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quarta-feira, novembro 20, 2024

Música de aniversariante de hoje...

 


Tus ojos me recuerdan

 

Tus ojos me recuerdan
las noches de verano
negras noches sin luna,
orilla al mar salado,
y el chispear de estrellas
del cielo negro y bajo.
Tus ojos me recuerdan
las noches de verano.
Y tu morena carne,
los trigos requemados,
y el suspirar de fuego
de los maduros campos.

Tu hermana es clara y débil
como los juncos lánguidos,
como los sauces tristes,
como los linos glaucos.
Tu hermana es un lucero
en el azul lejano…
Y es alba y aura fría
sobre los pobres álamos
que en las orillas tiemblan
del río humilde y manso.
Tu hermana es un lucero
en el azul lejano.

De tu morena gracia,
de tu soñar gitano,
de tu mirar de sombra
quiero llenar mi vaso.
Me embriagaré una noche
de cielo negro y bajo,
para cantar contigo,
orilla al mar salado,
una canción que deje
cenizas en los labios…
De tu mirar de sombra
quiero llenar mi vaso.

Para tu linda hermana
arrancaré los ramos
de florecillas nuevas
a los almendros blancos,
en un tranquilo y triste
alborear de marzo.
Los regaré con agua
de los arroyos claros,
los ataré con verdes
junquillos del remanso…
Para tu linda hermana
yo haré un ramito blanco.

 

Antonio Machado

 

José Antonio Primo de Rivera foi executado há 88 anos, por crimes que não cometeu, pela república espanhola...

    
José Antonio Primo de Rivera y Sáenz de Heredia (Madrid, 24 de abril de 1903-Alicante, 20 de noviembre de 1936) fue un abogado y político español, hijo primogénito del dictador Miguel Primo de Rivera y fundador y líder del partido Falange Española. Acusado de conspiración y rebelión militar contra el Gobierno de la Segunda República, fue condenado a muerte y finalmente ejecutado durante los primeros meses de la Guerra Civil Española.
Su imagen fue honrada durante la contienda y el régimen franquista como icono y mártir al servicio de la propaganda del instaurado Movimiento Nacional. Su muerte fue silenciada en el bando sublevado durante dos años, recibiendo el apelativo de «el Ausente». Terminada la guerra, su nombre encabezó todas las listas de fallecidos de dicho bando, llegándose a poner la inscripción «José Antonio ¡Presente!» en la gran mayoría de las iglesias españolas. Ostentó los títulos de iii marqués de Estella, i duque de Primo de Rivera y dos veces Grande de España.
  

    

A Espanha voltou a ter Rei há 49 anos...!


O papel político do rei Juan Carlos I
A morte de Franco converteu oficialmente, dois dias depois, a 22 de novembro de 1975, em Chefe de Estado a D. Juan Carlos de Bourbon, proclamado como Rei em virtude da Lei da Sucessão na Chefia do Estado. Até então o príncipe mantivera-se num discreto segundo plano seguindo as pautas pontuadas por Franco. Mas o desaparecimento do geral ia permitir a D. Juan Carlos facilitar, como Rei da Espanha, a implantação de um sistema político democrático no país. Este projeto contava com amplos apoios dentro e fora da Espanha: os países ocidentais, um setor importante do capitalismo espanhol e internacional, a grande maioria da oposição ao franquismo e uma parte crescente do próprio regime franquista.
Porém, a transição teve de superar as resistências do regime, num quadro de tensões causadas por grupos radicais da extrema esquerda e grupos franquistas da extrema direita. Estes últimos contavam com um apoio considerável dentro do exército. Estes grupos ameaçavam com deteriorar a situação política, iniciando um processo de involução.
A realização desse projeto exigia que a oposição controlasse os seus partidários para evitar qualquer provocação e que o exército não caísse na tentação de intervir no processo político para salvar as estruturas franquistas. Nesta dupla direção moveu-se a atuação política de Dom Juan Carlos e dos seus colaboradores.
Frente da nova etapa histórica, havia três posturas claramente diferençadas:
  • Os partidários do regime franquista (conhecidos como ultras ou o bunker), defensores do mantimento da legalidade franquista, ou no máximo, a sua atualização. Apesar do seu escasso apoio social, dominavam o exército e um órgão fundamental dentro da organização do Estado, o Conselho do Reino.
  • A oposição democrática, organizada primeiro em duas associações de partidos políticos, a Junta Democrática de Espanha e a Plataforma de Convergência Democrática, que acabaram fundindo-se na associação Coordenação Democrática, conhecida como Platajunta. Esta defendia a rutura legal com o regime franquista para passar diretamente a um Estado democrático.
  • Torcuato Fernández Miranda, ex presidente interino do governo em 1973, professor de Direito Político de Juan Carlos I, partidário de reformar as Leis Fundamentais do Movimento mediante as suas próprias disposições para chegar assim à democracia, evitando vazios legais. Em palavras do próprio Fernández Miranda, tratava-se de ir "da lei à lei através da lei".
D. Juan Carlos iniciou o seu reinado sem sair da legalidade franquista. Assim, jurou fidelidade aos princípios do Movimiento, tomou posse da coroa ante as Cortes franquistas e respeitou a Lei Orgânica do Estado de 1966 para a nomeação do seu primeiro Chefe de Governo. Contudo, já no seu discurso ante as Cortes, se mostrou aberto a uma transformação do sistema político espanhol.
 

 

O ditador Francisco Franco morreu há 49 anos

     
Francisco Franco Bahamonde
(Ferrol, 4 de dezembro de 1892 - Madrid, 20 de novembro de 1975) foi um militar, chefe de estado e ditador espanhol. Conhecido como Generalíssimo, Francisco Franco ou simplesmente Franco, integrou o Golpe de Estado na Espanha em julho de 1936 contra o governo democrático da Segunda República, que levou à Guerra Civil Espanhola. Foi nomeado como chefe supremo das tropas sublevadas em 10 de outubro de 1936, sendo o chefe de Estado da Espanha desde o final do conflito até ao seu falecimento, em 1975, e como chefe de Governo entre 1938 e 1973.
Foi líder do partido único Falange Espanhola e das JONS (Juntas Ofensivas Nacional Sindicalistas), nos quais se apoiou para estabelecer um regime fascista no começo do seu governo, que mais tarde derivaria numa ditadura conhecida como franquismo, de tipo conservador, católico e anti comunista. A mudança do seu regime deveu-se à derrota do fascismo na Segunda Guerra Mundial. Aglutinou em torno do culto da sua imagem diferentes tendências do conservadorismo, nacionalismo e catolicismo, opostas à esquerda política e ao desenvolvimento de formas democráticas de governo.
Durante o seu mandato à frente do Exército e da Chefia do Estado, especialmente durante a Guerra Civil e os primeiros anos do regime, tiveram lugar múltiplas violações dos direitos humanos, segundo assinalam numerosas pesquisas históricas e denúncias de pessoas.  O número total de vítimas mortais varia em torno de centenas de milhares de pessoas que morreram, na maioria em campos de concentração, execuções extrajudiciais ou em prisão.
Ao contrário de Hitler e Mussolini, o governo de Franco, devido à teórica neutralidade na Segunda Guerra Mundial, resistiu ao fim da Segunda Guerra. Mas o líder fascista liderava um país industrialmente atrasado, mais pobre  do que as outras nações europeias. E, apesar de não gostar particularmente de futebol, viu no desporto uma forma da Espanha passar a ser conhecida positivamente no exterior. Depois de um governo de quase quarenta anos, Franco restaurou a monarquia e deixou o Rei Juan Carlos I como seu sucessor. Juan Carlos liderou a transição para a democracia, deixando a Espanha com seu atual sistema político.

Vida
Nascido Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde na cidade galega de Ferrol, estudou na Academia de Infantaria de Toledo. Entre 1912 e 1917, distinguiu-se nas campanhas bélicas do Marrocos espanhol. Após uma estada de três anos em Oviedo, voltou ao Marrocos, onde combateu às ordens de Rafael de Valenzuela y Urzaiz e de Millán Astray, destacando-se pelo seu valor e frieza no combate. Em 1923, apadrinhado por Afonso XIII, casou-se com Carmen Polo, de uma família da burguesia das Astúrias.
Destinado novamente a Marrocos, com a patente de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião Espanhola em 1923 e participou ativamente no desembarque na baía de Alhucemas e na reconquista do Protetorado (1925). É considerado, juntamente com José Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirigiu a Academia Militar de Saragoça.
Quando da implantação da República (1931) foi afastado de cargos de responsabilidade e destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares. Com o triunfo das forças de direita em 1933, regressou a altos cargos do Exército. Planificou a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando José María Gil-Robles ocupou o Ministério da Guerra, foi nomeado Chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o Governo da Frente Popular nomeou-o comandante militar das Canárias. Dali manteve contacto com Emilio Mola (chamado «O Diretor») e Sanjurjo, que preparavam o levantamento militar.
Em 17 de julho voou das Canárias até Marrocos, revoltou a guarnição e tornou-se comandante das tropas. Cruzou o Estreito de Gibraltar com meios precários (aviões cedidos por Mussolini e Hitler e navios de pouca tonelagem) e avançou até Madrid por Mérida, Badajoz e Talavera de la Reina. Apoderou-se rapidamente da direção militar e política da guerra (em setembro de 1936), e em 1 de outubro de 1936 converteu-se em Chefe do Estado, chefiando igualmente o Governo. Em abril de 1937 uniu os membros da Falange Espanhola das Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista, FE-JONS, e os monárquicos carlistas da Comunhão Tradicionalista numa única força política, a FET y de las JONS (Falange Espanhola Tradicionalista e das JONS), e colocou-se à frente da nova organização como seu Chefe Nacional - Caudilho. Anos mais tarde, disse que apenas prestaria contas da sua atividade "perante Deus e perante a História".
Terminada a guerra civil espanhola empreende a reconstrução do país. Recebeu a condecoração portuguesa do Grande-Colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 30 de junho de 1939. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos prolongam-se durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo que recebe o nome de franquismo. Apesar das suas estreitas relações com a Alemanha e a Itália, mantém a neutralidade espanhola durante a Segunda Guerra Mundial. Terminada esta, os vencedores isolam o regime franquista. Contudo, este vai-se consolidando no poder, com a promulgação das novas Leis Fundamentais: criação das Cortes Espanholas (1942), o Foro dos Espanhóis (1945), Lei do Referendo Nacional (1945), Lei da Sucessão na Chefia do Estado (1947), etc.
Em 1953 são restabelecidas as relações diplomáticas com os Estados Unidos e, em 1955, o regime de Franco é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Recebeu a condecoração portuguesa da Banda das Três Ordens a 14 de fevereiro de 1962. Em 1966 promulga uma nova lei fundamental que junta às já existentes, a Lei Orgânica do Estado, e, três anos mais tarde, apresenta às Cortes, como sucessor a título de Rei, o príncipe Juan Carlos, neto de Afonso XIII. Em junho de 1973 cede a presidência do Governo ao seu mais direto colaborador, Luis Carrero Blanco. A morte deste, num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre, após longa agonia, num hospital de Madrid.
       
        

Paco Ibañez comemora hoje noventa anos...!

   
Paco Ibáñez (Valencia, 20 de noviembre de 1934) es un cantante español, cuya trayectoria artística la ha dedicado casi íntegramente a realizar versiones musicadas de poemas de autores españoles e iberoamericanos, tanto clásicos como contemporáneos.
 
 
Sus inicios

De padre valenciano y madre vasca, es el menor de cuatro hermanos. Pasó su primera infancia en Barcelona, lugar en el que vuelve a residir desde 1994. Tras la guerra civil, su familia se vio obligada a exiliarse a Francia puesto que su padre era un militante anarcosindicalista de la CNT. Entre el invierno de 1939 y el inicio de la ocupación alemana, residirán en París. Su padre fue arrestado e internado en un campo de trabajo para republicanos españoles. Su madre regresó entonces con los cuatro hijos a San Sebastián para trabajar, viviendo en el caserío familiar de Aduna en Guipúzcoa hasta los 14 años.1​ Más tarde, estos recuerdos de infancia en el caserío familiar fueron recogidos en su disco Oroitzen —Recordando—, cantado en euskera. En 1948, la familia atravesó clandestinamente la frontera y se reúnió con el padre en Perpiñán. Paco aprendió de su padre el oficio de ebanista, al tiempo que comenzó a estudiar violín, para sustituirlo al poco tiempo por la guitarra. Instalado con su familia definitivamente en París, a principios de los años cincuenta, descubrió primero la música de Georges Brassens, Édith Piaf, Jacques Brel, Barbara, Gribouille, Servat, Serge Utgé-Royo, Capart y de Atahualpa Yupanqui, con algunos de los cuales cultivó amistad y se convirtieron en referencias fundamentales en su formación artística e ideológica; inmediatamente después Léo Ferré y el movimiento existencialista francés, que se encontraba en pleno auge.

En 1956, la foto de una mujer andaluza vestida de negro le inspiró su primera canción sobre el poema La más bella niña, de Luis de Góngora. En 1964, realizó su primera grabación con poemas de Góngora y de García Lorca. Este disco, desde el mismo momento de su aparición, se convirtió en un "clásico" utilizado por los profesores de lengua y literatura española como material pedagógico y por los defensores de las libertades como un símbolo de resistencia cultural.

En 1958, una amiga de Paco y de Pierre Pascal, le llevó a Salvador Dalí, a Cadaqués, un disco de prueba con algunas canciones de Lorca y Góngora. Cuando Salvador Dalí lo escuchó quiso conocer "al muchacho" que había hecho el disco. Cuando se conocen, nació la idea de que el pintor realizara el dibujo para la portada del disco y de esta forma comenzó una estrecha relación de Paco, no sólo con el mundo de la poesía y de la literatura en general, sino también con el de las artes plásticas. 

 

Paco Ibáñez y el activismo

En 1966, junto a diversos activistas culturales asentados en la capital francesa funda "La Carraca" donde se presentan espectáculos en español (representaciones teatrales, exposiciones de pintura, coloquios literarios, manifestaciones musicales y proyecciones cinematográficas). En esa época la casa de los Ibáñez en París es un centro de paso y acogida de los muchos artistas, políticos e intelectuales españoles que pasan por la capital francesa, idas y venidas del exilio o simples escapadas para huir de la represión franquista.

El segundo disco de la colección "España de hoy y de siempre" aparece en 1967: incluye poemas de Rafael Alberti, Luis de Góngora, Blas de Otero, Gabriel Celaya, Miguel Hernández y Francisco de Quevedo. Otro clásico. Esta vez el disco estará ilustrado por José Ortega.

En febrero de 1968 ofrece su primer concierto en España, en Manresa, durante la "Primera Trobada de Canço de Testimoni". A partir de ahí su actividad se extiende por diversas Universidades llegando a cantar en TVE el tema "Andaluces de Jaén", de Miguel Hernández. Inmediatamente después se instala en Barcelona donde contacta con José Agustín Goytisolo, amistad convertida en colaboración íntima.

En mayo de 1968, en una emisión de la TV francesa realizada en directo por Raoul Sangla, presenta el disco y Ortega las pinturas que lo ilustran. En esta emisión canta "La poesía es un arma cargada de futuro", de Gabriel Celaya y "Balada del que nunca fue a Granada", de Rafael Alberti

 

Problemas con el franquismo

Con motivo del primer aniversario de la toma estudiantil, el 12 de mayo de 1969, realiza un concierto en La Sorbona. Un pequeño cartel amarillo realizado por los estudiantes y pegado en los árboles, en los cristales de los cafés, en los pasillos de las aulas, anuncian un concierto de “Paco Ibáñez, la voz libre de España”, en la sala Richelieu. Los universitarios franceses se identifican con él y le toman como uno de sus símbolos. En este mismo año edita su tercer disco con poemas de Rafael Alberti, Luis Cernuda, León Felipe, Gloria Fuertes, Antonio Machado, José Agustín Goytisolo. El autor de la pintura que ilustrará el disco es Antonio Saura. En diciembre, realiza su recordada aparición en el Olympia de París. Un doble álbum recoge esta velada. En el Olympia canta por primera vez la canción La mauvaise réputation de Georges Brassens traducida al castellano.

En 1970, conoce a Pablo Neruda en París, que oye por primera vez sus poemas cantados. "Tú tienes que cantar mis poemas, tu voz está hecha para cantar mi poesía..." le dice el poeta.

Un año después, el gobierno español incluye a Paco Ibáñez en su larga lista de censurados, se le prohíbe cualquier actuación en el territorio español. Las dificultades para seguir viviendo en Barcelona le aconsejan regresar a París, desde donde viaja por todo el mundo, especialmente por los países de América Latina. En todos estos años entra en contacto con numerosos personajes del mundo de la cultura, como el escritor vallisoletano Blas Pajarero.

En 1975, tras la muerte de Francisco Franco se levanta la censura sobre su música, pero se queda todavía en París. Durante esos años, en España se celebran conciertos multitudinarios y es invitado a participar, aunque generalmente rehúsa. Colabora, eso sí, en algunos actos anarcosindicalistas de la recién legalizada CNT.

En la campaña electoral de 1982 realiza un concierto en Madrid ante miles de personas, en el cierre de campaña electoral del PSOE, que ganaría por primera vez las elecciones generales. 

 

Últimas décadas

El ministro de Cultura del Gobierno de Mitterrand le otorga la medalla del Orden de las Artes y las Letras en 1983. No la acepta: "Un artista tiene que ser libre en las ideas que pretende defender. A la primera concesión pierdes parte de tu libertad. La única autoridad que reconozco es la del público y el mejor premio son los aplausos que se lleva uno a casa". En 1987 Jack Lang le otorga por segunda vez la médaille de l'Ordre des Arts et des Lettres. Nuevamente la rechaza.

A principios de la década de los 90 publica un nuevo disco: “Por una canción”. Se instala definitivamente en España, primero en Madrid, después en Aduna y desde 1994 en Barcelona.

En agosto de 1998, Almenara, Sociedad Cultural Andaluza, le concede en Barcelona el Premio "Gerald Brenan" en reconocimiento a su larga trayectoria en pro de la libertad y la poesía, así como su esfuerzo de independencia de los poderes políticos, económicos y culturales; siguiendo su principio de no aceptar premios, lo rehúsa.

En los últimos años ha colaborado con la actriz y poeta Tachia Quintanar.

En marzo de 2022, Ibáñez anunció una gira que iniciará en Madrid y seguirá por otras ciudades de España y Francia, señalando que con esta reivindicará "el humanismo frente a la barbarie".
    
 

segunda-feira, novembro 18, 2024

As Cortes franquistas aprovaram a lei que levou a Espanha à democracia há 48 anos


O processo de reforma política espanhola de 1977 é um conjunto de modificações da legislação franquista, de caráter autoritário, vigente na Espanha até esse momento, as Leis Fundamentais do Reino, até a entrada em vigor da Constituição de 1978, que converteu o país num Estado social e democrático de Direito.
A reforma tinha como objetivo reconhecer e garantir o exercício dos direitos fundamentais e as liberdades públicas (fortemente restringidos com a legislação vigente então), legalizar todos os partidos políticos (o único partido legal era a Falange) e permitir aos trabalhadores a sua sindicação e os seus direitos laborais (existia um único sindicato vertical, a Organização Sindical, e o direito a greve não era reconhecido). Esta reforma implicava a aprovação de uma Lei Eleitoral para regular os comícios e a modificação do Código Penal para eliminar os delitos considerados políticos, além de conceder uma amnistia aos presos por estes delitos.
A pedra angular do processo foi uma lei com caráter de Lei Fundamental: a Lei para a Reforma Política (Lei 1/1977 de 4 de janeiro), aprovada a 18 de novembro de 1976 pelas Cortes Generales e submetida a Referendo sobre a Lei para a Reforma Política de 15 de dezembro de 1976, com uma participação de 77% do censo, com 80% de votos a favor. A nova norma determinava o seguinte:
  1. Estabelecia o conceito de soberania popular como direito político igual para todos os maiores de 21 anos (nesse momento a maioridade legal).
  2. Procedia a criar um sistema bicameral: Congresso dos Deputados e Senado, com um mandato de quatro anos. Os seus membros seriam eleitos por sufrágio universal livre, direto e segredo, exceto uma quinta parte dos senadores que eram designados diretamente pelo Rei.
  3. Autorizava expressamente o Governo ou o Congresso dos Deputados assim eleito a iniciar uma reforma constitucional, se bem que não indicava textualmente que as Cortes Generales resultantes foram a derrogar o conjunto de Leis Fundamentais que, como bloco constitucional, mantinham a estrutura do regime político proveniente da ditadura. Isto era assim com o fim de não provocar a oposição dos partidários "até à morte" do regime franquista, o chamado búnker.
Contudo, entre janeiro e abril de 1977, sucederam-se os expedientes de legalização dos diferentes partidos políticos, entre os que se destaca a criação da União de Centro Democrático como força de centro-direita, liderada pelo então Presidente do governo, Adolfo Suárez, a legalização do Partido Socialista Operário Espanhol, em fevereiro, e do Partido Comunista de Espanha, em abril, e a criação da Aliança Popular. Apesar de tudo isso, e do que implicava a reforma, a oposição propugnou a abstenção ao considerar que a reforma era insuficiente e que a rutura democrática era a única forma de superar o regime.
Em maio as Cortes foram dissolvidas e convocadas eleições gerais sob o sistema da nova legislação para a 15 de junho de 1977, em que ganhou a UCD com 34,72% de votos, seguida do PSOE com 29,25%, PCE com 9,4% e AP com 8%. Após o processo eleitoral, uma vez constituído o Congresso e o Senado, procedeu-se a criar a Ponencia Constitucional, à que foi encarregue da redação de uma nova Constituição, de cariz democrático ocidental.
Em outubro de 1977 foi aprovada a última amnistia geral, que libertava os últimos presos políticos. Este período coincide parcialmente com o denominado de transição democrática.
 

sexta-feira, novembro 08, 2024

Francisco Guerrero morreu há 425 anos...

        
Francisco Guerrero de Burgos (Sevilla, 4 de octubre de 1528-ibídem, 8 de noviembre de 1599) fue un sacerdote católico  español y maestro de capilla que junto a Tomás Luis de Victoria y Cristóbal de Morales es uno de los grandes nombres de la música sacra del Renacimiento y uno de los mayores compositores hispanos de todos los tiempos, cuyas obras se difundieron y apreciaron no solo en Europa sino también en los territorios de la Corona Española de la época, especialmente las grandes catedrales americanas como la de Puebla o Cuzco
 
 
Biografía

Nació en Sevilla el 4 de octubre de 1528, hijo del pintor Gonzalo Sánchez Guerrero y de Leonor de Burgos. Ingresó en el coro de la catedral de Sevilla y allí recibió su primera formación musical, de mano de su hermano Pedro y del poeta y maestro de capilla Pedro Fernández de Castilleja. También recibió instrucción, en 1545-46, de Cristóbal de Morales en la catedral de Toledo. En 1546, a los 17 años, fue nombrado maestro de capilla de la catedral de Jaén, ciudad en la que permaneció hasta 1549, cuando regresó a Sevilla para ingresar como prebendado en su catedral. Él mismo lo cuenta al principio de El viaje de Jerusalén (1590):

Desde los primeros años de mi niñez me incliné al arte de la música; y en ella fui enseñado de un hermano mío, llamado Pedro Guerrero, muy docto maestro. Y tal priessa me dio con su doctrina y castigo, que con mi buena voluntad de aprender y ser mi ingenio acomodado a la dicha arte, en pocos años tuvo de mí alguna satisfación. Después, por ausencia suya, desseando yo siempre mejorarme, me valí de la dotrina del grande y excelente maestro Christóval de Morales, el qual me encaminó en la compostura de la música bastantemente para poder pretender qualquier Magisterio. Y assí a los diez y ocho años de mi edad fui recebido por maestro de capilla de la Iglesia cathedral de Jaén, con una ración, adonde estuve tres años. En fin deste tiempo vine a Sevilla a visitar mis padres, y el Cabildo de la santa Iglesia me mandó que les sirviesse de cantor con un salario bastante. Y yo, por agradecer esta merced y obedecer el mandato de mis padres, dexé lo que tenía en Jaén, teniendo por mucha honra la que en esto se me hazía, aunque fuera mayor la pérdida de lo que dexava.

Antes de cumplir los treinta había consolidado una excepcional reputación y su obra se publicaba en el extranjero. Fue nombrado maestro de capilla de la catedral de Málaga, tras la muerte de Cristóbal de Morales, quien había dejado vacante el puesto, opositó contra cinco rivales entre ellos Juan Navarro Hispalensis de Marchena, maestro de Tomás Luis de Victoria. Aunque Guerrero nunca llegó a residir en Málaga, antes de ser empleado por el coro de la catedral de Sevilla, donde fue nombrado maestro de los niños, con la promesa por parte del Cabildo de la catedral de la sucesión del maestro Castilleja cuando este falleciera. La titularidad definitiva la obtendría en 1574.

Viajó mucho por España y Portugal, al servicio del emperador Maximiliano II, y pasó luego en Italia un año (1581-1582). A la edad de 60 años, tras la muerte de sus padres, decidió visitar Tierra Santa, lo que hizo entre el verano de 1588 y la primavera de 1589. Aprovechó para ello el tiempo que debía esperar en Venecia para la edición de varias obras suyas. Poco antes de regresar a España, fue hecho cautivo por piratas franceses y tuvo que ser rescatado, como era común en la época, por el pago de una considerable cantidad. La aventura fue narrada por él en el libro El viage de Hierusalem ("El viaje de Jerusalén, que hizo Francisco Guerrero, racionero y maestro de capilla de la santa iglesia de Sevilla") publicado en Valencia, imprenta de los herederos de Juan Navarro, 1590. Esta obra tuvo un gran éxito y se reimprimió muchas veces (hasta treinta, la última en el año 2000). ​ El libro es interesante por lo franca y llanamente que está escrito y describe entre otras cosas con gran asombro la gran ciudad de Damasco. Por deudas contraídas en la edición y publicación de sus obras, en agosto de 1591 se dicta un auto de prisión contra él, y conoce la cárcel Real de Sevilla. El cabildo sevillano, en atención a los servicios prestados por Guerrero, accede a pagar sus deudas con lo que se le permite abandonar la cárcel. Fue contratado de nuevo para el coro de la catedral de Sevilla, donde terminó sus días, como maestro de capilla, cuando la peste de 1599 acabó con su vida. Su tumba se halla en la Capilla de Nuestra Señora de la Antigua, junto a la de su compañero el organista Francisco de Peraza. Al margen de la música, fue miembro del Santo Oficio.

Guerrero pasó más tiempo en España que Victoria o Morales, residentes mucho tiempo en Italia, y también compuso una mayor proporción de obras profanas. También se distingue de ellos por una abundante obra instrumental, además del cuerpo principal, formado por obras vocales sacras. Destaca por la variedad de emociones que fue capaz de poner en su música, desde el recogimiento místico a la exaltación, desde la mayor alegría a la desesperación. Su obra, muy popular, siguió interpretándose por mucho tiempo, especialmente en las catedrales americanas, hasta fines del siglo XVII, y fue alabada por autores de tratados como Pietro Cerone. Como sus contemporáneos españoles[cita requerida], prefería las texturas homofónicas, con una voz dominante y las otras subordinadas a ella. Anticipó la armonía funcional, lo que dio lugar a que uno de sus Magnificat, cuya partitura anónima fue encontrada en Lima, fuera considerada mucho tiempo una obra del siglo XVIII.

 
  
 

quinta-feira, novembro 07, 2024

O pintor Francisco de Zurbarán nasceu há 426 anos

Presumível Auto-retrato em S. Lucas como Pintor ante Cristo na Cruz

 

Francisco de Zurbarán (Fuente de Cantos, Badajoz, 7 de novembro de 1598 -Madrid, 27 de agosto de 1664) foi um genial pintor do Barroco espanhol. Tal como Pedro Díaz de Villanueva, Bartolomé Esteban Murillo, José de Ribera e Diego Velázquez, este artista transmite na sua obra, com sublimes técnica e temas, quase inalteráveis durante toda a sua vida, a notável influência do chamado El Siglo de Oro nas artes, não só em Espanha como em toda a Europa.

 

Visión de San Pedro Nolasco, 1629 - Museo del Prado, Madrid

  

quarta-feira, novembro 06, 2024

Carlos II, o inacreditável último rei Habsburgo de Espanha, nasceu há 363 anos

 
Carlos II (Madrid, 6 de novembro de 1661Madrid, 1 de novembro de 1700), também conhecido como Carlos, o Enfeitiçado, foi Rei da Espanha de 1665 até à sua morte, sendo o último monarca espanhol da Casa de Habsburgo. Os seus domínios incluíam os Países Baixos Espanhóis e o império espanhol de além-mar, indo das Américas até as Índias Orientais Espanholas. Ele tinha deficiências físicas, intelectuais e emocionais, e por consequência o seu reinado foi ineficiente.
Carlos morreu, sem herdeiros, em 1700, com todos os potenciais sucessores Habsburgo mortos antes dele. Nomeou no seu testamento o seu sobrinho-neto Filipe, Duque de Anjou, como o seu sucessor. Filipe era neto da sua meia-irmã Maria Teresa da Áustria, primeira esposa do rei Luís XIV de França. Já que as outras potências europeias viam a possível relação dinástica entre a Espanha e a França como uma perigosa mudança de equilíbrio de poder, com a Guerra da Sucessão Espanhola a começar pouco depois da sua morte.

Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (1605-1665) e da sua segunda esposa, Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo-lhe sucedido, por sua morte. Do primeiro casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França, Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os Espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte), caso o grande Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.

sábado, novembro 02, 2024

A Rainha Sofia de Espanha celebra hoje 86 anos

   
Sofia da Grécia, nascida Princesa Sofia Margarida Vitória Frederica Glucksburg da Grécia e Dinamarca (Atenas, 2 de novembro de 1938), foi a anterior rainha consorte de Espanha, sendo a esposa de Juan Carlos I e mãe do atual rei Filipe VI:
   
Brasão de armas da Rainha Sofia

Primogénita do rei Paulo I da Grécia, cristão ortodoxo, da família dinamarquesa Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, e da rainha Frederica (nascida Princesa Frederica de Hanôver), Sofia teve que se exilar, ainda criança, com a sua família, no Egito e na África do Sul, durante a Segunda Guerra Mundial, retornando em 1946. Entre 1951 e 1955, viveu num internato alemão.
Terminou a sua educação na América e posteriormente na Grécia, onde estudou pediatria, música e arqueologia.
Conheceu o seu futuro marido, o então príncipe Juan Carlos de Bourbon, em 1954, durante um cruzeiro, organizado pela mãe, que reuniu os jovens da realeza europeia. Mas o romance com Juan Carlos de Borbón só começou em junho de 1961, quando se reencontraram num casamento, em Londres e casou-se em 14 de maio de 1962 em Atenas, convertendo-se ao catolicismo.
Em 1969, o Príncipe Juan Carlos foi indicado como sucessor do generalíssimo Francisco Franco. Em 1975, quando da morte de Franco, o casal foi proclamado rei e rainha, respetivamente.

sexta-feira, novembro 01, 2024

O último Habsburgo rei de Espanha morreu há 324 anos

      
Carlos II de Espanha (Madrid, 6 de novembro de 1661 - Madrid, 1 de novembro de 1700) apelidado de «O Enfeitiçado», foi o último rei da casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha, Nápoles e Sicília, senhor de quase toda a Itália, exceto dos Estados Papais e da Sereníssima República de Veneza, e do império ultramarino castelhano, do México à Patagónia e que incluía Cuba e as Filipinas. Era, como Rei de Nápoles, da Sicília e de Navarra, Carlos V, rei titular de Jerusalém e rei da Sardenha e dos Países Baixos, duque de Milão, conde da Borgonha e conde do Charolais.
Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal - 1605-1665) e da sua 2ª esposa Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo lhe sucedido por sua morte. Do 1º casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França, Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte...), caso Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.
Os sucessivos casamentos consanguíneos praticados pelos Habsburgos, dada a sua convicção de que deveriam manter o seu sangue puro, produziram uma tal degenerescência que Carlos acabaria por nascer raquítico, quase louco, impotente e com outras doenças como epilepsia - além de possuir o célebre maxilar proeminente dos Habsburgos - uma afeção chamada de prognatismo mandibular - característica da interconsanguinidade familiar, bem visível nos retratos do rei. Foi ainda conhecido pelo cognome o Amaldiçoado.
  
          

Victoria de los Ángeles nasceu há cento e um anos...

Victoria de los Ángeles López García (Barcelona, 1 de noviembre de 1923 – Barcelona, 15 de enero de 2005) fue una soprano española.
 
 

quinta-feira, outubro 31, 2024

O poeta Luis Antonio de Villena nasceu há 73 anos

  

Luis Antonio de Villena (Madrid, 31 de octubre de 1951)​ es un poeta,​ narrador, ensayista, crítico literario y traductor español. Como poeta se le asocia, erróneamente​, con el grupo de los novísimos o venecianos. Su lírica y prosa, sensible al pasado cultural y a la contemporaneidad, su postura estética, cercana al movimiento dandi, se resume en un epicureísmo homoerótico que asume tradiciones culturalistas y decadentes.  En su obra se percibe una tendencia cada vez más centrada en el fracaso y la marginación, aunque abundan los cambios de perspectiva - desde los sonetos de Desequilibrios a los renovados poemas en prosa de La prosa del mundo. Es uno de los autores más reconocidos de la literatura homosexual en España abordada en el conjunto de su polifacética obra.

 

in Wikipédia

 

Tractatus de amore

 
                                   I

No digas nunca: Ya está aquí el amor.
El amor es siempre un paso más,
el amor es el peldaño ulterior de la escalera,
el amor es continua apetencia,
y si no estás insatisfecho, no hay amor.
El amor es la fruta en la mano,
aún no mordida.
El amor es un perpetuo aguijón,
y un deseo que debe crecer sin valladar.
No digas nunca: Ya está aquí el amor.
El verdadero amor es un no ha llegado todavía...

                    II

Y es que el verdadero amor -nos dicen- nunca jamás
se parece a su imagen.
Disociadas la forma y la materia,
se nos obliga a elegir,
considerando en más a la anterior morada.
(¡Pequeña traición, dulce retaguardia, muy humana!)
Porque el verdadero amor coincide
con sí mismo,
y dice bien Novalis que todo será cuerpo
un día que anhelamos.
Columna de oro y niño de azul,
el tetractys entregado en la mirada,
tú fuiste al tiempo unísono
el amor y su imagen
y sólo la realidad trastocó nuestros cuerpos
o confundió con falsa voz nuestra amistad equivocada.
Porque no siempre es posible el encuentro
y hostil es, a menudo, el bosque y su carcoma,
y se cubren los senderos de hojas malas...
Mas el verdadero amor, el alto amor,
-lo sé y te vi-
coincide, inevitablemente, con su alta representación afortunada.

                    III

¿Será el amor vencer tan sólo al cuerpo
con el cuerpo? Porque el ansia de beldad
empuja hacia dentro, para alcanzar un alma
confundida con las formas mismas de la materia...
Y al succionar los labios bebes alma,
y al estrechar el pecho tocas otro jardín
cuyas ramas te alcanzan. Queremos romper
el cuerpo para encontrar el cuerpo, bañarnos
en el pozo acuático de adentro con la imagen
misma que la luz nos muestra. Posesionar
el cuerpo para tocar un alma que es el mismo cuerpo.
Pues al ver y palpar el dorado desierto
de tu cuerpo, saltaba el alma en mis labios
deseando entrar en ti, restregarse a ti, ser en ti,
chupando tus axilas y tus nalgas y tu cuello,
ebria de ti, la absurda, la infame, la degenerada...

                    IV

Ya que el más alto amor es imposible.
Ya que no existe el alma pura convertida en cuerpo.
Ya que el instante detenido
(¡oh, párate un momento, eres tan bello!)
no es más que un grato sueño de la literatura.
Ya que se muda el dios de un día
y el tiempo torna falaz toda imagen armónica.
Ya que el eterno muchacho es sólo mito
y fugaz representación que solemniza el arte;
cuando alguien nos provoca amor,
cuando sentimos el ansia irreprimible
de estar con fuertemente, y de abrasarnos,
cuando creemos que aquel ser es toda
la dorada plenitud, sin dudar nos engañamos.
(Una magia y un deseo nos embaucan.)
No existe el sumo amor. Es tan sólo
un impulso del alma, y unas horas o unos meses,
ciegos, felices, burlados...

                    V

Aunque quizá todo esto es mentira.
Y el único amor posible (entiéndase, pues el Amor con mayúscula)
sea un ansia poderosa y humilde de estar juntos,
de compartir problemas, de darse calor bajo los cubrecamas...
Reír con la misma frase del mismo libro
o ir a servirse el vino a la par, cruzando las miradas.
Deseo de relación, de compartir, de comprender tocando,
de entrar en otro ser, que tampoco es luz, ni extraordinario,
pero que es ardor, y delicadeza y dulzura...
No la búsqueda del sol, sino la calma día a día encontrada.
El montón de libros sobre la mesa, tachaduras y tintas
en horarios de clase, el programa de un concierto,
un papel con datos sobre Ophuls y la escuela de Viena...
Quizá es feliz tal Amor, lleno de excepcionales minutos
y de mucha, mucha vulgaridad cotidiana...
Amor de igual a igual, con arrebato y zanjas, pero siempre amor,
un ansia poderosa, pobre, de estar unidos, juntos,
acariciar su pelo mientras suena la música
y hablamos de las clases, de los libros,
de los pantalones vaqueros,
o simplemente de los corazones...
Aunque quizá todo esto es mentira.
Y es la elección, elegir, lo que finalmente nos desgarra.

                    VI

Pero no utilices la palabra desprecio
si no aceptan el amor que regalas.
Si es un amor de palabras dulces,
de comprensión, de afecto, de ternura,
sabrás bien que el obsequio que
ofreces no lo has de dar tú solo...
Y si es pasión tu amor,
si es un arrebatamiento que desborda
y desdeña la vida cotidiana,
entonces el regalo recae sobre ti propio.
Desprecio no habrá en ningún caso.
Sólo carencia. Echar algo en falta.
Pero es que todo gran amor,
el poderoso amor, el importante amor,
el que llenaría plenamente un vivir,
ése es siempre ausencia, hay un foso
siempre; lo ves y no lo alcanzas...

                    VII

Eres, al fin, el nombre de todos los deseos.
No importa sin en ti buscamos la solicitud o la amistad.
No importa si es el río dorado de la carne,
o el alma, el inasible alma,
siempre la última frontera.
Son tuyos todos esos nombres, y en ellos te vemos
pero nunca, jamás te acercas.
No eres el codiciado calor de la leña
que temen perder quienes tienen morada y compañero.
No eres el brillo acuático, ni la piel del ídolo solar
que buscan paseantes solitarios.
Tampoco la marcha alada, el cendal bello, la plática antigua
del que desea la corpórea forma (aunque espiritual)
del ángel...
Sombrío dios sin devotos, les prestas tu mirar a todos ellos,
pero ninguno eres.
Estás siempre más allá, más lejos.
Y no te adornan aljabas ni rosas.
Ni proteges en tu seno a quienes nombran la palabra amor,
o dicen cumplirla, célibes y familiares.
Sobre tus largas uñas pones frío oro molido,
y en tus ojos oscuros dejas entrar la luna...
¿Qué nombre darte? ¿Amor Hipólito, Cupido?
Eres un dios de muertos. El dios, por excelencia.
Y pues que nada te cumple, ni rosas te sirven
ni anacreónticas imágenes.
Frío cuerpo de oro, las rojas amapolas te coronan
y las plantas del largo sueño eterno.

 

 

Luis Antonio de Villena