Biografia
Asbury "Jake" Vaughan, pai de Sarah, era carpinteiro de profissão, bem
como pianista e guitarrista amador e a sua mãe, Ada Vaughan, era
lavadeira e cantora no coro da igreja.
Jake e Ada mudaram-se para
Newark, no estado de
Virgínia, durante a
Primeira Guerra Mundial. Sarah era a única filha natural do casal, que, na década de 60, adotou Donna, filha de uma mulher que viajou com Sarah.
Numa casa na rua Brunswick, Sarah morou com a sua família durante toda
infância. Jake era profundamente religioso e a família, muito ativa na
Igreja Batista
Novo Monte Sião, na rua Thomas, 186. Aos sete anos de idade Sarah
iniciou lições de piano. Era cantora no coro da igreja e,
ocasionalmente, tocava em ensaios e serviços.
Sarah desenvolveu cedo um amor pela música popular, ouvindo gravações e
rádio. Na década de 30, a cidade de Newark possuía um cenário musical
ativo, e Sarah pode frequentemente ver bandas locais ou de turnê,
tocando em lugares como a pista de patinagem da rua Montgomery,
Montgomery Street Skating Rink.
Na juventude, Sarah começa a se aventurar, ilegalmente, em clubes
noturnos da cidade, atuando como pianista e, algumas vezes, cantora, em
locais notáveis, como o
Piccadilly Club e o
Aeroporto de Newark.
Inicialmente, Sarah estudava na
Escola Secundária do Lado Leste de Newark, mas foi transferida para a
Escola Secundária de Artes de Newark,
fundada em 1931 como a primeira escola secundária especializada em
artes. Porém as suas atuações noturnas começaram a influenciar
negativamente as atividades escolares, e, ainda nos primeiros anos,
Sarah abandona a escola para se concentrar integralmente na música.
Nessa época, ela e os seus amigos já se arriscavam, cruzando o
Rio Hudson, em
Nova Iorque, para ouvir a grandes bandas no
Teatro Apollo.
Em 1944, Sarah gravou o tema famoso de Dizzy Gillespie, "Night in
Tunisia", então intitulada "Interlude" e gravou ainda, ao lado do pai do
bebop, Lover Man, tornando a gravação um clássico.
Início (1942–1943)
Biografias de Sarah frequentemente citam que ela foi imediatamente
lançada para o sucesso após a performance vencedora na Noite de
Amadores do
Teatro Zeus.
Na verdade, a história do biógrafo Renee, parece ser um pouco mais
complexa. Sarah foi frequentemente acompanhada pelo seu amigo, Doris
Robinson, em viagens a Nova Iorque. Em algum momento no outono de 42,
quando Sarah tinha 18 anos, ela sugeriu que Doris entrasse no concurso
da Noite de Amadores do Teatro Zeus. Sarah tocou piano acompanhando
Doris, que ganhou o segundo lugar. Depois, Sarah então decidiu competir
novamente, agora como cantora. Sarah cantou "
Body and Soul" e ganhou, todavia a data exata da vitória ainda é incerta. O prémio, que Sarah mais tarde recordou a
Marian McPartland,
foi de 10 dólares e a promessa de uma atuação durante uma semana no
Apollo. Após considerável atraso, Sarah foi contratada, pela Apollo, na
primavera de 1943, para abrir os espetáculos para
Ella Fitzgerald.
Nessa semana de apresentações no Apollo, Sarah foi apresentada a
Earl Hines, líder de banda e pianista, embora os detalhes sobre o facto serem contestados.
Billy Eckstine,
na época cantor na banda de Earl, disse que a recomendou a Earl. Em
contrapartida, Earl diz tê-la descoberta sozinho e ofereceu-lhe um
emprego. Facto é que, após alguns testes no Apollo, Earl substitui o
cantor por Sarah, em 4 de abril de 1943.
Com Earl Hines e Billy Eckstine (1943–1944)
Sarah passou o resto do ano de 43 e parte de 44 em turnê pelo país com a
banda de Earl Hines, que tinha Billy Eckstine como
barítono. Sarah foi contratada como pianista, supostamente Earl poderia a contratar pelo sindicato dos músicos (
Federação Americana de Músicos) ao invés do sindicato dos cantores (
Lei americana de diversos artistas), mas após
Cliff Smalls ser contratado como trompetista e pianista, o trabalho de Sarah passou a ser somente cantar.
Sarah aceitou o convite de Billy Eckstine para fazer parte da banda em
44, dando a ela oportunidade de desenvolver a sua musicalidade com
figuras épicas desta era do jazz. A banda também lhe proporcionou a sua
primeira gravação, a 5 de dezembro daquele ano, data em que produziu a
música "I'll Wait and Pray" para o selo
Deluxe. A música fez o crítico e produtor
Leonard Feather convidá-la para quatro músicas a solo pela Continental, naquele mês, apoiada por um septeto que incluía Dizzy Gillespie e
Georgie Auld.
O pianista da banda,
John Malachi, é citado como quem a apelidou
Sassy, dito concordante a sua personalidade. Sarah gostou, e a alcunha, e a sua variante
Sass, foi constantemente utilizado entre amigos e, eventualmente, a imprensa. Em cartas, por vezes Sarah assinava
Sassie.
Sarah deixou a banda de Billy Eckstine oficialmente no final de 1944
para lançar a sua carreira a solo. Todavia continuou sempre muito
próxima de Billy Eckstine, com quem gravou frequentemente ao longo da
sua vida.
Início da carreira a solo (1945–1948)
Sarah iniciou a sua carreira a solo em 1945 como
freelancer em clubes da
Rua 52 de Nova Iorque, tais como,
Three Deuces,
Famous Door,
Downbeat, e o
Onyx. Sarah também se apresentava na
Braddock Grill, vizinha do teatro Apollo. Em 11 de maio de 1945, gravou a música
Lover Man para o selo
Guild, com um quinteto com Dizzy Gillespie, Charlie Parker,
Al Haig no piano,
Curly Russell no contrabaixo e
Sid Catlett
na bateria. Mais tarde naquele mês, ela entrou em estúdio com um
entrosamento entre Dizzy e Charlie um pouco diferente, maior, que por
fim, gravaram mais 3 faixas.
Após ser convidada pelo violonista
Stuff Smith para gravar a música
Time and Again em outubro, foi-lhe oferecido um contrato para gravar pelo selo
Musicraft, pelo próprio dono,
Albert Marx.
Porém ela não poderia gravar como música principal pelo selo até 7 de
maio de 1946. Neste intervalo, fez diversas gravações para a
Crown and Gotham e tocava frequentemente no
Cafe Society, um clube com integração racial no centro de Nova Iorque.
Lá, se tornou amiga do trompetista
George Treadwell,
que também se tornou o seu gerente. Sarah delegou nele muito do
trabalho de diretor musical das suas gravações, deixando-a livre para
focar-se quase integralmente em cantar. Nos próximos anos George também
fez mudanças positivas na aparência dela no palco. Além do
guarda-roupa e cabelos melhorados, Sarah ajustou os dentes, tapando uma
lacuna desagradável entre os dois dentes da frente.
Com uma relação profissional sólida, Sarah e George casam a 16 de setembro de 1946.
O sucesso das gravações das suas para a Musicraft continuou até 47 e 48. "
Tenderly" se tornou um inesperado
hit pop no final de 1947, e "
It's Magic" (do filme de
Doris Day,
Romance on the High Seas), gravada a 27 de dezembro de 1947, encontrou sucesso nas paradas no começo de 48. "
Nature Boy", gravada em 8 de abril de 1948, tornou-se um sucesso, paralelamente ao lançamento do famoso
Nat King Cole, da mesma música. Por outra proibição de gravação pela união dos músicos, "Nature Boy" foi gravada com um coro
a cappella como único acompanhamento, acrescentando um ar etéreo para uma canção com uma letra e melodia vagamente mística.
O estrelato e os anos com a Columbia (1948–1953)
A união dos músicos quase levou a Musicraft a falência com as suas proibições, e, com o pagamento de
royalties atrasados, Sarah usou a oportunidade para assinar com uma gravadora maior, a
Columbia. Após as resoluções judiciais, ela continua nas paradas de sucesso, com "
Black Coffee",
no verão de 49. Na Columbia, até 53, Sarah dedicou-se, quase
exclusivamente, a baladas de música pop comerciais, entre as quais
grandes sucessos, como: "That Lucky Old Sun", "Make Believe (You Are
Glad When You're Sorry)", "I'm Crazy to Love You", "Our Very Own", "I
Love the Guy", "Thinking of You" (com o pianista
Bud Powell), "
I Cried for You", "These Things I Offer You", "Vanity", "I Ran All the Way Home", "Saint or Sinner", "My Tormented Heart" e "Time".
Sarah também era muito apreciada pela crítica. Ganhou o prémio "Nova Estrela" de 47 da revista
Esquire, assim como prémios sucessivos da
Down Beat, de 47 a 52, e da
Metronome, de 48 a 53.
Parte da crítica não gostava de sua forma de cantar, diziam muito
"estilizado", refletindo nas calorosas controvérsias sobre quais seriam
as novas tendências musicais da época, nos finais dos anos 40. Porém,
em geral, a receção da crítica à jovem cantora era positiva.
O sucesso de suas gravações, aliada a boa crítica, levaram-a a
inúmeras oportunidades, apresentando-se, quase continuamente, em clubes
pelo país no final da década de 40 e início da década 50. No verão de
49, Sarah fez a sua primeira apresentação com a
orquestra sinfónica num evento beneficente para a
Orquestra da Filadélfia, intitulado, "100 Homens e uma Rapariga". Nessa época, o
artista de Chicago,
Dave Garroway,
inventou um segundo cognome para ela, "A Divina", que a seguiu
durante toda a carreira. Uma das suas primeiras aparições televisivas
foi no
programa de variedades Stars on Parade, de 53-54, da rede de televisão
DuMont, onde cantou "
My Funny Valentine" e "Linger Awhile".
Com uma melhoria financeira, Sarah e George Treadwell compraram, em 1949, uma casa de 3 andares na avenida
21 Avon
de Newark, ocupando o andar superior durante os seus, cada vez mais
raros, momentos em casa, estando os pais de Sarah nos andares de baixo.
No entanto, as pressões do trabalho e os conflitos de personalidade,
levaram o casal a um problemas na relação. George contratou um
gerente para as necessidades de Sarah em sua turnê, e abriu um escritório em
Manhattan, onde podia apoiar Sarah, trabalhando com clientes.
A relação com a Columbia também piorou por sua insatisfação sobre um
material comercial, que teve de fazer, e sucesso medíocre das suas
gravações. Um pequeno grupo de artistas, à parte, gravou em 1950 com
Miles Davis e
Bennie Green, que estão entre os melhores de sua carreira, mas são atípicos nos registos da Columbia.
Os anos com a Mercury (1954–1958)
Em
1953, George Treadwell negociou para Sarah um único contrato, com a
Mercury Records. Ela deveria gravar material comercial para o selo Mercury e material mais direcionado ao jazz por sua subsidiária
EmArcy. Sarah e o produtor
Bob Shad
formaram um par, e o excelente trabalho dessa relação, rendeu forte
sucesso artístico e comercial. A sua sessão de gravação de estreia
ocorreu em
fevereiro de
1954, e ela permaneceu na gravadora até
1959. Mais tarde, após uma temporada com a
Roulette Records (de
1960 à
1963), Sarah voltaria à Mercury, entre
1964 à
1967.
O sucesso comercial na Mercury começou com o
hit de 1954, "Make Yourself Comfortable", gravada no
outono de 1954, com uma sucessão contínua de
hits, incluindo: "
How Important Can It Be" (com
Count Basie), "
Whatever Lola Wants", "
The Banana Boat Song", "You Ought to Have A Wife" e "
Misty". O pico do seu sucesso comercial foi em 1959, com "
Broken Hearted Melody",
canção considerada menor por ela , no entanto, esta tornou-se o seu
primeiro disco de ouro, e parte habitual do reportório de suas
apresentações nos próximos anos.
A sua carreira em gravações jazz, também procedeu aceleradamente,
apoiado por seu trio de trabalho ou por diversas combinações de famosos
artistas do jazz. Um de seus próprios álbuns favoritos era um sexteto
de 1954 que incluía
Clifford Brown.
Na segunda metade da década de 50 ela seguiu uma agenda de turnê que foi quase non-stop, com diversos músicos de jazz famosos.
No verão de 1954, ela foi destaque no primeiro
Festival de Jazz de Newport,
e apresentou-se em edições posteriores do festival em Newport e Nova
Iorque no resto da sua vida. No outono daquele mesmo ano,
apresentou-se no
Carnegie Hall com a
Count Basie Orchestra, num projeto que também incluiu
Billie Holiday, Charlie Parker,
Lester Young e o
Modern Jazz Quartet.
Nesta época, Sarah novamente viaja em turnê pela Europa, com bastante
sucesso, antes de outra turnê pelos Estados Unidos, agora com um
"grande show", uma sucessão de cansativas apresentações de um dia, com
celebres artistas, incluindo,
Count Basie,
George Shearing,
Erroll Garner e
Jimmy Rushing.
Mesmo que a relação entre Sarah e George tenha sido bem sucedida até
aos anos 50, a relação pessoal finalmente chega a uma rutura, e Sarah
pede o divórcio em 1958. Sarah delegou a George todas as questões
financeiras, e, apesar de impressionantes números nos relatos de
rendimento na década de 50, no acordo do casal George afirma ter
restado apenas 16 mil dólares. O casal dividiu igualmente a quantia e
os bens, terminando também sua relação de negócios.
A década de 60
A saída de George da vida de Sarah foi precipitada também pela entrada
de Clyde "C.B." Atkins, homem de contexto incerto que ela conheceu em
Chicago e com quem se casou a 4 de setembro de 1959. Mesmo Clyde não
tendo experiência em gerência de artista ou musical, Sarah desejava uma
relação mista (pessoal/profissional) como a que tinha com George. Ela
deixou Clyde como seu empresário, embora continuasse sentindo o
cheiro dos problemas que teve com George, e, inicialmente, manteve os
olhos atentos sobre Clyde. Sarah e Clyde mudaram-se para uma casa em
Englewood Cliffs, Nova Jérsia.
Quando o contrato de Sarah com a Mercury Records terminou, no final de 1959, ela imediatamente assinou com a
Roulette Records, um pequeno selo de propriedade de
Morris Levy, que era um dos responsáveis do
clube de jazz nova-iorquino,
Birdland, onde ela aparecia frequentemente. O elenco da Roulette, também incluía: Count Basie,
Joe Williams,
Dinah Washington,
Lambert, Hendricks e Ross e
Maynard Ferguson.
Surpreendentemente, naquele ano ela também teve algum sucesso nas paradas
pop,
com "Serenata" pela Roulette e um par de faixas restantes de seu
contrato com a Mercury, "Eternally" e "You're My Baby". Nos anos
seguintes, fez também um par de álbuns intimistas no padrão jazz
(vocal/guitarra/contrabaixo):
After Hours, de 1961, com o guitarrista
Mundell Lowe, fazendo dupla com o
baixista George Duvivier, e
Sarah + 2, de 1962, com o guitarrista
Barney Kessell e o baixista
Joe Comfort.
Sarah não podia ter filhos, então, em 1961, ela e Clyde Atkins adotam uma filha,
Debra Lois.
No entanto, a relação com Clyde revelou-se difícil e violenta, assim,
após uma série de estranhos incidentes, ela pediu o divórcio em
novembro de 1963. Para ajudar a resolver os destroços financeiros do
casamento, ela contou com dois amigos: um conhecido de infância, o
proprietário do clube John "
Preacher" Wells, e Clyde "
Pumpkin"
Golden, Jr. Juntos, concluíram que os gastos com jogos de Clyde
Atkins, a colocaram com uma dívida de cerca de 150 mil dólares. A casa
em Englewood acabou sendo apreendida pelo serviço de receita do governo
dos Estados Unidos,
IRS,
por falta de pagamento de impostos. Sarah manteve a custódia da filha
do casal, e Clyde Golden essencialmente tomou o lugar de Clyde
Atkins, como gerente e amante de Sarah pelo resto da década.
Na altura do seu segundo divórcio, também se desentendeu com a
Roulette Records. As finanças da Roulette também foram ainda mais
enganosas e obscuras que o normal nos negócios da indústria
fonográfica, e os artistas das suas gravações, muitas vezes tinham
pouco a mostrar para os seus esforços de outros excelentes registos.
Quando o seu contrato com a mesma terminou, em 1963, Sarah retornou
para os confinamentos mais familiares da Mercury Records. No verão de
1963, Sarah foi para a
Dinamarca com o produtor
Quincy Jones para gravar quatro dias de apresentações ao vivo com o seu trio, o
Sassy Swings the Tivoli, uma excelente amostra do seu show ao vivo deste período. No ano seguinte, ela fez sua primeira aparição na
Casa Branca, para o
presidente Johnson.
Infelizmente, a gravação no Tivoli seria o mais brilhante momento da
sua segunda temporada com a Mercury. Mudanças demográficas e de gostos
em 1960 deixaram os artistas de jazz com audiências cada vez menores e
material inadequado. Enquanto Sarah manteve um grande e leal número
de seguidores, suficiente para manter a sua carreira de cantora, a
quantidade e qualidade de sua produção gravada diminuiu, porém mesmo
quando a sua voz obscureceu, a sua habilidade não ficou reduzida. Mas, na conclusão dos negócios com a Mercury em 1967, ela ficou sem um contrato para o restante da década.
Em 1969, Sarah terminou o seu relacionamento profissional com Clyde Golden e mudou-se para a
Costa Oeste,
estabelecendo-se primeiro numa casa perto de Benedict Canyon em Los
Angeles e, em seguida, para o que acabaria sendo sua última casa, em
Hidden Hills.
Renascimento nos anos 70
Sarah conheceu Marshall Fisher após uma apresentação num Casino em
Las Vegas
em 1970 e ele logo caiu no papel familiar duplo, como amante e
gerente de Sarah. Marshall Fisher foi outro homem de origem incerta,
sem nenhuma experiência musical ou nos negócios de entretenimento,
mas, ao contrário de alguns dos seus companheiros anteriores, ele era
um fã genuíno, dedicado a promover a carreira de Sarah.
Os anos setenta também anunciou o renascimento na atividade de
gravação de Sarah. Em 1971, Bob Shad, que havia trabalhado com ela como
produtor na Mercury Records, convidou-a para gravar para a sua nova
gravadora, a
Mainstream Records.
Ernie Wilkins, veterano da banda de
Count Basie, fez o arranjo e conduziu o seu primeiro disco para esta, o
A Time In My Life, em novembro de 1971. Em abril de 1972, Sarah gravou uma coleção de baladas escritas, arranjadas e conduzidas por
Michel Legrand. Michel Legrand ainda se uniu a
Peter Matz,
Jack Elliott e
Allyn Ferguson para o terceiro disco dela, o
Feelin' Good. Sarah ainda gravou o
Live in Japan, disco gravado ao vivo em Tóquio com o seu trio, em setembro de 1973.
Infelizmente, a sua relação com a Mainstream estragou-se em 1974,
supostamente por um conflito precipitado com Marshall Fisher sobre a
fotografia de capa do disco, e/ou por royalties não pagos. Isso
deixou-a novamente sem um contrato de gravação durante mais de três
anos.
Morte
Em 1989, a saúde de Vaughan começou a declinar. Ela cancelou uma série
de compromissos na Europa, em 1989, citando a necessidade de buscar
tratamento para a artrite na mão, embora ela foi capaz de completar uma
série de performances mais tarde no Japão. Durante uma conjunto de
atuações em Nova York
, no
Blue Note Jazz Club, em 1989,
Vaughan recebeu um diagnóstico de cancro de pulmão, estando já
demasiado doente para conseguir terminar o dia final do que viria a ser
a sua última série de apresentações públicas. Vaughan voltou para a
sua casa na Califórnia, para começar a quimioterapia e passou os seus
últimos meses alternando estadias no hospital e em casa. Vaughan
desistiu da luta e pediu para ser levada para casa, onde morreu na
noite de 3 de abril de 1990, enquanto assistia a um filme de televisão,
com a sua filha, uma semana depois de seu 66º aniversário. A cerimónia
fúnebre de Vaughan foi realizada no
Monte Zion Baptist Church,
no n.º 208 da Broadway, em Newark, Nova Jérsia, que era a mesma
congregação onde ela cresceu. Após a cerimónia, uma carruagem, puxada
por cavalos, transportou o seu corpo para o seu lugar de
descanso final,
no
Glendale Cemetery, em
Bloomfield, no estado de
Nova Jérsia.