O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Em novembro, após um diagnóstico de cancro do intestino, é novamente operado. Recusa a quimioterapia,
vindo a falecer quase um ano depois, em 29 de outubro de 1981, uma
semana após completar 60 anos de idade, na pequena aldeia de
Saint-Gely-du-Fesc, perto da sua terra natal de Sète, em casa do seu
amigo e médico, Maurice Bousquet. Está sepultado no cemitério du Py, também chamado o "cemitério dos pobres".
Desde a sua estreia, em 1931, trabalhou em mais de uma centena de filmes para cinema e televisão, como Mauvaise Graine, O Prazer ou 8 Mulheres, entre produções de Hollywood e francesas. Na década de 30, também atuou em produções para a Broadway. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou nos Estúdios Continental, empresa montado pelos alemães durante a ocupação nazi em Paris.
Foi a vencedora do César Honorário de 1985, como atriz, e foi indicada para o Prémio César em três ocasiões.
O seu nome de batismo era Ivo Livi e embora nascido na Itália, ele foi o ator que melhor encarnou o mito do homem francês. Considerado menos bonito que Alain Delon mas mais simpático e carismático, Montand provou que além de um ótimo cantor era também um bom ator.
Comunista inicialmente e depois defensor da liberdade e contra qualquer ditadura, Montand foi parceiro constante do diretor Costa-Gavras com quem fez cinco filmes, entre eles "Z", "Estado de Sítio" e "A Confissão".
Édith Giovanna Gassion, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Plascassier, 10 de outubro de 1963), ou simplesmente, Édith Piaf, foi uma cantorafrancesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.
O seu canto expressava claramente a sua trágica história de vida. Entre os seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien"
(1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi
lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros
com o título "Piaf – Um Hino ao Amor" e em Portugal "La Vie En Rose"
(originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), com direção de
Olivier Dahan.
Édith Piaf foi sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise.
O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na
capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por
turistas do mundo inteiro.
(...)
Edith Piaf faleceu em 10 de outubro de 1963, vítima de cancro do fígado, em Plascassier, na localidade de Grasse nos Alpes Marítimos, aos 47 anos. O seu alcoolismo e uso excessivo de cigarros, juntamente a exorbitantes quantidades de barbitúricos para tratar as suas insónias, misturado com antidepressivos e opióides para tratar da sua artrite tiveram um severo impacto na sua saúde.
Poucos meses antes de sua morte, ela alugara uma mansão de 25 divisões frente à praia,
onde passou dois meses de descanso com amigos e com o marido. Segundo
o seu acordeonista, Marc Bonel, foi um período de muitas festas:
almoços e jantares para 30 a 40 pessoas todos os dias, regados a muito champagne, uísque e música.
Por medida de economia, transferiu-se para uma casa em Plascassier,
apenas com os seus funcionários principais: a enfermeira, o
acordeonista, secretária e o empresário. Mesmo muito ocupado
profissionalmente com viagens, o seu marido foi junto, onde na época
trabalhava num filme em Paris para "assegurar o dinheiro do casal", como dizia a própria Piaf.
Édith Piaf faleceu em consequência de uma hemorragia interna no fígado: A cantora estava em coma há duas semanas.
Como disse certa vez um documentário, "sem um grito, sem uma palavra..." O transporte de seu corpo para Paris foi feito clandestina e ilegalmente e seu falecimento foi anunciado oficialmente no final do dia 11 de outubro. Faleceu no mesmo dia que o seu amigo Jean Cocteau e foi enterrada no cemitério do Père-Lachaise.
T'as voulu voir Vierzon Et on a vu Vierzon T'as voulu voir Vesoul Et on on a vu Vesoul T'as voulu voir Honfleur Et on a vu Honfleur T'as voulu voir Hambourg Et on a vu Hambourg J'ai voulu voir Anvers Et on a revu Hambourg J'ai voulu voir ta sœur Et on a vu ta mère Comme toujours
T'as plus aimé Vierzon Et on a quitté Vierzon T'as plus aimé Vesoul Et on a quitté Vesoul T'as plus aimé Honfleur Et on a quitté Honfleur T'as plus aimé Hambourg Et on a quité Hambourg T'as voulu voir Anvers Et on n'a vu qu'ses faubourgs Tu n'as plus aimé ta mère Et on a quitté sa sœur Comme toujours
Mais je te le dis Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens J'irai pas à Paris D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéeon
T'as voulu voir Paris Et on a vu Paris T'as voulu voir Dutronc Et on a vu Dutronc J'ai voulu voir ta sœur J'ai vu le mont Valérien T'as voulu voir Hortense Elle était dans l'Cantal J'ai voulu voir Byzance Et on a vu Pigalle À la gare Saint-Lazare J'ai vu les Fleurs du Mal Par hasard
T'as plus aimé Paris Et on a quité Paris T'as plus aimé Dutronc Et on a quitté Dutronc Maintenant je confonds ta sœur Et le mont Valérien De ce que je sais d'Hortense J'irai plus dans l'Cantal Et tant pis pour Byzance Puisque j'ai vu Pigalle Et la gare Saint-Lazare C'est cher et ça fait mal Au hasard
Mais je te le redis chauffe Marcel Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens kaï kaï Le voyage est fini D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéon
T'as voulu voir Vierzon Et on a vu Vierzon T'as voulu voir Vesoul Et on on a vu Vesoul T'as voulu voir Honfleur Et on a vu Honfleur T'as voulu voir Hambourg Et on a vu Hambourg J'ai voulu voir Anvers Et on a revu Hambourg J'ai voulu voir ta sœur Et on a vu ta mère Comme toujours
T'as plus aimé Vierzon Et on a quitté Vierzon... Chauffe... Chauffe T'as plus aimé Vesoul Et on a quitté Vesoul T'as plus aimé Honfleur Et on a quitté Honfleur T'as plus aimé Hambourg Et on a quité Hambourg T'as voulu voir Anvers Et on n'a vu qu'ses faubourgs Tu n'as plus aimé ta mère Et on a quitté sa sœur Comme toujours... Chauffez les gars
Mais mais je te le reredis... Kaï Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens J'irai pas à Paris D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéon
T'as voulu voir Paris Et on a vu Paris T'as voulu voir Dutronc Et on a vu Dutronc J'ai voulu voir ta sœur J'ai vu le mont Valérien T'as voulu voir Hortense Elle était dans l'Cantal J'ai voulu voir Byzance Et on a vu Pigalle À la gare Saint-Lazare J'ai vu les Fleurs du Mal Par hasard
Jacques Brel nasceu em 8 de abril de 1929, no n.º 138 da Avenue du Diamant, em Schaerbeek, comuna de Bruxelas (Bélgica), de pai flamengo (mas francófono) e de mãe de sangue francês e italiano.
Ainda que em casa se falasse o francês, os Brel eram de ascendência flamenga, com uma parte da família originária de Zandvoorde, perto de Ieper. O pai de Brel era sócio de uma cartonaria e este estaria supostamente destinado a trabalhar na empresa da família.
A seguir à escola primária, onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, é neste colégio que Brel começa a mostrar interesse pelas artes: em 1944,
aos 15 anos, colabora na criação do grupo de teatro, atua em várias
peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns
improvisos para poemas que ele próprio escreveu.
Em 1946 adere a uma organização de solidariedade católica, a Franche Cordée, de ajuda aos doentes, pobres, órfãos e velhos. É aqui, e não no seu ambiente familiar ou escolar, que se inicia a sua formação cultural.
Entre as atividades desta organização contava-se a realização de
recitais onde Brel se iniciou nas apresentações públicas,
acompanhando-se a si próprio à viola. É aqui que conhece Thérèse Michielsen ("Miche"), com quem se casa em 1950.
Carreira
No início dos anos 50, não se entusiasmando pelo trabalho na fábrica de cartão do pai (dizia-se "encartonado" neste trabalho), continua a escrever canções, que vai mostrando aos amigos e cantando pelos bares de Bruxelas sempre que se proporciona.
A pequena mas sólida fama na sua terra natal proporciona-lhe a gravação em 1953, do primeiro single, um 78 rpm,
contendo as canções "Il y a" e "La foire". Persistente na sua ideia
de fazer carreira com as suas canções, Brel deixa o emprego, a
família, a sociedade burguesa de Bruxelas (que ele viria a retratar em
"Les Bourgeois") e vai tentar a sorte na capital francesa, onde consegue ao fim de algum tempo ser ouvido pelo descobridor de talentos Jacques Canetti (irmão de Elias Canetti, o prémio Nobel da literatura de 1981). É apresentado no célebre cabaré parisiense Les Trois Baudets, do próprio Canneti, onde pouco tempo antes havia atuado em grande estilo Georges Brassens. Em 1959 é vedeta no Bobino, em Paris e canta em Bruxelas no "L’Ancienne Belgique" com Charles Aznavour.
A segunda metade da década de 50 é passada num grande ritmo de
espetáculos (chega a participar em 7 espetáculos numa única noite).
Para além dos sucessos conseguidos no Olympia e no Bobino, em Paris, vai fazendo espetáculos por todo o mundo. Em 1954 é publicado o seu primeiro álbum "Jacques Brel et ses chansons". Torna-se notado por Juliette Gréco,
que grava uma das suas canções, "Le diable". Este encontro é marcante
no futuro da carreira de Brel pois é então que se inicia uma
frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. Em 1955
conhece Georges Pasquier ("Jojo"), percussionista no Trio Milson e
de quem se torna amigo. O seu primeiro grande sucesso ocorre em 1956 com a música "Quand on a que l’amour". Em 1957 é laureado com o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e a sua digressão faz grande sucesso pela França. Em 1958 Miche, a mulher, retorna a Bruxelas. Desde então ele e a família vivem vidas separadas.
Sob a influência do seu amigo "Jojo" e dos pianistas Gérard Jouannest
(que o acompanhava em palco) e François Raubert (orquestrador e
pianista de estúdio), o estilo de Brel foi mudando. A música tornou-se
mais complexa e os temas mais diversificados. Um apurado sentido de
observação, de ironia e de humor, associado à sua capacidade poética,
permitiram-lhe criar temas que abordam, das mais diferentes maneiras,
várias das realidades do dia a dia. Nele encontram-se canções cómicas
como Les bonbons, Le lion ou Comment tuer l’amant de sa femme, mas também canções mais emotivas como Voir un ami pleurer, Fils de, Jojo. Os temas vão desde o amor, com Je t’aime, Litanies pour un retour, Dulcinéa, até à sociedade, com Les singes, Les bourgeois, Jaurès, passando por preocupações espirituais, como em Le bon Dieu, Si c’était vrai, Fernand.
O ritmo de espetáculos anuais continua intenso, chegando a ultrapassar os 365 num único ano. Em 1966 anuncia que irá deixar de actuar em público como cantor. Seguem-se vários espetáculos de despedida nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não muda de ideias e, em 16 de maio de 1967 dá a sua última atuação ao vivo, em Roubaix.
Cinema e teatro
O teatro torna-se a sua primeira experiência, com a adaptação da peça "L’homme de la manche". A personagem de Dom Quixote, que desempenhava, estava bem de acordo com o seu idealismo. A peça estreia em 1968
no Theatre Royal de la Monnaie, em Bruxelas e no mesmo ano no
Theatre des Champs-Elysées em Paris, tendo ultrapassado as 150
representações. Entretanto volta-se para o cinema, participando
durante os cinco anos seguintes como ator em mais de uma dezena de
filmes e como realizador em dois deles Franz e Le Far West.
Após este último filme, Brel diz um novo adeus ao espetáculo, desta
vez muito mais radical: deixa Paris, a França, os seus próprios
afetos.
Vagueando pelo mundo
Os seus brevets aéreos e marítimos abrem-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo por ar ou por mar. Voa pela Europa, qual Saint-Exupéry (mito que o acompanhava desde há muito). Em 1974, após comprar um veleiro de 19 metros decide partir com Madly Bamy, que tinha conhecido na rodagem do filme L'Aventure c'est l'aventure para uma volta ao mundo de 3 anos. Em setembro, ao aportar nos Açores,
toma conhecimento do falecimento do seu grande amigo Jojo, a quem
vem a dedicar uma canção. Em outubro é-lhe detetado um pequeno tumor no pulmão
e, no mês seguinte, é efetuada a ablação do lobo pulmonar superior
esquerdo. Em dezembro, após um pequeno tempo de repouso, desloca-se ao local
onde está o seu veleiro e decide prosseguir a sua viagem. Em novembro
de 1975 chega à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa, no arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.
Naquelas ilhas isoladas Brel não procura o isolamento mas antes o
contacto com uma realidade totalmente desconhecida, e sob certos
aspetos ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976
aluga uma pequena casa em Hiva Oa, vende o veleiro e decide adquirir
um pequeno avião bimotor. Ajuda a combater o isolamento das ilhas
mais remotas do arquipélago, disponibilizando o seu avião para
transporte de correio ou de pessoas.
Em 1977
desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções
das dezassete que havia escrito, e que virão a integrar o seu último
álbum, esperado há mais de dez anos, e chamado, simplesmente, "Brel".
Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se
pode antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da sua
canção “Les Marquises”: "Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de
mise / Aux Marquises" ("Se queres que te diga / Gemer não é opção /
Nas Ilhas Marquesas"). O disco teve um sucesso imediato: apesar de
Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de
exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram
adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a
esse sucesso, volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978
a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris, em julho, para novos
tratamentos. Em outubro é internado no hospital com uma embolia
pulmonar, vindo a falecer, com 49 anos, às 04.10 horas da madrugada do
dia 9 de outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez:
Jacques Brel é sepultado no cemitério local.
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Moi je t'offrirai
Des perles du pluie
Venues de pays
Ou il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumiere
Je ferai un domaine
Ou l'amour sera roi
Ou l'amour sera loi
Ou tu seras reine
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Joe Dassin é filho de Jules Dassin (1911-2008), diretor de cinema, e de Béatrice Launer (1913-1994), violinista virtuosa, ambos de nacionalidade americana.
Ele tem duas irmãs, Richelle (apelidada de "Ricky") e Julie (apelidada
de "a Pequena") nascidas em 1945. Seu avô, Samuel Dassin, era um
imigrante judeu russo de Odessa.
Quando ele chegou à América, sem falar inglês, ele simplesmente disse
que tinha vindo de Odessa para os serviços de imigração. Este último o
registou com o nome de "Dassin".
Depois de ter feito uma grande viagem pela Europa da qual saiu muito
cansado, sem obedecer ao médico que o aconselhou a descansar, partiu
para o Taiti para quinze dias de férias e descanso.
Em 20 de agosto de 1980, ele morreu aos 41 anos após um enfarte do miocárdio em Papeete (Taiti). Ele estava almoçando com sua família e amigos, incluindo o cantor Carlos, no restaurante Chez Michel et Éliane,
quando de repente, às 12.30, teve um enfarte e caiu na cadeira. Joe
Dassin morreu logo, apesar de uma massagem cardíaca realizada por um
médico que estava lá e da intervenção desesperada de seus amigos. A
única ambulância de Papeete não estava disponível e não chegou ao local
até cerca de 40 minutos após o ataque cardíaco.
Je mourrai d’un cancer de la colonne vertébrale Ça sera par un soir horrible Clair, chaud, parfumé, sensuel Je mourrai d’un pourrissement De certaines cellules peu connues Je mourrai d’une jambe arrachée Par un rat géant jailli d’un trou géant Je mourrai de cent coupures Le ciel sera tombé sur moi Ça se brise comme une vitre lourde Je mourrai d’un éclat de voix Crevant mes oreilles Je mourrai de blessures sourdes Infligées à deux heures du matin Par des tueurs indécis et chauves Je mourrai sans m’apercevoir Que je meurs, je mourrai Enseveli sous les ruines sèches De mille mètres de coton écroulé Je mourrai noyé dans l’huille de vidange Foulé aux pieds par des bêtes indifférentes Et, juste après, par des bêtes différentes Je mourrai nu, ou vêtu de toile rouge Ou cousu dans un sac avec des lames de rasoir Je mourrai peut-être sans m’en faire Du vernis à ongles aux doigts de pied Et des larmes plein les mains Et des larmes plein les mains Je mourrai quand on décollera Mes paupières sous un soleil enragé Quand on me dira lentement Des méchancetés à l’oreille Je mourrai de voir torturer des enfants Et des hommes étonnés et blêmes Je mourrai rongé vivant Par des vers, je mourrai les Mains attachées sous une cascade Je mourrai brûlé dans un incendie triste Je mourrai un peu, beaucoup, Sans passion, mais avec intérêt Et puis quand tout sera fini Je mourrai.
Boris Vian
Nota: para os que não sabem a língua de Molière, uma tradução do poema:
Morrerei de um cancro na coluna vertebral
Morrerei de um cancro na coluna vertebral Será numa noite horrível Clara, quente, perfumada, sensual Morrerei de um apodrecimento De certas células pouco conhecidas Morrerei de uma perna arrancada Por um rato gigante surgido de um buraco gigante Morrerei de cem cortes O céu terá desabado sobre mim Estilhaçando-se como um vidro espesso Morrerei de uma explosão de voz Perfurando minhas orelhas Morrerei de feridas silenciosas Infligidas às duas da madrugada Por assassinos indecisos e calvos Morrerei sem perceber Que morro, morrerei Sepultado sob as ruínas secas De mil metros de algodão tombado Morrerei afogado em óleo de cárter Espezinhado por imbecis indiferentes E, logo a seguir, por imbecis diferentes Morrerei nu, ou vestido com tecido vermelho Ou costurado num saco com lâminas de barbear Morrerei quem sabe sem me importar Com o esmalte nos dedos do pé E com as mãos cheias de lágrimas E com as mãos cheias de lágrimas Morrerei quando descolarem Minhas pálpebras sob um sol raivoso Quando me disserem lentamente Maldades ao ouvido Morrerei de ver torturar crianças E homens pasmos e pálidos Morrerei roído vivo Por vermes, morrerei as Mãos amarradas sob uma cascata Morrerei queimado num incêndio triste Morrerei um pouco, muito, Sem paixão, mas com interesse E quando tudo estiver acabado Morrerei.
Mudou-se para Paris em 1951, onde trabalha como jornalista e depois barman num piano-bar, o que o leva a conhecer personalidades do mundo musical da época, como Georges Brassens, que terá grande influência sobre sua carreira e de quem adota o nome.
Em 1958, encontrará Édith Piaf. Para ela escreverá uma das suas canções mais conhecidas - Milord - e com ela viverá um rápido e intenso romance.
Além de ter sido um dos mais populares e longevos cantores da França,
ele também era um dos cantores franceses mais conhecidos no
exterior. Atuou em mais de 60 filmes, compôs cerca de 850 canções
(incluindo 150 em inglês, 100 em italiano, 70 em espanhol e 50 em alemão) e vendeu bem mais que 100 milhões de discos. Aznavour começou a sua turnê global de despedida no fim de 2006. Após obter a cidadania arménia, em dezembro de 2008, Aznavour aceitou, em 12 de fevereiro de 2009, ser o embaixador da Arménia na Suíça. O anúncio oficial dessa nominação foi feito em 6 de maio de 2009.
Carreira cinematográfica
Aznavour teve uma longa e variada carreira paralela como ator, aparecendo em mais de 60 filmes. Em 1960, Aznavour fez o papel principal no filme Atirem no Pianista, de François Truffaut, no papel do personagem Édouard Saroyan. Também teve uma performance aclamada em 1974, no filme O Caso dos Dez Negrinhos, e teve um importante papel de ator secundário no filme O Tambor, de 1979, vencedor do Academy Award de melhor filme em língua estrangeira em 1980. Em 2002 estrelou o filme Ararat, interpretando Edward Saroyan, um cineasta.
Biografia
Aznavour nasceu Shahnour Vaghinagh Aznavourian, filho dos imigrantes arménios Michael e Knar Aznavourian. Os seus pais, que eram artistas, mostraram-lhe o mundo do teatro em tenra idade.
Ele começou a atuar aos nove anos de idade e logo assumiu o nome
artístico Charles Aznavour. O seu grande sucesso começou quando a
cantora Édith Piaf o ouviu cantar e o levou consigo numa turnê pela França e pelos Estados Unidos.
Frequentemente descrito como o Frank Sinatra
da França, Aznavour canta principalmente o amor. Ele escreveu
musicais e mais de mil canções, gravou mais de 100 álbuns e apareceu
em 60 filmes, incluindo Atirem no Pianista e O Tambor. Aznavour canta em muitas línguas (francês, inglês, italiano, espanhol, alemão, russo, arménio e português), o que o ajudou a se apresentar no Carnegie Hall e noutras casas de espetáculos mundo afora. Ele gravou pelo menos uma canção do poetaSayat Nova, do século XVIII, em arménio. "Que c'est triste Venise", cantada em francês, em italiano ("Com'è triste Venezia"), espanhol ("Venecia sin tí"), inglês ("How sad Venice can be", "The Old-Fashioned Way") e alemão ("Venedig im Grau") estão entre as mais famosas canções poliglotas de Aznavour. Nos anos 70, Aznavour tornou-se um grande sucesso no Reino Unido, onde a sua canção "She" saltou para o número um nos tops de sucessos.
Admirador do Quebec, ele ajudou a carreira da cantora e letrista Lynda Lemay (natural dessa região canadiana de língua francesa) na Europa, e tem uma casa em Montréal.
Depois do terramoto de 1988, na Arménia, Aznavour ajudou o país através de sua obra caritativa: a Fondation Aznavour Pour L'Arménie ("Fundação Aznavour para a Arménia"). Há uma praça com seu nome na cidade de Erevan,
na rua Abovian. Aznavour é membro da Câmara Internacional do Fundo
de Curadores da Arménia. A organização tem arrecado mais de 150
milhões de dólares em ajuda humanitária e assistência de
desenvolvimento de infra-estrutura para a Arménia desde 1992. Charles Aznavour foi nomeado como "Officier" (Oficial) da Légion d'Honneur em 1997.
Em 1988, Charles Aznavour foi eleito "artista do século" pela CNN e pelos utilizadores da Time Online espalhados pelo mundo. Aznavour foi reconhecido como notável performer do século com cerca de 18% da votação total, ganhando a Elvis Presley e Bob Dylan. Após a morte de Frank Sinatra, Charles Aznavour era o último dos crooners tradicionais.
No início do outono de 2006, Aznavour iniciou a sua turnê
de despedida, apresentando-se nos Estados Unidos e no Canadá,
deixando ótimas lembranças. Em 2007, Aznavour teve concertos no Japão e no resto da Ásia.
Com mais de oitenta anos de idade, Aznavour demonstrava ainda
excelente saúde. Ele ainda cantava em várias línguas e sem teleponto,
mas tipicamente cantava apenas em duas ou três - francês e inglês são
as duas primeiras - com o espanhol e italiano em terceiro lugar,
durante a maioria dos concertos. Em 30 de setembro de 2006, Aznavour
apresentou-se num grande concerto em Erevan, capital da Arménia, como estreia da série "Arménia, minha amiga" na França. O presidente arménio Robert Kocharian e o presidente francês Jacques Chirac,
na época em visita oficial na Arménia, estavam na primeira fila. Morreu
aos 94 anos, no dia 1 de outubro de 2018, em sua casa, na serra das
Alpilles, no sul da França. A despeito da idade avançada, o cantor
continuava a cantar regularmente.
Chanteur populaire, il a également laissé une discographie importante, parsemée là aussi de classiques tels que Félicie aussi, Ignace ou Le Tango corse.
Reconnaissable grâce à ce qu'il appelait lui-même sa « gueule de
cheval », il acquit une popularité internationale telle que le général de Gaulle déclara, lors d'une réception à l'Élysée le 3 mai 1968, qu'il était « le seul Français qui soit plus célèbre que [lui] dans le monde». Son succès ne s'est jamais démenti. Marcel Pagnol dit aussi de lui: «Il a été l'un des plus grands et des plus célèbres acteurs de notre temps et l'on ne peut le comparer qu'à Charlie Chaplin.»
Dalida gravou canções em 10 idiomas: francês, italiano, alemão, espanhol, inglês, árabe, japonês, holandês, hebraico e grego. O seu idioma materno era o italiano, apesar de ter aprendido o árabe egípcio
e também o francês enquanto crescia no Cairo. Ela aprimoraria o seu
francês na fase adulta, após se estabelecer em Paris em 1954,
tornando-se em seguida fluente em inglês e aprendendo também
conversações básicas em alemão e espanhol, além de possuir certa
facilidade em cumprimentar seus fãs do Japão utilizando japonês básico.
Quatro discos de Dalida em inglês (Alabama Song, Money Money, Let Me Dance Tonight, e Kalimba de Luna) obtiveram bastante sucesso, principalmente na França e Alemanha, sem mesmo terem sido lançadas nos mercados dos Estados Unidos e Reino Unido.
Ela juntou ao longo de sua carreira mais de 19 músicas de sucesso
atribuídas ao seu nome, além de possuir uma longa lista de sucessos nas
paradas Top 10 e Top 20 em francês, italiano, alemão, espanhol e árabe.
Ao longo de sua carreira, o seu sucesso de vendas de compactos e
discos foi ininterrupto, perdurando por mais de 30 anos na França, Itália, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Egito, Jordânia, Líbano, Grécia, Canadá, Rússia, Japão e Israel.
A sua morte em 1987, aos 54 anos, fez com que a ela fosse atribuída uma
imagem icónica de diva trágica, em conjunto com a imagem de cantora de
renome que já tinha consolidado. Dalida foi postumamente homenageada
pelo "International Star Registry" (EUA), com a emissão de um diploma, concedido um ano após sua morte.
(...)
Após 31 anos de sucesso ininterrupto, Dalida tinha uma incrível
habilidade de transmitir alegria e otimismo, apesar de estar tão ferida
sentimentalmente. Dalida teve na sua vida três homens suicidas e
sentia-se cada vez mais sozinha e pesarosa por passar a sua vida
inteira dedicada à sua carreira e a homens que ela acreditava serem o
ideal a cada relacionamento, além do facto de não ter podido ser mãe. Os
passar dos anos começaram a pesar-lhe. Talvez a canção dela que mais
justifique o seu sofrimento seja "Je suis malade".
Após anos de buscas através da filosofia, religião e misticismo
a fim de preencher o vazio que a colocara em profunda solidão, em
virtude de abandonos afetivos e juras não cumpridas, Dalida suicidou-se,
aos 54 anos de idade, no dia 3 de maio de 1987, ingerindo elevada dose de barbitúricos,
por achar que já tinha dado tudo de si e que nada mais seria novidade
para uma profissional que trabalhava incessantemente. Ela deixou duas
cartas: uma ao seu irmão Orlando e outra ao seu companheiro François
Naudy, além de uma nota de suicídio aos seus fãs com a frase: “Pardonnez-moi, la vie m'est insupportable” (Perdoem-me, a minha vida tornou-se insuportável).