Poema de Amor
Se te pedirem, amor, se te pedirem
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu.
E se pedirem, amor, e se pedirem
que contes a velha fábula
do lobo que matou o cordeiro
e lhe roeu as entranhas,
não contes, amor, não contes
que o lobo é a minha carne
e o cordeiro a minha estrela
que sempre tu conheceste
e te guiou — mal ou bem.
Depois, sabes, estou enjoado
desta farsa.
Histórias, fábulas, amores
tudo me corre os ouvidos
a fugir.
Sou o guerreiro sem forças
para erguer a sua espada,
sou o piloto do barco
que a tempestade afundou.
Não contes, amor, não contes
que eu tenho a alma sem luz.
...Quero-me só, a sofrer e arrastar
a minha cruz.
in Relevos - Fernando Namora
sábado, janeiro 31, 2009
Poesia de Fernando Namora
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Marcadores: Fernando Namora, poesia
Música com Astronomia
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Marcadores: Ano Internacional da Astronomia, Gotta be Somebody, Nickelback, Rock
Fernando Namora morreu há 20 anos
Recordemos o poeta, o escritor, o médico e o Homem com o texto da Wikipédia:
Fernando Gonçalves Namora (Condeixa-a-Nova, 15 de Abril de 1919 - Lisboa, 31 de Janeiro de 1989) foi um escritor português.
Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, carreira que exerceu na sua terra natal e nas regiões da Beira Baixa e Alentejo.
O seu volume de estreia foi Relevos (1938), livro de poesia onde se notam as influências do grupo da Presença. No mesmo ano, publicou o romance As Sete Partidas do Mundo, galardoado com o Prémio Almeida Garrett, onde se começa a esboçar o seu encontro com o neo-realismo, ainda mais patente três anos depois com a poesia de Terra no Novo Cancioneiro.
A sua obra evoluiu no sentido do amadurecimento estético do neo-realismo, o que o levou a um caminho mais pessoal. Não desdenhando a análise social, os seus textos foram cada vez mais marcados por aspectos de picaresco, observações naturalistas e algum existencialismo. Fernando Namora foi um escritor dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, a que se ligou uma linguagem de grande carga poética. Escreveu, para além de obras de poesia e romances, contos, memórias e impressões de viagem.
Entre os títulos que publicou encontram-se os volumes de prosa Fogo na Noite Escura (1943), Casa da Malta (1945), As Minas de S. Francisco (1946), Retalhos da Vida de um Médico (1949 e 1963), A Noite e a Madrugada (1950), O Trigo e o Joio (1954), O Homem Disfarçado (1957), Cidade Solitária (1959), Domingo à Tarde (1961 - Prémio José Lins do Rego), Os Clandestinos (1972) e Rio Triste (1982). Além dos já mencionados, publicou em poesia Mar de Sargaços (1940) e Marketing (1969). A sua produção poética conheceu uma antologia datada de 1959, intitulada As Frias Madrugadas. Escreveu ainda volumes de memórias, anotações de viagem e crítica, como Diálogo em Setembro (1966), Um Sino na Montanha (1970), Os Adoradores do Sol (1972), Estamos no Vento (1974), A Nave de Pedra (1975), Cavalgada Cinzenta (1977) e Sentados na Relva (1986).
Alguns estudiosos dividem a sua obra, se bem que seja uma sistematização que peca pelo simplismo, em três momentos diferentes na criação romanesca: (1) o ciclo rural, composto de obras como A Noite e a Madrugada e O Trigo e o Joio; (2) o ciclo urbano, fruto da mudança do médico do meio rural para o citadino, marcado pelos romances O Homem Disfarçado e Domingo à Tarde; (3) os cadernos de um escritor, influenciados pelas viagens do autor a outros países, como a poesia de Marketing e as reflexões de Jornal sem Data (1988). O romance Domingo à Tarde foi adaptado ao cinema em 1966 por António de Macedo. O livro Retalhos da Vida de um Médico foi adaptado ao cinema por Jorge Brum do Canto (1962), além de ter sido produzida uma série televisiva por Artur Ramos e Jaime Silva (1979-1980).
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Música dos anos 60 para desanuviar
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sexta-feira, janeiro 30, 2009
The Beatles - imagens da sua última actuação ao vivo
Postado por Pedro Luna às 23:42 0 bocas
Marcadores: anos 60, música, The Beatles
As últimas canções ao vivo dos The Beatles foram há 40 anos
Em Janeiro de 1969, os Beatles iniciaram um projecto cinematográfico que documentaria a realização de sua próxima gravação, originalmente intitulado Get Back. Durante as sessões de gravação, a banda realizou sua última apresentação ao vivo no último andar do edifício da Apple, em Londres, na tarde fria de 30 de Janeiro de 1969. A maior parte da apresentação foi filmada e, posteriormente, incluída no filme Let It Be. A ideia de tocar no telhado do prédio foi de Lennon. O concerto parou a rua inteira do prédio e, rapidamente, o lugar ficou lotado de pessoas; inclusive, os vizinhos da região logo espreitavam das sacadas o concerto. Os Beatles tocaram durante quarenta minutos até a polícia local interferir pedindo que abaixassem o volume dos instrumentos; Mal Evans explicou que não era qualquer pessoa que estava tocando, e sim os Beatles. A apresentação terminou antes do previsto, e tornou-se famosa.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 16:40 0 bocas
Marcadores: anos 60, música, The Beatles
O Domingo Sangrento foi há 37 anos
I can't believe the news today
I can't close my eyes and make it go away.
How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cos tonight
We can be as one, tonight.
Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead-end street.
But I won't heed the battle call
It puts my back up, puts my back up against the wall.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
Oh, let's go.
And the battle's just begun
There's many lost, but tell me who has won?
The trenches dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cos tonight
We can be as one, tonight.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away.
I'll wipe your tears away.
I'll wipe your tears away.
I'll wipe your bloodshot eyes.
Sunday, bloody Sunday.
Sunday, bloody Sunday.
And it's true we are immune
When fact is fiction and TV reality.
And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die.
The real battle just begun
To claim the victory Jesus won
On...
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday...
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quinta-feira, janeiro 29, 2009
Poema alusivo à época
XIII
Faze que a vida seja o que te nega
A luta é tua - fá-la
Agora, os sonhos em farrapos,
melhor é a luta que pensá-la
Ergue com o vigor do teu pulso;
solda-o em aço
E da tua obra afirma:
- Sou o que faço.
in Sol de Agosto - João José Cochofel
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quarta-feira, janeiro 28, 2009
Que a poesia guie a nossa luta
Renascer
Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Fernando Martins às 15:04 0 bocas
Marcadores: luta, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
terça-feira, janeiro 27, 2009
Poema alusivo à época
13
Veio a noite e tudo ficou enorme.
Veio a noite: mão gigante e silenciosa que passou.
Veio a noite e o povo inteiro dorme.
E o sonho dorme: queimaram-se as asas para voar.
Só o hálito da Mata, as almas penadas do Vale
e os cães nas ruas
soltam um brado de existência.
Veio a noite e tudo ficou igual.
in Terra (Novo Cancioneiro) - Fernando Namora
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O Ano Internacional da Astronomia - comemorações portuguesas
Post estereofónico com o Blog AstroLeiria:
— 300 iniciativas estão já agendadas em todo o País. Funchal vai ter desfile de Carnaval temático
O Ano Internacional de Astronomia começa oficialmente em Portugal no próximo Sábado, mas o envolvimento já é forte. De Norte a Sul do país, na Madeira e nos Açores, está tudo a posto para transformar 2009 num ano inesquecível. No total, estão actualmente agendadas 300 iniciativas, um número que, segundo os responsáveis da Comissão Nacional do AIA2009, vai chegar às mil até ao final do ano. Duas centenas e meia de instituições já se associaram às diferentes actividades, entre escolas, autarquias e centros de ciência.
"O Ano Internacional de Astronomia é para nós o culminar de dois anos e meio de trabalho", sublinha Miguel Avillez, presidente da Sociedade de Portuguesa de Astronomia, que está na base do plano nacional do AIA. Além das actividades globais que vão também ter lugar no território nacional, como as "100 Horas de Astronomia" em Abril, ou a exposição "Da Terra ao Universo", cujos cartazes com imagens astronómicas já podem ser vistos em espaços públicos em Tavira e brevemente no Porto, Viana do Castelo e Coimbra, a comissão científica do Ano Internacional apadrinha uma dezena de projectos.
A "Noite da Astronomia", marcada a 15 de Julho, promete ser o grande evento do ano, com iniciativas em todos os distritos de Portugal. Mas não só. O "E agora sou Galileu" vai recriar ao longo do Ano e em todo o país as observações de uma das figuras que revolucionaram a ciência. O desafio de "Astronomia Artística" desenvolvido na Madeira por Fernanda Freitas visa, por exemplo, promover o diálogo entre a ciência e as artes. "O céu é o mesmo para todos", refere João Fernandes, Presidente da Comissão Nacional AIA2009, justificando a transversalidade das actividades que existem a nível mundial e nacional.
Mas as boas ideias não acabam com o empenho da Comissão. Um desfile de Carnaval, no Funchal, dedicado à Astronomia, um encontro de Astronomia com Gastronomia (Exploratório de Coimbra), um acampamento com as estrelas (Centro de Multimeios - Espinho), Astrofestas (Braga, Constância)... A lista já é longa, mas o objectivo é sempre o mesmo, convidar pequenos e graúdos a olhar por uma luneta e a descobrir o Universo.
"Os astrónomos portugueses têm uma responsabilidade acrescida, frisa Pedro Russo, coordenador internacional do Ano Internacional de Astronomia, "porque existe mais apetência pela ciência astronómica por parte do jovens portugueses do que em média no resto do mundo". O comissário global do AIA mostrou-se bastante satisfeito com o programa português apresentado este fim-de-semana no Centro Multimeios de Espinho, programa que qualificou de "realista".
Pedro Russo não é ó único a representar Portugal no estrangeiro. Projectos nacionais já se exportaram para os quatro cantos do mundo, como aconteceu com o projecto "Alvorada AIA2009", encabeçado por Ricardo Cardoso Reis do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, que promoveu dia 1 de Janeiro observações solares em Portugal, mas também no Nepal, no Iraque e na Indonésia, ou com o "Descobre o teu Céu!", concurso lançado nos cinco continentes pelos Museus da Ciência das Universidades de Lisboa e Coimbra.
"Esperamos deixar frutos", conclui João Fernandes. Para todas as pessoas que procuram dar a conhecer o que se faz em Astronomia no país, o objectivo é o mesmo: que todas as iniciativas criadas e desenvolvidas no âmbito do Ano Internacional de Astronomia possam ter continuidade depois de Dezembro 2009.
Comissão Nacional do AIA2009
João Fernandes
Telemóvel: 914 002 960
E-mail: jmfernan@mat.uc.pt
http://www.ideiasconcertadas.pt/images/clientes/AIA2009/foto003_jf_div.jpg
Legenda: João Fernandes, presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional de Astronomia (AIA2009)
Logótipo AIA2009 (vertical, cores, JPEG): http://www.astronomy2009.org/static/resources/iya_logo.jpg
Logótipo AIA2009 (vertical, preto & branco, JPEG): http://www.astronomy2009.org/static/resources/iya_logo_final_b&w.jpg
Logótipo AIA2009 (horizontal, cores, JPEG): http://www.astronomy2009.org/static/resources/iya_logo_final_horizontal.jpg
AIA2009 website oficial: http://www.astronomy2009.org
AIA2009 website nacional: http://www.astronomia2009.org
III Encontro “Astronomia e Ciências Espaciais 2009 – Comunicação e Educação
http://www.ideiasconcertadas.pt/images/clientes/AIA2009/dossierpress_encontroespinho.pdf
Contextualização AIA2009:
http://www.ideiasconcertadas.pt/images/clientes/AIA2009/dossierpress_contextualizacao.pdf
Preparação AIA2009:
http://www.ideiasconcertadas.pt/images/clientes/AIA2009/dossierpress_preparacaoaia2009.pdf
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segunda-feira, janeiro 26, 2009
Música para Tio, Primo e... coiso...
Postado por Pedro Luna às 20:59 0 bocas
Marcadores: aldrabões, O Tio o Sobrinho e o Outro
domingo, janeiro 25, 2009
A memória dos dias
Uma belíssima música, como já não se faz, para amenizar os tristes tempos em que vivemos...
A memória dos dias - Fausto
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Marcadores: A memória dos dias, Fausto, música
sábado, janeiro 24, 2009
Em nome do tio, do sobrinho e do... outro
A Nau Catrineta (Versão de Lisboa) - Fausto
Postado por Pedro Luna às 23:58 0 bocas
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Seminário em Lisboa
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI
(Alfragide)
Terça-Feira, 27 de Janeiro às 14.00 horas
Professor Mário Ruivo
Governação e desenvolvimento sustentável do oceano
Está em curso a ocupação tridimensional dos espaços marítimos. A revolução industrial, na sua dimensão marítima, contribui para o crescimento económico ao mesmo tempo que deixa marcas profundas no estado dos recursos e do meio marinho. O balanço deste processo evidencia uma degradação ambiental grave posta em evidência pelas alterações climáticas, a sobrepesca generalizada, a perda da biodiversidade. Um considerável esforço normativo conduziu à adopção de um regime pautado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e pela Agenda 21 (Cap. 17). Progressivamente, este regime foi sendo complementado por uma nebulosa legislativa a nível internacional e nacional, fruto de uma abordagem predominantemente fragmentada e sectorial. Face ao estado actual dos recursos e às carências institucionais, buscam-se novas formas de governação responsável que respondam aos requisitos de um desenvolvimento sustentável do Oceano, o que requer uma gestão integrada, interdisciplinar e intersectorial e processos de decisão democráticos, transparentes e participados. Insere-se neste quadro a adopção de uma estratégia nacional para o mar em articulação com a política marítima europeia e com o debate em curso nas Nações Unidas. Cabe à comunidade científica uma crescente responsabilidade neste processo técnico, social e político.
Pedro Ferreira
e-mail: pedro.ferreira@ineti.pt
Telf: 214 705 516
Mário Mil-Homens
e-mail: mario.milhomens@ineti.pt
Telf: 214 705 516
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Actualidade em Andrada e Silva
A ACTUALIDADE DE JOSÉ BONIFÁCIO
Há poucos dias tive a oportunidade de ouvir no Museu da Ciência de Coimbra uma interessantíssima palestra de Martim Ramiro Portugal, Professor de Ciências da Terra, sobre a vida e obra do seu antecessor na Universidade de Coimbra José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o brasileiro descobridor do mineral onde foi encontrado o lítio e pioneiro da metalurgia em Portugal que no Brasil talvez seja mais conhecido como o "patriarca" da independência do Brasil (ver aqui um excelente sítio sobre José Bonifácio).
Com a devida autorização do autor (que agradeço), transcrevo o teor de um dos "slides" que o Professor Martim Portugal apresentou, com frases textuais de José Bonifácio e o respectivo significado na interpretação do palestrante. Conclusão: José Bonifácio permanece bastante moderno. Mudam-se os tempos, mas não se mudam todos os costumes!
Escritos sobre as Ciências Naturais de José Bonifácio de Andrada e Silva (entre parêntesis interpretação de Martim Portugal passados dois séculos):
1- "A falsa ideia que o povo tem da Ciência"
(Preconceitos sobre a dificuldade)
2- "O ódio que o clero supersticioso lhes tem."
(Prevalecimento de rotinas e velhos conceitos)
3- "O encasquetamento do direito civil e canónico, que dão pão."
(Privilégios das profissões mais rendosas)
4- "A nímia estimação que faz a capital dos estudos frívolos da poesia e retórica."
(A cultura está nas literaturas e nas ciências sociais – conceito antigo)
5- "A seita exclusiva do purismo."
(Preconceitos que prejudicam o saber fazer)
6- "A falta de museus, gabinetes de física e laboratórios."
(A falta de equipamentos e laboratórios)
7- "A negligência dos grandes para este tipo de basófia"
(O não reconhecimento da importância da Ciência e Tecnologia)
8- "A falta de meios dos literatos, para longas observações e experiências custosas".
(A inexistência de condições para investigação porfiada e bem sustentada)
9- "A falta de patriotismo etc, tudo o que pode trazer utilidade à nação".
(Não reconhecimento do valor estratégico da Ciência e Tecnologia).
10- "O modo pouco adulador do filósofo".
(O carácter austero e a expressão dos trabalhos de Ciência e Tecnologia em linguagem sóbria).
Postado por Fernando Martins às 00:00 0 bocas
Marcadores: Coimbra, Doutor Martim Portugal, José Bonifácio de Andrada e Silva, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Uma das minhas músicas favoritas para animar a malta
O Primeiro Dia - Sérgio Godinho
A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Postado por Fernando Martins às 21:11 0 bocas
Marcadores: anos 70, música, Sérgio Godinho
Descoberta das Profundezas '09
Este evento visa divulgar as diferentes vertentes científicas e exploratórias das profundezas, contando com diversos cientistas e espeleólogos.
As conferências terão lugar no anfiteatro do Departamento de Biologia da Universidade, às sextas-feiras, conforme o calendário apresentado, com início marcado para as 21h30.
Para maior comodidade, a inscrição, ainda que gratuita, é obrigatória e deverá ser efectuada através do email: conferencias2009@neua.org, por forma a garantir lugares sentados para todos os participantes.
Mais informações podem ser encontradas online no site do núcleo (www.neua.org).
Esperamos que as temáticas abordadas sejam do vosso interesse. Esta é também uma excelente oportunidade para se conversar sobre Espeleologia, promover o intercâmbio de experiências e a confraternização entre espeleólogos, curiosos e interessados.
Postado por Fernando Martins às 21:07 0 bocas
Marcadores: Aveiro, espeleologia
terça-feira, janeiro 20, 2009
Na América
NOTA: Como curiosidade, para verem uma versão desta canção de homenagem aos Xutos, pelos seus 15 anos, com o João Aguardela (anteontem falecido...) e muitas outras caras conhecidas, basta clicar AQUI.
Postado por Fernando Martins às 17:12 0 bocas
Marcadores: Barack Obama, João Aguardela, N'Ámérica, USA, Xutos e Pontapés, Yes we can
Hoje eles podem...!
Há 44 anos Irving Wallace escreveu o romance The Man, onde se punha essa intrigante e provocante (para a época) hipótese - e um dos Kennedy (mais exactamente o candidato presidencial Robert F. Kennedy) sugeriu profeticamente em 1968, pouco antes de ser assassinado, também a possibilidade de um negro ser presidente nos 40 anos seguintes.
Hoje a ficção é real - hoje eles podem! E se eles podem, sonhar é possível para todos - hoje é o dia da esperança tornada realidade. E isso, num momento tão difícil como o é actualmente nas Escolas portuguesas, é uma lufada de ar fresco para quem já quase não consegue respirar.
Yes, we can!
O Corvo
O CORVO
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio Dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
Edgar Allan Poe - tradução de Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 15:25 0 bocas
Marcadores: centenário, Corvo, Edgar Allan Poe, Fernando Pessoa, poesia
Música para entendedores...
Winter weather is not my soul
But the biding for spring...
Why’s everybody looking at me
Like there’s something fundamentally wrong
Like I’m a southern bird
That stayed north too long
Winter exposes the nest
Then I’m gone
Música dos anos oitenta para Geopedrados alusiva à situação nas Escolas
She drives me crazy - Fine Young Cannibals
I cant stop
The way I feel
Things you do
Dont seem real
Tell you what I got in mind
cause were runnin out of time
Wont you ever set me free?
This waitin rounds killin me
She drives me crazy
Like no one else
She drives me crazy
And I cant help myself
I cant get
Any rest
People say
Im obsessed
Everything thats serious lasts
But to me theres no surprise
What I have, I knew was true
Things go wrong, they always do
She drives me crazy
Like no one else
She drives me crazy
And I cant help myself
I wont make it,
On my own
No on likes,
To be alone
She drives me crazy
Like no one else
She drives me crazy
And I cant help myself
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segunda-feira, janeiro 19, 2009
Seminário em Lisboa
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI
(Alfragide)
High-technology elements for thin-film photovoltaic (PV) applications: A demand-supply outlook on the basis of current energy and PV market growths scenarios
ABSTRACT:
Upgrading of solar cell technologies and improvement of production processes paired with stimulation by subsidy programs, helped thin-film PV technologies to step out of their marginal existence during the last few years. Regarded over a module lifetime period, thin-film PV systems are able to produce 20 to 30 times the energy required for their manufacturing. This means that thin-film PV is a feasible electricity generation method which can contribute significantly to the necessary transformation of today’s energy systems towards more sustainability.
However, as thin-film solar PV technologies are invariably high-tech element specific, for large-scale implementation it is imperative to understand the raw material limitations related to mass production.
This work provides estimations on the future raw material needs for the thin-film PV elements indium, selenium, tellurium, germanium and gallium. Data calculation for the established thin-film PV techniques (CIGS, CdTe, a-Si) has been carried out on the basis of current energy and PV market outlooks. Additionally, static depletion times for the elements in question have been determined. For indium, the static depletion time of 22 years shows that its supply is highly endangered, particularly if indium consumption for LCD and solar panel production stays on a high level or even increases. The situation for selenium, with a static depletion time of 53 years, is not much better.
Therefore, in addition to recycling, the fundamental way to enhance material supply is through intensified exploration for mineral deposits. Such exploration could focus in promising areas, where high-technology elements are already known to exist in ore deposits, e.g. the Iberian Pyrite Belt (IPB).
Pedro Ferreira
e-mail: pedro.ferreira@ineti.pt
Telf: 214 705 516
Mário Mil-Homens
e-mail: mario.milhomens@ineti.pt
Telf: 214 705 516
Edgar Allan Poe - 200 anos
Literatura: Edgar Allan Poe nasceu há 200 anos
19.01.2009 - 16h24 PÚBLICO
A 19 de Janeiro de 1808, nascia em Boston Edgar Allan Poe. Poe. O escritor americano ficou conhecido pelos seus contos góticos e negros. Para além da escrita, foi também crítico literário e editor.
Autor do famoso poema “O Corvo”, Poe notabilizou-se com contos e poemas de mistério como “A queda da casa de Usher”, “Os assassinatos da Rua Morgue” ou "O gato preto", entre outros.
Foi também pioneiro em vários géneros literários, como a ficção científico ou literatura policial.
Edgar Allan Poe foi apenas reconhecido postumamente, muito por causa de escritores europeus, como Baudelaire ou Pessoa, que traduziram as suas obras.
Para celebrar o bicentenário do nascimento do autor, o Edgar Allan Poe Museum, em Richmond, Virgínia, iniciou uma jornada de 24 horas, que terá uma vigília com velas, leitura de poemas e também uma visita ao museu.
in Público - ler notícia
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Música de 1985 para Geopedrados...!
Dunas, são como divãs
Biombos indiscreto de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs
Deitados nas Dunas, alheios a tudo
Olhos penetrantes
Pensamentos lavados
Lambemos dos lábios, refrescos, gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmara lenta, como na TV
Palavras a mais, na idade dos "porquês"
Dunas como que são divas
Quem nos visse deitados
Cabelos molhados bastante enrolados
Sacos camas salgados
Nas dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de óleo,
Boiando vazias nas ondas da manhã
Lambemos dos lábios, refrescos, gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmara lenta, como na TV
Palavras a mais, na idade dos "porquês"
Cartoonista em greve
(c) Antero Valério - Blog anterozóide
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domingo, janeiro 18, 2009
Poesia para se reflectir num Dia de Greve
entrega as tuas mãos ao medo
e não viverás.
há um espaço de arbítrio - entre acaso, ética,
responsabilidade, dever -
uma fenda para a coragem.
a vida caminha pela terra
passos decididos
entre tudo e nada,
uma brevidade imperceptível
a roçar os nossos rostos.
nada restará
depois que as horas calarem.
entrega tua face ao medo
e não a verás viva.
Silvia Chueire
Porque o caminho se faz caminhando seja ele qual for e porque há por aí muitas espécies de MEDO. Quando eu era pequena e tinha medo do escuro, o meu Pai apagava a Luz e dizia:
- Para perderes o medo, tens de apagar a Luz.
Era como dizer:
- Tens de aprender a viver com a ausência... daquilo que pensas que te tira o medo.
in CleopatraMoon - ler post
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Música obrigatória para candidatos a Directores de Escolas Públicas...
I'm Gonna Be (500 Miles) - The Proclaimers featuring Brian Potter & Andy Pipkin
Im Gonna Be (500 Miles) - The Proclaimers featuring Brian Potter & Andy Pipkin
When I wake up yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who wakes up next to you
When I go out yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who goes along with you
If I get drunk yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who gets drunk next to you
And if I haver yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's havering to you
But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door
When I'm working yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's working hard for you
And when the money comes in for the work I'll do
I'll pass almost every penny on to you
When I come home yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who comes back home to you
And if I grow old well I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's growing old with you
But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door
When I'm lonely yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man whose lonely without you
When I'm dreaming yes I know I'm gonna dream
Dream about the time when I'm with you.
But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door
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5 boas razões para um professor fazer greve amanhã
"admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública"
2. Valter Lemos, Assembleia da República, 24.01.2008:
"vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos"
3. Jorge Pedreira, Novembro.2008:
"caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil"
4. Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16.11.2008:
"quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!"
5. Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28.11.2008:
"[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete(depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!"
Postado por Fernando Martins às 15:29 0 bocas
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Música para recordar que os Directores (Reitores) entram nas Escolas em Maio...
I Walk The Line - Johnny Cash
I Walk The Line - Johnny Cash
I keep a close watch on this heart of mine
I keep my eyes wide open all the time.
I keep the ends out for the tie that binds
Because you're mine,
I walk the line
I find it very, very easy to be true
I find myself alone when each day is through
Yes, I'll admit I'm a fool for you
Because you're mine,
I walk the line
As sure as night is dark and day is light
I keep you on my mind both day and night
And happiness I've known proves that it's right
Because you're mine,
I walk the line
You've got a way to keep me on your side
You give me cause for love that I can't hide
For you I know I'd even try to turn the tide
Because you're mine,
I walk the line
Postado por Pedro Luna às 13:25 0 bocas
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Açores - Acção de Formação
Em breve iremos colocar aqui outros aspectos importantes para os participantes, nomeadamente:
- datas dos pagamentos
- formas de pagamento
- sessão de preparação da formação
- briefing de preparação da subida ao Pico
Postado por Fernando Martins às 11:28 0 bocas
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sábado, janeiro 17, 2009
Mina de Sal Gema na RTP
2ª parte do TElejornal de 2009-01-16
NOTA: clicar para ligar ao site da RTP - é a 2ª e última notícia...
Mina de Sal Gema - notícia na TV
Link - SIC 1º Jornal 16.01.2009
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Curso Intensivo em Avaliação da Geodiversidade e do Património Geológico - Braga
Este é dirigido a estudantes de doutoramento e de mestrado envolvidos na temática da Geoconservação e particularmente na questão da avaliação do património geológico. Os estudantes interessados são convidados a enviar a sua candidatura, acompanhada por um curto Cjavascript:void(0)V e um resumo do seu projecto de doutoramento/mestrado.
Poderá aceder ao Formulário de Candidatura, à Primeira Circular, ao custo de inscrição e outros materiais na página web do Curso, em:
http://www.dct.uminho.pt/cct/intensivecourse/
Entidades apoiantes:
- Núcleo de Ciências da Terra da Universidade do Minho / Centro de Geologia da Universidade do Porto (Organização)
- Geomorphosites Working Group da Associação Internacional de Geomorfólogos
- Associação Portuguesa de Geomorfólogos
- ProGEO - Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico
- Geopark Naturtejo
NOTA: faz hoje 90 que nasceu Martin Luther King...
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quarta-feira, janeiro 14, 2009
Música adequada ao meu estado de espírito
I cant be held responsible for the things I say
For I am just a vessel in vain
And I cant be held responsible for the thing I see
For I am just a vessel in vain
No boat out on no ocean
No name there on no hull
And it's not a strain at all to remember
Those that I've left behind
They're all standing right here beside me now
And most of them with a smile
My ideals have got me on the run
Towards my connection with everyone
My ideals have got me on the run
It's my connection with everyone
Such free reign
For a vessel in vain
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Palestra no Porto
“Minerals: Who Needs Them, Who Supplies Them and How Much Is There?”
Dr. David Roberts
(anterior Director do Departamento de Geologia da Universidade de Staffordshire)
19 de Fevereiro de 2009 - 14.30 às 17.30 horas
Local: Departamento de Geologia da FCP (Anfiteatro -120)
Rua do Campo Alegre – Porto
Tel.: 220 402 489
Inscrição: www.eage.org/students
A EAGE – European Association of Geoscientists & Engineers organiza este ano a 4ª “European Student Lecture Tour”. O ciclo de conferências, que decorrerá em alguns países europeus, incluindo Portugal, será proferida pelo Dr. David Roberts, anterior Director do Departamento de Geologia da Universidade de Staffordshire.
A sua palestra de três horas, intitulada “Minerals: Who Needs Them, Who supplies Them and How Much Is There”, irá analisar e questionar a exigência e o fornecimento globais de minerais e o papel da Geologia neste processo. Alguns dos aspectos gerais aplicam-se, igualmente, ao petróleo e gás.
Esta palestra dará aos estudantes a oportunidade de ver para além dos limites habituais dos seus estudos, apresentando-lhes alternativas profissionais que eles poderão não ter ainda conhecimento.
A “European Student Lecture Tour” é patrocinada pelo “EAGE Student Fund”.
Música dos anos oitenta para Geopedrados
We walked in the cold air
Freezing breath on the window pain
Lying waiting
A man in the dark in the picture frame
So mystic and soulful.
A voice reaching out and a piercing cry
It stays with you until
The feeling is gone
only you and I
This means nothing to me
This means nothing to me
Oh Vienna
The music is weaving
Haunting notes pizzicato strings
The rhythm is calling
Alone in the night as the daylight brings a cold empty silence
The warmth of your hand and a cold grey sky
It fades to the distance
The image is gone
only you and I
This means nothing to me
This means nothing to me
Oh Vienna
This means nothing to me
This means nothing to me
Oh Vienna
terça-feira, janeiro 13, 2009
Poesia para preparar um novo dia de trabalho
não sou anterior à escolha
Não sou anterior à escolha
ou nexo do ofício
Nada em mim começou por um acorde
Escrevo com saliva
e a fuligem da noite
no meio de mobília
inarredável
atento à efusão
da névoa na sala.
Sebastião Alba
Postado por Fernando Martins às 21:19 0 bocas
Marcadores: poesia, RGP, Sebastião Alba
Xutos & Pontapés - 30 anos!
Desde que os ouvi pela primeira vez sou fã incondicional desta banda, reconheço. O seu estranho lirismo, a pureza das guitarras, a lúcida loucura dos seus membros, a constância em termos de álbuns, a excepcionalidade dos concertos, tudo me tornou em um dos que hoje estão com os Xutos, de alma e coração...
Venham mais 30...!
Nosso amor de sempre
Brilhará p'ra sempre
Ai meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti
Juro meu amor
De sempre
Voltarei
P'ra sempre
Ai meu amor
O que eu já
Chorei por ti
Mas sempre
Para sempre
Gostarei de ti
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Ano Internacional da Astronomia - Semana 2
Como referimos anteriormente, o Blog AstroLeiria teve a honra de colaborar na realização da Agenda Regional de Leiria, uma edição anual do semanário e jornal regional Região de Leiria, escolhendo uma imagem por semana para assinalar o Ano Internacional da Astronomia (AIA). Aqui fica (bastante atrasada...) a segunda imagem:
AIA E GALILEU
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Conferência Internacional em Coimbra sobre colecções e museus de Geociências
Conferência Internacional
Colecções e museus de Geociências: missão e gestão
5 e 6 de Junho de 2009
Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra
Local: Auditório do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra.
Com esta conferência pretende-se caracterizar o “estado da arte” no que respeita à gestão deste tipo de colecções, identificar as suas principais oportunidades e ameaças, bem como criar um fórum permanente de discussão e troca de experiências entre os profissionais envolvidos, tendo em vista, a prazo, o estabelecimento de linhas orientadoras de políticas de gestão a nível nacional.
Formato
Palestras por especialistas convidados, comunicações pelos participantes, mesa-redonda final.
Temáticas
1 - Museus e colecções geológicas universitárias
2 - Colecções na esfera da Administração Central e Regional do Estado
3 – Museus e colecções de conteúdo geológico na Administração Local
4 – Documentação e conservação de materiais geológicos
5 – Museus, Centros de Ciência/Interpretação e divulgação das Geociências
6 – História das colecções
Línguas admitidas
Português, espanhol, francês, inglês
Apresentações
As comunicações poderão ser apresentadas oralmente ou sob a forma de poster (formato A0, vertical). Os textos, das intervenções, com um máximo de 10 p. A4, Times corpo 12, deverão ter palavras-chave e um resumo, em português e noutra língua oficial.
Submissão de resumos: até 30 de Março
Os resumos terão uma dimensão máxima de 1 página A4, a TNR 12, 1,5 espaços, sem imagens ou bibliografia.
Os textos aprovados pela Comissão Científica serão reunidos em edição especial.
As normas para a formatação dos documentos serão editadas na página electrónica da Conferência.
Inscrições
O valor da inscrição garante a participação nas sessões de trabalho, a documentação produzida e a participação em todos os actos sociais.
Inscrição:
- Normal: € 60,00
- Membros das instituições apoiantes: € 50.00
- Estudantes de licenciatura: € 20.00
Os boletins de inscrição acompanhados por comprovativos por via electrónica para o endereço geocoleccoes@gmail.com, ou pelo correio para:
Conferência Internacional sobre Colecções Geológicas
a/c de Madalena Freire
Universidade de Évora – Colégio António Verney
Rua Romão Ramalho, 59
7002-554 Évora
Os pagamentos serão feitos por cheque ou transferência bancária à ordem da Universidade de Évora, para a conta a indicar.
- José M. Brandão (CEHFC, Universidade de Évora)
- Pedro Callapez (FCTUC / Museu Mineralógico da Universidade de Coimbra)
- João Paulo Constância (Museu Carlos Machado – R. A. Açores)
- Octávio Mateus (Museu da Lourinhã / FCT- Universidade Nova de Lisboa)
- Paulo Castro (INETI - I.P.)
Comissão Científica
- António Mouraz Miranda (IST / Museu Décio Thadeu)
- Artur Abreu Sá (UTAD / Projecto Geoparque de Arouca)
- Carlos Cooke (UTAD / Museu de Geologia da UTAD)
- Helder Chaminé (ISEP / Museu de Mineralogia e Geologia do ISEP)
- Helena Couto (F.C.U.P. / Museu Mineralógico e Geológico da U.P.)
- Isabel Rábano (Museo Geominero - IGME)
- João Carlos Brigola (Universidade de Évora / C.E.H.F.C.)
- José Bernardo Brilha (Universidade do Minho / ProGeo)
- Josep Mata-Perelló (Museu Valentí Masachts / U.P.C.)
- Manuel Francisco Pereira (Instituto Superior Técnico / Museu Bensaúde)
- Maria de Fátima Nunes (Univ. de Évora / C.E.H.F.C.)
- Octavio Puche Riart (Museu Histórico Minero Felipe de Borbón / E.T.S.I.M.M.)
- Paulo da Gama Mota (Museu de Ciência da Universidade de Coimbra)
- Pedro Casaleiro (Museu de Ciência da Universidade de Coimbra)
- Rui Dias (Univ. de Évora / C. C. Viva de Estremoz)
- Victor Hugo Forjaz (Univ. dos Açores / OVGA)
Entidades colaboradoras 1
- ALT – Sociedade de História Natural
- APOM – Associação Portuguesa de Museologia
- APPBG – Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia
- Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra
- Comissão Portuguesa do ICOM
- Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra
- FISDPGYM - Fed. Soc. Iberoamericanas de Defensa del Patrimonio Geológico y
- Minero
- GeoMin – Secção de Minas da Associação Portuguesa Património Industrial
- Museo Histórico Minero D. Felipe de Borbón y Grecia (Universidade Politécnica de Madrid)
- Museo Valentí Masachts (Universidade Politécnica da Catalunha)
- Museu Alfredo Bensaúde (IST)
- Museu Carlos Machado
- Museu da Lourinhã (GEAL)
- Museu de Ciência da Universidade de Coimbra
- Museu de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
- Museu de Geologia Prof. Décio Thadeu (IST)
- Museu de Mineralogia e Geologia do ISEP
- Museu de Mineralogia Alfredo Bensaúde (IST)
- Museu Mineiro do Louzal
- Museu Mineralógico e Geológico da Universidade do Porto
- Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra
- Museu do ISEP
- OVGA – Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores
- Parque Mineiro da Cova dos Mouros
- Parque Paleozóico de Valongo
- ProGeo Portugal
- SEDPGYM - Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico y Minero
1 Em actualização
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Petição de Pais e Encarregados de Educação à Sr.ª Ministra da Educação
Nota Introdutória:
Nós os Pais e Encarregados de Educação autores desta petição, nós os que frequentemente olhamos os nossos filhos enquanto brincam e se divertem, e invariavelmente os imaginamos daqui a muitos anos com os seus e os nossos sonhos, desejando que alcancem uma vida plena. Nós, aqueles que projectam para os seus filhos as competências para a participação numa sociedade de sucesso, e que neles vêem o futuro e a garantia de uma herança cultural colectiva; nós, esses mesmos, também temos uma palavra a dizer.
Na educação, claro! Uma palavra a dizer sobre as políticas educativas que finalmente parecem ter recuperado um país para a sua própria consciência e que nos provaram, afinal, que em Portugal a cultura de intervenção cívica não morreu. Esteve apenas adormecida por uma indiferença ao discurso político, muitas vezes medíocre, e que efectivamente apenas interessa a quem participa nos jogos de poder.
Afinal, quando altos valores se levantam, Portugal reage. Enfim, quando aqueles em quem foi delegado o poder legislativo se esquecem que a lei deve servir a quem neles delegou, Portugal recorda. Porventura, quando os dirigentes revelam não estar à altura da longa tradição de serviço público, Portugal protesta. Quando a falta de cultura social das elites políticas se revela e ultrapassa todos os limites, em matérias que hipotecam seriamente o futuro colectivo de uma nação, Portugal diz basta!!!
A presente petição à Ex.ma Senhora Ministra da Educação é subscrita por aqueles que depositam toda a sua esperança nos filhos. Aqueles que nada guardam ou poupam, para que as futuras gerações de portugueses possam partilhar um futuro colectivo melhor, e com isso serem eles próprios melhores homens e mulheres, mais bem preparados, mais capacitados, com mais oportunidades e com melhores perspectivas. Somos pais, e esta é a nossa missão.
Para salvaguarda do significado do presente documento e da integridade intelectual dos subscritores, deixamos aqui uma forte advertência a todos aqueles que nos lêem e que ponderam subscrever esta petição:
Em boa verdade, não há ninguém que possa afirmar não ter qualquer ligação à educação. Em cada família há um aluno, em cada professor uma família. É especialmente a estes últimos, e a todos os que desenvolvem a sua actividade profissional na área educativa que pedimos um esforço adicional. Antes de prosseguirem para a leitura do texto da petição, saiam da frente do computador e procurem os vossos filhos. Olhem-nos e admirem-nos. Imaginem o que o futuro lhes reserva e tudo aquilo que para eles desejam. Depois, apenas e só depois deste exercício, regressem e leiam o texto da petição com olhos e alma de pais. Só assim – na qualidade de Pais e Encarregados de Educação - a vossa subscrição será verdadeira, integra e intelectualmente honesta.
O assunto é demasiado sério, e merece algum cuidado.
Leia atentamente a petição, subscreva e divulgue.
Muito obrigado.
PETIÇÃO À SENHORA MINISTRA DA EDUCAÇÃO
*********************************************
Nós os Pais e Encarregados de Educação declaramo-nos preocupados.
A situação a que chegámos é talvez o culminar da “tomada de assalto” das escolas pela burocracia e pelas elites que fomos criando em muitos anos de políticas educativas atípicas para a própria condição humana. Ela reflecte bem o estado geral da educação em Portugal, e não augura nada de bom se não ponderarmos o rumo em que estamos lançados.
Várias ameaças pairam sobre a educação nacional neste momento, sobre as quais tecemos as seguintes considerações:
a) Avaliação dos professores
Afirmamos a necessidade de um sistema de avaliação de desempenho, tanto para os professores como para as escolas enquanto instituições colectivas. A avaliação não é uma questão laboral mas sim uma questão educativa de fundo e uma indispensável ferramenta estratégica para a melhoria de competências e práticas pedagógicas e científicas, e para garantia da qualidade das aprendizagens.
Em consciência, não podemos concordar com sistemas de avaliação “fast-food”, criados à luz de critérios economicistas, sem quadros independentes, formados e especializados na problemática educativa, e sem critérios e objectivos de longo prazo devidamente estabelecidos. É imperativo saber o que queremos da escola moderna e dos novos professores para saber o que vamos avaliar.
Consideramos prejudicial aos interesses dos nossos filhos e do futuro do país, um sistema de avaliação que visa pressionar o professor a facilitar a avaliação dos alunos. Os nossos filhos merecem uma preparação efectiva e não meramente estatística. As estatísticas de sucesso podem servir para abrilhantar relatórios, mas não servem os interesses dos nossos filhos nem o futuro do país.
b) O estatuto do aluno – em particular o novo regime de faltas
Não podemos concordar com o abandono de valores culturais essenciais para a formação do carácter individual e colectivo de uma sociedade de sucesso. Rigor, esforço, dedicação, dever, responsabilidade e disciplina estão cada vez mais longe da escola.
Consideramos uma grave subversão dos valores que a escola transmite quando se trata por igual situações que são antagónicas, premiando a irresponsabilidade e prejudicando o empenho. Não há sensação de justiça quando se equipara uma falta por doença ou motivo justificativo a uma simples “balda” ou “gazeta”.
Acreditamos numa escola humanista, tolerante e geradora de solidariedade que seja capaz de dar todas as oportunidades a todos os alunos. Mas a escola nunca o será verdadeiramente se não for capaz de premiar a competência, reconhecer o esforço, e censurar o desleixo.
Apelando à serenidade e a meios de expressão em que prevaleça o respeito pela ordem pública e pela diferença de opinião, prestamos a nossa homenagem, admiração e solidariedade ao movimento estudantil e às associações de estudantes onde, afinal, o espírito crítico ainda sobrevive. É para nós um desejo que as novas gerações possam ser mais pró-activas (e menos passivas) no uso e reivindicação do seus direitos, liberdades e garantias, numa cultura de intervenção cívica própria das sociedades mais desenvolvidas.
Lamentamos profundamente e recusamos quaisquer atestados de menoridade ou de incapacidade crítica, implícitos nas insinuações de que os nossos filhos estão a ser manipulados. Aos que as fazem, lembramos as palavras de Epicleto: “Não devemos acreditar na maioria que diz que apenas as pessoas livres podem ser educadas, mas sim acreditar nos filósofos que dizem que só as pessoas educadas são livres”.
c) Apelamos a um debate nacional, e a uma reflexão profunda
Em tempo de mudança, de uma Sociedade da Informação que se quer transformar em Sociedade do Conhecimento, da velha pessoa “reactiva” para a nova pessoa “pró-activa”, que seja um verdadeiro agente de transformação, capaz de construir conhecimento, que aluno é que queremos?
Em tempo de mudança, dos velhos sistemas analógicos para a era digital, em que jovens teclam tão rápido num telemóvel ou num computador e em que nos habituámos a ver o mundo em mudança rápida e permanente até ficar bem diferente poucos anos depois de se ter iniciado o percurso escolar; que professor é que queremos?
Em tempo de mudança, o que é mais importante: traçar um perfil novo para o professor, o educando e as aprendizagens e acompanhar com uma avaliação honesta, sensata e rigorosa, ou avaliar sem se saber o que se está a avaliar porque não se sabe o que se quer? Que escola é que queremos?
Queremos a escola que Kant nos descreve, quando afirma “É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias”?
Ou acreditamos em Tucídides, quando afirma “Não pensem que um ser humano possa ser muito diferente de outro. A verdade é que fica com vantagem quem tiver sido formado na escola mais rude”?
d) Afinal, o que é que queremos construir?! Afinal, o que é que queremos avaliar?! Resignamo-nos à mediocridade, à falta de meios, à falta de ambição?
A maior derrota é perder a capacidade de reflectir. Perder a oportunidade de parar para pensar, para dialogar. Essa perda afecta o homem e a sociedade no seu último elo: a sociabilidade.
Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir ao desaparecimento das ciências sociais e humanas dos currículos educativos. À luz daquilo em que se transformou a política – discursos e estatísticas – esta acabou por transformar a educação em Português e Matemática.
Como afirmou o reconhecido académico António Damásio, “(...) o ensino das Artes e das Humanidades é tão necessário quanto o ensino da Matemática e das Ciências,(...) Ciência e Matemática, por si, são insuficientes para formar cidadãos”.
Não admira pois que alguns titulares de órgãos de soberania tenham “fracos índices de cultura social”. São já fruto de políticas educativas avessas à própria condição de cidadania. Não mudemos nada, e imaginem como serão aqueles que nos governarão amanhã.
Resta-nos a esperança de que com o novo modelo de gestão, as escolas passem a responder perante a comunidade e não perante o sistema. Resta-nos a convicção de que com o reforço do peso dos pais e outros elementos da comunidade na gestão das escolas possamos, em conjunto com os professores e os nossos filhos, mudar um destino fatal.
Assim, e pelo exposto, os Pais e Encarregados de Educação abaixo assinado, requerem a Sua Ex.a a Ministra da Educação:
1. A suspensão do Decreto-Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, que regulamenta o regime de avaliação de desempenho do pessoal docente do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário;
2. A urgente abertura de um processo negocial, que promova um amplo debate nacional e uma reflexão séria sobre os objectivos nacionais a atingir através das políticas educativas;
3. A abertura de um processo de revisão da lei 3/2008 de 18 de Janeiro, que aprova o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, de forma a consagrar princípios de justiça e uma cultura de empenho, rigor, esforço e exigência na vida escolar dos nossos filhos e futuros pais, líderes e garantes deste país.
Os abaixo-assinado,