domingo, maio 31, 2009

Às vezes...

Silêncio e tanta gente - Maria Guinot



Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

sábado, maio 30, 2009

Uma canção para o momento

Cristina Branco (& Conjunto Ibérico) - Corpo iluminado





De que túnel de que árvore
De que zero de remorso
De que rasura do vento
De que núpcias de mármore
De que fresta de que pórtico
Saíste neste momento

Para que praia que porto
Que fugitiva garupa
Que torre desconhecida
Que mãos que braços que rosto
Que tempestade difusa
Te encontras já de partida

Não és de nenhum sossego
Vives no gume do ser
Na fronteira do devir
E assim me tornas eu mesma
Entre nascer e morrer
Entre chegar e partir

Poema de David Mourão-Ferreira

Filósofo José Gil diz que o Ministério da Educação “virou todos contra todos”

Publicamos alguns excertos de entrevista ao Filósofo José Gil, feita pelo jornal Público. Optámos por apenas sublinhar algumas passagens, pelo uso de bold/negrito, pois o que o Senhor diz é por demais evidente.

Relação afectiva foi destruída

P- Pode-se dizer que o modelo de avaliação aprovado para os professores do ensino básico e secundário constitui uma exponencialização do fenómeno que descreveu?

JG – Absolutamente, porque, para empregar a sua palavra, houve uma exponencialização dos parâmetros. É incrível o número de parâmetros, das grelhas de avaliação, das propostas. Sem se saber como é possível. Em Portugal passou-se uma coisa muito má. Tudo aquilo, a avaliação que o Ministério propõe, com que não estou de acordo, pressupõe uma relação entre professor e aluno que foi destruída.

Quando se vai aferir numa grelha de avaliação a relação afectiva entre professor e aluno, porque somos muito espertos e sabe-se que a afectividade tem uma importância enorme na cognição, na aprendizagem cognitiva. Mas a relação afectiva foi destruída.

P - Não estava já a sê-lo antes?

JG - Tem vindo a ser destruída, mas actualmente a sua destruição foi precipitada por esta reforma. E pelo tratamento a que os professores foram submetidos. É preciso que o professor tenha uma autoridade espontânea. E idealmente não tenha que a exercer. A relação antiga do mestre e discípulo na Renascença, por exemplo, é essa. Não é uma relação de poder.

P - É uma relação de reconhecimento?

JG - Em que o discípulo vai aprendendo para chegar ao ponto em que ele vai estar no máximo das suas possibilidades. Não é uma comparação entre mestre e discípulo. Ele já não precisa do mestre e é o mestre a dizer-lhe: ‘Vai-te embora’. Isso já não existe agora, mas é um modelo de que nós precisamos, de certa maneira.

Nas crianças, na escola primária, a relação afectiva com a professora é fundamental para as aprendizagens Se se corta esse laço aquilo dá imediatamente impossibilidades. É um obstáculo.

Posso dizer, toda a gente pode dizer, que um dos efeitos da politica do Ministério da Educação foi virar todos contra todos. Virou-se os alunos contra os professores. Como é que é possível dar uma aula nas condições que me contam os meus alunos, que são hoje professores?

P- É uma característica que também já vem de trás, que não é apenas responsabilidade deste Ministério. É também da comunidade, das famílias?

JG – Sim, mas o que se fez foi precipitar uma tendência que deveria ter sido estancada. Denegriu-se ainda mais, com aspectos que nós conhecemos, que são denunciados, e que são verdadeiramente insuportáveis. Não é só a arrogância de que se fala, é o desprezo. Depois ser desprezado pelos alunos. O desprezo leva ao desprezo que os alunos podem ter e podem exprimir. Quem és tu? diz o aluno para o professor. Como é que quer que haja grelhas de aferição da aprendizagem ou que haja aprendizagem que funcione neste esquema?

P- Parece ser a vertente esquecida, quando é fundamental da escola, a aprendizagem

JG- A aferição, a avaliação, tem de decorrer dos conteúdos e não o contrário. E isto foi feito com multiplicação amadorística, nada profissional, era quase para cobrir uma falta de pensamento sobre o que ensino, sobre o que é ensinar, sobre o que a formação. Não estou falar em velhas ideias humanista de formação. Sei que é preciso outras coisas novas. Mas disso tem que se falar. O que é que se ensina, como se ensina? Como desenvolver uma curiosidade que preexiste na criança? Hoje ninguém mostra curiosidade. Não há curiosidade. Porquê? Depois aparecem as arrogâncias da ignorância, que é o pior que há.

Você não existe

P– No seu entender, qual é o objectivo deste modelo de avaliação?

JG - Em Portugal havia uma espada de Damocles sobre o Ministério, todos os Ministérios, que é o dinheiro. Por outro lado, há um problema real de que os sindicatos não falam.

A nossa escola não estava boa. Muitos professores, ou pelo menos uma parte deles, não têm qualificações. Com a avaliação, alegadamente, matavam-se dois coelhos: reduziam-se as despesas, reduzindo o pessoal, e punha-se fora os que não eram bons.

Mas o que é que aconteceu?. Muitos dos que eram bons é que saíram. Saíram. Porquê? Não aguentam. E o que é que eles não aguentam? Não aguentam não poder ensinar, não aguentam não poder ter uma relação em que precisamente se construa um grupo em que o professor age, em aprende ensinando, em que os alunos querem.

Tem que haver avaliação. Não pode é haver a inversão da subordinação da avaliação porque agora se estuda para se ser avaliado. Veja as Novas Oportunidades, para que é que serve?

P- Para fornecer um diploma?

JG- É o chico-espertismo que entrou na escola. Vamos não trabalhar para obter um diploma.

P- No seu livro alega que há como que um objectivo maior. Conjugando as políticas e o modo como o Ministério reagiu à contestação dos professores, está-se perante uma estratégia de domesticação?

JG- Isso parece-me evidente. É um projecto maior, que talvez não seja muito consciente na cabeça dos nossos dirigentes e, em particular, na do primeiro-ministro José Sócrates.

A ideia intuitiva, ele ainda tem intuições, é a de que o autoritarismo é um método económico. Resolvem-se mil coisas. Há essa ideia: funciona ser autoritário. Uma vez vendo que funciona, vamos estender. Os portugueses querem um certo autoritarismo, nós tomos, que estamos desnorteados, perdidos. O autoritarismo é um meio de governo. Não é traço qualquer. E como não há quase resposta a este autoritarismo, ele rebate-se, plasma-se, na realidade.

P- Mas existe contestação. Por exemplo, precisamente por parte dos professores ao longo de todo este ano.

JG - E qual foi a resposta do Governo? Foi uma resposta autoritária extraordinária que foi dizer: você não existe. Faz-se como se 120 mil manifestantes não existissem e isso vai paralisar, vai desmoralizar. A primeira fase é a perplexidade, depois vem o desânimo, depois vem a depressão. Certamente que muitos que pediram a reforma antecipada estavam na manifestação.

P - Ficámos com uma escola pior?

JG- Arriscamo-nos a isso. A escola já não era boa. A escola precisa de reformas, é necessário pensar uma avaliação, mas para pensar uma avaliação temos primeiro que pensar em conteúdos. A primeira das coisas a fazer é revalorizar os professores, agora. A relação geral dos alunos relativamente ao saber é de rejeição. A ideia do professor como alguém que abre as portas para o mundo acabou ou está em vias de acabar. Isto tem de ser restaurado.

Para os colegas que vão hoje a Lisboa

Hoje, porque há mais de 8 meses me tinha comprometido a fazer uma actividade nesta data (observação astronómica na Várzea - Leiria) não vou à Manifestação de Professores em Lisboa.

Mas se fisicamente não estou lá, certamente que estou de alma e coração. Aliás espero que a grande manifestação dos professores e seus familiares contra este governo comandado por um chico-esperto (das Novas Oportunidades das Universidades dos Amigos da Cova da Beira e da Farinha Amparo) se faça em primeiro lugar no dia 7 de Junho, votando em partidos que elejam deputados europeus que não os da corja socrática.

Para os que ainda tiveram forças para ir, uma poesia:


Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'

sexta-feira, maio 29, 2009

Sicó - Petição

Destinatários:

  • Assembleia da República;
  • Parlamento Europeu;
  • Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro


O Sítio Sicó-Alvaiázere Rede Natura 2000 (PTCON0045), está uma vez mais à beira de que seja aprovado outro atentado ao seu Património Ambiental, contrariando os acordos Comunitários sobre Ambiente e a Resolução do Conselho de Ministros nº 76/2000 5 de Julho.


Terminou no dia 27 de Abril de 2009 o prazo de consulta do processo de avaliação pública sobre a avaliação de impacte ambiental do projecto “Ampliação da área de exploração da pedreira n.º 5257 – Penedos altos nº 4”.


Como cidadãos livres, informados e imparciais, longe de quaisquer interesses obscuros e de instrumentalização política, vimos através desta petição pedir a todos aqueles, residentes ou não, que gostam ou se interessam por esta bela região, que assinem e divulguem esta petição no sentido de impedir que o bem comum seja perdido a desfavor do bem privado.

Alguns elementos ameaçados:
Flora Importantes reservas de Carvalhos e Azinheiras espécies protegidas. Classificado pela Rede Natura 2000, em virtude de ser um dos poucos locais, onde ainda existem orquídeas selvagens. ‘’ Orquídeas do Sitio Sicó-Alvaiázere ‘’ dos autores Manuela Oliveira e Mário Lousã. Outro facto a assinalar é ser uma das poucas regiões onde ainda se podem encontrar Cucas, designação popular para uma espécie de rosa que nasce espontaneamente.


Fauna Num passeio pelas matas ainda se podem ver, sem muito esforço, Javalis, coelhos, perdizes, doninhas, Borboletas, gatos-bravos, aves de rapina, corujas, cobras, sapos, lagartos, etc.


Geologia e geomorfologia Se procurarem na NET, por Megalapiás ireis encontrar a explicação para o significado da palavra e a importância deste património geomorfológico. MEGALAPIÁS DA MATA de João Forte - Geógrafo físico – Está, aliás, disponível uma tese de mestrado, que mostra estes e outros valores, na Biblioteca Municipal de Alvaiázere, a qual mostra alguns dos caminhos a seguir tendo em vista a valorização da área e não a sua destruição a favor de alguns.


Como cidadãos (residentes e não residentes) desta região, conscientes do perigo que representa em termos ambientais a concessão para Ampliação da área de Exploração da Pedreira nº 5257 ‘‘ Penedos Altos nº4 ‘’ no Concelho de Alvaiázere, que se propõe a laborar mais 16 anos para retirar alguns milhões de toneladas de pedra, alterando completamente o meio-ambiente existente, aniquilando deste modo a rica biodiversidade de toda aquela região.


Apelamos-vos para que juntem a vossa Voz, às demais, na tentativa de impedir que esta ameaça se concretize.


Assinem e passem esta petição (Por Montes e Vales,…….!)

Não estamos contra a existência de pedreiras, já que elas são necessárias, somos sim contra a existência de pedreiras em locais de importância crucial a vários níveis, como é este o caso. Lamentamos que a população seja alvo de um atentado gravíssimo à sua qualidade de vida, especialmente tendo em conta a proximidade a 5 lugares, caso do Zambujal, Boca da Mata, Mata de Baixo, Mato Companhão e Sobral Chão, situados a escassos metros da actual pedreira dos Penedos Altos. Isto quando se pretende alargar para mais 5 hectares a área de exploração e afundar mais 20 metros a área de exploração actual.


O Resumo Não Técnico (RNT) omite factos que apenas são perceptíveis por aqueles que dominam áreas científicas, destacando nós vários factos:

  • A não publicitação por parte da Câmara Municipal de Alvaiázere, em 2005, de um estudo biológico sobre a área afecta ao alargamento da pedreira, facto que impediu o conhecimento da população sobre o mesmo e que limitou possíveis pareceres e/ou opiniões por parte dos habitantes afectados.
  • Na avaliação acústica o RNT refere genericamente que os impactos não são negativos, isto quando ocorrem “apenas” 3 a 4 explosões semanais e a média apresentada é ponderada. Mas, vistos os anexos encontra-se um documento da avaliação acústica, o qual sem média ponderada é muito pouco favorável, tendo assim impactos sérios.
  • Não são referidas reclamações dos habitantes, algo presente nos anexos e que poucos terão visto, algo de estranho.
  • Não são referidos impactos dos rebentamentos sobre as casas, quando afinal há casas com paredes rachadas. Ainda neste domínio não é referida uma casa de turismo rural que fechou derivado dos impactos nocivos da actividade da pedreira.
  • Não é referido o impacto bastante negativo da central de massas betuminosas existente na pedreira, algo de estranho tendo em conta a poluição que esta indústria faz e suas consequências no principal curso de água existente em Alvaiázere, localizado a jusante da pedreira.
  • Não são referidas quaisquer contrapartidas para as populações da actividade da pedreira, bem como medidas mitigadoras da acção nefasta da actividade da pedreira, não se projectando no curto, médio ou longo prazo benefícios para a população.
  • Houve estudos sobre a área que foram ignorados, bem como imprecisões graves no levantamento do património existente, destacando nós a existência de um castro a apenas 500 metros da pedreira, algo que é pura e simplesmente ignorado pela equipe que elaborou o estudo de impacto ambiental. É referido que não há muito do património que efectivamente existe na área, caso do castro, mas também de grutas e algares, alguns destruídos pela acção da pedreira. Além disso o único estudo sobre as grutas da área não foi consultado.
  • Não são referidos impactos sobre a rede hidrográfica nem referenciadas quaisquer linhas de água, facto que é estranho tendo em conta que efectivamente passa uma linha de água na pedreira. Além disso a principal obra que lida com esta problemática nem sequer consta na bibliografia do estudo, algo que não se compreende.
  • Não são referidos os impactos do pó decorrente da actividade da extracção do calcário, por mais estudos que façam e que tentem mostrar que não há impactos, basta ir aos terrenos cultivados e ver a camada de pó que os terrenos agrícolas têm, inviabilizando em muitos terrenos a prática agrícola de subsistência.
  • É referido que a pedreira «desempenha um importante papel na dinamização da economia e na criação de emprego no concelho de Alvaiázere, prestando um contributo significativo para a estabilidade demográfica e para a dinamização da actividade económica local e regional», afirmação esta completamente errónea, já que o estudo refere que a pedreira tem apenas 9 funcionários e que o concelho está a perder população de uma forma acentuada.
  • O RNT faz afirmações populistas e irresponsáveis, sendo apenas um documento de marketing, com muitos erros técnicos gravosos, que pretende apenas possibilitar o alargamento de uma pedreira que apenas prejudica as pessoas e o seu dia-a-dia, nada mais.


Há muitas formas de dinamizar a economia local e regional, especialmente sem ser numa base depredatória, que é o caso. É possível criar postos de trabalho e criar valor acrescentado com políticas e dinâmicas territoriais acertadas, revertendo esse mesmo valor para a população, para a economia local e regional. Por isso e por muito mais assinem e divulguem esta petição a todos os vossos conhecidos.

http://www.peticao.com.pt/sitio-sico-alvaiazere

Max morreu há 29 anos

Tive a felicidade de, em garoto, ter visto actuar entre grande artista. Vinte e nove anos depois da sua morte, aqui fica uma amostra da sua arte:


quinta-feira, maio 28, 2009

Observações astronómicas - Leiria

Observações Astronómicas abertas ao público em geral:


Escola Secundária Afonso Lopes Vieira - Gândara (Leiria)
29 Maio de 2009 (6ª) - 21.00 horas





Ver mapa maior


Escola EB 1 da Várzea - Leiria
30 de Maio de 2009 (sábado)- 21.00 horas



Ver mapa maior


in Blog AstroLeiria - post original aqui

quarta-feira, maio 27, 2009

Recordar os anos oitenta

Donzela Diesel - Rui Veloso


Donzela diesel - Rui Veloso

NOTA: post número 2.000 deste Blog...!

Poesia alusiva à época

LOUCURA

Tudo cai! Tudo tomba! Derrocada
Pavorosa! Não sei onde era dantes.
Meu solar, meus palácios meus mirantes!
Não sei de nada, Deus, não sei de nada!...

Passa em tropel febril a cavalgada
Das paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se as sedas, quebram-se os diamantes!
Não tenho nada, Deus, não tenho nada!...

Pesadelos de insônia, ébrios de anseio!
Loucura a esboçar-se, a enegrecer
Cada vez mais as trevas do meu seio!

Ó pavoroso mal de ser sozinha!
Ó pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas almas a rir dentro da minha!

in Reliquiae - Florbela Espanca

segunda-feira, maio 25, 2009

sábado, maio 23, 2009

Trabalhar no fim-de-semana

Como professor, tenho às vezes uns serviços (generosamente pagos, em noites mal dormidas, almoços em cantinas e obrigado por ter vindo...) em dias em que devia descansar ou estar a fazer outras coisas para a Escola. É o caso deste fim-de-semana, com a minha vinda aos primeiros Nacionais de Xadrez do Desporto Escolar, na bonita cidade de Setúbal.

A coisa está correr bem - afinal o Bairro da Bela Vista não é assim tão mau (estamos na sua periferia e ainda não fomos assaltados nem agredidos - os vizinhos só apedrejaram uma sala de aula, partindo um vidro, e invadiram o recinto escolar, mas isso praticamente em qualquer Escola do país poderia acontecer...). Os garotos estão a adorar e é muito engraçado fazer parte de um evento histórico - o primeiro Nacional de de Desporto Escolar de Xadrez...

Se tiver uns minutinhos, mais logo vou publicar umas fotos...

sexta-feira, maio 22, 2009

Viva Morrissey

Steven Patrick Morrissey, o ex-vocalista dos The Smiths, faz hoje 50 aninhos...!

Uma música para matar saudades:


quarta-feira, maio 20, 2009

O primeiro dia - Sérgio Godinho


O Primeiro Dia - Sérgio Godinho

A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.


PS - para os que gostam com imagem, uma versão ao vivo:

terça-feira, maio 19, 2009

Poesia - Mário de Sá-Carneiro

Quase

Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

...

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

Mário de Sá-Carneiro

O Outro - Mário de Sá Carneiro

Fumo branco

Annuntio vobis gaudium magnum;
Habemus Papam!




PS - por todo o lado há decisões sobre o rosto que personaliza o poder nas Escolas Públicas portuguesas. O meu Agrupamento de Escolas, há pouco, escolheu como Director o colega António Oliveira.

Votos de felicidades e de bom trabalho em prol da Comunidade Escolar para o meu Director...

Mário de Sá Carneiro

O Outro - Adriana Calcanhotto


PS - Nasceu há 119 anos este poeta - um dos mais brilhantes e que se suicidou ainda jovem em Paris... Fiquemos com uma sua poesia, cantada por uma bonita voz do nosso país irmão de além-mar.

segunda-feira, maio 18, 2009

Música para entendedores...

Aos nossos leitores que nos têm questionado sobre ausência de novos posts queremos dizer que o muito trabalho e a importância do mesmo nos tem levado a estar ausentes deste nosso fórum.

Para amenizar e suavizar o nosso pecado, duas músicas do Zeca Afonso, uma na versão dos Diva e outra só em som e no original:

Diva - Canção de Embalar





Coro dos Caídos



Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia

Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência

Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras

Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora

Música para acalmar

Com a trabalheira que vai para aí, aqui fica uma música para acalmar os mais sensíveis...

terça-feira, maio 12, 2009

Recordar Bob Marley



Buffalo Soldier - Bob Marley

Buffalo soldier, dreadlock rasta:
There was a buffalo soldier in the heart of america,
Stolen from Africa, brought to America,
Fighting on arrival, fighting for survival.

If you know your history,
Then you would know where you coming from,
Then you wouldn't have to ask me,
Who the eck do I think I am.

m just a buffalo soldier in the heart of america,
Stolen from Africa, brought to America,
Said he was fighting on arrival, fighting for survival;
Said he was a buffalo soldier win the war for America.

Dreadie, woy yoy yoy, woy yoy-yoy yoy,
Woy yoy yoy yoy, yoy yoy-yoy yoy!
Woy yoy yoy, woy yoy-yoy yoy,
Woy yoy yoy yoy, yoy yoy-yoy yoy!
Buffalo soldier troddin through the land, wo-ho-ooh!
Said he wanna ran, then you wanna hand,
Troddin through the land, yea-hea, yea-ea.

Said he was a buffalo soldier win the war for America;
Buffalo soldier, dreadlock rasta,
Fighting on arrival, fighting for survival;
Driven from the mainland to the heart of the Caribbean.

Singing, woy yoy yoy, woy yoy-yoy yoy,
Woy yoy yoy yoy, yoy yoy-yoy yoy!
Woy yoy yoy, woy yoy-yoy yoy,
Woy yoy yoy yoy, yoy yoy-yoy yoy!

Portuguesa descobriu novos insectos

Uma bióloga portuguesa descobriu duas novas espécies de insectos. São escaravelhos e vivem em grutas na Serra de Aire e Candeeiros.
2009-05-05 10:20:57 RTP 1

segunda-feira, maio 11, 2009

Bob Marley morreu há 29 anos

Foi no dia 11 de Maio de 1981 que morreu este grande cantor. Recordemo-lo com uma canção sua:

domingo, maio 10, 2009

Canções para ajudar nas decisões difíceis de alguém deste blog...




In memoriam - Joaquim Agostinho





Sentado e a árvore ali
Ao pé de mim
O vento agora
Já nem vem aqui
Deixei, de ter com quem falar
Fiquei sozinho com o meu olhar

Do longe, se faz bem mais perto
Sentindo que o tempo corre incerto
Ouvindo sons que só eu sei pensar
Sorrindo parto para outro lugar

No meu momento final
Sei que tenho um lugar
Onde um santo e pecador
Possa enfim descansar
No meu momento final
Sei que tenho um lugar
Onde um santo e pecador
Possa enfim descansar

sábado, maio 09, 2009

Música para um dia especial



Carla Bruni - "Le toi du moi"

Je suis ton pile
Tu es mes faces
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
Toi le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la guitare et moi la basse

Je suis la pluie et tu es mes gouttes
Tu es le oui et moi le doute
T'es le bouquet je suis les fleurs
Tu es l'aorte et moi le coeur
Toi t'es l'instant moi le bonheur
Tu es le verre je suis le vin
Toi tu es l'herbe et moi le joint
Tu es le vent j'suis la rafale
Toi la raquette et moi la balle
T'es le jouet et moi l'enfant
T'es le vieillard et moi le temps
Je suis l'iris tu es la pupille
Je suis l'épice toi la papille
Toi l'eau qui vient et moi la bouche
Toi l'aube et moi le ciel qui s'couche
T'es le vicaire et moi l'ivresse
T'es le mensonge moi la paresse
T'es le guépard moi la vitesse
Tu es la main moi la caresse
Je suis l'enfer de ta pécheresse
Tu es le ciel moi la terre, hum
Je suis l'oreille de ta musique
Je suis le soleil de tes tropiques
Je suis le tabac de ta pipe
T'es le plaisir je suis la foudre
Tu es la gamme et moi la note
Tu es la flamme moi l'allumette
T'es la chaleur j'suis la paresse
T'es la torpeur et moi la sieste
T'es la fraîcheur et moi l'averse
Tu es les fesses je suis la chaise
Tu es bémol et moi j'suis dièse

T'es le laurel de mon hardy
T'es le plaisir de mon soupir
T'es la moustache de mon trotski
T'es tous les éclats de mon rire
Tu es le chant de ma sirène
Tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour

Je suis ton pile
Toi mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
T'es le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la putain et moi la passe
Tu es la tombe et moi l'épitaphe
Et toi le texte, moi le paragraphe
Tu es le lapsus et moi la gaffe
Toi l'élégance et moi la grâce
Tu es l'effet et moi la cause
Toi le divan moi la névrose
Toi l'épine moi la rose
Tu es la tristesse moi le poète
Tu es la belle et moi la bête
Tu es le corps et moi la tête
Tu es le corps. hummm !
T'es le sérieux moi l'insouciance
Toi le flic moi la balance
Toi le gibier moi la potence
Toi l'ennui et moi la transe
Toi le très peu moi le beaucoup
Moi le sage et toi le fou
Tu es l'éclair et moi la poudre
Toi la paille et moi la poutre
Tu es le surmoi de mon ça
C'est toi charybde et moi scylla
Tu es la mère et moi le doute
Tu es le néant et moi le tout
Tu es le chant de ma sirène
Toi tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour

sexta-feira, maio 08, 2009

Faz hoje 107 anos...

O vulcão da Montanha Pelada (Mont Pelée), na Martinica, libertou em 8 de Maio de 1902 uma nuvem ardente (fluxo piroclástico) que matou cerca de 28 a 30 mil pessoas e destruiu a capital da ilha (Cidade de S. Pedro - Saint Pierre). O único sobrevivente era um criminoso condenado à morte, que se salvou porque estava numa cela subterrânea da prisão e ficou um pouco protegido dos gases pelas grossas paredes...

samson_lg.jpg


quarta-feira, maio 06, 2009

Poesia para entendedores

O Rei da Ítaca

A civilização em que estamos é tão errada que
Nela o pensamento se desligou da mão

Ulisses rei da Ítaca carpinteirou seu barco
E gabava-se também de saber conduzir
Num campo a direito o sulco do arado

in O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, maio 05, 2009

Cinco de Mayo

O México não é só a gripe - hoje recordemos o feriado deste gigante que celebra uma vitória militar.


In the blues

Skip James - Catfish Blues




I would ruther, be a little catfish
So I could swim way down
In the sea-ee
I would have somebody, somebody
Settin' out hooks for me
Settin' out a hook for me
A hook for -

You know I went
To my baby's house
She told me to sit down
On her step
'Sir, you can come right on in
Because my
Husband just now left
He just now left
He just now -

An I, asked my baby
To let me sit down
'Side her bed
Turn on yo' heater, baby
'Till it turn cherry red
Cherry red
Red an cherry red

That's the reason I ruther
Be a little catfish
So I could swim way down
In the sea-ee
I would have netted
Some of these women
Settin' out a line for me
Settin' out their line for me
A line for -

You know I went
To the church house
And they called on
Me to pray-ay
I got down on my knees
But I didn't, no
Have no word to say
Not a word to say
No word to say

That's the reason I ruther
Be a little catfish
So I could swim
Way down in the sea-ee
I would have somebody, somebody
Settin' out a line for me
Settin' out a line for me
A line for -

I don't wanna
Be no tadpole
And I don't want ta be
No bullfrog
An if I can't be
Be your catfish
I won't swim at all
No, I won't swim at all
No, swim at -

That's the reason I want ta
Be a little catfish
So I could swim way down
In the sea-ee
I would have these goodlookin' women
Settin' out a hook for me
Settin' out a hook for me
A hook for.

segunda-feira, maio 04, 2009

PNSAC na Internet

Duas notícias interessantes sobre o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), a primeira com algumas incorrecções e a segunda já dada por nós aqui no Blog:


Parque | Serras de Aire e Candeeiros
Protegido há 25 anos

Criado a 4 de Maio de 1979 pelo decreto-lei 118/79, o PNSAC estende-se por uma área de quase 40 mil hectares. É o sétimo maior parque natural do País, num total de doze, e abrange os concelhos de Alcobaça e Porto de Mós (no distrito de Leiria) e ainda os municípios de Alcanena, Ourém, Rio Maior, Santarém e Torres Novas (distrito de Santarém). Inclui uma parte significativa - mas não total - do Maciço Calcário Estremenho, constituído pelas Serras de Aire e Candeeiros e pelos planaltos de Santo António e São Mamede.

Embora tenha sido criado em 1979, só sete anos mais tarde é que começou o trabalho efectivo nesta área protegida onde o contraste é a sua marca principal: a água, que não se encontra à superfície, tem no seu subsolo um enorme reservatório que está agora a ser objecto de estudo.

Possuindo um vasto número de formações calcárias - grutas, algares, lapiaz e poljes -, o PNSAC tem, ao nível da fauna morcegos, grupo ao qual pertencem nove das onze espécies de mamíferos ameaçados de extinção em Portugal. Ao nível da flora destaque para as orquídeas. “A “Inula montana”, uma espécie rara, tem pelo menos dois núcleos nesta área protegida.




Canção para Vital Moreira e sus compañeros de mão leve e língua afiada da CGTP

Este Blog pede desculpa, em nome dos que se esqueceram de o fazer, da bárbara agressão de que foi alvo o Doutor Vital Moreira nas comemorações do 1º de Maio. Pediríamos também desculpas, em nome dos vidreiros da Marinha Grande, que, na longínqua campanha presidencial dos anos oitenta, puseram pelas suas acções Mário Soares no cargo de Supremo Magistrado da República, mas estes já foram amnistiados por quem de direito.

Para provar que as desculpas são sentidas e profundas, uma música:



PS - temos ainda dados contraditórios sobre o líquido derramado sobre o ex-camarada professor dótor especialista em pós-graduações - a ser verdade que foi água-benta, será mais um aspecto para aqui escapelizar...

El-Rei D. Sebastião desapareceu há 431 anos


sábado, maio 02, 2009

Observação astronómica em Vieira de Leiria

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post, com informação de actividade astronómica:

O Fernando Martins e o João Cruz, membros activos deste Blog, vão fazer hoje uma Observação Astronómica em Vieira de Leiria, das 21.00 às 24.00 horas, na margem direita (norte) da foz do Rio Lis.

Embora sendo feita para os Escuteiros de Carvide, está aberta à participação de todos os interessados...

sexta-feira, maio 01, 2009

Ahh! Desde que Senna não corre mais... não é mais domingo...

Conheci uma vez uma senhora velhinha que começou a ver Fórmula 1 quando o Senna começou a ganhar corridas e campeonatos. Ela e o campeão já partiram - mas, para os que ficaram, uma canção italiana que fala dos domingos sem F1 e sem Ayrton...

Palestra em Leiria - Como Compreender o Universo?


Os alunos João César, Joel Ramos, Mário Fonseca e Pedro Rodrigues, da Escola Secundária Domingos Sequeira, convidam todos os alunos e professores do Ensino Secundário e Superior a assistir à palestra a realizar pelo Professor Doutor António Onofre no dia 6 de Maio, pelas 10:30, no Auditório do Orfeão de Leiria subordinada ao tema “Como Compreender o Universo?”

Para compreender o Universo, é necessário conhecer as Partículas Elementares. Estas são as partículas mais básicas que constituem o átomo. Através do seu estudo é possível conhecer melhor o mundo que nos rodeia assim como todo o Universo e a sua origem. Este é o tema que o Professor António Onofre abordará de uma forma acessível e rigorosa na sua palestra.

Professor na Universidade de Coimbra e investigador do LIP-Coimbra, o Doutor António Onofre integra a equipa da experiência ATLAS – um dos detectores em funcionamento no LHC, no CERN, sendo um profundo conhecedor desta temática.

in Blog AstroLeiria

Senna morreu há 15 anos

ayrton_senna


Fórmula 1

O Grande Prémio mais negro da história faz hoje 15 anos

Ayrton Senna levou bagagem extra no seu Williams-Renault para o Grande Prémio de São Marino, em Ímola, Itália, realizado há precisamente 15 anos: uma bandeira da Áustria para, no final da corrida, homenagear Roland Ratzenberger, piloto que tinha morrido na véspera após um acidente na última sessão de qualificação. "Não existem acidentes pequenos nesta pista", disse o brasileiro depois da morte do austríaco. O fim-de-semana ainda ficaria mais negro. Pouco depois do início da prova, Senna também embateu num muro de betão e morreu.

A sua morte, transmitida em directo pelo mundo inteiro através da televisão, marcou uma geração e é um dos momentos mais imediatos para os adeptos do desporto motorizado. O brasileiro, que aos 34 anos já tinha três títulos mundiais e milhões de fãs, tornou-se um mito. Essa tarde de 1 de Maio definiu a época de 1994 da Fórmula 1: mais do que pelo primeiro dos sete títulos de Michael Schumacher, esse ano é recordado pelas duas mortes em Ímola, especialmente a de Senna.

Até esse fim-de-semana, não morria um piloto num Grande Prémio há 12 anos - Elio de Angelis perdeu a vida em 1986, mas durante a realização de testes. Mas esse não foi mesmo um fim-de-semana qualquer. "Aconteceu tudo nesse Grande Prémio", recordou ao PÚBLICO Pedro Lamy, um dos 25 pilotos que iniciaram a corrida. "O acidente do Rubens Barrichello na sexta-feira, a morte do Ratzenberger no sábado. Eu também tive um acidente já na corrida que podia ter sido mais grave. Depois, aconteceu o acidente do Ayrton Senna. Não dá para acreditar". Foi um Grande Prémio maldito.

O português, que considera Senna o melhor piloto de todos os tempos, recorda-se que o brasileiro ficou bastante abalado com os incidentes da qualificação. "Alguma coisa nele estava diferente". Barrichello, que ficou algum tempo inconsciente após o seu grande acidente, era compatriota e um protegido de Senna. E Ratzenberger, a primeira vítima mortal desde que o "Mágico" entrou na F1, em 1984, ao serviço da equipa Toleman, confrontava-o com a mortalidade do desporto que escolheu.

Dez anos, 162 Grandes Prémios, 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions e 19 voltas mais rápidas depois, o monolugar de Senna ia a 310km/h quando, na sétima volta da prova, saiu da curva Tamburello em direcção ao muro. As causas do acidente nunca foram completamente determinadas e há duas teorias principais: uma atribui o despiste a uma falha mecânica (ruptura da coluna da direcção), outra advoga que o chassi tocou no chão, o que fez descontrolar o carro. Menos de 15 centésimos de segundo depois de o monolugar ter começado a derrapar, o brasileiro conseguiu reduzir a velocidade para os 220km/h, mas isso de nada lhe serviu. Com graves lesões cerebrais, foi declarado morto pouco depois de dar entrada no hospital Maggiore, em Bolonha.

"Aquela pista tinha zonas muito rápidas. Se algo acontecesse, batia-se muito depressa", considera Pedro Lamy. O Autódromo Enzo e Dino Ferrari, como se chama a pista que acolheu o GP de San Marino entre 1981 e 2006, foi mesmo o palco do GP mais negro de que há memória. Além do despiste de Barrichello e dos dois acidentes fatais, Lamy esteve envolvido em mais um violento choque com J.J. Lehto. A colisão lançou uma roda para as bancadas, que provocou ferimentos ligeiros em quatro pessoas. Perto do final, o Minardi de Michelle Alboreto perdeu uma roda nas boxes, o que resultou no ferimento de três mecânicos.

Os trágicos acontecimentos de há 15 anos marcaram uma viragem histórica na modalidade, pois obrigaram a alterar drasticamente as regras de segurança.

Para celebrar a Estação das Festas Académicas



Música para preparar as eleições que se avizinham

Norah Jones, The Long Day Is Over

Queima das Fitas 2009

A tradicional Queima das Fitas, versão 2009, irá decorrer de 1 a 8 de Maio.

Para a preparar, uma canção que os Estudantes de Coimbra (os de hoje e os antigos) não esquecem:

Coimbra - Na Hora da Despedida

Canta: Fernando Machado Soares

Autor da letra e música

Video-Clip realizado por José Manuel Pedrosa Moreira

Fotos de Daniel Tiago

in Lisboa no Guiness