua esposa, a também atriz Sandra Dee. Fez de tudo para conquistá-la e acabou conseguindo, mas a mãe da atriz nunca aceitou o romance deles e tentou separá-los, mas não deu certo.

Bobby Darin casou-se com Sandra Dee em 1960, no dia seguinte ao fim das gravações. Embora a amasse de verdade, Bobby começa a brilhar mais do que sua companheira no cinema, concorre ao Óscar e seu brilho apaga o da sua mulher. Este talvez tenha sido o seu maior problema no relacionamento. A estrela de Darin ofuscava a da sua esposa. Em 1961, nasce o seu único filho, Dodd Mitchell Darin, e ele divorcia-se em 1967.

Lutando muito, dia após dia, percorreu um caminho que o levou dos duvidosos clubes noturnos até ao seu destino de sonho, o Copacabana, onde levou multidões ao delírio com as suas interpretações. Ele era o máximo, tanto quando cantava, quanto quando escrevia as canções ou quando tocava, apesar da doença que o perseguia desde a sua infância.

Isolado e confuso, foi obrigado a confiar nos seus amigos, na família e no seu extraordinário talento para acalmar os seus demónios e aceitar quem era e o que a sua vida significou.

Foi indicado a um Óscar e ganhou um Grammy.

Por causa de Sandra (Sandy como costumava chamar), Bobby interrompeu a sua carreira para se dedicar mais a sua vida particular, e isso fez com que a sua fama fosse por água abaixo.

Em tempos de guerra, tentando uma volta por cima, Bobby começa a apoiar o presidente John Kennedy e escreve músicas sobre a Guerra do Vietname. A sua esplendorosa volta ao palco aconteceu antes de sua morte. Só aí apresenta a sua verdadeira mãe, Nina, pois só naquela época descobre que a sua suposta irmã mais velha era, na verdade, a sua mãe, que o teve ainda jovem e não pode assumi-lo devido ao facto de ser mãe solteira e não saber quem era o pai de Darin, isso com certeza foi uma das maiores deceções da sua vida. Para não ser chamado de bastardo na época, a sua mãe deu-o para a sua avó, Holly, que era considerada por ele a sua verdadeira mãe.

Darin faleceu no dia 20 de dezembro de 1973, após uma cirurgia no coração. Existe um filme contando a sua história, chama-se "Uma vida sem Limites".

A música tema do filme Procurando Nemo é uma de suas obras, seu nome é Beyond the Sea, interpretada por Robbie Williams.

Em 2007, a versão de Beyond The Sea, na voz de Bobby Darin, foi incluída na banda sonora do jogo BioShock, da empresa Irrational Games.

 
      
 

Artur Paredes morreu há quarenta e cinco anos...

(imagem daqui)
  
Artur Paredes (Coimbra, 10 de maio de 1899 - Lisboa, 20 de dezembro de 1980) foi um compositor e intérprete de guitarra portuguesa. Considerado o criador de uma sonoridade própria para a guitarra de Coimbra, distinguindo-a assim da guitarra de Lisboa, nasceu numa família de músicos, pois o seu pai era o também guitarrista Gonçalo Paredes, também compositor. O seu filho foi Carlos Paredes, nascido em 1925, que também se tornou guitarrista. Artur Paredes revolucionou a afinação e o estilo de acompanhamento para a canção/fado de Coimbra, acrescentando o seu nome aos autores mais progressistas e inovadores.
     
 

Arthur Rubinstein morreu há 43 anos...

  
Arthur Rubinstein (Łódź, 28 de janeiro de 1887 - Genebra, 20 de dezembro de 1982) foi um pianista polaco e judeu, naturalizado norte-americano, muito conhecido como um dos melhores pianistas virtuosos do século XX. Foi aclamado internacionalmente pelas suas performances da música de Chopin e Brahms.
  
 

Peter Criss, primeiro baterista dos Kiss, comemora hoje oitenta anos...!

Criss in 2025
  

George Peter John Criscuola (Brooklyn, New York, December 20, 1945), better known by his stage name Peter Criss, is an American retired musician and actor, best known as a co-founder, original drummer, and vocalist of the hard rock band Kiss. Criss established the Catman character for his Kiss persona. Criss possesses a powerful, raspy voice. In 2014, he was inducted into the Rock and Roll Hall of Fame as a member of Kiss.

 

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in Wikipédia

 

Hoje é dia de ouvir Alan Parsons...

Música adequada à data...

Música de aniversariante de hoje...

sexta-feira, dezembro 19, 2025

Música adequada à data...

 

Amália Rodrigues - Gaivota
Poema: Alexandre O'Neill
Música: Alain Oulman

 

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

Música adequada à data...

Música, com poema, adequada à data...

 

 

Perfilados de Medo - José Mário Branco
Poema de Alexandre O'Neil e música de José Mário Branco

Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura.

Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.

Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.

Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...

 

in Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - LP de 1971 

Phil Ochs nasceu há 85 anos...

    
Philip David "Phil" Ochs (El Paso, Texas, December 19, 1940 – Far Rockaway, New York City, April 9, 1976) was an American protest singer (or, as he preferred, a topical singer) and songwriter who was known for his sharp wit, sardonic humor, earnest humanism, political activism, insightful and alliterative lyrics, and distinctive voice. He wrote hundreds of songs in the 60s and '70s and released eight albums.
    
(...)
    
After years of prolific writing in the 1960s, Ochs's mental stability declined in the 1970s. He eventually succumbed to a number of problems including bipolar disorder and alcoholism, and took his own life in 1976.
     
 

Maurice White, dos Earth, Wind & Fire, nasceu há oitenta e quatro anos...

  
Maurice White (Memphis, Tennessee, 19 de dezembro de 1941 - Los Angeles, 3 de fevereiro de 2016) foi grande cantor e instrumentista. Conhecido como um dos grandes compositores mundiais, foi o fundador de umas das bandas mais famosas do mundo, os Earth, Wind & Fire.
   
 

Jimmy Bain nasceu há 78 anos...

      
Jimmy Bain (Newtonmore, Highland, 19 de dezembro de 1947 – Bahamas, 24 de janeiro de 2016) foi um baixista escocês, famoso por ter tocado nas bandas Rainbow e Dio com Ronnie James Dio. Ele também trabalhou com o vocalista dos Thin Lizzy, Phil Lynott, co-escrevendo canções para os seus álbuns a solo.

 

 

Lars Ulrich, baterista dos Metallica, faz hoje 62 anos

    
Lars Ulrich (Gentofte, 26 de dezembro de 1963) é um empresário, ator e músico dinamarquês, mais conhecido por ser o baterista e o principal fundador da banda norte-americana de thrash metal Metallica. É filho do tenista Torben Ulrich. Em 2004, a revista Kerrang! elegeu Lars a 9° personalidade de maior influência no mundo do rock. Atualmente ocupa o 5° lugar na lista dos bateristas mais ricos do mundo.

 

Limahl celebra hoje 67 anos

    
Christopher Hamill (Pemberton, 19 de dezembro de 1958), mais conhecido pelo nome artístico de Limahl, é um cantor britânico que alcançou fama mundial como vocalista da banda britânica de synthpop e new wave Kajagoogoo, antes de seguir para uma carreira a solo. O seu maior sucesso foi "The Never Ending Story" (1984), tema da banda sonora do filme homónimo

   

in Wikipédia

 

Édith Piaf nasceu há 110 anos...

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2a/%C3%89dith_Piaf_914-6440.jpg/640px-%C3%89dith_Piaf_914-6440.jpg
  
Édith Giovanna Gassion, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Plascassier, 11 de outubro de 1963), ou simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.
O seu canto expressava claramente a sua trágica história de vida. Entre os seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros com o título "Piaf – Um Hino ao Amor" e em Portugal "La Vie En Rose" (originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), com direção de Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Atualmente o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.
    
 

Alexandre O'Neill nasceu há cento e um anos...

(imagem daqui)
  
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões (Lisboa, 19 de dezembro de 1924 - Lisboa, 21 de agosto de 1986) foi um importante poeta do movimento surrealista português. Era descendente de irlandeses.
Autodidacta, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. É nesta corrente que publica a sua primeira obra, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, mas o grupo rapidamente se desdobra e acaba. As influências surrealistas permanecem visíveis nas obras dele, que além dos livros de poesia incluem prosa, discos de poesia, traduções e antologias. Não conseguindo viver apenas da sua arte, o autor alargou a sua acção à publicidade. É da sua autoria o lema publicitário «Há mar e mar, há ir e voltar». Foi várias vezes preso pela polícia política, a PIDE.
  
Os começos
Em 1943, com dezassete anos, publicou os primeiros versos num jornal de Amarante, o Flor do Tâmega. Apesar de ter recebido prémios literários no Colégio Valsassina, esta atividade não foi grandemente incentivada pela família.
Datam do ano de 1947 duas cartas de Alexandre O'Neill que demonstram o seu interesse pelo surrealismo, dizendo numa delas (de outubro) possuir já os manifestos de Breton e a Histoire du Surrealisme de M. Nadeau. Nesse mesmo ano, O'Neill, Mário Cesariny e Mário Domingues começam a fazer experiências a nível da linguagem, na linha do surrealismo, sobretudo com os seus Cadáveres Esquisitos e Diálogos Automáticos, que conduziam ao desmembramento do sentido lógico dos textos e à pluralidade de sentidos.
Por volta de 1948, fundou o Grupo Surrealista de Lisboa com Mário Cesariny, José-Augusto França, António Domingues, Fernando Azevedo, Moniz Pereira, António Pedro e Vespeira. As primeiras reuniões ocorreram na Pastelaria Mexicana. As posições antineorealistas eram frontais e provocatórias, tal como as atitudes contra o regime: em abril, o Grupo retira a sua colaboração da III Exposição Geral de Artes Plásticas, por recusar a censura prévia que a comissão organizadora decidira impor. Com a saída de Cesariny, em agosto de 1948, o grupo cindiu-se em dois, dando origem ao Grupo Surrealista Dissidente (que integrou, além do próprio Cesariny, personalidades como António Maria Lisboa e Pedro Oom).
Em 1949, tiveram lugar as principais manifestações do movimento surrealista em Portugal, como a Exposição do Grupo Surrealista de Lisboa (em janeiro), onde expuseram Alexandre O'Neill, António Dacosta, António Pedro, Fernando de Azevedo, João Moniz Pereira, José-Augusto França e Vespeira. Nessa ocasião, Alexandre O'Neill publicou A Ampola Miraculosa como um dos primeiros números dos Cadernos Surrealistas. A obra, constituída por 15 imagens e respectivas legendas, sem nenhum nexo lógico entre a imagem e legenda, poderá ser considerada paradigmática do surrealismo português.
  
A estreia
Depois de uma fase de ataques pessoais entre os dois grupos surrealistas (1950-52) e a extinção de ambos os grupos, o surrealismo continuou a manifestar-se na produção individual de alguns autores, incluindo o próprio Alexandre O'Neill. Em 1951, no "Pequeno Aviso do Autor ao Leitor", inserido em Tempo de Fantasmas, ele demarcou-se como surrealista. Nessa mesma obra, sobretudo na primeira parte, Exercícios de Estilo (1947-49), a influência deste corrente manifesta-se em poemas como "Diálogos Falhados", "Inventário" ou "A Central das Frases" e na insistência em motivos comuns a muitos poetas surrealistas, como a bicicleta e a máquina de costura.
  
Política
Neste primeiro livro de poesia inclui o poema que o tornou célebre, "Um Adeus Português", originado num episódio biográfico que o próprio viria a contar, muitos anos mais tarde: no início de 1950, estivera em Lisboa Nora Mitrani, enviada do surrealismo francês para fazer uma conferência. Conheceu O’Neill e apaixonaram-se. Meses mais tarde, querendo juntar-se-lhe em Paris, O’Neill foi chamado à PIDE e interrogado. Por pressão de uma pessoa da família, foi-lhe negado o passaporte. Coagido a ficar em Portugal, não voltaria a ver Nora Mitrani.
Não foi, de resto, a única vez que Alexandre O’Neill foi confrontado com a polícia política. Em 1953, esteve preso vinte e um dias no Estabelecimento Prisional de Caxias, por ter ido esperar Maria Lamas, regressada do Congresso Mundial da Paz em Viena. A partir desta data, passou a ser vigiado pela PIDE. No entanto, sendo um oposicionista, não militou em nenhum partido político, nem durante o Estado Novo, nem a seguir ao 25 de Abril – conhece-se-lhe uma breve ligação ao MUD juvenil, na altura em que abandona o Grupo Surrealista de Lisboa. A partir desta época, O’Neill foi-se distanciando de grupos ou tertúlias, demasiado irónico e cioso do seu individualismo para se envolver seriamente em qualquer militância partidária.
  
A obra literária
Em 1958, com a edição de No Reino da Dinamarca, Alexandre O’Neill viu-se reconhecido como poeta. Na década de 1960, provavelmente a mais produtiva literariamente, foi publicando livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções.
A poesia de Alexandre O'Neill concilia uma atitude de vanguarda, (surrealismo e experiências próximas do concretismo) - que se manifesta no carácter lúdico do seu jogo com as palavras, no seu bestiário, que evidencia o lado surreal do real, ou nos típicos «inventários» surrealistas - com a influência da tradição literária (de autores como Nicolau Tolentino e o abade de Jazente, por exemplo).
Os seus textos caracterizam-se por uma intensa sátira a Portugal e aos portugueses, destruindo a imagem de um proletariado heróico criada pelo neorealismo, a que contrapõe a vida mesquinha, a dor do quotidiano, vista no entanto sem dramatismos, ironicamente, numa alternância entre a constatação do absurdo da vida e o humor como única forma de se lhe opor.
Temas como a solidão, o amor, o sonho, a passagem do tempo ou a morte, conduzem ao medo (veja-se "O Poema Pouco Original do Medo", com a sua figuração simbólica do rato) e/ou à revolta, de que o homem só poderá libertar-se através do humor, contrabalançado por vezes por um tom discretamente sentimental, revelador de um certo desespero perante o marasmo do país - "meu remorso, meu remorso de todos nós". Este humor é, muitas vezes, manifestado numa linguagem que parodia discursos estereotipados, como os discursos oficiais ou publicitários, ou que reflecte a própria organização social, pela integração nela operada do calão, da gíria, de lugares-comuns pequeno-burgueses, de onomatopeias ou de neologismos inventados pelo autor.
Encontra-se colaboração da sua autoria no semanário Mundo Literário (1946-1948).
     
A vida privada e profissional
Alexandre O’Neill, apesar de nunca ter sido um escritor profissional, viveu sempre da sua escrita ou de trabalhos relacionados com livros. Em 1946, tornou-se escriturário, na Caixa de Previdência dos Profissionais do Comércio. Permaneceu neste emprego até 1952. A partir de 1957, começou a escrever para os jornais, primeiro esporadicamente, depois, nas décadas seguintes, assinando colunas regulares no Diário de Lisboa, n’A Capital e, nos anos 1980, no Jornal de Letras, escrevendo indiferentemente prosa e poesia, que reeditava mais tarde em livro, à maneira dos folhetinistas do século XIX.
Em 1959 iniciou-se como redator de publicidade, actividade que se tornaria definitivamente o seu ganha-pão. Ficaram famosos no meio alguns slogans publicitários da sua autoria, e um houve que se converteu em provérbio: "Há mar e mar, há ir e voltar". Tinha entretanto abandonado definitivamente a casa dos pais, casando com Noémia Delgado, de quem teve um filho, Alexandre. Nesta época, instalou-se no Príncipe Real, bairro lisboeta onde haveria de decorrer grande parte da sua vida, e que levaria para a sua escrita. Neste bairro, encontraria Pamela Ineichen, com quem manteve uma relação amorosa durante a década de 1960. Mais tarde, em 1971, casará com Teresa Gouveia, mãe do seu segundo filho, Afonso, nascido em 1976.
Fez ainda parte da redacção da revista Almanaque (1959-61), publicação arrojada com grafismo de Sebastião Rodrigues onde colaboravam, entre outros, José Cardoso Pires, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Abelaira e João Abel Manta.
A sua atracção por outros meios de comunicação, que não a palavra escrita, é testemunhada pela letra do fado "Gaivota" destinada à voz de Amália, com música de Alain Oulman, tal como a colaboração, nos anos 1970, em programas televisivos (fora, aliás, crítico de televisão sob o pseudónimo de A. Jazente), ou em guiões de filmes e em peças de teatro. Em 1982 recebeu o prémio da Associação de Críticos Literários.
Mas a doença começava a atormentá-lo. Em 1976, sofre um ataque cardíaco, que o poeta admitiu dever-se à vida desregrada que sempre tinha sido a sua, e que, apesar de algum esforço em contrário, continuou a ser. No início dos anos 1980, já divorciado de Teresa Gouveia, repartia o seu tempo entre a casa da Rua da Escola Politécnica e a vila de Constância. Em 1984, sofreu um acidente vascular cerebral, antecipatório daquele que, em abril de 1986, o levaria ao internamento prolongado no Hospital.
Alexandre O'Neill morreu a 21 de agosto de de 1986, em Lisboa.
A 10 de junho de 1990, a título póstumo, foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
       

   

SIGAMOS O CHERNE
 
 
Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...
   
Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...
 
Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...
   
 
  
Alexandre O’Neill

Lady Sovereign faz hoje quarenta anos

   
 
Louise Amanda Harman (Wembley, Londres, 19 de dezembro, 1985), conhecida como Lady Sovereign, é uma rapper inglesa.
 

Filha de Lynette Allred e Aden Harman, Louise Amanda Harman tem outros dois irmãos Cloe (mais velha) e Richie (mais novo).

Sovereign foi criada em Chalkhill Estate, localizado no noroeste de Londres, em um conjunto habitacional conhecido por sua criminalidade. Apesar de crescer em um ambiente propicio à criminalidade, Sovereign se focou na união e amizade encontrada na comunidade de Chalkhill, tornando-se famosa, popularidade essa que mesmo jovem já tinha credibilidade de sobra em sua comunidade. Influenciada pelos álbuns do Salt-N-Pepa da sua mãe, Sovereign começou a escrever os seus próprios raps aos 14 anos. O início de sua carreira pode-se dizer que começou com a internet, onde sempre postava suas letras no fórum dos fãs do grupo So Solid Crew, em sua rimas contava sempre histórias sobre Chalkhill. Foi neste mesmo fórum que conheceu Frampster, que logo se tornou seu amigo, e posteriormente, seu DJ oficial.

Louise começou a postar suas músicas e fotos em vários sites. Não teve sucesso, o máximo que recebia eram críticas do tipo: "Você é branca. Você é uma garota. Você é britânica. Você é uma porcaria." Surgia então Lady Sovereign.

Aos 16 anos de idade, desistiu da escola e conseguiu um trabalho em uma série da MTV sobre a vida de um MC em ascendência que também desistiu da escola (Preston Manor). Ela convenceu os produtores que poderia fazer a banda sonora para a série. As demos chegaram nas mãos do produtor musical Medasyn. Ele a convidou para gravar com Frost P, Zuz Rock e Shystie para uma batalha de estilo livre entre MCs, homens contra mulheres, intitulada "The Battle" ("A Batalha"). Foi lançado em 2003 pela Casual Records. Por fim, todos os artistas que fizeram parte do projeto "The Battle" foram convidados a assinar com uma gravadora, incluindo Lady Sovereign. 

 

"The Battle" iniciou uma sequência de singles que colocariam Sovereign nos holofotes. Enquanto "A Little Bit of Shhh!", "Random", "9 to 5" e "Ch Ching" estavam vendendo bem, versões "freestyle" somente para a Internet, como "Tango" e "Cheeky" estavam se tornando igualmente populares entre os amantes do rap. Em 2005, começou aparecendo na compilação de rap Run the Road - tanto como artista solo como em conjunto com The Streets - então juntou alguns singles e lançou EPVertically Challenged pela Chocolate Industries.

Encerrou o ano se encontrando com a estrelas do hip-hop de várias gravadoras. Jay-Z pediu para Sovereign um freestyle antes de oferecer a ela uma contrato com a Def Jam. Jay-Z e Usher ficaram impressionados com o talento da jovem rapper. Com o single "Hoodie" liderando as paradas, Lady Sovereign lançou seu primeiro álbum completo, Public Warning, pela Def Jam, em 2006. Quando o grupo The Ordinary Boys lançou o single "Boys Will Be Boys", Lady Sovereign trouxe um remix de resposta, com a música e coro do original, mas com vocais quase todos seus na música "girls will be girls". Em maio de 2006, participou do single dos Ordinary Boys, "Nine2Five", uma versão remixada da sua própria música "9 to 5", com os créditos como "The Ordinary Boys vs Lady Sovereign." "Nine2Five" começou como número 38 no top 40 britânico enquanto era somente um single para download e pulou para o 6° quando ficou disponível em CD e vinil durante a semana seguinte, em 22 de maio de 2006. Essa foi a sua posição mais alta nas paradas até hoje e ajudou a atrair atenção dos media para Lady Sovereign.

Lady Sovereign participou como anfitriã e porta-voz para o Adult Swim e para a Chocolate Industries, do programa Chocolate Swim.

Em 31 de outubro de 2006, o seu álbum de estreia, Public Warning, foi lançado, contendo "Random", "9 to 5", "Hoodie" e seu novo single, "Love Me or Hate Me", que foi lançado no mesmo dia.

Em 1 de agosto de 2006, o novo single de Lady Sovereign, "Love Me or Hate Me", uma colaboração com o produtor americano Dr. Luke, foi ao ar pelas rádios pela primeira vez na América do Norte, na Flow 93.5, no Canadá. A harmonia na música faz referência à música "I Can't Dance", da banda Genesis. Ela também é conhecida por "anã" (sua altura é de 1,55 m). Ela costuma responder: "Aqui fala oficialmente a maior anã do rap". Começou uma tour americana em 23 de outubro de 2006 e logo apareceu ao vivo no Late Show with David Letterman.

No final de 2006, "Love Me or Hate Me" tocou num comercial da Verizon Wireless, para o LG Chocolate. Ela também aparece na banda sonora do jogo Need for Speed: Carbon, e também é a música tema para o show The Bad Girls Club. "9 to 5" também aparece em The Bad Girls Club e também está entre as dezenas de músicas que fazem a banda sonora da versão para o Xbox360, do jogo da EA Sports, FIFA World Cup, lançado em 2006 e na banda sonora de Ugly Betty. "Random" aparece na banda sonora de Midnight Club 3: DUB Edition Remix. Em 17 de outubro de 2006 "Love Me or Hate Me" tornou-se o primeiro vídeo feito por um artista britânico a alcançar o número 1 no programa Total Request Live, na sua versão original, americana. Ela gravou uma faixa para o novo álbum do The O.C., Music From The O.C. Mix 6 "Covering Our Tracks", onde ela canta "Pretty Vacant", do Sex Pistols.

Lady abriu os shows da última turnê da Gwen Stefani, The Sweet Escape Tour, em 2007.

Ao contrário de muitos artistas britânicos que cantam ou fazem rap com sotaque americano, Sovereign faz seus raps com um sotaque vindo da classe trabalhadora de Londres. Ela constantemente tira sarro dos seus colegas por tentarem soar como americanos nos seus trabalhos ("Some English MCs get it twisted/start sayin' 'cookies' instead of 'biscuits'." ["Alguns MCs britânicos se confundem/começam a dizer 'cookies' ao invés de 'biscuits'."]

Enquanto estava se apresentando no Studio B em Brooklyn, Nova York, Lady Sovereign disse à plateia que ela estava passando por problemas com dinheiro e batalhando contra a depressão, antes de sair do palco. Contudo, numa performance seguinte no Avalon, em Los Angeles, ela completou seu set sem incidentes. Mais tarde, disse que foi simplesmente um dia ruim, e que ela é somente humana.

A rapper é homossexual. 

 
 

Reginaldo Rossi, dito o Rei do Brega, morreu há doze anos...

   
Reginaldo Rossi, nome artístico de Reginaldo Rodrigues dos Santos (Recife, 14 de fevereiro de 1944 - Recife, 20 de dezembro de 2013), foi um cantor e compositor brasileiro, conhecido como o "Rei do Brega".
 
Reginaldo Rodrigues nasceu em Recife, capital de Pernambuco, em 14 de fevereiro de 1944. Foi estudante de engenharia civil durante quatro anos e ensinava física e matemática. Com a influência de Elvis Presley e dos Beatles, começou a carreira artística cantando rock e foi crooner em boates.
Reginaldo Rossi iniciou a sua carreira artística em 1964, comandando o grupo de rock "The Silver Jets", depois integrando-se na Jovem Guarda. No início abria shows de Roberto Carlos.
No dia 9 de novembro de 2013 passou por um procedimento chamado toracocentese, que retirou dois litros de líquido, acumulados entre a pleura e o pulmão. O resultado da biopsia, divulgado a 11 do mesmo mês, confirmou o diagnóstico de cancro do pulmão. Morreu no dia 20 de dezembro de 2013. O corpo do cantor foi sepultado no dia 21 de dezembro de 2013 no Cemitério Morada da Paz em Paulista, Região Metropolitana do Recife em Pernambuco.