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segunda-feira, março 31, 2025

Sergei Diaghilev, o fundador dos Ballets Russes, nasceu há 153 anos

  
Serguei Pavlovich Diaguilev ou Diaghilev (Perm, 31 de março de 1872Veneza, 19 de agosto de 1929), também conhecido como Serge, foi um empresário artístico russo e fundador dos Ballets Russes, companhia de bailado a partir da qual muitos famosos dançarinos e coreógrafos surgiram.
Nasceu em Perm, na Rússia, em 1872. De origem nobre, teve uma educação privilegiada. Jovem de grande capacidade e muito dinamismo, foi designado pelo príncipe Volkonski, então diretor dos teatros imperiais russos, no início do século XX, como delegado nas missões extraordinárias dos teatros imperiais e, assim, começou a dedicar-se ao ballet por pura casualidade.
Fundou o diário artístico “O Mundo da Arte”, que divulgava a pintura e arte russas em geral. Era um homem de notável cultura, podendo ser considerado como um autêntico símbolo do século XX.
Em 1905, após mais de um ano de viagens por diferentes regiões russas, Diaguilev organizou uma importante exposição de retratos russos no palácio Tauride, em São Petersburgo. No ano seguinte, levaria uma grande exposição de arte russa ao Petit Palais, em Paris, dando origem a uma estreita colaboração com a França. Já em 1907, apresentaria cinco concertos de música russa em Paris e, no ano seguinte, traria uma produção de Boris Godunov, de Mussorgsky, à Ópera de Paris.
Isto levaria a um convite para regressar a Paris no ano seguinte, não só com ópera, mas também com ballet e, assim, ao lançamento dos Ballets Russes.
Enquanto organizador e diretor dos Ballets Russes, Diaguilev pode ser considerado como um dos maiores produtores de ballet do mundo. Ambicioso e inteligente, absorvia com facilidade todas as novas correntes da arte. Dotado de uma personalidade muito forte e de notável cultura artística, bastante eclético, mas conservador no que tocava a preservar as tradições clássicas, Diaguilev, com a ajuda de alguns mecenas, conseguiu moldar à sua maneira grandes talentos e revelou ao mundo no campo da dança, da música, da cenografia, da pintura, da poesia, grandes nomes como o de Vaslav Nijinski, Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Olga Spesivtzeva, Natalia Dubrovska, Adolf Bolm, Aleksandra Danilova, Serge Lifar, Léonide Massine, Stravinski, Glazunov Tcherepnine, Rimski-Korsakov, Benois, Bakst, Korovin, Serov, Gontcharova, George Balanchine, Debussy, Ravel, Satie, Prokofieff, Stravinsky, Matisse, Picasso ou Cocteau, entre muitos outros.
Diaguilev também encomendou música de bailado a compositores como Claude Debussy (Jeux, 1913), Maurice Ravel (Daphnis et Chloé, 1912), Erik Satie (Parade, 1917), Richard Strauss (Josephs-Legende, 1914), Sergei Prokofiev (Ala and Lolly, rejeitado por Diaghilev e transformado em Scythian Suite, e Chout, 1915), Ottorino Respighi (La Boutique Fantasque, 1918), Francis Poulenc (Les Biches, 1923) e outros.
O seu coreógrafo Mikhail Fokine adaptava frequentemente a música para bailado. Por sua vez, o diretor artístico dos Ballets Russes, Léon Bakst, ajudou a desenvolver uma forma de ballet mais complexa, com elementos espetaculares, destinados a apelar ao público em geral, e não apenas à aristocracia. O caráter exótico dos Ballets Russes terá também tido um efeito sobre pintores fauvistas e o então embrionário estilo Art Deco. Diz-se que Coco Chanel terá afirmado "Diaguilev inventou a Rússia para estrangeiros." [Rhonda K. Garelick].
Homossexual, teve várias ligações, sendo a mais famosa com o bailarino Vaslav Nijinski. Diaguilev ficou conhecido pelo seu caráter duro e exigente, mas muitos dos seus bailarinos recordaram também a sua generosidade, comparando-o a uma figura paternal austera, mas sempre preocupada com o seu bem-estar, e pondo muitas vezes a subsistência dos seus bailarinos acima da sua.
Por um período de vinte anos, Diaguilev maravilhou o mundo, mostrando a arte russa em todo o seu esplendor. Morreu em 1929, em Veneza; a sua sepultura encontra-se na ilha de San Michele, perto do túmulo de Stravinsky.
O filme The Red Shoes é tido como uma dramatização velada dos Ballets Russes. O departamento de Teatro e Performance do Victoria and Albert Museum, em Londres, alberga a Coleção Ekstrom da Fundação Diaghilev e Stravinsky, da qual fazem parte registos financeiros, cartas e telegramas, que dão conta da gestão dos Ballets Russes, bem como de outros aspetos pessoais e sociais da época.
  

domingo, março 30, 2025

A Rússia livrou-se do Alasca há 158 anos...

  
Em 1867, os Estados Unidos da América compraram à Rússia o território do Alasca. A operação foi conduzida pelo Secretário de Estado norte-americano William Henry Seward.
À época, a transação foi considerada absurda e era referida como "a loucura de Seward" (William H. Seward's folly). O território comprado, com área aproximada de 1.600.000 km², constitui o atual estado americano do Alasca.
        
  
Situação prévia
O Império Russo estava em dificuldades financeiras e em vias de perder o território do Alasca sem compensação nalgum futuro conflito, sobretudo para o rival da época, o Império Britânico, que detinha o vizinho Canadá e cuja possante Royal Navy poderia facilmente tomar o controlo das costas, de difícil defesa para a Rússia. O Czar Alexandre II decidiu então vender o território aos Estados Unidos e encarregou o seu embaixador, o barão Edouard de Stoeckl, de abrir negociações com o Secretário de Estado William Seward, de quem era amigo, no início de março de 1867.
As negociações concluíram-se após discussões que duraram uma noite inteira e a assinatura do tratado foi feita às 04.00 horas da manhã de 30 de março com um preço de compra de 7.200.000 dólares americanos (equivalente a cerca de 1.670 milhões de dólares, a preços de 2006). A opinião pública americana foi muitíssimo desfavorável a esta compra, como indica um historiador, e as críticas foram numerosas [Oberholtzer, p: 541]:
"Already, so it was said, we were burdened with territory which we had no population to fill. The Indians within the present boundaries of the republic strained our power to govern aboriginal peoples. Could it be that we would now, with open eyes, seek to add to our difficulties by increasing the number of such peoples under our national care? The purchase price was large; the annual charges for administration, civil and military, would be yet greater, and continuing. The territory included in the proposed cession was not contiguous to the national domain. It lay away at an inconvenient and a dangerous distance. The treaty had been secretly prepared, and signed and foisted upon the country at four o'clock in the morning. It was a dark deed done in the night.... The New York World said that it was a "sucked orange." It contained nothing of value but furbearing animals, and these had been hunted until they were nearly extinct. Except for the Aleutian Islands and a narrow strip of land extending along the southern coast the country would be not worth taking as a gift.... Unless gold were found in the country much time would elapse before it would be blessed with Hoe printing presses, Methodist chapels and a metropolitan police. It was "a frozen wilderness".

Ponto de vista do governo federal
A compra foi à época vista como ridícula, considerada como "a loucura de Seward" (William H. Seward's folly), o "Frigorífico de Seward" (William H. Seward's icebox) e "o jardim de ursos-polares de Andrew Johnson" (Andrew Johnson's polar bear garden), pois considerava-se temerário gastar uma tal quantia por uma região remota.
O tratado foi apoiado pelo Secretário de Estado William Seward, partidário de longa data da expansão, e pelo presidente do comité do Senado, Charles Sumner. Os seus argumentos eram que os interesses estratégicos da nação obrigavam à assinatura deste tratado. A Rússia tinha sido um aliado de valor durante a Guerra da Secessão, enquanto o Reino Unido tinha sido quase um inimigo. Pareceria então normal ajudar a Rússia e "desconcertar" os britânicos. Havia ainda a questão de o território adjacente ser ainda colónia britânica (atual Canadá). Poderia então haver aí um valor estratégico para os britânicos de um dia adquirirem o Alasca. A compra, disse o editor do New York Herald, era um modo do Czar fazer entender ao Reino Unido e à França que não tinham "atividades no continente norte-americano." "Em resumo, era uma manobra de flanco" sobre o Canadá como disse o New York Tribune. Em breve o mundo veria no noroeste "um cockney hostil ladeado por dois Yankees atentos, um de cada lado" e "John Bull seria levado a compreender que a única coisa que poderia fazer era vender os seus interesses ao Brother Jonathan".
Em 9 de abril, Sumner fez um importante discurso para apoiar o tratado, cobrindo de modo exaustivo a história, o clima, a configuração natural, a população, os recursos - florestas, minas, prados, pescas - do Alasca. De modo erudito citou testemunhos de geógrafos e navegadores: Alexander von Humboldt, Joseph Billings, Yuri Lisiansky, Fyodor Petrovich Litke, Otto von Kotzebue, Portlock, James Cook, Meares, Ferdinand von Wrangel. Quando terminou, viu que "tinha feito um pouco mais que manter o equilíbrio da balança". Continuou com "uma vez que a razão e testemunhos deste lado eram os mais fortes". "Em breve", disse Sumner, "uma raça pragmática de intrépidos navegadores virão às suas costas, em todas as espécies de empresas, para negócios ou patriotismo. O comércio terá novos braços, o país novos defensores, a bandeira nacional novas mãos para a elevar bem alto." Recordando o republicanismo americano de todo o território, indicou que "reconhecereis que é melhor que tudo o que podereis receber, melhor que pilhas de peixes, areias de ouro, as melhores pastagens ou esplêndidos marfins." "A nossa cidade," exclamou Sumner, "não pode ser menos que o continente norte-americano com portas sobre todos os mares que o circundam." [Oberholtzer 1: 544-5]
O Dia de Seward, dia de celebração da compra do Alasca pelos Estados Unidos, é o dia de homenagem a William Henry Seward e feriado no Alasca (última segunda-feira de março).

Cheque utilizado, pelo governo dos Estados Unidos, para a compra do Alasca
   
Ratificação da compra
O Senado dos Estados Unidos da América ratificou o tratado em 9 de abril de 1867, com 37 votos a favor e 2 contra.
Estima-se que o Alasca contava na altura com 2.500 russos ou mestiços e 8.000 aborígenes, num total de 10.000 habitantes, sob o comando direto da companhia russa das peles, e cerca de 50.000 esquimós viviam sob esta jurisdição.
Os europeus viviam em 23 povoações situadas nas ilhas ou na costa. Em pequenos postos havia quatro ou cinco russos que se encarregavam do recebimento e armazenagem de peles trazidas pelos nativos e do reabastecimento de navios que vinham buscar a mercadoria. Havia duas cidades principais. A primeira, New Archangel, atualmente Sitka, foi fundada em 1804, como base de apoio ao rentável negócio de peles de leão marinho. Tinha cerca de 116 barracões que abrigavam 968 habitantes. A segunda era Saint-Paul, na ilha Kodiak, que, com 100 barracões e 283 habitantes, era o centro da indústria de peles de foca.
O nome aleúte Alasca foi escolhido pelos americanos. A cerimónia de transferência teve lugar em Sitka, em 18 de outubro de 1867. Soldados russos e americanos desfilaram junto à casa do governador; a bandeira russa foi arriada e a americana hasteada e saudada por salvas de artilharia. O capitão Alexis Pestchouroff disse "General Rousseau, pela autoridade de sua Majestade, o Imperador da Rússia, transfiro para os Estados Unidos da América o território do Alasca." Em retribuição, o general Lovell Rousseau aceitou o território. Numerosos fortes e fortins, construções de madeira, foram cedidos aos americanos. As tropas ocuparam as casernas e o general Jefferson C. Davis estabeleceu a sua residência na casa do governador. A maior parte dos russos voltaram para o seu país, salvo alguns comerciantes e homens do clero ortodoxo.
O Alaska Day celebra a transferência formal do Alasca, que ocorreu a 18 de outubro de 1867. Hoje em dia, o Alasca celebra o dia da compra, o Seward's Day, na última segunda-feira de março.
A data de 18 de outubro de 1867 é referente ao nosso atual calendário gregoriano, sendo feito às 9:01:20 horas (hora de Greenwich, atual UTC) teve efeito no dia seguinte no Alasca para substituir o calendário juliano e às 14.58.40 horas. Para os russos, que ainda usavam o calendário juliano, a transferência teve lugar a 7 de outubro de 1867.
   

sábado, março 29, 2025

Há quinze anos houve uns estranhos atentados terroristas no Metro de Moscovo


Os atentados terroristas no Metropolitano de Moscovo de 2010 foram dois atentados à bomba causados por terroristas suicidas, alegadamente duas mulheres e que ocorreram na manhã de 29 de março de 2010 no Metropolitano de Moscovo nas estações de Lubyanka e Park Kultury.

As primeiras notícias apontavam para a existência de 32 mortos neste duplo atentado, mas posteriormente esse número foi elevado para 37 mortos, de acordo com notícias oficiais, 25 das quais na estação Lubyanka. A BBC noticiou às 06.18 (GMT) que morreram 15 pessoas na segunda explosão. Há ainda dezenas de passageiros feridos.
  

sexta-feira, março 28, 2025

Mussorgsky morreu há 144 anos...

  
Modest Petrovich Mussorgsky
(Karevo, Pskov, 21 de março de 1839São Petersburgo, 28 de março de 1881), compositor e militar russo, conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov.
    

 


Rachmaninoff morreu há 82 anos...

   
Sergei Vasilievich Rachmaninoff (Semyonovo, 1 de abril de 1873 - Beverly Hills, 28 de março de 1943) foi um compositor, pianista e maestro russo, um dos últimos grandes expoentes do estilo romântico na música clássica europeia.
    
Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do século XX. Os seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários e as suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado (um palmo esticado de cerca de 30 centímetros). Especula-se se ele era ou não portador da Síndrome de Marfan, já que se pode dizer que o tamanho de suas mãos correspondia à sua estatura, algo entre 1,91 e 1,98 m. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de reportórios populares. 
 
(...)
 
Rachmaninov morreu em 28 de março de 1943, em Beverly Hills, na Califórnia, apenas alguns dias antes de seu 70º aniversário, e foi enterrado em 1 de junho no cemitério de Kensico, em Valhalla. Nas horas finais de sua vida, ele insistia que podia ouvir música tocando em algum lugar por perto. Após lhe ser repetidamente assegurado de que não era o caso, ele disse: "Então a música está na minha cabeça...". 
     

 


Marc Chagall morreu há quarenta anos...

   

Nascido Mojša Zacharavič Šahałaŭ, no seio de uma família judaica, na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade natal. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como a gostar e a exprimir-se nesta arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para a próspera cidade-luz, Paris.
Ali entrou em contacto com as vanguardas modernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu também artistas como Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, deste próspero e pródigo período, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo.
É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: Eu e a aldeia e O Soldado bebé, pintados em 1911 e 1912, respetivamente.
Os títulos dos quadros foram dados por Blaise Cendrars. Coube a Guillaume Apollinaire selecionar as obras que seriam posteriormente expostas em Berlim, no ano em que a Primeira Guerra Mundial rebentou, em 1914.
Neste ano, após a explosão da guerra, Marc Chagall volta ao seu país natal, sendo, portanto, mobilizado para as trincheiras. Todavia, permaneceu em São Petersburgo, onde casou um ano mais tarde com Bella, uma rapariga que conheceu na sua aldeia.
Depois da grande revolução socialista na Rússia, que pôs fim ao regime autoritário czarista, foi nomeado comissário para as belas-artes, tendo inaugurado uma escola de arte, aberta a quaisquer tendências modernistas. Foi neste período que entrou em confronto com Kasimir Malevich, acabando por se demitir do cargo.
Retornou então, a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as Fábulas de La Fontaine, tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas as suas primeiras paisagens.
Visitou em 1931 a Palestina e, depois, a Síria, tendo publicado, em memória destas duas viagens o livro de carácter autobiográfico Ma vie (em português: "Minha vida").
Desde 1935, com a perseguição dos judeus e com a Alemanha prestes a entrar em mais uma guerra, Chagall começa a retratar as tensões e depressões sociais e religiosas que sentia na pele, já que também era judeu convicto.
Anos mais tarde, parte para os Estados Unidos, onde se refugia dos perigos dos alemães. Lá, em 1944, com o fim da guerra a emergir, Bella, a sua mulher, falece, facto que lhe causa uma enorme depressão, mergulhando novamente no mundo das evocações, dos chamamentos, dos sonhos. Conclui este período com um quadro que já havia iniciado em 1931: Em torno dela.
Dois anos depois do fim da guerra, regressa definitivamente à França, onde pintou os vitrais da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Na França e nos Estados Unidos pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.
Em sua homenagem, em 1973 foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do sul da França, Nice e, em 1977, o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.
Tendo sido um dos melhores pintores do século XX, Marc Chagall faleceu em Saint-Paul-de-Vence, no sul da França, em 1985.
 
O Violinista, 1912
 
  
Marc Chagall, 1912, Calvary (Golgotha), Museum of Modern Art, New York
    

quinta-feira, março 27, 2025

Rostropovich nasceu há 98 anos...

      
Mstislav Leopoldovitch Rostropovich (Baku, 27 de março de 1927 - Moscovo, 27 de abril de 2007) foi um violoncelista e maestro russo, naturalizado norte-americano. Para muitos, foi um dos maiores violoncelistas do século XX e o sucessor de Pablo Casals.
     
 

domingo, março 23, 2025

O czar Paulo I da Rússia foi assassinado há 224 anos


Paulo I (São Petersburgo, 1 de outubro de 1754 – São Petersburgo, 23 de março de 1801) foi o Imperador da Rússia de 1796 até ao seu assassinato. Era o único filho do imperador Pedro III e da imperatriz Catarina II. Ele permaneceu na sombra de sua mãe até finalmente ascender ao trono. Como monarca, a sua maior realização foi instituir as Leis Paulinas para regular a sucessão ao trono russo. Paulo acabou alienando os seus conselheiros e a nobreza com as suas políticas, vistas como incómodas, sendo assassinado pelos condes Peter Ludwig von der Pahlen e Nikita Petrovich Panin e pelo almirante espanhol José de Ribas.

Através da numerosa família que Paulo I constituiu com a sua segunda esposa, atualmente quase todas as famílias reais da Europa (incluindo algumas não-reinantes) são descendentes diretas do antigo czar Paulo. São seus descendentes diretos o rei Guilherme Alexandre dos Países Baixos, a rainha Margarida II da Dinamarca, o rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, Carlos III do Reino Unido (através do seu pai, o príncipe Filipe da Grécia e Dinamarca) e o rei Filipe VI da Espanha (através de sua mãe, a princesa Sofia da Grécia e Dinamarca). Também os herdeiros do trono de algumas nações onde a monarquia foi abolida são seus descendentes: Rússia, Alemanha, Grécia, Roménia e Sérvia. 

 


sexta-feira, março 21, 2025

Aleksandr Glazunov morreu há 89 anos...

 
Aleksandr Konstantinovitch Glazunov
(São Petersburgo, 10 de agosto de 1865Paris, 21 de março de 1936) foi um importante professor de música e compositor tardo-romântico russo.
  
 

quinta-feira, março 20, 2025

Mussorgsky nasceu há 186 anos

Retrato de Mussorgsky de Ilya Repin (1881)
        
Modest Petrovich Mussorgsky (Karevo, Pskov, 21 de março de 1839São Petersburgo, 28 de março de 1881), compositor e militar russo conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov.
   
(...)   
     
Em 1880 é demitido de seu posto no serviço governamental. Internado num hospital em 1881, Modest Mussorgsky morreu, de excessos alcoólicos, uma semana após completar 42 anos. Está enterrado no Cemitério Tikhvin do Mosteiro Aleksandr Nevsky em São Petersburgo.  
       
   
   

terça-feira, março 18, 2025

Rimsky-Korsakov nasceu há 181 anos...

Retrato de Rimsky-Korsakov - Ilya Repin
     

 

Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov (Tikhvin, 18 de março de 1844 - Lyubensk, 21 de junho de 1908, usando o calendário gregoriano, que então não estava em vigor na Rússia) foi um militar, professor, e compositor russo, bem com um mestre em orquestração. A sua mais conhecida composição orquestral Capriccio Espagnol, e a suíte sinfónica Scheherazade são considerados básicos do reportório de música clássica. Foi um nacionalista destacado membro do Grupo dos Cinco da Rússia Imperial, juntamente com Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky.
   
(...)
    
Vítima de angina, Nikolai Rimsky-Korsakov veio a falecer em Lyubensk em 1908. Encontra-se enterrado no Cemitério Tikhvin, no Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.
Teve sete filhos da sua esposa: Mikhail (1873), Sofia (1875), Andrey (1878-1940), Vladimir (1882), Nadezhda (1884), Margarita (1888-1893) e Slavchik (1889-1890). Nadezhda casou-se com o compositor Maximilian Steinberg em 1908. Andrey Rimsky-Korsakov foi musicologista, tendo inclusive escrito vários estudos sobre a vida e obra de seu pai, e um capítulo sobre sua mãe. Um sobrinho, Georgy Mikhaylovich Rimsky-Korsakov (1901-65), também foi compositor.
    
  
(...)
     
Rimsky-Korsakov foi um compositor prolífico. Os seus maiores êxitos foram obtidos foram óperas – quinze no total, incluindo Kashchei, o imortal e O conto do Czar Saltan. Os motivos das óperas são os mais diversos: de melodramas históricos como A noiva do Czar a temas folclóricos como Noite de maio e lendas como A donzela de neve. Os mais conhecidos excertos no Ocidente são a Procissão dos Nobres de Mlada, Canção da Índia de Sadko e O voo do besouro de Czar Saltan, assim como as suítes de O galo de ouro e A lenda da cidade invisível de Kitezh.
Não obstante, a fama de Rimsky-Korsakov no Ocidente foi conquistada com suas composições orquestrais, principalmente o Capricho Espanhol, a abertura A grande Páscoa Russa e a suite sinfónica Scheherazade.
As suas composições incluem outras dezenas de canções, arranjos de músicas folclóricas, música de câmara e piano e obras corais.
    
 

sábado, março 15, 2025

Nicolau II, o último Czar da Rússia, abdicou há 108 anos...

 
Nicolau II foi o último Imperador da Rússia, Rei da Polónia e Grão-Duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paixão pela Igreja Ortodoxa Russa. Oficialmente, era chamado Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias.
Filho de Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até à sua abdicação, em 15 de março de 1917, quando renunciou. em seu nome e em nome do seu herdeiro.

(...)

O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, o seu comboio foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar. A partir daí, o czar e a a sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev em Ecaterimburgo. Nicolau II, a sua mulher, o seu filho, as suas quatro filhas, o médico da família imperial, um servo pessoal, a camareira da imperatriz e o cozinheiro da família foram executados na cave da casa pelos bolcheviques, na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É reconhecido que o massacre foi ordenado a partir de Moscovo por Lenine e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov. Mais tarde Nicolau II, a sua mulher e os seus filhos foram canonizados como neomártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio. 
    
     

quinta-feira, março 13, 2025

O Czar Alexandre II foi assassinado há 144 anos...

      
Alexandre II (Moscovo, 29 de abril de 1818 - São Petersburgo, 13 de março de 1881) foi Czar da Rússia desde 2 de março de 1855 até ao seu assassinato. Como tal, foi também grão-duque da Finlândia (1855-1881) e rei da Polónia até 1867.
É conhecido pelas suas reformas liberais e modernizantes, através das quais procurou renovar a cristalizada sociedade russa.
Em 19 de fevereiro de 1861 decretou o fim da servidão na Rússia. Foram libertados, ao todo, 22,5 milhões de camponeses servos - preservando-se, todavia, a propriedade dos latifúndios.
   
(...)
     
Após a última tentativa de assassinato em fevereiro de 1880, o conde Loris-Melikov foi nomeado chefe da Comissão Executiva Suprema e recebeu mais poderes para combater os revolucionários. As propostas de Loris-Melikov iriam incluir a criação de uma espécie de parlamento e o imperador pareceu concordar com ele, contudo estes planos nunca foram concretizados.
A 13 de março de 1881, Alexandre foi vitima de uma conspiração para o assassinar em São Petersburgo.
Como se sabia, todos os domingos, durante vários anos, o imperador ia visitar o Mikhailovsky Manège para assistir à chamada militar. Viajava para e regressava do Manège numa carruagem fechada acompanhada de seis cossacos e mais um sentado ao lado do cocheiro. A carruagem do imperador era seguida por dois trenós que levavam, entre outros, o chefe da polícia e o chefe dos guardas do imperador. A viagem, como sempre, fez-se pelo Canal de Catarina e por cima da Ponte Pevchesky. A estrada era apertada e tinha passeios para os peões de ambos os lados. Um jovem membro da Vontade do Povo, Nikolai Rysakov carregava uma pequena embalagem branca embrulhada num lenço de pano.
Embora a explosão tenha matado um dos cossacos e ferido o condutor e pessoas que passavam na rua com gravidade, apenas conseguiu provocar danos na carruagem à prova de bala, um presente do imperador Napoleão III de França. O imperador saiu abalado, mas ileso. Rysakov foi capturado quase de seguida. O chefe da polícia, ouviu Rysakov a gritar para outra pessoa que estava no meio da multidão. Os guardas e os cossacos imploram ao imperador que deixasse imediatamente o local em vez de ir ver o local da explosão.
Apesar de tudo, um segundo membro jovem da organização terrorista, Ignaty Grinevitsky que estava perto da cerca do canal, ergueu ambos os braços e atirou algo para os pés do imperador. Alegadamente, Alexandre terá gritado: Ainda é cedo demais para agradecer a Deus. Dvorzhitsky escreveu mais tarde:
Mais tarde descobriu-se que havia um terceiro bombista na multidão. Ivan Emelyanov estava pronto agarrando uma mala de mão que tinha uma bomba que seria usada se as outras duas tivessem falhado.
Alexandre foi levado de trenó até ao Palácio de Inverno e depois para o seu escritório onde, ironicamente, quase exatamente vinte anos antes, tinha assinado o documento que tinha libertado os servos. Alexandre estava a perder muito sangue, tinha as pernas destruídas, o estômago aberto e o rosto mutilado. Vários membros da família real apressaram-se para o local.
O imperador moribundo recebeu a comunhão e a extrema unção. Quando perguntaram ao médico que estava de serviço, Sergey Botkin, quanto tempo de vida lhe restava, ele respondeu: No máximo, quinze minutos. Às três e meia da tarde a bandeira pessoal de Alexandre II foi arreada pela última vez. 
         
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César Cui morreu há 107 anos...

    
César Antonovitch Cui (Vilnius, 18 de janeiro de 1835 - Petrogrado, atual São Petersburgo, 13 de março de 1918) foi um compositor e crítico musical russo de ascendência francesa e lituana. Foi um compositor extremamente prolífico, escrevendo muitas peças para piano, música de câmara, centenas de canções, peças para orquestra e várias óperas.
Cui nasceu em Vilnius. Estudou piano e teoria musical na infância, e entrou na Escola de Engenharia Militar de São Petersburgo, iniciando uma carreira militar. Tornou-se especialista em fortificações. Quando, em 1857, conheceu Mily Balakirev, passou a dedicar-se seriamente à música, tornando-se membro do Grupo dos Cinco.
    
 

quarta-feira, março 12, 2025

Vladimir Vernadsky, mineralogista e geoquímico russo, nasceu há cento e sessenta e dois anos

 
Vladimir Ivanovich Vernadsky (São Petersburgo, 12 de março de 1863 - Moscovo, 6 de janeiro de 1945) foi um mineralogista e geoquímico russo, cujas ideias de noosfera foram uma contribuição fundamental para o cosmismo russo.
Foi aluno de Dmitri Mendeleiev (criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos) e de Vasily Dokuchaev, fundador da pedologia, a ciência que estuda os solos. Antecedeu em meio século a teoria de Gaia de James Lovelock, pois Vernadsky foi o primeiro a reconhecer o planeta Terra como um sistema esférico auto-regulado, onde a vida é a força geológica que forma o planeta.
É mais conhecido por seu livro A Biosfera, de 1926, no qual inadvertidamente trabalhou para popularizar o termo biosfera do geólogo vienense Eduard Suess, de 1885, formulando a hipótese de que as feições geológicas da Terra são influenciadas biologicamente. Vernadsky postulou que a influência da matéria viva torna-se cada vez mais importante com o passar do tempo, porque mais partes da Terra são incorporadas na Biosfera através de reações químicas e da energia luminosa do Sol.
Foi o fundador de diversas disciplinas científicas, incluindo a geoquímica, a biogeoquímica e a radiogeologia.
É considerado um dos mentores teóricos da Semiótica da Cultura, com a proposição da Biosfera como um mecanismo cósmico. Uma fina camada desenvolvida na superfície de um planeta, vivente da transformação de energia da luz solar em energia química. Este processo culminou na evolução das espécies que se encontram nesta categoria de metabolismo, que através da evolução desenvolveram a consciência e o pensamento dialógico. Esta consciência por sua vez, caracteriza-se por uma nova esfera que se distingue da biosfera, e pode ser chamada de logosfera (esfera dos significados) ou Noosfera.
A cultura é, segundo Vernadsky, a síntese consciente da biosfera, e tem uma função modificadora considerável sobre os elementos naturais e a transformação do todo, não podendo ser considerada apenas uma abstração superficial.
      

terça-feira, março 11, 2025

Marius Petipa nasceu há 207 anos

    
Marius Ivanovich Petipa (Marselha, 11 de março de 1818 - Gurzuf, Crimeia, 14 de julho de 1910) foi um bailarino, professor e coreógrafo russo, nascido na França.
É considerado por muitos o "pai do ballet clássico" e um dos mais influentes coreógrafos de todos os tempos.
Os seus trabalhos coreográficos mais conhecidos são:
O estilo de Petipa era grandioso e exigia bailarinos de grande virtuosismo técnico e talento dramático. Sob a sua tutela o ballet de São Petersburgo tornou-se o melhor do mundo e da sua escola saíram grandes bailarinos como Nijinsky, Ana Pavlova e Michel Fokine.
Está sepultado no Cemitério Tikhvin.