quarta-feira, junho 30, 2021

António Sousa Freitas morreu há dezassete anos...

     
António Sousa Freitas (Buarcos, 1 de janeiro de 1921 - Lisboa, 30 de junho de 2004), poeta e letrista português, distinguido com o Prémio Antero de Quental, em 1951, e com o Prémio Camilo Pessanha, em 1958, e agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em 1985, pelo então Presidente da República Ramalho Eanes.
    
Biografia
Nascido em Buarcos, concelho da Figueira da Foz, a 1 de janeiro de 1921 (embora no bilhete de identidade constasse 5 de janeiro, devido a um atraso no registo), António de Sousa Freitas iniciou o seu percurso literário durante os tempos de estudante em Coimbra (1939-1942).
A sua passagem por Coimbra, onde deixou incompleto o curso de Direito, ficou marcada pelas colaborações no jornal universitário Via Latina, pela fundação do jornal humorístico Poney e pelas diversas tertúlias literárias na companhia de figuras como Fernando Namora, João José Cochofel, Joaquim Namorado, José Brandão, Pina Martins, Carlos Oliveira e Álvaro Feijó.
Foi ainda colaborador pontual da revista "Flama" e dos jornais "Diário Popular", "Diário de Lisboa", "Século Ilustrado", "Diário do Norte" e "Diário Ilustrado", entre outros.
Em 1940, António Sousa Freitas fez a sua estreia poética com "Anita", uma colectânea de poemas de amor dedicados à primeira namorada. Este primeiro livro viria a ser considerado pelo autor como tendo pouco significado na sua vida literária.
Em 1945 mudou-se para Lisboa, passou depois um ano em Leiria, após o que regressou à capital, onde se tornou Director de Serviços de Informação Médica num laboratório de especialidades farmacêuticas, cargo que manteve entre 1951 e 1983.
No âmbito dessa experiência, colaborou no jornal "Semana Médica" e - em parceria com Jorge Ferreira da Silva - fundou o jornal "Saúde", pertencente à Sociedade Semana Médica, do qual foi editor.
Entre 1952 e 1963 colaborou nos programas da Emissora Nacional, Ouvindo as Estrelas e "Canções de Portugal", ambos com textos de sua autoria, e nas rubricas "Poetas de Ontem e de Hoje" e "Escaparate - Novidades Literárias", com texto e locução a seu cargo, no Rádio Clube Português.
Além da presença na rádio, colaborou com a RTP, tendo ainda participado em programas publicitários da Robbialac e sido júri de vários concursos literários, caso dos Jogos Florais da CUF.
Entretanto, a 30 de junho de 1954, tornara-se membro da Sociedade Portuguesa de Autores com o nome de António de Freitas, passando a cooperante a 16 de maio de 1979.
Enquanto letrista, escreveu canções musicadas pelos maestros Joaquim Luís Gomes e Nóbrega e Sousa e interpretadas por artistas como Simone de Oliveira, Maria de Lourdes Resende, Maria Clara, João Maria Tudela, António Calvário, Paulo Alexandre, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, João Braga, Ada de Castro, Maria da Fé, Sérgio Borges ou Marina Neves.
Na mesma área, integrou vários júris de Festivais da Canção, com David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e outros nomes ligados à poesia e à música.
Em 1969, fundou o Gabinete Português de Medalhística, onde trabalhou com o escultor Cabral Antunes, tendo sido grande impulsionador do colecionismo nesta área em Portugal, o que foi reconhecido tanto por coleccionadores como pelo próprio Estado.
Em 1990, António Sousa Freitas foi homenageado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz por ser o autor da "Canção da Figueira", tendo sido colocada uma placa com o seu nome no Casino Peninsular daquela cidade e recebido a Medalha de Mérito, em ouro.
Na sua terra natal, Buarcos, existe também uma rua com o seu nome.
António Sousa Freitas (que assinou obras literárias também como A. Sousa Freitas e António de Sousa Freitas), faleceu a 30 de junho de 2004, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi cremado e as cinzas lançadas ao mar, que tanto cantara na sua poesia.
       

 

 

Figueira da Foz - Maria Clara
Letra de António Sousa Freitas e música de Nóbrega e Sousa
   
  

Figueira, Figueira da Foz
Das finas areias
Berço de sereias
Procurando abrigo.

Estrelas, doiradas estrelas
Enfeitam o Mar
Que pede a chorar
Para casar contigo.

Figueira, e à noite o luar,
Deita-se a teu lado
A fazer ciúmes
Ao teu namorado.

E a Serra, que te adora e deseja,
Também sofre com a luz do Sol
Que te abraça e te beija.

He was a friend of mine...

 

He was a friend of mine - Dave Van Ronk

He was a friend of mine
He was a friend of mine
Every time I think about him now
Lord I just can't keep from crying
'Cause he was friend a friend of mine

He died on the road
He died on the road
He never had no money
To pay his room or board
He was a friend of mine

I stole away and cried
I stole away and cried
'Cause I never had too much money
And I can't be satisfied
He was a friend of mine

He never done no wrong
He never done no wrong
He was just a poor boy
Long way from home
He was a friend of mine

He was a friend of mine
He was a friend of mine
Every time I hear his name
I just can't keep from crying
'Cause he was a friend of mine 

A Noite das Facas Longas foi há 87 anos

  
A Noite das Facas Longas (em alemão Nacht der langen Messer) foi uma purga que aconteceu na Alemanha nazi na noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a direção do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (o Partido Nazi) decidiu executar dezenas de seus filiados, sendo a maioria pertencente à Sturmabteilung (SA), uma organização paramilitar do partido.
Adolf Hitler revoltou-se contra o líder da SA, Ernst Röhm, pois este ansiava em transformar seus liderados (que já contavam com três milhões de integrantes, chamados de camisas castanhas) no embrião do futuro exército da Alemanha Nazi e via o uso da violência nas ruas como melhor modo de disciplina, algo totalmente contra o regime que Hitler queria impor na sociedade alemã. Além disso, os interesses de Röhm chocavam com os do Reichswehr, o exército alemão do período entre-guerras, cujos oficiais - em especial o marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação na época - não toleravam a figura de Röhm, por causa da sua homossexualidade, fraqueza a vícios e o medo de que Röhm viesse a tentar derrubar o regime nazi, podendo assim criar uma revolta no povo alemão e consequentemente a queda de Hitler. Com isso, Hitler, chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, fazer um expurgo contra as autoridades máximas da SA e seus inimigos políticos.
Pelo menos oitenta e cinco pessoas morreram durante o evento e milhares foram presas. A maioria das mortes foi causada pela Schutzstaffel (SS), um grupo de elite especial, e pela Gestapo (Geheime Staatspolizei), a polícia secreta. Com o expurgo, foi consolidado o apoio do Reichswehr a Hitler.
Antes do seu acontecimento, o evento foi classificado com o nome de código "colibri" (em alemão: Kolibri), escolhido aleatoriamente, que se tornou palavra-chave para iniciar a operação. A frase "Noite das facas longas" origina-se de um verso de uma canção da SA que tem como assunto principal massacres. Devido ao peso da expressão, a Alemanha refere-se a este assunto com o nome de "Röhm-Putsch", nome empregado pela propaganda nazi na época.
  
(...)
  
Por unanimidade, o exército aplaudiu a Noite das Facas Longas, pese embora o facto de dois dos mortos serem os generais Kurt von Schleicher e Ferdinand von Bredow. O presidente Hindenburg, herói militar da Alemanha, mandou um telegrama a Hitler expressando o seu "profundo sentimento de gratidão". O apoio do exército à purga, entretanto, teria consequências de longo prazo para a instituição. A ameaça da SA de tirar o exército do poder finalmente tinha chegado ao fim, mas Hitler queria vê-lo mais próximo do regime nazi.
Sem um relatório independente da imprensa sobre o acontecimento, rumores sobre a Noite das Facas Longas rapidamente tomaram conta da Alemanha. Muitos alemães não acreditavam nas notas postas nos jornais por Joseph Goebbels. Ao mesmo tempo, outros acreditavam que Hitler tinha salvado a Alemanha de entrar em estado de caos. Uma professora de Hamburgo disse em seu diário que muitos alemães admiravam a coragem de Hitler. Ela comparou Hitler a Frederico, o Grande, lendário rei da Prússia. Outros estavam horrorizados com o número de execuções, principalmente por serem alemães.
Hitler chamou Victor Lutze para assumir o lugar de Röhm na SA, dando-lhe ordens para acabar com a "homossexualidade, deboche, embriaguez e estilo de vida elevado" na SA. Hitler disse a Lutze que fizesse com que a SA parasse de gastar dinheiro em carros caros e banquetes, atitudes consideradas extravagantes. Lutze, conhecido por ser um homem de pouco poder e fraco, fez com que a SA perdesse gradualmente o seu poder na Alemanha Nazi. Com ele, a organização paramilitar passou de três milhões de membros em agosto de 1934 para 1,2 milhões em abril de 1938. Todas as referências ao nome de Röhm foram retiradas dos uniformes e documentos, e foram substituídas pelas palavras Blut und Ehre (sangue e honra).
A Noite das Facas Longas mostrou um triunfo de Adolf Hitler e foi a sua consolidação no governo, estabilizando-o como juiz supremo do povo alemão. Mais tarde, em abril de 1942, ele se colocou como "poder acima da lei na Alemanha". Este acontecimento também foi exemplo para a pequena resistência contra o regime nazi da época, visto que qualquer pessoa que fosse contra o governo seria severamente punida.
   

O oceanógrafo Robert Ballard nasceu há 79 anos

    
Robert Duane Ballard (Wichita, 30 de junho de 1942) é um oceanógrafo conhecido pelo seu trabalho em arqueologia subaquática. Tornou-se famoso pelas descobertas dos destroços do RMS Titanic, em 1985, do Couraçado Bismarck, em 1989, e dos destroços do USS Yorktown, em 1998.
    
    

Florence Ballard nasceu há 78 anos

    
Florence Glenda Ballard-Chapman (Detroit, 30 de junho de 1943 – Detroit, 22 de fevereiro de 1976) foi uma cantora norte-americana, mais conhecida como a fundadora (e durante um curto período de tempo, vocalista principal) da banda feminina da Motown Records The Supremes, da qual foi afastada no ano de 1967 e substituída por Cindy Birdsong.
Depois de se retirar da banda The Supremes, em 1967, Ballard tentou uma carreira a solo bem sucedida com a ABC Records, mas foi retirada do catálogo da gravadora no final daquela década. Ballard lutou contra o alcoolismo, depressão e pobreza durante três anos. Ela tentava um regresso à música quando morreu, de paragem cardíaca, em fevereiro de 1976, com 32 anos de idade. A morte de Ballard foi considerado por um crítico como "uma das maiores tragédias do rock".
Ballard foi postumamente colocada no Hall da Fama do Rock and Roll, como membro das The Supremes, em 1988.
       

 


O poeta Reinaldo Ferreira partiu há 62 anos

(imagem daqui)
   
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de março de 1922 - Lourenço Marques - atualmente Maputo, 30 de junho de 1959) foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique.
Filho do célebre Repórter X, Reinaldo Ferreira chega a Lourenço Marques em 1941, finaliza o 7º ano do liceu e ingressa como aspirante no Quadro Administrativo da Colónia, tendo subido até Chefe de Posto.
Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adapta para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colabora no teatro de revista. Autor da letra de canções ligeiras, entre as quais Kanimambo, Uma Casa Portuguesa e Piripiri.
Em 1959 é-lhe detectado cancro do pulmão e morre em junho desse ano. Não editou nenhum livro em vida.
A coletânea dos seus poemas surgiu em 1960.
António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no ao poeta Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».
    
    
   
Receita para fazer um herói

Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.

Serve-se morto.

 

Reinaldo Ferreira

No México, a Noche Triste foi há 501 anos


A Noite Triste (em espanhol, La Noche Triste) foi uma batalha que ocorreu em 1520 em Tenochtitlán, no México, entre forças astecas e espanholas, dentro do contexto da conquista do México pelos espanhóis. Segundo a lenda, após a batalha, o líder espanhol Hernán Cortés teria sentado debaixo de uma árvore e chorado a morte de grande parte de seus soldados: daí, o nome "Noite Triste". 

Antecedentes
A expedição de Cortés chegou a Tenochtitlán, a capital asteca, em 8 de Novembro de 1519, e, pouco tempo depois, havia tomado Moctezuma II, o Hueyi Tlatoani asteca, como cativo. Durante os seis meses seguintes, Cortés e os seus aliados tlaxcaltecas tornaram-se cada vez menos bem-vindos na capital.
Em Junho, Cortés recebeu a notícia da costa do Golfo de que um grupo bastante maior de espanhóis havia sido enviado pelo governador Velázquez, de Cuba, para prendê-lo por insubordinação. Deixando Tenochtitlán ao cuidado do seu lugar-tenente de confiança, Pedro de Alvarado, Cortés marchou para a costa e derrotou a expedição oriunda de Cuba liderada por Pánfilo de Narváez. Quando Cortés falou aos soldados derrotados sobre a cidade de ouro, Tenochtitlán, eles concordaram em juntar-se-lhe.
Durante a ausência de Cortés, Alvarado levou a cabo um ataque preventivo contra muitos dos nobres astecas no templo principal, assassinando dezenas ou centenas dentre eles (Massacre do Templo Maior).
Após o seu regresso em finais de junho, Cortés deu-se conta de que os astecas haviam elegido um novo Hueyi Tlatoani, Cuitláhuac. Pouco tempo depois, os astecas cercaram o palácio onde se encontravam os espanhóis e Moctezuma. Cortés ordenou a Moctezuma que falasse ao seu povo desde uma varanda e que os convencesse a deixarem os espanhóis regressar à costa em paz. Moctezuma foi vaiado, e pedras e dardos atirados na sua direcção. Atingido por um destes projécteis, acabaria por morrer dias mais tarde, não se sabendo se em consequência dos ferimentos ou se às mãos dos espanhóis.

Noche Triste 
Debaixo de ataque, com pouca comida e água, Cortés decidiu forçar a saída da cidade. As pontes em quatro dos oito caminhos de acesso à cidade-ilha haviam sido removidas, pelo que foi necessário improvisar uma ponte móvel. Os cascos dos cavalos foram forrados.
Na noite de 30 de junho de 1520, o seu grande exército deixou o seu aquartelamento e dirigiu-se para oeste, em direcção ao caminho de Tlacopan. Antes de conseguirem atingir o caminho, foram detectados pelos guerreiros astecas.
A luta foi feroz. Quando os espanhóis e seus aliados chegavam à entrada do caminho, centenas de canoas apareceram nas águas ao longo do caminho para atacar as tropas de Cortés. Os espanhóis e os seus aliados lutaram à chuva para conseguir avançar pelo caminho, por vezes usando a ponte portátil para ultrapassar os espaços vazios deixados após a retirada das pontes, ainda que, com o desenrolar da batalha, alguns deles tinham ficado tão cheios de destroços e cadáveres que os fugitivos puderam atravessar a pé. Segundo Cortés, pereceram 150 espanhóis e 2 000 aliados nativos. Thoan Cano, outra fonte primária, fala em 1.150 espanhóis mortos (número talvez superior ao número total de espanhóis), enquanto Francisco López de Gómara, o capelão de Cortés, estima que terão morrido 450 espanhóis e 4.000 aliados. As fontes relatam que nenhum homem escapou incólume. Cortés, Alvarado e os mais capazes dos homens conseguiram escapar, bem como La Malinche.
Essa mesma noite, com La Malinche a seu lado, Cortés sentou-se debaixo de um grande ahuehuete em Popotla e teria chorado a perda dos seus homens e da maior parte do que havia conseguido até então.
Outras batalhas esperavam os espanhóis e seus aliados no caminho que percorreriam em redor da margem norte do lago Zumpango. Duas semanas mais tarde, na batalha de Otumba, próximo de Teotihuacan, fizeram frente aos astecas que os perseguiam, derrotando-os de forma decisiva - segundo Cortés, porque ele matara o comandante asteca - dando, assim, aos espanhóis, algum alívio, o que lhes permitiu chegar a Tlaxcala. Ali, Cortés preparou o cerco de Tenochtitlán.

 

in Wikipédia

Walter Ulbricht, o responsável pela construção do Muro de Berlim, nasceu há 128 anos

     
Walter Ulbricht (Leipzig, 30 de junho de 1893Berlim Oriental, 1 de agosto de 1973) foi um político alemão, membro do Partido Comunista da Alemanha (KPD) e depois secretário-geral do Partido Socialista Unificado (SED), que resultou da fusão, forçada pelos soviéticos, do Partido Social-Democrata da Alemanha (SDP) com o Partido Comunista da Alemanha (KDP), na República Democrática Alemã. Ocupou o cargo de Presidente do Conselho de Estado da República Democrática Alemã entre 12 de setembro de 1960 e 1 de agosto de 1973. Foi o responsável por mandar fazer o Muro de Berlim, embora dois meses antes tivesse negado tal intenção. Apoiou a intervenção soviética na Checoslováquia, durante a Primavera de Praga, mandando inclusive tropas da RDA para pôr fim ao levantamento democrático na Checoslováquia.
    
Grafitties sobre o Muro de Berlim em 1986
      

O música Phil Anselmo faz hoje 53 anos

  
Philip Hansen Anselmo, conhecido apenas como Phil Anselmo (Nova Orleans, 30 de junho de 1968), é um músico norte-americano. Foi o principal vocalista da banda Pantera (formada em Arlington, no estado do Texas, Estados Unidos), onde permaneceu por mais de uma década e foi o principal responsável pela passagem de género da banda, do glam metal (80's), para o thrash metal (90's). Em meados da década de 90, Anselmo iniciou o projeto paralelo de sludge metal Down, que acabou por se tornar a sua banda principal após o fim dos Pantera. Ele também possui a sua própria gravadora, chamada Housecore.
  

 


A missão Soyuz 11 terminou em tragédia há cinquenta anos...

 
Soyuz 11
(russo: Союз 11, União 11) foi a segunda tentativa e a primeira visita bem sucedida à primeira estação espacial do mundo, a Salyut 1. A missão, entretanto, terminou em tragédia com a morte dos três tripulantes por asfixia após a reentrada na atmosfera terrestre.

Tripulação

Parâmetros da missão
  
Missão e tragédia
Eles acoplaram na Salyut 1 com sucesso em 7 de junho e mantiveram-se a bordo durante 22 dias, marcando recordes de permanência no espaço que se manteriam até à missão americana Skylab 2 em maio-junho de 1973.
Em 30 de junho de 1971, após uma reentrada normal da cápsula na atmosfera, a equipe de resgate abriu a cápsula e encontrou o grupo morto. Rapidamente se tornou aparente que eles sofreram de asfixia e isto foi relacionado a uma válvula que foi sendo aberta conforme o módulo de descida se separava do módulo de serviço. Os dois eram fixados por parafusos explosivos projetados para dispararem sequencialmente, porém de fato eles dispararam simultaneamente enquanto a nave sobrevoava a França. A válvula, com menos de 1 mm de diâmetro, tinha a função de equalizar e pressão dentro da cápsula nos momentos finais antes da aterragem, porém neste caso ela permitiu que o ar dos cosmonautas escapasse para o espaço. Localizado atrás dos bancos dos cosmonautas, foi provado ser impossível localizar e bloquear o buraco antes que o ar da cápsula fosse perdido.
O filme posteriormente desclassificado mostrou os grupos de suporte tentando realizar RCP nos cosmonautas. Apesar de existir a possibilidade de isto ser apenas para publicidade, é possível que eles tivessem tentado salvar os cosmonautas na esperança de que o acidente da descompressão tivesse ocorrido a um intervalo de tempo que permitisse que algum deles fosse salvo. Acredita-se que eles não estivessem respirando ao menos por quinze minutos antes da aterrissagem, e que eles já estivessem mortos quando a nave tocou o solo.
Os cosmonautas receberam um funeral de estado, e foram enterrados nos muros do Kremlin, na Praça Vermelha, em Moscovo. O astronauta norte-americano Tom Stafford ajudou a carregar o caixão.
A nave espacial Soyuz foi extensivamente redesenhada após este incidente para transportar apenas dois cosmonautas. O espaço extra significava que o grupo poderia vestir trajes espaciais durante o lançamento e a aterragem.
  

Matisyahu - 42 anos

  
Matthew Paul Miller, conhecido por Matisyahu (cujo sentido é "Dom de Yahu" ou "Dom do Deus", na língua aramaica - Westchester, 30 de junho de 1979) é um cantor judeu norte-americano de reggae, que enfatiza nas suas letras os ensinos do judaísmo da linha Chabad Lubavitch.
 
 
Nasceu no estado da Pensilvânia, no dia correspondente ao calendário judaico de 5 de Tamuz de 5740. Depois de crescido, os pais de Matisyahu enviaram-no para uma Escola Judaica onde estudava duas vezes na semana, porém como muitos outros rapazes da sua idade, resistiu às horas adicionais da escola e foi frequentemente expulso por perturbações durante as aulas.
Aos catorze anos, Matthew Miller adquiriu um estilo de vida hippie. "Entrou na onda" das pessoas "Dead-Head", cultivou "dreadlocks" e gastou os seus "birkenstocks" (sandálias) durante todo o inverno. Tocava os seus bongos no recreio e aprendia a fazer "beat-box" no fundo da sala de aula. No 3º ano do colégio, embora estivesse numa época em que não havia nenhuma preocupação, Matisyahu não conseguia ignorar o vazio que sentia na sua vida. Depois de quase queimar a sua sala de química, sabia que a sua missão deveria começar imediatamente. Decidiu então fazer uma viagem pelo Colorado. Afastado da sua vida suburbana nas planícies brancas, Matisyahu teve a oportunidade de analisar e ter um olhar mais introspectivo sobre si , contemplando o ambiente em seu redor. Estava ele na paisagem impressionante das Montanhas Rochosas, quando teve uma visão a qual atribuiu a Deus.
Após a sua viagem para o Colorado, a sua curiosidade espiritual aumentou e Matisyahu fez sua primeira viagem a Israel. Lá, pela primeira vez na sua vida, sentiu uma conexão ao que viu eno Colorado. Israel era um ponto de giro principal. Matisyahu aproveitou o tempo que gastou lá, rezando, explorando, e dançando em Jerusalém. Em cada canto encontrou a sua identidade judaica, até então inativa na sua mente. Sair de Israel provou ser uma transição difícil. De volta as planícies brancas, Matisyahu não soube manter a sua nova conexão com o judaísmo. Abatido, desanimado saiu do colégio e começou a seguir a banda Phish numa tour nacional. Na estrada, Matisyahu pensou seriamente sobre a sua vida, a sua música, e a sua sede pelo judaísmo.
Após alguns meses ele regressou a casa. Nessa altura os seus pais insistiram para que ele se "endireitasse" e fosse para uma escola numa região selvagem, em Bend, Oregon. A escola incentivava os exercícios artísticos e Matisyahu tirou vantagem deste momento para aprofundar-se mais na sua música. Estudou reggae e hip-hop. Semanalmente ele ia a um open-mic onde cantava, fazia o seu beat-box, e era capaz de fazer quase qualquer coisa para manter e aguçar a sua criatividade. Foi aí que começou a desenvolver o seu estilo reggae-hip-hop. Depois de dois anos "lutando", aos dezanove anos Matisyahu volta para Nova York um homem mudado. Mudou-se para a cidade para continuar afinando o seu estudo musical, e também começou a interessar-se pelo teatro. Durante este tempo, foi ver o Carlebach Shul, uma sinagoga no lado ocidental, bem conhecida por ser amigável à energia hippie e ao seu canto exuberante. Isto fortaleceu mais a sua alma, favorecendo o poder místico da música judaica hassídica. Agora, em vez do beat-box no fundo da sala de aula, ele ia para o telhado da escola orar. Religioso ou não, ele não nasceu para ficar em salas de aula.
Ao estudar na nova escola, Matisyahu escreveu uma letra intitulada "Echad" (One). A letra era sobre um rapaz que se encontrou com um rabino hassídico no Washington Square Park em Nova Iorque e através dele se tornou religioso. Logo após ter feito a letra, a vida de Matisyahu imitou estranhamente a sua arte. Encontrou-se com o rabino Lubavitch no parque, iniciou-se aí sua transformação de Matthew para Matisyahu. Ele, que já fora céptico da autoridade e das suas regras, começou então a explorar e finalmente adquirir o estilo de vida do hassídico Lubavitch. Prosperou na disciplina e na estrutura do judaísmo, tentando cada vez mais entender a Lei Judaica. A filosofia de Chabad-Lubavitch provou ser um guia poderoso para Matisyahu. Cercou-o com o diálogo espiritual e o desafio intelectual que tem procurado desde a década passada. O distúrbio e a frustração da sua busca precipitada, e agora, 2 anos mais tarde, Matisyahu vive em Crown Heights, dividindo seu tempo entre os palcos e a yeshivá, centro de estudos religiosos.
 

 


A cantora Cheryl faz hoje 38 anos

     
Cheryl Ann Tweedy (Newcastle, 30 de junho de 1983), conhecida artisticamente como Cheryl, é uma cantora, compositora e personalidade de televisão britânica.
 

 in Wikipédia

  


Chacrinha morreu há 33 anos

 
José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha (Surubim, 30 de setembro de 1917Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988) foi um comunicador de rádio e televisão do Brasil, apresentador de programas de auditório de grande sucesso das décadas de 50 a 80. Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Nos seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.
Desde a década de 70 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço".
  

 


 

AQUELE ABRAÇO - Elis Regina

Gilberto Gil



O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março
Alô, alô, Realengo - aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo - aquele abraço!
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço
Alô, alô, Terezinha - aquele abraço!
Alô, moça da favela - aquele abraço!
Todo mundo da Portela - aquele abraço!
Todo mês de fevereiro - aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço!
Pra você que me esqueceu - aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço!
Todo o povo brasileiro - aquele abraço!

Yitzhak Shamir morreu há nove anos

 
Yitzhak Shamir, nascido Icchak Jeziernicky (Ruzhany, 22 de outubro de 1915 - Tel Aviv, 30 de junho de 2012) foi um político israelita, membro do partido conservador Likud, tendo sido primeiro-ministro de Israel em duas legislaturas.
Ex-integrante do Lehi, grupo armado sionista que operava clandestinamente na Palestina Mandatária, entre 1940 e 1948, Shamir foi um dos autores morais do assassinato do diplomata Folke Bernadotte, nomeado pelas Nações Unidas para mediar o conflito entre árabes e judeus em 1948, no final do Mandato Britânico da Palestina.
   

Dave Van Ronk nasceu há 85 anos

 

David Kenneth Ritz Van Ronk (Brooklyn, New York City, June 30, 1936 – New York City,February 10, 2002) was an American folk singer. An important figure in the American folk music revival and New York City's Greenwich Village scene in the 1960s, he was nicknamed the "Mayor of MacDougal Street".

Van Ronk's work ranged from old English ballads to blues, gospel, rock, New Orleans jazz, and swing. He was also known for performing instrumental ragtime guitar music, especially his transcription of "St. Louis Tickle" and Scott Joplin's "Maple Leaf Rag". Van Ronk was a widely admired avuncular figure in "the Village", presiding over the coffeehouse folk culture and acting as a friend to many up-and-coming artists by inspiring, assisting, and promoting them. Folk performers he befriended include Bob Dylan, Tom Paxton, Patrick Sky, Phil Ochs, Ramblin' Jack Elliott, and Joni Mitchell. Dylan recorded Van Ronk's arrangement of the traditional song "House of the Rising Sun" on his first album, which the Animals turned into a chart-topping rock single in 1964, helping inaugurate the folk-rock movement.

Van Ronk received a Lifetime Achievement Award from the American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP) in December 1997. He died in a New York hospital of cardiopulmonary failure while undergoing postoperative treatment for colon cancer.
 

  


 Green Rocky Road - Dave Van Ronk

When I go to Baltimore
Got no carpet on my floor
Come along and follow me
 
We'll go down in history
 
Green green rocky road
Promenade in green
Tell me who d' you love
Tell me who d' you love
 
See that crow up in the sky
He don't crow nor can he fly
He can't walk nor can he run
He's black paint slattered on the sun
 
Green green rocky road
Promenade in green
Tell me who d' you love
Tell me who d' you love
 
Little Miss Jane runnin' to the ball
Don't you stumble don't you fall
Don't you sing and don't you shout
When I sing come runnin' out
 
Green green rocky road
Promenade in green
Tell me who d' you love
Tell me who d' you love
 
A tooka soda cracker
Does your mama chew tobacco
If your mama chew tobacco

Música adequada à data...


Menina dos olhos tristes 

Música: Zeca Afonso e letra: Reinaldo Ferreira 

 

Menina dos olhos tristes 

o que tanto a faz chorar

o soldadinho não volta

do outro lado do mar  

 

Vamos senhor pensativo 

olhe o cachimbo a apagar

o soldadinho não volta

do outro lado do mar 


Senhora de olhos cansados

porque a fatiga o tear

o soldadinho não volta

do outro lado do mar 

 

Anda bem triste um amigo

uma carta o fez chorar

o soldadinho não volta

do outro lado do mar

A lua que é viajante

é que nos pode informar

o soldadinho já volta

está mesmo quase a chegar 

 

Vem numa caixa de pinho

do outro lado do mar

desta vez o soldadinho

nunca mais se faz ao mar

terça-feira, junho 29, 2021

Hoje é dia de lembrar o que é cativar...

 
E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
- Os homens, disse a raposa, têm armas e caçam. É bem incómodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um menino inteiramente igual a cem mil outros meninos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Noutro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua ideia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens caçam-me. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E é por isso que eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativares, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar na toca. Os teus chamar-me-ão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa nenhuma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa nenhuma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens já não têm amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu sentar-te-ás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu olhar-te-ei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, sentar-te-ás cada vez mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estaria inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso rituais.
- Que é um ritual? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não ganhaste nada.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te darei de presente um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (excepto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
  
in O Principezinho - Antoine de Saint Exupery

Paul Klee morreu há 81 anos

   
Paul Klee (Münchenbuchsee, 18 de dezembro de 1879 - Muralto, 29 de junho de 1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo, fortemente individualista, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo e surrealismo. Ele foi um estudante do orientalismo e um desenhador nato, que realizou experiências e dominou a teoria das cores, assunto sobre o qual escreveu extensivamente. As suas obras refletem o seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, os seus ânimos e suas crenças pessoais e a sua musicalidade. Ele e o pintor russo Wassily Kandinsky, seu amigo, também eram famosos por terem dado aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.

  

      
Senecio2, 1922
    
Angelus novus, 1920

 

O fadista Rodrigo nasceu há oitenta anos

   
Rodrigo Ferreira Inácio, mais conhecido apenas por Rodrigo (Lisboa, 29 de junho de 1941) é um fadista português.
  

 


Rosa Mota nasceu há 63 anos

    
Rosa Maria Correia dos Santos Mota (Porto, 29 de junho de 1958) é uma ex-atleta portuguesa campeã olímpica, europeia e mundial da maratona. Tornou-se conhecida principalmente pelas suas prestações nesta prova, sendo considerada pela AIMS (Associação Internacional de Maratonas e Provas de Estrada) a melhor maratonista de todos os tempos. Foi distinguida com a Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1981.