sábado, dezembro 14, 2024
Música adequada à data...!
Postado por Pedro Luna às 07:50 0 bocas
Marcadores: AC/DC, blues rock, Cliff Williams, hard rock, heavy metal, música, Rock and Roll, Rock Progressivo, Thunderstruck
Hoje é dia de recordar o poeta Teixeira de Pascoaes...
Na terra e em nosso espírito!… Tristeza
Que se anuncia em vultos de arvoredos,
Em rochas diluídas na penumbra
E soluços de vento perpassando
Na tenebrosa lividez do céu…
Pavor! Desolação! Escura noite!
Fantástica Paisagem,
Desde o soturno espaço à fria terra
Toda vestida em sombra de amargura!
Riso vago de estrela se adivinha…
Somente as grossas lágrimas da chuva
Escorrem pela face do Silêncio…
Com esses lábios mortos de Fantasma!
Que, perdida na sombra, se dilata
E mais profundamente se enraíza
Nesta carne a sangrar que é a minha alma!
Negras nuvens do sul, limpai os olhos,
Desanuviai a brônzea face morta!
Do teu Fantasma angélico e divino;
Espírito que, um dia, em minha irmã,
Tomou corpo infantil, figura de Anjo…
E para quê, meu Deus? Para partir,
Com seis anos apenas, no primeiro
Riso da vida, em lágrimas, levando
Toda a luz de esperança que floria
Este ermo, este remoto em que divago…
A solidão que faz a tua Ausência,
E o terrível e trágico silêncio
Da tua alegre Voz emudecida!
Tu, que o viste e beijaste tantas vezes,
Tu, que sentiste bem o que ele tinha
De angélica Criança sobre-humana,
Não vês as próprias coisas como sofrem,
E como as grandes árvores agitam
As ramagens de lágrimas e sombras?
Da nossa velha casa abandonada
Da divina Presença da Criança!
Têm soluços de vento…
A noite escura chora…
Embebe-te na dor das Coisas ermas;
Chora também, consome-te, soluça,
Junto à Mãe dolorosa, de joelhos…
in Elegias (1912) - Teixeira de Pascoaes
Postado por Pedro Luna às 07:20 0 bocas
Marcadores: A Águia, poesia, Saudosismo, Teixeira de Pascoaes
Jane Birkin nasceu há 78 anos...
Jane Mallory Birkin (Londres, 14 de dezembro de 1946 - Paris, 16 de julho de 2023) foi uma cantora, compositora, atriz e modelo inglesa. Ela alcançou fama internacional e notabilidade por sua parceria musical e romântica de uma década com Serge Gainsbourg. Ela também teve uma carreira prolífica como atriz nos cinemas britânico e francês.
Nascida em Londres, Birkin começou sua carreira como atriz, atuando em papéis menores em Blow-Up (1966) e Caleidoscópio (1966), de Michelangelo Antonioni. Em 1968, ela conheceu Serge Gainsbourg enquanto coestrelava com ele em Slogan, que marcou o início de um relacionamento pessoal e de trabalho de anos. A dupla lançou seu primeiro álbum Jane Birkin / Serge Gainsbourg (1969), e Birkin também apareceu no polémico filme Je t'aime moi non plus (1976) sob a direção de Gainsbourg. Birkin obteria mais créditos como atriz nos filmes baseados na obra de Agatha Christie, Death on the Nile (1978) e Evil Under the Sun (1982).
Depois de se separar de Gainsbourg em 1980, Birkin continuou a trabalhar como atriz e cantora, aparecendo em vários filmes independentes e gravando vários álbuns solo. Em 1991, ela apareceu na minissérie Red Fox e no drama americano A Soldier's Daughter Never Cries, em 1998. Em 2016, ela estrelou o curta-metragem indicado ao Óscar La femme et le TGV, que disse que seria o seu papel final em filmes.
Birkin viveu principalmente na França desde os anos 70. Ela é mãe da fotógrafa Kate Barry (1967 - 2013), com seu primeiro marido John Barry; da atriz e cantora Charlotte Gainsbourg, com Serge Gainsbourg; e do músico Lou Doillon, com Jacques Doillon. Além de seus créditos musicais e de atuação, ela emprestou seu nome à popular bolsa Hermès Birkin.
Jane morreu, no dia 16 de julho de 2023, na sua casa em Paris.
Postado por Fernando Martins às 07:08 0 bocas
Marcadores: actriz, Jane Birkin, Je t'aime... moi non plus, música, Serge Gainsbourg
Poesia para recordar um poeta espanhol - que era santo...
S. João da Cruz
Um santo e um poeta de mãos dadas!
Um a negar o outro, e sempre unidos…
Um no céu das vivências sublimadas,
Outro a penar no inferno dos sentidos…
Ah, Castela, Castela, mãe de terra e luz!
Que singular jornada,
À sombra de uma cruz
Tão leve e tão pesada!
A alma já liberta por ascese;
O corpo preso ainda a cada verso;
E o gosto de ser homem, preservado
Na totalidade
Contraditória.
O Carmelo subido e recordado…
A paz da eternidade
Sem possível sossego na memória.
in Poemas Ibéricos - Miguel Torga
Postado por Pedro Luna às 04:33 0 bocas
Marcadores: castelhano, Igreja Católica, Miguel Torga, poesia, santo, São João da Cruz
A lenda dos 47 samurais começou há 322 anos...
A história conta que um grupo de samurais (exatamente 47) foram forçados a se tornarem rōnin (samurais sem um senhor), de acordo com o código de honra samurai, depois que o seu daimyō (senhor feudal) foi obrigado a cometer seppuku (ritual suicida) por ter agredido o alto funcionário judicial chamado Kira Yoshinaka, cujo título era Kōzuke no suke, num edifício do governo. Os rōnin elaboraram um plano para vingar o seu daimyō, que consistia em matar Kira Yoshinaka e toda a sua família. Os 47 rōnin esperaram cerca de um ano e meio para não despertarem qualquer suspeita entre a justiça japonesa. Após o assassinato de Kira, entregaram-se à justiça e foram condenados a cometer seppuku. Esta lendária história tornou-se muito popular na cultura do Japão, porque mostra lealdade, sacrifício, persistência e honra que as boas pessoas devem preservar em sua vida quotidiana. A popularidade da mística história aumentou rapidamente na modernização da era Meiji no Japão, onde muitas pessoas neste país anseiam em voltar às suas raízes culturais.
(...)
No 15 Genroku, 26º dia do 10º mês (Quinta feira, 14 de dezembro de 1702) pelo início da manhã, durante um vento forte e queda de neve, Ōishi e os ronin iniciaram o ataque a mansão de Kira Yoshinaka em Edo. De acordo com um plano cuidadosamente definido, o grupo se dividiria em dois para o ataque; armadas com espadas e com arcos. Um grupo liderado por Ōishi, atacou o portão; o outro, liderado por seu filho, Ōishi Chikara, atacava por trás. Um tambor soaria para o ataque simultâneo, e um apito seria o sinal de que Kira foi morto.
(...)
Depois de uma busca pela mansão, Kira foi encontrado escondido na casa
de fora. O Ronin trouxe Kira para o átrio principal e em frente aos outros
46 deu-lhe a mesma oportunidade que foi dada a Lorde Asano: morrer
honradamente cometendo seppuku. Como não respondeu, Ōishi decapitou-o com a mesma adaga que Asano cometeu seppuku. A cabeça foi colocada num balde e foi levada para Sengakuji, onde estava sepultado Lord Asano.
Louis Agassiz morreu há 151 anos...
In 1832 he was appointed professor of natural history in the University of Neuchâtel. The fossil fish there soon attracted his attention. The fossil-rich stones furnished by the slates of Glarus and the limestones of Monte Bolca were known at the time, but very little had been accomplished in the way of scientific study of them. Agassiz, as early as 1829, planned the publication of the work which, more than any other, laid the foundation of his worldwide fame. Five volumes of his Recherches sur les poissons fossiles ("Research on Fossil Fish") appeared at intervals from 1833 to 1843. They were magnificently illustrated, chiefly by Joseph Dinkel. In gathering materials for this work Agassiz visited the principal museums in Europe, and meeting Cuvier in Paris, he received much encouragement and assistance from him. They had known him for seven years at the time.
Postado por Fernando Martins às 01:51 0 bocas
Marcadores: Geologia, glaciares, ictiologia, Louis Agassiz, Suiça, USA
Beatriz Costa nasceu há 117 anos
Postado por Fernando Martins às 01:17 0 bocas
Marcadores: A Agulha e o Dedal, actriz, Beatriz Costa, cinema, música, teatro, Teatro de Revista
Amundsen chegou ao Polo Sul há cento e treze anos
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 01:13 0 bocas
Marcadores: Antártida, Pólo Sul, Roald Amundsen
Sidónio Pais, o Presidente-Rei, foi assassinado há 106 anos...
Postado por Fernando Martins às 01:06 0 bocas
Marcadores: assassinato, carbonária, I república, Joaquim Fernandes, maçonaria, Presidente-Rei, Sidónio Pais
Faz hoje 52 anos que um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua...
Estatísticas da missão | |
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Módulo de comando | America |
Módulo lunar | Challenger |
Número de tripulantes | 3 |
Lançamento | 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy |
Alunagem | 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow |
Aterragem | 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC |
Órbitas | 3 (Terra), 75 (Lua) |
Duração | 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos |
Imagem da tripulação | |
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado) |
Postado por Fernando Martins às 00:52 0 bocas
Marcadores: Apollo XVII, Eugene Cernan, geólogos, Harrison Schmitt, Lua, NASA, programa Apollo, Ron Evans, último homem na Lua
Tycho Brahe nasceu há 478 anos
Postado por Fernando Martins às 00:47 0 bocas
Marcadores: astronomia, Dinamarca, Tycho Brahe
São João da Cruz morreu há 433 anos...
En una noche escura,
con ansias en amores inflamada,
¡oh dichosa ventura!,
salí sin ser notada,
estando ya mi casa sosegada.
A escuras y segura
por la secreta escala, disfrazada,
¡oh dichosa ventura!,
a escuras y en celada,
estando ya mi casa sosegada.
En la noche dichosa,
en secreto, que nadie me veía
ni yo miraba cosa,
sin otra luz y guía
sino la que en el corazón ardía.
Aquesta me guiaba
más cierto que la luz del mediodía,
adonde me esperaba
quien yo bien me sabía,
en parte donde nadie parecía.
¡Oh noche, que guiaste;
oh noche amable más que el alborada;
oh noche que juntaste
Amado con amada,
amada, con el Amado transformada!
En mi pecho florido,
que entero para él solo se guardaba,
allí quedó dormido,
y yo le regalaba
y el ventalle de cedros aire daba.
El aire del almena,
cuando yo sus cabellos esparcía,
con su mano serena
en mi cuello hería
y todos mis sentidos suspendía.
Quedéme y olvidéme,
el rostro recliné sobre el Amado;
cesó todo y dejéme,
dejando mi cuidado
entre las azucenas olvidado.
San Juan de la Cruz
Postado por Fernando Martins às 00:43 0 bocas
Marcadores: carmelitas descalços, castelhano, Igreja Católica, poesia, santo, São João da Cruz
O massacre de Alvalade foi há 38 anos...
A vitória e o fracasso são dois impossíveis, e é necessário recebê-los com idêntica serenidade e com uma saudável dose de desdém.Rudyard Kipling
A derrota de Alvalade, o célebre «sete-a-um», será a mais dolorosa de todas as derrotas do Benfica, e a mais saborosa e lembrada vitória leonina, até mais que a famosa vitória do «cantinho do Morais» que valeu a conquista da Taça das Taças para os homens de Alvalade. Estranho mundo este do «dérbi» que faz com que uma vitória que se revelou de Pirro, seja mais lembrada que uma vitória que valeu um troféu europeu.
Segundo a tradição, Pirro, o General e Rei de Épiro, território que hoje se encontra na Albânia, foi um líder militar que comandou uma invasão da Itália em 281 a.C., durante um conflito que opós o Reino de Épiro à República Romana.
Durante a sua campanha no sul de Itália, foi derrotando uma a uma, as legiões romanas que eram enviadas para enfrenta-lo. Batalha atrás de batalha, venceu os romanos, mas sem nunca conseguir a vitória decisiva que garantia a vitória na guerra.
Algumas das vitórias tiveram grandes custos, com o seu exército a perder muitos homens, chegando ao ponto, de após a batalha de Ásculo, ao ser felicitado pelos seus generais pela brilhante vitória conseguida, ter respondido: «Mais uma vitória como esta, e estou perdido!»
Daí associar-se o nome de Pirro a uma vitória conseguida a alto preço e com elevados custos, ou também considerar que é uma vitória que não serve de nada e que não garante nenhuma conquista. Uma vitória que não vale mais do que isso mesmo, e que não chega para ganhar uma guerra.
Os benfiquistas gostam de lembrar aos sportinguistas que o «sete-a-um» aconteceu num ano em que o Benfica se sagrou campeão. Que a vitória foi em vão, e que só ajudou o Benfica a unir-se e a conquistar o título. Os leões por seu lado não ligam muito aos argumentos benfiquistas e deixam que a força dos números fale mais alto. Com Pirro, ou sem Pirro, para eles, o «sete-a-um» foi bem mais que uma vitória.
A verdade é que os dois têm razão. O Sporting teve uma vitória de Pirro e viu o Benfica sagrar-se campeão no final da época; mas por outro lado, o Benfica sofreu às mãos do eterno rival uma derrota até então sem par, batendo o recorde do 7x2 a favor do Benfica, que já datava de 28 de abril de 1946.
Uma «serenata à chuva»
Os jogos entre o Sporting e Benfica, especialmente quando se jogam em Alvalade, têm uma tendência natural para o inesperado. Do banho de multidão que Marcello Caetano recebeu nos 3x5 em 1974, pouco tempo antes da queda do regime, aos 5x3 em que o Sporting de Paulo Bento virou o jogo ao contrário, voltando à sempre lembrada noite de magia de João Vieira Pinto, a verdade é que o dérbi tem uma magia ímpar, que em Portugal não tem par.
Chuvas de golos, muitos deles à chuva, durante anos os leões e águias foram escrevendo algumas das mais brilhantes da história do futebol nacional. Mimetizando o clássico de Gene Kelly, os velhos rivais marcaram, golo atrás de golo, em verdadeiras «serenatas à chuva», mas nenhuma terá sido tão histórica, como a daquele dia .
Para os leões, Manuel Fernandes não será Gene Kelly, mas muitos deles terão por certo dançado e cantado à chuva, nesse frio fim de tarde de 14 de dezembro de 1986.
Saltillo, CEE, FC Porto: Portugal em 1986/87
Olhando para trás, o país parecia ser outro. Mário Soares era o Presidente, Cavaco Silva era o Primeiro Ministro, e voltaria a ser eleito em Outubro do ano seguinte com a primeira maioria absoluta da democracia portuguesa. O país aderira há pouco tempo à então Comunidade Económica Europeia, começando a receber a primeira grande vaga de fundos de Bruxelas, que deixava no ar a impressão que o período de crise e da intervenção do FMI já fazia parte de um passado distante e irrepetível...
No desporto, a seleção continuava a viver na ressaca de Saltillo, com todos os "revoltosos" afastados, arrastando-se na fase de qualificação para o Euro 88. O FC Porto, campeão em título, estava a meses de se sagrar campeão europeu em Viena, mas por certo ainda não sonhava com o calcanhar de Madjer...
Chuva e um golo
Na véspera do dérbi, nas Antas, em noite de algum nevoeiro, o FC Porto esmagara o Sporting Farense por 8x3, podendo depois assistir descansado ao clássico, seguro que estava na liderança.
Nessa manhã, ao lerem os jornais, os portugueses estavam fascinados com os cinco remates certeiros de Fernando Gomes num jogo com onze golos, e poucos podiam sonhar que o Sporting x Benfica dessa tarde, pudesse tornar o FC Porto x Farense da véspera, numa quase nota de rodapé num futuro texto sobre o clássico...
Alheios a tudo isso, os protagonistas do jogo preparavam-se para o embate, sendo a grande novidade a estreia de um equipamento azul por parte do benfiquista Silvino. Chovia copiosamente e nas bancadas «não cabia mais um ovo».
Mais de setenta mil almas lotavam o antigo anfiteatro leonino. Vitor Correia apitou para o começo do jogo e a primeira parte foi bastante equilibrada, com oportunidades repartidas e pouca emoção. Ao intervalo ganhava o Sporting por 1x0, fruto do golo madrugador de Mário Jorge.
A glória do Manel
Quando aos cinquenta minutos Manuel Fernandes, com a cabeça, deu o melhor seguimento ao canto apontado por Zinho na esquerda, poucos na bancada podiam imaginar que nos próximos 36 minutos iriam assistir a mais seis golos.
Nem o mais confiante e otimista sportinguista, imaginaria o que iria acontecer, quando aos 59 minutos, Vando reduziu o resultado para 2x1. E na bancada os benfiquistas voltavam a acreditar que o empate era possível...
Mas foi então que o jogou entrou em modo «Sporting x Benfica», e já não houve mais forma de controlar-lhe o destino... Ralph Meade fez o 3x1 aos 65´ e matou a esperança encarnada. Passaram três minutos e Mário Jorge bisou, abrindo as portas da goleada.
Manuel Fernandes não quis ficar atrás e marcou um três minutos depois, outro aos 82´ e fechou a contagem aos 86´. «Sete-a-um», com um poker do capitão de Sarilhos Pequenos, que correu para guardar a bola que Gabriel queria para si.
«Gabi, essa para mim!» gritou o Manel, e o defesa acedeu, não por o pedido vir do capitão, mas porque não é todos os dias que se marcam quatro golos ao Benfica...
Nas bancadas havia quem rasgasse o cartão de sócio do Sport Lisboa e Benfica. Um pouco por toda a superior ardiam os restos de bandeiras encarnadas, que os próprios adeptos benfiquistas tinham queimado, «cegos» com a vergonha e a frustração da goleada sofrida... Os leões cantavam, em júbilo festejavam uma vitória sem par.
Manuel Fernandes levou para casa a bola que ofereceu como presente à filha, Silvino nunca mais voltou a vestir de azul, os leões nunca mais deixaram de falar do «sete-a-um» e os benfiquistas acabaram campeões... Quase que era caso para dizer que no final todos foram felizes... Mas alguém consegue ser realmente feliz depois de sofrer sete golos?
Alex Gaskarth, vocalista dos All Time Low, celebra hoje 37 anos
Postado por Fernando Martins às 00:37 0 bocas
Marcadores: Alex Gaskarth, All Time Low, guitarra, Monsters, pop punk, pop rock
Andrei Sakharov morreu há trinta e cinco anos...
Após a evacuação, em 1941, durante a Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), ele se formou em Asgabate, hoje no Turcomenistão. Em seguida, ele foi designado o trabalho de laboratório em Ulyanovsk. Durante este período, em 1943, casou-se com Klavdia Alekseyevna Vikhireva, de quem teve duas filhas e um filho antes de esta morrer, em 1969. Ele regressou a Moscovo em 1945 para estudar no Departamento teórico da FIAN (Instituto de Física da Academia Soviética de Ciências), onde fez o seu Doutoramento em 1947.
Estudou os raios cósmicos. Desempenhou com Igor Kurchatov um papel de primeiro plano na preparação da primeira bomba de hidrogénio, que foi desenvolvida na União Soviética e cujos primeiros ensaios se realizaram em 1953. Este feito valeu-lhe a entrada na Academia das Ciências da União Soviética no mesmo ano; todavia, não tardou a pedir a limitação dos armamentos nucleares. Sakharov propôs a ideia de gravidade induzida como teoria alternativa à da gravitação quântica.
Em 1965 reclamou a efetiva desestalinização do país e do partido; a sua obra, "A Liberdade Intelectual na URSS e a Coexistência Pacífica", publicada no exterior em 1967, deu-lhe um lugar destacado na oposição ao regime. Tal como Aleksandr Solzhenitsyn, a quem apoiou sem esconder o seu desacordo com o romantismo místico do escritor, denunciou os Gulags, os internamentos arbitrários e outras violações da Constituição Soviética e dos Direitos Humanos.
Casou com a ativista dos direitos humanos Yelena Bonner em 1972.
Galardoado com o Nobel da Paz em 1975, não foi autorizado a ir receber a sua distinção em Oslo. Com residência fixa a partir de 1980, só conseguiu a liberdade de movimentos após a chegada ao poder de Mikhail Gorbachev e a implementação da perestroika e da glasnost, apesar da pressão da opinião pública internacional e de uma greve de fome em 1984. Na sequência da revisão constitucional de 1989 o académico foi candidato ao Congresso, obteve a investidura na Academia das Ciências, malgrado uma forte obstrução processual, e chegou a deputado. Morreu a 14 de dezembro de 1989, de enfarte do miocárdio. Encontra-se sepultado no Cemitério Vostryakovskoe, em Moscovo, na Rússia.
Em sua memória a União Europeia instituiu o Prémio Sakharov para destacar pessoas que lutam pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Este prémio é atribuído desde 1988.
Postado por Fernando Martins às 00:35 0 bocas
Marcadores: Andrei Sakharov, bomba atómica, Física, gulags, paz, Prémio Nobel, Prémio Sakharov, URSS