Mostrar mensagens com a etiqueta pintura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pintura. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, março 28, 2024

Marc Chagall morreu há 39 anos...

 

   

Nascido Mojša Zacharavič Šahałaŭ, no seio de uma família judaica, na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade natal. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como a gostar e a exprimir-se nesta arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para a próspera cidade-luz, Paris.
Ali entrou em contacto com as vanguardas modernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu também artistas como Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, deste próspero e pródigo período, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo.
É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: Eu e a aldeia e O Soldado bebé, pintados em 1911 e 1912, respetivamente.
Os títulos dos quadros foram dados por Blaise Cendrars. Coube a Guillaume Apollinaire selecionar as obras que seriam posteriormente expostas em Berlim, no ano em que a Primeira Guerra Mundial rebentou, em 1914.
Neste ano, após a explosão da guerra, Marc Chagall volta ao seu país natal, sendo, portanto, mobilizado para as trincheiras. Todavia, permaneceu em São Petersburgo, onde casou um ano mais tarde com Bella, uma rapariga que conheceu na sua aldeia.
Depois da grande revolução socialista na Rússia, que pôs fim ao regime autoritário czarista, foi nomeado comissário para as belas-artes, tendo inaugurado uma escola de arte, aberta a quaisquer tendências modernistas. Foi neste período que entrou em confronto com Kasimir Malevich, acabando por se demitir do cargo.
Retornou então, a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as Fábulas de La Fontaine, tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas as suas primeiras paisagens.
Visitou em 1931 a Palestina e, depois, a Síria, tendo publicado, em memória destas duas viagens o livro de carácter autobiográfico Ma vie (em português: "Minha vida").
Desde 1935, com a perseguição dos judeus e com a Alemanha prestes a entrar em mais uma guerra, Chagall começa a retratar as tensões e depressões sociais e religiosas que sentia na pele, já que também era judeu convicto.
Anos mais tarde, parte para os Estados Unidos, onde se refugia dos perigos dos alemães. Lá, em 1944, com o fim da guerra a emergir, Bella, a sua mulher, falece, facto que lhe causa uma enorme depressão, mergulhando novamente no mundo das evocações, dos chamamentos, dos sonhos. Conclui este período com um quadro que já havia iniciado em 1931: Em torno dela.
Dois anos depois do fim da guerra, regressa definitivamente à França, onde pintou os vitrais da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Na França e nos Estados Unidos pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.
Em sua homenagem, em 1973 foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do sul da França, Nice e, em 1977, o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.
Tendo sido um dos melhores pintores do século XX, Marc Chagall faleceu em Saint-Paul-de-Vence, no sul da França, em 1985.
 
O Violinista, 1912
 
  
Marc Chagall, 1912, Calvary (Golgotha), Museum of Modern Art, New York
    

quarta-feira, março 27, 2024

M. C. Escher faleceu há 52 anos...

 
Maurits Cornelis Escher
(Leeuwarden, 17 de junho de 1898 - Hilversum, 27 de março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
   
Queda de água - Escher (1961)
    
Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de óptica. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações.
A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o facto de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. Mais tarde ele foi considerado como um grande matemático geométrico.
    
     
 in Wikipédia

sábado, março 23, 2024

Juan Gris morreu há 97 anos

Retratado por Amedeo Modigliani (1915)
      
Juan Gris, pseudónimo de Juan José Victoriano González (Madrid, 23 de março de 1887 - Boulogne-Sur-Seine, 11 de maio de 1927), foi um dos mais famosos e versáteis pintores e escultores cubistas espanhóis. Apesar de ter falecido jovem, Juan Gris representa o expoente máximo do cubismo sintético.
Iniciou a sua formação ingressando na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando. Após este período tornou-se aluno do pintor José Moreno Carbonero, começando também a ilustrar algumas revistas modernistas de poesia da época.
No ano de 1906, mudou-se para Paris, a "cidade-luz", centro mundial das artes. Ali conhece artistas como Guillaume Apollinaire, André Salmon, Max Jacob e, o que mais o marcou e influenciou, Pablo Picasso. Através deste último, conhece também Georges Braque.
Em 1912, passou, finalmente, a integrar o movimento cubista, tornando-se assim, conhecido em todo o mundo. Celebrou também, a sua primeira exposição individual, realizada na Galeria Sagot.
Continuou a expor nas melhores galerias de arte até 1927, ano em que faleceu, com apenas quarenta anos de idade.
     

Retrato de Pablo Picasso, por Juan Grise (1912)
       

sexta-feira, março 22, 2024

Antoon van Dyck nasceu há 425 anos...!

Auto-retrato com um girassol
      
Sir Antoon van Dyck (Antuérpia, 22 de março de 1599Londres, 9 de dezembro de 1641) foi um retratista flamengo que se tornou o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra. Discípulo de Rubens, ele influenciou os artistas seus contemporâneos. Na Inglaterra, ficou conhecido como Sir Anthony van Dyck.
  
Autorretrato, 1613-1614
   
Vida e educação
Antoon van Dyck era o filho mais jovem de Frans van Dyck, um próspero comerciante de sedas e de especiarias, e da sua segunda esposa, Maria Cuypers. A sua mãe faleceu quando ele tinha apenas oito anos. Em 1609, aos dez anos, Anton tornou-se aprendiz do pintor de figuras de Hendrik van Balen, que só lhe deixara uma pálida impressão. Aos quinze anos, depois de pintar quadros admiráveis, ele já era um artista altamente aperfeiçoado; o seu auto-retrato de 1613 e 1614 (em cima) comprova isso.
Instalou-se em um estúdio próprio aos dezasseis anos, ainda na Antuérpia, tendo trabalhado com Jan Brueghel, o jovem. Ele não poderia, entretanto, vender as suas obras antes de ser oficialmente qualificado como mestre.
   
Início da fama
Em 18 de fevereiro de 1618, Van Dyck registou-se como mestre na Guilda dos Pintores de Antuérpia.
Ambicioso, Van Dyck tornou-se discípulo de Rubens, cujo estilo ele assimilou com uma facilidade espantosa. Rubens predominava o cenário artístico da Antuérpia, e Van Dyck, a exemplo deste, dispôs-se a adotar maneiras aristocráticas e a cultivar a imagem de homem refinado. Rubens referiu-se ao jovem pintor, então com dezanove anos, como "o melhor de seus discípulos".
Aos vinte e um anos, ele foi nomeado assistente-chefe de Rubens e recebeu a tarefa de pintar o teto (atualmente destruído) da Igreja Jesuíta de Antuérpia, passando a ser mais um auxiliar do que discípulo de Rubens.
Aparentemente, Rubens não se sentiu ameaçado por Van Dyck, embora, como se alega, ele tivesse encorajado-o a especializar-se em retratos, campo que Van Dyck demonstrava pouco interesse. Rubens elogiava-o abertamente, tendo inclusive adquirido alguns trabalhos seus.
     
Primeira ida à Londres
Por volta de 1620, a reputação de Van Dyck estava firmemente estabelecida em Antuérpia. Em julho daquele ano, de passagem pela cidade, a caminho da Itália, a Condessa de Arundel posou para Rubens. O seu secretário, Francesco Vercellini, escreveu ao Conde de Arundel, em Londres, sobre o processo da obra e uma nota a respeito de Van Dyck:
"Van Dyck ainda está com o Senhor Rubens, e dificilmente as suas obras são menos apreciadas que as de seu mestre; ele é um jovem de vinte e um anos, e o seu pai, que é muito rico, vive na cidade; assim, será difícil para ele deixar este quinhão, tanto mais ao ver a boa sorte de Rubens".
Tal carta sugere que o Conde de Arundel tinha interesse em Van Dyck. Tentado pela perspectiva de visitar a Inglaterra, o pintor chegou em Londres em novembro daquele mesmo ano, onde ficou por apenas três meses. Nessa curta temporada, Van Dyck pôde estabelecer contato com dois dos maiores colecionadores de arte ingleses: o próprio Conde de Arundel e o Duque de Buckingham. Apesar da rivalidade entre os nobres, o pintor flamengo realizou pinturas para ambos e teve acesso às notáveis coleções deles: o Conde de Arundel possuía trinta e seis pinturas de Ticiano e o Duque de Buckingham, uma vasta coleção de obras de Veronese. Van Dyck admirava as obras desses velhos mestres venezianos.
Entretanto, Van Dyck, quando veio à Inglaterra pela primeira vez, não foi bem-sucedido ao ser apresentado ao Rei Jaime I.
     
Período italiano
Tendo regressado a Antuérpia em 1621, Van Dyck, no outono desse mesmo ano, partiu para Itália, instalando-se em Génova, onde ficaria durante seis anos. Era uma cidade perfeita para qualquer pintor: rica, elegante e com senhores poderosos. O biógrafo Bellori descreveu sua chegada assim:
"Suas maneiras eram as de um cavalheiro e não as de um homem comum, pois formara os seus hábitos no estúdio de Rubens, no meio de nobres. Era também orgulhoso por natureza e ávido pela fama. Usava vestes luxuosas, trazia plumas em seu chapéu, correntes de ouro ao longo do peito e fazia-se acompanhar de servos."
Van Dyck era um viajante seletivo da Itália; aparentemente já tinha decido de antemão o que queria ver. Foi em Génova que ele se definiu como retratista da aristocracia. Sob a influência renovadora da arte italiana e tendo diante de si o exemplo dos retratos genoveses executados por Rubens, o seu estilo expandiu-se intensamente.
As genovesas, mais que outras mulheres italianas, eram devotadas ao lar e à reclusão, sendo recatadas e tímidas por temperamento. Tais características Van Dyck captou e registou magistralmente nos seus retratos. Nos retratos que pintara em Antuérpia, Van Dyck já estava distanciado da rígida formalidade do tradicional retratismo flamengo.
Em 1627, depois de uma longa e bem-sucedida temporada italiana, Van Dyck resolveu regressar a Antuérpia, por causa da morte de uma irmã, Cornelia.
   
Regresso a Antuérpia
De volta a Antuérpia, Van Dyck trabalhou continuamente para a Igreja e era sempre muito solicitado como retratista. Também executou obras mitológicas, tais como Rinaldo e Armida, adquirida por Carlos I em 1629. Na tela, ecoavam os mestres venezianos, causando grande entusiasmo em Londres, já que as pinturas italianas dominavam o gosto de colecionadores ingleses. Em maio de 1630, ele foi indicado como pintor da corte, tendo feito numerosos retratos da arquiduquesa Isabella, governante Habsburgo de Flandres.
   
Pintor da corte real inglesa
Em 1632, Carlos I, encorajado pelo Conde de Arundel, convidou Van Dyck para a sua corte. Carlos I, que se tinha tornado Rei em 1625, tinha a reputação de generoso patrono das artes, tendo sido descrito por Rubens como "o maior apreciador da pintura entre os príncipes do mundo". Rubens pintou o teto de Whitehall Banqueting House. Van Dyck, que sentia uma atração pela vida na corte, aceitou. Passou a viver em uma casa de Blackfriars, com as despesas pagas por Carlos I, e a ter acesso a uma residência de verão em Eltham, recebendo uma pensão anual de duzentas libras esterlinas.
Em 5 de julho de 1632, Anthony van Dyck foi investido cavaleiro. Bellori fornece uma rica descrição do estilo de vida que Van Dyck teve em Londres. De acordo com o biógrafo, a casa do pintor era frequentada pela mais alta nobreza da época. "Van Dyck mantinha servos, músicos, cantores e bobos; com essas diversões entretinha os grandes homens que diariamente vinham posar para os retratos", escreveu Bellori. Na casa de Blackfriars, foi construída uma plataforma flutuante que facilitava o acesso dos visitantes nobres que vinham pelo rio Tâmisa.
Durante os nove anos em que viveu na Inglaterra, Van Dyck pintou cerca de trinta retratos de grandes dimensões para o rei Carlos I, além de receber uma infindável sucessão de encomendas da aristocracia. A sua produção de retratos foi verdadeiramente prodigiosa.

   

   in Wikipédia

 

Carlos I na Caça, circa 1635, Louvre

Reis Ventura nasceu há 114 anos

(imagem daqui)
     
REIS VENTURA - Calvão, Chaves, 23 de março de 1910 - Oeiras, 29 de janeiro de 1988
 
Reis Ventura é o pseudónimo literário de Manuel Joaquim dos Reis Barroso. Tendo começado a sua vida pela Ordem de São Francisco, onde professou com o nome de Vasco Reis e recebeu ordens sacras, estudou Teologia em Espanha, tendo seguido depois para Moçambique como missionário. Ali abandonaria não só os franciscanos como as próprias ordens sacerdotais, tendo regressado a Lisboa onde estudou então na Escola Superior Colonial. Em 1938 seguiu para Angola, onde trabalhou primeiro como funcionário administrativo e, finalmente, como empregado da companhia de petróleos daquela então colónia. Regressou a Portugal em 1975, tendo-se fixado em Lisboa. Estreou-se como poeta com o volume A Romaria, que, em 1934, recebeu o "Prémio Antero de Quental" do Secretariado de Propaganda Nacional, ex-aequo com a Mensagem de Fernando Pessoa. Para além de continuar a cultivar a poesia, dedicou-se depois a escrever crónicas, contos e romances de temática colonial, pelo que recebeu alguns prémios da antiga Agência Geral das Colónias. Está representado nas antologias: Novos Contos d'África, de Garibaldino de Andrade e Leonel Cosme, 1962; Contos Portugueses do Ultramar, de Amândio César, 1969; O Corpo da Pátria, antologia poética sobre a guerra colonial, de Pinharanda Gomes, 1971; e Antologia do Conto Ultramarino, de Amândio César, 1972.
      
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Lisboa, 1997 (daqui)
   
    
Baião de Luanda

Tão velhinha e tão linda, e tão presa
nos mistérios das ondas do mar,
é Luanda uma flor, uma beleza
com perfume e encantos sem par.

De S. Paulo à Marginal
- Vem ver, meu amor! -
Luanda ao sol-pôr,
Como é sem favor, divinal!

Raparigas do Bungo e da Samba,
do Cruzeiro e da Sé, do Balão,
na Paris, Polo Norte ou Mutamba,
são a nossa maior tentação.

Nesta terra onde eu nasci
eu quero casar
e ter o meu lar
e rir e chorar
só por ti.

Pelos bailes seletos da Alta,
nos batuques tão ricos de cor,
é Luanda que dança e que salta,
numa festa de vida e amor.

Bungo, Samba e Sambizanga
ou Portas do Mar
- Tudo isto é Luanda,
cidade e quitanda
ao luar...

Tão velhinha e tão bela e fagueira,
debruçada nas ondas do mar,
É Luanda sagaz, feiticeira.
Quem cá chega, cá quer ficar!
   


Reis Ventura

quinta-feira, março 21, 2024

Rafael Bordalo Pinheiro nasceu há 178 anos

 
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de março de 1846 - Lisboa, 23 de janeiro de 1905) foi um artistaportuguês, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma qualidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa reúne parte significativa da sua obra.
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitetura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como ator.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, motivado pelas intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas, apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868, na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de caricaturista, ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria (1879-1899).
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de janeiro de 1905, em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (atual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa. Teve funeral católico, no qual participaram várias dezenas de pessoas, incluindo políticos de destaque. Destacou-se a oração fúnebre do jovem médico António José de Almeida. Segundo José-Augusto França foi esta até então a maior consagração pública prestada a um artista plástico em Portugal.
     

Imagem em barro do Zé Povinho
        

quarta-feira, março 20, 2024

Henrique Pousão morreu há cento e quarenta anos...

Henrique Pousão (1881), por Rodolfo Amoedo
                
Henrique César de Araújo Pousão (Vila Viçosa, 1 de janeiro de 1859 - Vila Viçosa, 20 de março de 1884), foi um pintor português pertencente a 1 ª geração naturalista.
Tio do poeta João Lúcio, faleceu, com apenas 25 anos, de tuberculose.
Foi o mais inovador pintor português da sua geração, refletindo, na sua obra naturalista, influências de pintores impressionistas, como Pissarro e Manet. Realizou também paisagens que ultrapassam as preocupações estéticas da pintura do seu tempo. Natural de Vila Viçosa, Henrique Pousão faz-se pintor na Academia Portuense de Belas Artes, onde é discípulo de Thadeo Furtado e João Correia.
Bolseiro do Estado, parte para Paris, em 1880, com José Júlio de Sousa Pinto onde é discípulo de Alexandre Cabanel e Yvon. Por razões de saúde, troca a França por Itália: em Nápoles, Capri e Anacapri, executa algumas das suas melhores pinturas, em Roma é sócio dos Círculo dos Artistas e frequenta sessões noturnas de Modelo Vivo.
Considerado um dos maiores da Pintura portuguesa da segunda metade do século XIX, Henrique Pousão desenvolveu toda a sua produção artística em fase de formação. A sua pintura é marcada pelos lugares por que passa.
Em França, revela já a originalidade que, mais tarde, marca a sua obra: um entendimento da luz e da cor, traduzido nas representações das margens do Sena, dos bosques sombrios dos arredores de Paris e em aspetos da aldeia de St. Sauves.
Em Roma, embora adira ao gosto académico, afasta-se do registo mimético e narrativo do naturalismo: num numeroso conjunto de pequenas tábuas, pinta ruas, caminhos, pátios, casas, trechos de paisagens, expressa as formas em grandes massas de cor, em jogos de claro-escuro e de luz-sombra. Em algumas obras, as composições assumem formas sintetizadas - próximas de uma expressão abstrata - caso de exceção na pintura portuguesa da época.
Através da sua obra, é possível traçar o antes e o depois do naturalismo.
  
Cecilia (1882)
   
Esperando o sucesso (1882)
       

terça-feira, março 19, 2024

Porque um pintor é um poeta de cores e de luz...

(imagem daqui)

 

A um Poeta

(memorando Manuel Ribeiro de Pavia)



Não reveleis o sono. A luz do dia
Fere de mais a alma; e, oculta,
A face esquece a sua chaga rubra.

A dor, amordaçando, purifica:
Que ela te dê, no sangue, o novo alento
Para outros voos de que sairás vencido

(Mas entretanto vives…) E procura
Haurir na solidão a graça, o prémio
Daquele instante puro, essencial

A que não chega o vão rumor do tempo
Desfigurado e vil. E, já liberto,
Conhecerás tua verdade inteira

Ouvindo alguém, sem corpo nem memória,
Segredar-te as palavras invisíveis
De que é tecida a Noite — tua esperança!

 

Luís Amaro

Manuel Ribeiro de Pavia nasceu há 117 anos (e morreu há 67 anos...)

(imagem daqui)

Manuel Ribeiro de Pavia (Pavia, Mora, 19 de março de 1907 - Lisboa, 19 de março de 1957) foi um pintor e ilustrador português, neo-realista.

Morreu no seu aniversário, aos 50 anos.

A broncopneumonia e o corpo debilitado pela fome crónica e pelo orgulho sorbebo cortaram a meio a obra do mais estimado ilustrador português.

No quarto da pensão onde vivia, na Rua Bernardim Ribeiro, em Lisboa, acompanharam o seu último alento alguns escritores para quem generosamente desenhava os livros que vieram a constituir o coração do Neorrealismo português dos anos 40 e 50 do século passado.

Avesso à pintura de cavalete e aos circuitos de validação do mundo das artes plásticas, criou algumas das mais belas capas daqueles anos para o escol da intelectualidade da época, de Alves Redol a Namora, de Antunes da Silva a Domingos Monteiro, de Tolstoi a Dostoievski, e para emblemáticas editoras como a Portugália, a Guimarães, a Inquérito e a Sociedade de Expansão de Cultura. O feitio esquivo e a obsessão pelo Alentejo natal fizeram dele, sobretudo a partir da sua morte, um ícone para os oposicionistas do Estado Novo, que grafaram na revista Vértice uma rara homenagem, criando uma linda imortal à volta do artista a quem José Gomes Ferreira apelidava carinhosamente de " Príncipe Sem Vintém". 

 

in Wikipédia 

 


 

(imagem daqui)

domingo, março 17, 2024

Uma exposição mostrou van Gogh ao mundo há 123 anos...


Onze anos após suicídio, quadros de Van Gogh são exibidos em Paris

Em 17 de março de 1901, quadros do pintor holandês Vincent van Gogh são exibidos na galeria Bernheim-Jeune em Paris. Os 71 quadros, que capturavam seus objetos com fortes pinceladas e cores expressivas, causaram viva sensação no mundo da arte. Onze anos antes, enquanto vivia em Auvers-sur-Oise, arredores de Paris, van Gogh cometeu suicídio, sem ter qualquer noção de que seus trabalhos teriam um destino: o de conquistar a consagração, muito além de seus enlouquecidos sonhos. 

Em vida, van Gogh tinha conseguido vender apenas um quadro por míseros francos. Recentemente, uma de suas pinturas – Os Girassóis da Yasuda – foi vendida num dos leilões da Casa Christie de Londres em 1987 por exatamente 40 milhões de dólares.

Nascido em Zundert, Holanda, em 1853, van Gogh trabalhou como vendedor numa galeria de arte, como professor de idioma, como vendedor de livros e como evangelizador entre mineiros belgas, antes de se fixar em sua verdadeira vocação como artista plástico.

O que é conhecida como sua “década produtiva” começou em 1880, tendo se limitado nos primeiros anos quase que inteiramente em desenhos e aguarelas enquanto ia adquirindo competência técnica. Ele estudou desenho na Academia de Bruxelas e em 1881 estabeleceu-se na Holanda para trabalhar tendo como motivo a natureza.

Fase pós-impressionista

O seu mais famoso quadro do período holandês foi o sombrio e pouco sofisticado “Os comedores de batatas” (1885), que não escondia a influência de Jean-Francois Millet, um pintor francês famoso por seus temas campestres.

Em 1886, van Gogh passou a viver com seu irmão, Theo, em Paris. Lá, van Gogh encontrou-se com os mais destacados pintores franceses do período do pós-impressionismo como Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Camille Pissarro e Georges Seurat. Foi bastante influenciado pelas teorias desses artistas e a conselho de Pissarro adotou o estilo de cores primárias bastante fortes, como o amarelo, para as quais o pintor atribuía significados próprios e pelo qual se tornou famoso. Seu quadro “Retrato do Pai Tanguy (1887) foi a sua primeira obra de sucesso em sua nova fase pós-impressionista.

Em 1888, van Gogh, mentalmente exausto e sentindo estar se tornando um fardo para Theo, deixou Paris e passou a residir em Arles, no sudeste da França. O ano que se seguiu marcou seu primeiro grande período. Trabalhando com grande velocidade e intensidade, produziu um conjunto de obras magistrais como a série de Girassóis e o “Café à Noite”.

Orelha

Esperava formar uma plêiade de pintores com a mesma visão artística em Arles. Gauguin juntou-se a ele para dois tensos meses que culminaram quando van Gogh ameaçou Gauguin com uma lâmina de barbear para em seguida, subitamente, cortar um pedaço de sua própria orelha. Foi seu primeiro acesso de doença mental, diagnosticado como demência.

Van Gogh passou duas semanas no Hospital de Arles e em abril de 1889 internou-se no asilo de Saint-Remy-en-Provence. Ali permaneceu por 12 meses, continuando a trabalhar nos interregnos dos recorrentes ataques. Um dos grandes quadros desse período foi o visionário e em redemoinhos “Noite Estrelada” (1889).

Suicídio

Em maio de 1890, deixou o asilo, visitando Theo em Paris antes de passar a viver com Paul-Ferdinand Gachet, um médico homeopata, amigo de Pissarro, em Auvers-sur-Oise. Trabalhou com entusiasmo por diversos meses, porém, o seu estado emocional e mental logo se deteriorou. No final de julho de 1890, sentindo-se que era um peso para Theo e outros, atirou contra si mesmo. Morreu dois dias mais tarde, em 29 de julho, nos braços do seu irmão.

Havia exibido algumas telas no Salão dos Independentes em Paris e em Bruxelas. Após a sua morte ambos os salões realizaram uma pequena amostra do seu trabalho, como homenagem póstuma. Na década que se seguiu um punhado de outras exibições de Van Gogh teve lugar, mas foi somente com a mostra da galeria Bernheim-Jeune, em 1901, que foi reconhecido como um verdadeiro grande pintor. Nas décadas seguintes a sua fama cresceu exponencialmente e hoje em dia suas obras estão entre as mais consagradas no mundo da arte.
  

sábado, março 16, 2024

Manuel Cargaleiro faz hoje 97 anos

  
Manuel Alves Cargaleiro (Vila Velha de Ródão, 16 de março de 1927) é um pintor e ceramista português.

Pintor e ceramista português, é oriundo da Beira Baixa, onde nasceu em 1927. O seu pai, Manuel, era gestor agrícola, e a mãe, Ermelinda, uma especialista em mantas de retalhos coloridas com formas geométricas variadas (patchwork).

Inscreveu-se na Faculdade de Ciências de Lisboa e chegou a trabalhar num banco, mas frequentava as aulas livres da Academia de Belas-Artes e o atelier de olaria de José Trindade.

Em 1945, inicia as primeiras experiências de modelação de barro, na olaria de José Trindade, no Monte de Caparica.

Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que vem a abandonar para se dedicar às artes plásticas, iniciando-se como ceramista na Fábrica Sant'Anna, em Lisboa.

Em 1949, participa na Primeira Exposição de Cerâmica Moderna organizado por António Ferro, na Sala de Exposições do Secretariado Nacional da Informação. Cultura Popular e Turismo (SNI), no Palácio Foz, em Lisboa.

Em 1950, organiza, com a Comissão Municipal de Turismo do Concelho de Almada, o I Salão de Artes Plásticas da Caparica, em Almada.

Em 1951, participa na Segunda Exposição de Cerâmica Moderna, onde obtém uma menção honrosa.

Em 1952, tem a sua primeira exposição individual, realizada na Sala de Exposições do SNI. Nesse mesmo ano participa na Terceira Exposição de Cerâmica Moderna, onde obtém uma menção honrosa, e na exposição coletiva Mostruário da Arte e da Vida Metropolitana, no âmbito das Comemorações do IV Centenário da Morte de São Francisco Xavier, organizado pela Agência Geral do Ultramar, em Goa.

Em 1953, expõe pintura pela primeira vez no Salão da Jovem Pintura, na Galeria de Março, em Lisboa.

Em 1954, apresenta a exposição individual Cerâmicas de Manuel Cargaleiro, na 24.ª exposição da Galeria de Março, em Lisboa. Nesse mesmo, ano recebe o prémio de artes plásticas Sebastião de Almeida, para ceramistas, atribuído pelo SNI. É ainda em 1954 que inicia a sua atividade como professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. É igualmente neste ano conhece Maria Helena Vieira da Silva, Árpád Szenes e Roger Bissière.

Em 1955, dirige os trabalhos de passagem para cerâmica das estações da Via Sacra do Santuário de Fátima, da autoria de Lino António. Nesse mesmo ano, participa na exposição coletiva Fifth International Exhibition of Ceramic Art, no Kiln Club of Washington, em Washington, D.C., e recebe o Diplôme d’Honnneur de l’Académie Internationale de la Céramique (AIC), aquando da sua participação no I Festival International de Céramique, em Cannes. Participa igualmente numa exposição coletiva com Fernando Lemos e Marcelino Vespeira, na Galeria Pórtico, em Lisboa.

Em 1956, participa no Primeiro Salão dos Artistas de Hoje, na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), em Lisboa. Nesse mesmo ano:

Em 1957, recebe uma bolsa do Governo Italiano, por intermédio do Instituto de Alta Cultura, que lhe permite visitar Itália e estudar a arte da cerâmica em Faença, com Giuseppe Liverani, Roma e Florença. Nesse mesmo ano, instala-se em Paris.

Em 1958, recebe uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a realização de um estágio na Faiencerie de Gien, sob a orientação de Roger Bernard. Nesse mesmo ano:

  • Participa no XVI Concorso nazionale della ceramica: Faenza no Museo Internazionale delle Ceramiche in Faenza (MIC). Oferece peças de cerâmica popular, dois painéis e um vaso de sua autoria para a reconstituição da secção portuguesa do MIC, muito danificado durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Participa na III Exposição de Artes Plásticas, no Convento dos Capuchos, em Almada.

Em 1959, adquire um atelier na Rue des Grands-Augustins 19, em Paris, onde passa a residir. Nesse mesmo ano:

  • Participa numa exposição coletiva, com Camille Bryen, Jean Arp e Max Ernst, na Galerie Edouard Loeb, em Paris
  • Participa na exposição Céramiques Contemporaines, no Musée des Beaux-Arts em Ostende, na Bélgica.

Em 1960 participa na I Exposição de Poesia Ilustrada, no Café Dragão Vermelho, Almada. Participa na exposição coletiva Arte Moderna, no Café Dragão Vermelho, Almada. Participa na IV Exposição de Artes Plásticas, no Convento dos Capuchos, em Almada. Participa na exposição da AIC, no Musée Ariana, Genebra, Suíça. Exposição coletiva na Galerie Edouard Loeb, Paris.


  
Estação do Metro de Champs Elysées-Clémenceau
  

sexta-feira, março 15, 2024

O pintor Salvator Rosa morreu há 351 anos

       
Salvator Rosa (Arenella, Nápoles, 20 de junho de 1615 - Roma, 15 de março de 1673) foi um pintor, poeta, ator e músico italiano do período barroco.
Estudou pintura em Nápoles, sob a influência do pintor e gravurista espanhol José de Ribera. Em Florença, Rosa dispôs do financiamento do cardeal Giovanni Carlo de' Medici e transformou a sua própria casa num círculo artístico, literário e musical conhecido como Accademia dei Percossi.
 
Alegoria da Fortuna, 1658, Louvre
  
Paisagem, circa 1670, Musée des Beaux-Arts de Strasbourg
     

Mário Eloy nasceu há 124 anos...

Autorretrato, circa 1936-39, óleo sobre tela

 

Mário Eloy de Jesus Pereira (Algés, 15 de março de 1900 - Lisboa, 5 de setembro de 1951) foi um pintor modernista português

 

Bailarico no Bairro, circa 1936, óleo sobre tela

 

quinta-feira, março 14, 2024

Ferdinand Hodler nasceu há cento e setenta e um anos

Self-portrait, 1916
     
Ferdinand Hodler (Bern, March 14, 1853 – Geneva, May 19, 1918) was one of the best-known Swiss painters of the nineteenth century. His early works were portraits, landscapes, and genre paintings in a realistic style. Later, he adopted a personal form of symbolism he called "parallelism".

Hodler was born in Bern, the eldest of six children. His father, Jean Hodler, made a meager living as a carpenter; his mother, Marguerite (née Neukomm), was from a peasant family. By the time Hodler was eight years old, he had lost his father and two younger brothers to tuberculosis. His mother remarried, to a decorative painter named Gottlieb Schüpach who had five children from a previous marriage. The birth of additional children brought the size of Hodler's family to thirteen.

The family's finances were poor, and the nine-year-old Hodler was put to work assisting his stepfather in painting signs and other commercial projects. After the death of his mother from tuberculosis in 1867, Hodler was sent to Thun to apprentice with a local painter, Ferdinand Sommer. From Sommer, Hodler learned the craft of painting conventional Alpine landscapes, typically copied from prints, which he sold in shops and to tourists.
 
 Woodcutter, 1910
   

quarta-feira, março 13, 2024

Johann Zoffany nasceu há 291 anos

 
Johann Zoffany
(Frankfurt, 13 de março de 1733 - Strand-on-the-Green, Londres, 11 de novembro de 1810) foi um pintor alemão neoclássico, ativo principalmente na Inglaterra. As suas obras estão em exibição em galerias nacionais britânicas, tais como a National Gallery, em Londres, e na Tate Gallery.
 
Queen Charlotte with her Two Eldest Sons (1765)
 
 
 Autorretrato como David, com a cabeça de Golias, circa 1756
  

domingo, março 10, 2024

El-Rei D. João VI morreu há 198 anos

Domingos Sequeira: O Príncipe Regente Passando Revista às Tropas na Azambuja, 1803
      
D. João VI de Portugal (nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança; Lisboa, 13 de maio de 1767 - Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, de facto, e desde 1822 até 1825, de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Pedro o imperador do Brasil de facto.
   
Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
           
in Wikipédia