sexta-feira, janeiro 18, 2013

João Aguardela partiu há 3 anos

(imagem daqui)

João Aguardela (Lisboa, 2 de fevereiro de 1969 - Lisboa, 18 de janeiro de 2009) foi um cantor, músico e compositor português, conhecido por fazer parte das bandas Sitiados, Linha da Frente, Megafone e A Naifa.
Cedo mostrou apetência musical, tendo-se destacado como líder da banda Sitiados, que apareceu num dos concursos do Rock Rendez-Vous e que logo no início dos anos 1990 registou inúmeros êxitos musicais. Frequentou a escola de artes António Arroio, em Lisboa.
Foi uma pessoa activista em muitas causas. Manifestou o seu repúdio pela extrema-direita - mais concretamente pela morte do membro do PSR José Carvalho - tendo participado em inúmeras manifestações sociais e políticas. Aquando da invasão do Iraque por parte dos EUA, também mostrara o seu total descontentamento.
João Aguardela foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores.
Depois do fim dos Sitiados fez parte dos projectos Linha da Frente e A Naifa. Tinha ainda o seu projecto mais pessoal: Megafone, com quatro discos.
Faleceu no Hospital da Luz, em Lisboa, a 18 de janeiro de 2009, vítima de cancro do estômago, aos 39 anos de idade.

Ary dos Santos morreu há 29 anos

Placa na casa onde Ary dos Santos viveu e morreu

José Carlos Pereira Ary dos Santos GOIH (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.

Proveniente de uma família da alta burguesia, com antepassados aristocratas, era filho do médico Carlos Ary dos Santos (1905-1957) e de Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva (1899-1950).
Estudou no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, onde foi um dos primeiros alunos. Após a morte da mãe, vê publicados pela mão de vários familiares, alguns dos seus poemas. Tinha catorze anos e viria, mais tarde, a rejeitar esse livro. Ary dos Santos revelaria, verdadeiramente, as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. Várias poesias suas integraram então a Antologia do Prémio Almeida Garrett.
Pela mesma altura, Ary abandona a casa da família. Para seu sustento económico exerce as mais variadas actividades, que passariam pela venda de máquinas para pastilhas elásticas, até ao trabalho numa empresa de publicidade. Não cessa de escrever e, entretanto, dá-se a sua estreia literária efetiva, com a publicação de A Liturgia do Sangue (1963). Em 1969 adere ao Partido Comunista Português, com qual participa activamente nas sessões de poesia do então intitulado Canto Livre Perseguido.
Através da música chegará ao grande público, concorrendo, por mais que uma vez, ao Festival RTP da Canção, sob pseudónimo, como exigia o regulamento. Classificar-se-ia em primeiro lugar com as canções Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Após o 25 de Abril, torna-se um activo dinamizador cultural da esquerda, percorrendo o país de lés a lés. No Verão Quente de 1975, juntamente com militantes da UDP e de outras forças radicais, envolve-se no assalto à Embaixada de Espanha, em Lisboa.
Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador, tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira. À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada.
Depois de falecer, a 18 de janeiro de 1984, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na fachada da sua casa, na Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Ainda em 1984 foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguesa de Autores, da qual o autor era membro. Em 1988, Fernando Tordo editou o disco O Menino Ary dos Santos, com os poemas escritos por Ary dos Santos na sua infância. Em 2009, Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti dão voz ao álbum de tributo Rua da Saudade - canções de Ary dos Santos.
Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos e todos conhecem José Carlos Ary dos Santos, pois a sua obra permanece na memória de todos e, estranhamente, muitos dos seus poemas continuam actualizados. Todos os grandes cantores o interpretaram e ainda hoje surgem boas vozes a cantá-lo na perfeição. Desde Fernando Tordo, Simone de Oliveira, Tonicha, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, Maria Armanda, Teresa Silva Carvalho, Vasco Rafael, entre outros, até aos mais recentes como Susana Félix, Viviane, Mário Barradas, Vanessa Silva e Katia Guerreiro.
A 4 de outubro de 2004 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a título póstumo.

César Cui, do Grupo dos Cinco, nasceu há 178 anos

César Antonovitch Cui (Vilnius, 18 de janeiro de 1835 - Petrogrado, 13 de março de 1918) foi um compositor e crítico musical russo de ascendência francesa e lituana. Foi um compositor extremamente prolífico, escrevendo muitas peças para piano, música de câmara, centenas de canções, peças para orquestra e várias óperas.
Cui nasceu em Vilnius. Estudou piano e teoria musical na infância, e entrou na Escola de Engenharia Militar de São Petersburgo, iniciando uma carreira militar. Tornou-se especialista em fortificações. Quando em 1857 conhece Mily Balakirev, passa a dedicar-se seriamente à música, tornando-se membro do Grupo dos Cinco.
Como crítico, Cui escreveu mais de 800 artigos entre 1864 e 1918 (sobretudo na época 1864-1900) para vários jornais e outras publicações na Rússia e resto da Europa. Vários dos artigos foram agrupados tematicamente em monografias: Kol'tso Nibelungov (O Anel do Nibelungo, 1876); A música na Rússia (1880); Russkii romans (O Romance Russo, 1896). Na década de 1860, a sua crítica no jornal são-petersbuguense Vedomosti valeu-lhe a alcunha "niilista musical" devido ao desdém pela antiga música clássica (como a da época de Mozart) e ao seu apelo pela originalidade musical.


O Levantamento do Gueto Judaico de Varsóvia começou há 70 anos

O Levantamento do Gueto de Varsóvia foi um ato de resistência no Gueto de Varsóvia, na Polónia, em 1943, contra a ocupação nazi alemã. Nessa altura já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto. Cerca de 300 mil das 380 mil pessoas no gueto tinham sido levadas para o campo de extermínio de Treblinka, onde foram assassinadas imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942. Os restantes habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles preferiam morrer lutando, em vez de morrer numa câmara de gás. A revolta foi esmagada pelo Gruppenführer da SS (então apenas Brigadeführer) Jürgen Stroop.

Antecedentes
Na Alemanha, os nazis chegam ao poder em 1933 e Adolf Hitler possuía a ambição de retomar os territórios perdidos durante a Primeira Guerra Mundial. De tal forma que, em 1 de setembro de 1939, o Führer ordenou a invasão à Polónia. Em pouco tempo, até 27 de setembro, a cidade de Varsóvia foi tomada. O Exército Vermelho (União Soviética) aproveitou para invadir na porção ocidental do território beligerante, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop. Após o facto, vários países declararam guerra à Alemanha nazi, incluindo a França e Reino Unido. Rapidamente os nazis (antissemitas) começaram a perseguir os judeus, formando vários guetos - um deles era o Gueto de Varsóvia.

O início
Entre julho e setembro de 1942, levas de deportações removeram mais de 300 mil judeus para o campo de concentração de Treblinka - local do assassinato de judeus. Reduzido a 60 mil pessoas - na sua maioria homens e mulheres ainda saudáveis, já que os idosos e crianças foram enviados para a morte em Treblinka e a fome ceifou os restantes -, preferiram organizar uma resistência do que morrer em Treblinka. Formada a Organização da Luta Judaica (Zydowska Organizacja Bojowa, cuja sigla é ZOB) e a União Militar Judaica (Żydowski Związek Wojskowy, cuja sigla é ZZW), trataram de formar uma resistência.
O primeiro conflito ocorreu em 18 de janeiro de 1943, quando vários batalhões da SS marcharam rumo ao gueto, mas foram atacados, sendo obrigados retirar. Os combatentes judeus tiveram algum sucesso: os transportes pararam após 4 dias e as duas organizações de resistência, a ZOB e ZZW tomaram o controle do gueto, montando vários postos de combate e operando contra colaboradores judeus.
Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararam-se para aquilo que eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais seguras de Varsóvia.
O apoio de sectores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Krajowa (AK) e Gwardia Ludowa (GL) atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das muralhas do gueto. Uma unidade polaca da AK, nomeadamente a KB sob o comando de Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou por duas vezes explodir a muralha do gueto mas sem muito sucesso.
Em 21 de janeiro de 1943, realizaram a primeira ação, na Rua Niska. Liderados por Mordechaj Anielewicz, formaram uma trincheira e empreenderam um ataque a soldados nazis. Doze soldados alemães morreram. A ZOB também se revoltou contra a Polícia Judaica, formada por membros da própria comunidade e controlado pelos nazis.
A resistência não era capaz de libertar o gueto ou destruir o aparelho nazi local. A ZOB possuía como objetivo uma morte digna, que não fosse aquela reservada em Treblinka, num misto de orgulho e esperança. Heinrich Himmler ordenou ao general Jürgen Stroop que extinguisse o Gueto de Varsóvia até, no máximo, em meados de fevereiro.
Esmagamento da revolta
A batalha final começou na noite a seguir à Páscoa judaica, no domingo dia 19 de abril de 1943. 3 mil homens nazis confrontaram a resistência de 1,5 mil moradores. Os partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas. Os nazis responderam explodindo as casas, bloco a bloco, e cercando e matando todos os judeus que podiam capturar.
De acordo com relatos, verificava-se um cheiro de cadáveres nas ruas, das bombas incendiárias e viam-se mulheres saltando dos andares superiores dos prédios com crianças nos braços. Em 8 de maio, os últimos rebeldes foram cercados. Alguns deles, preferiram o suicídio do que ser levados para campos de extermínio. Às 20 horas e 15 minutos do dia 16 de maio, finalmente considerou-se o fim do levantamento com a destruição da Sinagoga do gueto, então em ruínas.
Após as revoltas, o gueto tornou-se o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi criado um campo de concentração na área do gueto. Chamava-se KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntou-se à AK.

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Música para o amigo e geopedrado Rui...

Porque, apesar de haver um Oceano a separar-nos (ou a unir-nos...?!?), não nos esquecemos dos colegas de curso e dos amigos, aqui fica uma música para o nosso grande amigo micaelense, no dia do seu aniversário...

Há 18 anos um sismo arrasou a cidade de Kobe, no Japão

O Sismo de Kobe de 1995 ou Grande Sismo de Hanshin-Awaji,como ficou conhecido localmente, foi um sismo que ocorreu no dia 17 de janeiro de 1995 às 05.46 horas JST (ou 16 de janeiro, às 20.46 horas UTC) no sul da Prefeitura de Hyōgo, no Japão. Atingiu a magnitude 6,8 na escala de magnitude de momento (USGS), Mj 7,3 (revista, inicialmente 7,2) na escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão. O tremor de terra durou cerca de 20 segundos e o hipocentro localizou-se 16 km de profundidade, sendo o epicentro na extremidade norte da ilha Awaji, a 20 km da cidade de Kobe.
As estimativas finais, de 22 de dezembro de 2005, indicam que 6434 pessoas perderam a vida, dos quais cerca de 4600 eram habitantes de Kobe. De entre as maiores cidades do Japão, Kobe, com os seus 1,5 milhões de habitantes, era a que se encontrava mais próxima do epicentro e aquela que foi atingida pelos tremores mais violentos. Foi o sismo com mais impacto no Japão durante o século XX, a seguir ao Grande sismo de Kantō de 1923, o qual provocou a morte de 140 000 pessoas. Os danos causados custaram 2,5% do PIB do Japão nessa altura, equivalentes a 102,5 mil milhões de dólares.

O melhor xadrezista de sempre morreu há cinco anos

Robert "Bobby" James Fischer (Chicago, 9 de março de 1943 - Reykjavik, 17 de janeiro de 2008) foi um famoso xadrezista originalmente norte-americano, naturalizado islandês e ex-campeão mundial de xadrez.

Filho de pai alemão, Hans-Gerhardt Fischer, um biofísico e mãe judia-suíça naturalizada norte-americana, Regina Wender, aprendeu a jogar xadrez aos seis anos com sua irmã mais velha, que o entretinha com diversos jogos (entre eles o xadrez) enquanto a mãe ia trabalhar. Mudou-se cedo para a Califórnia e pouco tempo depois para Nova Iorque, onde pode desenvolver a sua aprendizagem em grandes clubes como o Marshall e o Manhattan.
Aos treze anos jogou a "Partida do Século" num torneio de Mestres em 1956 contra Donald Byrne, irmão de Robert Byrne, o qual também era Grande Mestre e foi vítima de uma das maiores partidas de Fischer no US-ch 1963, o qual Fischer venceu com 100% de aproveitamento, 13 em 13 possíveis e rating performance acima de 3000, feito igualado por Emanuel Lasker, na Alemanha.
Fischer venceu também o campeonato norte-americano oito vezes em oito participações (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1973, 1975 e 1986), sendo a primeira aos catorze anos em 1957 e a segunda aos quinze, em 1958. Venceu jogadores tão fortes como Samuel Reshevsky (considerado pelo próprio Fischer como um dos dez melhores de todos os tempos - até então TOP 10), com tão pouca idade. De dezembro de 1962 até o fim da sua carreira, em 1992, Fischer venceu todos os torneios que disputou, exceto dois, nos quais terminou em segundo lugar: Capablanca Memorial, 1965, vencido por Boris Spassky e a Piatigorsky Cup, 1966, vencida por Smyslov. Geralmente Fischer vencia os abertos e grandes torneios em que participava com 3 ou 3,5 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.
A principal façanha da sua carreira foi a classificação para chegar à final do mundial contra Spassky. Fischer venceu Taimanov (xadrezista top 10) por 6-0 num jogo à melhor de 10. Fischer venceu Larsen (que era um dos cinco melhores jogadores do mundo) por 6-0 num jogo à melhor de 10 e venceu Petrosian por 7,5 - 2,5 num jogo à melhor de 10. Havia uma hegemonia russa desde que Alekhine derrotou Capablanca, em 1921. Após a recusa de Fischer de defender o título em 1975, a hegemonia de russos/soviéticos voltou e durou até o indiano Viswanathan Anand vencer o Mundial FIDE de 2000.
Em 1992, Fischer voltou a disputar um encontro contra Boris Spassky. Mesmo Fischer estando 20 anos afastado, enquanto Spassky permaneceu ativo durante todo este tempo, Fischer venceu com relativa facilidade e introduziu diversas novidades teóricas.
Fischer foi preso no Japão e lutou contra sua extradição para os Estados Unidos durante quase um ano. A Islândia ofereceu cidadania a Fischer, tendo ele aceite. Livre então pela cidadania islandesa, Fischer seguiu viagem para a Islândia chegando, no dia 23 de março de 2005.
Em eleição feita pelo principal periódico internacional de xadrez, o Sahovski Informator, Fischer foi considerado pelos grandes mestres como o melhor xadrezista do século XX, à frente de Kasparov.
Fischer foi o único xadrezista a vencer por 6-0 dois matches no Torneio de Candidatos. Tinha uma memória extraordinária, capaz de memorizar mais de 20 partidas de rápidas consecutivas.
Bobby Fischer morreu em 17 de janeiro de 2008, na Islândia, aos 64 anos.

Kid Rock faz hoje 42 anos

Robert James Ritchie (Romeo, 17 de janeiro de 1971), mais conhecido por seu nome artístico Kid Rock, é um músico natural dos Estados Unidos da América.
O seu álbum de estreia, Grits Sandwiches For Breakfast, foi lançado em 1991 pela editora Jive Records, mas o sucesso no top americano só veio em 1999, com o seu sexto álbum, Devil Without A Cause, que com o hit "Bawitdaba", e vendeu mais que 12 milhões de cópias. Kid Rock conseguiu manter-se no top mesmo depois de uma tímida aceitação do álbum Cocky, de 2001, em grande parte graças à balada country "Picture", com participação da cantora Sheryl Crow. No dia 9 de outubro de 2007 Kid Rock lançou o seu décimo primeiro álbum, intitulado Rock N Roll Jesus. Born Free, o oitavo álbum de estúdio do cantor Kid Rock, foi lançado a 15 de novembro de 2010. Kid Rock já vendeu mais de 27 milhões de álbuns até a presente data no mundo inteiro.

Ricky Wilson, vocalista dos Kaiser Chiefs, faz hoje 35 anos!

Charles Richard Wilson (Leeds, 17 de janeiro de 1978) é o vocalista da banda britânica Kaiser Chiefs.

Wilson é conhecido por usar blazers, coletes, stripy transformar-up, jeans e sapatos winkle picker, um estilo que lhe deu o prémio NME Shockwaves de pessoa mais bem vestida de 2006.
Wilson também é conhecido pelo seu comportamento no palco, pois ele sobe andaimes regularmente em festivais, como no Rock Festival Werchter de 2008, na Bélgica. Wilson percorreu a multidão e começou a subir à caixa de mistura, em frente ao palco, onde ele afirmou que estava "a assistir (ao concerto) da minha banda favorita no momento", uma referência para os seus companheiros de banda, que continuavam a tocar no palco. As suas palhaçadas no palco já lhe causaram ferimentos no passado, como quando ele rasgou os ligamentos de um tornozelo ao pular do palco num concerto em Portugal.
 
 

Miguel Torga morreu há 18 anos

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, (São Martinho de Anta, 12 de agosto de 1907 - Coimbra, 17 de janeiro de 1995) foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.


Liberdade

— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.

— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.

Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.

in
Diário XII (1977) - Miguel Torga

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Jan Palach imolou-se há 44 anos

Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio através de auto-imolação como forma de protesto político.

A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética, em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberalistas do governo de Alexander Dubček, na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após atear fogo em si próprio, na Avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969, quando tinha apenas 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (em 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também ateou fogo a si próprio e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.

Reconhecimento póstumo
Jan Palach foi inicialmente enterrado no cemitério Olšany. À medida que a sua lápide se  foi tornando um local de veneração, a StB (a polícia secreta do país) foi incumbida de destruir qualquer memória do legado de Jan Palach, e exumou os seus restos mortais na noite de 25 de outubro de 1973. O eu corpo foi cremado e enviado à sua mãe na cidade de Všetaty, terra natal do estudante, enquanto uma mulher desconhecida foi posta no local. Não foi permitido à mãe de Jan Palach depositar a urna com as cinzas no cemitério local até 1974. Em 25 de outubro de 1990, a urna foi recolocada oficialmente no seu local de origem, na cidade de Praga.
A chamada "Semana Palach" ocorreu no vigésimo aniversário de morte de Jan Palach. Foi uma série de manifestações anti-comunistas em Praga, entre 15 e 21 de janeiro de 1989, todas suprimidas pela polícia, que precederam a queda do comunismo na então Checoslováquia, 11 meses depois.
Após a Revolução de Veludo, Jan Palach (juntamente com Jan Zajíc) foram homenageados com uma cruz de bronze cravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com o seu nome. O astrónomo checo Luboš Kohoutek, que veio a deixar o país no ano seguinte, nomeou um asteroide, que havia sido descoberto em 22 de agosto de 1969, como 1834 Palach. Existem vários outros memoriais a Jan Palach em cidades pela Europa, incluindo um pequeno memorial dentro dos túneis em Jungfraujoch, na Suíça.
Muitos incidentes posteriores de auto-imolação podem ter sido influenciados pelo exemplo de Jan Palach e a popularidade que o evento alcançou nos media. Na primavera de 2003, um total de seis jovens checos atearam fogo a si próprios e arderam até à morte, nomeadamente o estudante secundário Zdeněk Adamec, que se matou em 6 de março de 2003, quase no mesmo local de Jan Palach, em frente ao Museu Nacional, deixando uma nota de suicídio com referências explícitas a Jan Palach e aos outros que cometeram suicídio em 1969. As razões para a série de suicídios, entretanto, não é clara.
A apenas uma caminhada de distância do local onde Jan Palach cometeu suicídio, um monumento na cidade velha de Praga presta homenagem ao pensador religioso Jan Hus, que foi queimado na fogueira por heresia em 1415. Ele próprio foi celebrado como herói nacional durante muitos séculos, sendo automaticamente ligado ao caso de Jan Palach. A banda de rock britânica Kasabian dedicou a música Club Foot a Jan Palach.


Passos Manuel, brilhante parlamentar, político e primeiro ministro da monarquia constitucional, morreu há 151 anos

Manuel da Silva Passos (São Martinho de Guifões, Bouças, 5 de janeiro de 1801 - Santarém, 16 de janeiro de 1862), mais conhecido por Passos Manuel, bacharel formado em Direito, advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo, encarnando a esquerda do movimento vintista na fase inicial da monarquia constitucional, tendo depois assumido o papel de líder incontestado dos setembristas. Foi seu irmão mais velho, e inseparável aliado na vida política, José da Silva Passos, um também proeminente político da esquerda liberal. Ficou célebre a sua declaração de princípios: A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política.

(...)

Em finais da década de 1850, os problemas de saúde que o afligiam há longos anos pioraram, remetendo-o definitivamente para a sua casa de Santarém. Falou pela última vez nas Cortes a 17 de fevereiro de 1857.
O rei D. Pedro V, que lhe tinha recusado em 1857 um lugar no Conselho de Estado, por carta régia de 17 de maio de 1861 nomeou-o Par do Reino, embora ele, aparentemente por razões de saúde, não tenha tomado assento na câmara alta.
Manuel da Silva Passos faleceu na sua casa de Santarém a 16 de janeiro de 1862, sem ter tomado posse na Câmara dos Pares. Nunca aceitou mercês ou títulos, embora a sua filha mais velha tenha sido elevada a viscondessa de Passos, em 1851, em atenção aos merecimentos do pai.
Quando a notícia do seu falecimento foi sabida em Lisboa, a Câmara dos Deputados, que estava reunida, lançou na acta um voto de sentimento pela morte do grande liberal e, por proposta de José da Silva Mendes Leal, determinou que na sala da biblioteca da câmara, fundada pelo eminente tribuno, se colocasse o seu busto, o qual ali perdura.
Anos depois, os seus conterrâneos do concelho de Bouças, hoje Matosinhos, erigiram-lhe uma estátua na Alameda de Leça. O mesmo lhe fez a cidade de Santarém, em cujo centro está uma estátua de Passos Manuel.
O seu nome é recordado na toponímia de múltiplas localidades, com destaque para a cidade do Porto, que lhe dedica várias estruturas. A Escola Secundária Passos Manuel é a mais antiga de Lisboa.

O maestro Arturo Toscanini morreu há 56 anos

Arturo Toscanini (Parma, 25 de março de 1867 - 16 de janeiro de 1957) foi um maestro italiano, um dos mais aclamados músicos do século XIX e XX, ele foi renomeado pela sua brilhante intensidade, seu inquieto perfecionismo, o seu fenomenal ouvido para detalhes, a sonoridade da orquestra e a sua memória fotográfica. Ele era considerado uma autoridade na direção das obras de Giuseppe Verdi, Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms e Richard Wagner.

Toscanini nasceu em Parma, e conquistou uma bolsa para o conservatório musical local, onde estudou violoncelo. Ele ingressou na orquestra de uma companhia de ópera, com qual fez uma turnê na América do Sul, em 1886. Enquanto apresentava Aida, na sua turnê pelo Rio de Janeiro em 1886, Leopoldo Miguez, o maestro local, atingiu o ápice de uma escalada de conflito com os músicos, devido ao seu trabalho bastante fraco, a tal ponto em que os cantores entraram em greve e forçaram o empresário da companhia a procurar um maestro substituto. O maestro Aristide Venturi foi chamado, mas não foi aceite pelo público, então, à última hora, os músicos sugeriram que Toscanini conduzisse a ópera. Assim, às 21.15 horas, ele tomou a batuta e conduziu duas horas e meia de ópera apenas de memória. O público foi tomado de surpresa, num primeiro momento, pela juventude deste desconhecido maestro, e em seguida, pela sua sólida mestria. O resultado foi uma aclamação surpreendente. Ele conduziu dezoito óperas até o fim da turnê, começando assim a sua carreira como maestro, aos dezanove anos de idade.
Ao retornar para a Itália, Toscanini voltou para a sua cadeira na seção dos violoncelos e participou como violoncelista na estreia mundial de Otello (Verdi) no La Scala no ano de 1887, sob a supervisão do compositor. Verdi ficou impressionado com Toscanini, principalmente quando ele foi consultar Verdi sobre uma pontuação na partitura. Gradualmente a reputação do jovem músico enquanto maestro começou a firmar-se. Na década seguinte ele consolidou a sua carreira na Itália, nas estreias mundiais de La Bohème (Giacomo Puccini) e Pagliacci (Ruggiero Leoncavallo). Em 1896 Toscanini conduziu seu primeiro concerto sinfónico (em Turim, com obras de Schubert, Brahms, Tchaikovsky e Wagner). Em 1898 ele foi o maestro residente no Teatro La Scala, permanecendo lá até 1908, voltando para este lugar na década de 20. Ele levou a Orquestra do La Scala aos Estados Unidos numa turnê em 1920 e 21, onde fez a sua primeira gravação.

Fora da Europa, ele foi maestro no Metropolitan Opera, em Nova Iorque (1908 - 1915), bem como na Orquestra Filarmónica de Nova Iorque (1926 - 1936). Toscanini percorreu a Europa com a Filarmónica de Nova Iorque em 1930, e ele e os músicos foram aclamados pela crítica e público. Toscanini foi também o primeiro maestro não alemão a aparecer em Bayreuth (1930 - 1931) e a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque foi a primeira orquestra não alemã a tocar ali. Na década de 30 ele apresentou-se no Festival de Salzburgo (1934 - 1937) e em 1936 ele conduziu o concerto inaugural da Orquestra Sinfónica da Palestina (que passou a ser Orquestra Filarmónica de Israel) em Tel Aviv, apresentando-se com ela em Jerusalém, Haifa, Cairo e Alexandria.

Em 1919, Toscanini concorreu, sem êxito, ao lugar de parlamentar pelo partido fascista, em Milão. Ele tinha sido chamado de "O maior maestro do mundo" pelo líder fascista Benito Mussolini. No entanto, ele rapidamente ficou desiludido com o fascismo e repetidamente desafiou o ditador italiano após sua subida ao poder, em 1922. Ele recusou-se a mostrar a fotografia de Mussolini ou a conduzir o hino fascista no La Scala. Ele falou para um amigo "Se eu fosse capaz de matar um homem, eu mataria Mussolini".
No concerto em memoria do compositor italiano Giuseppe Martucci, no dia 14 de maio de 1931, no Teatro Comunale de Bologna, foi ordenado que ele começasse a tocar Giovinezza, mas ele recusou, pois o ministro dos negócios estrangeiros fascista estava presente. Mussolini, que tinha posto sob escuta o telefone de Toscanini e sob constante vigilância, retirou-lhe o seu passaporte. O passaporte foi devolvido somente após o clamor mundial para um tratamento correto de Toscanini. Ele optou por sair de Itália até 1938.

Toscanini voltou para os Estados Unidos, onde em 1937 tinha sido criada a Orquestra Sinfónica NBC. Ele conduziu o seu primeiro concerto com a orquestra dia 25 de dezembro de 1937, no estúdio 8-H da NBC, no Centro Rockefeller de Nova Iorque. A acústica do estúdio era muito seca; após algumas remodelações, em 1939, foi obtida um pouco mais de reverberação.
Toscanini foi criticado muitas vezes por não utilizar músicas de autores norte americanos, no entanto, em 5 de novembro de 1938, ele foi o maestro que fez a estreia mundial de dois trabalhos orquestrais de Samuel Barber. Em 1945 ele conduziu a orquestra em gravações no Carnegie Hall. Nesse período ele gravou obras de John Philip Sousa, Howard Hanson, Bernard Wagenaar, Abram Chasins, Aaron Copland, Samuel Barber e George Gershwin.
Em 1940 Toscanini fez uma turnê com a orquestra pela América do Sul. Mais tarde naquele ano, ele teve desentendimentos com a gestão da NBC. Então no dia 10 de Março ele escreveu uma carta aos gestores, alegando que queria "retirar-se de cena de uma arte militante" e assim recusou a assinar um novo contrato. Então Leopold Stokowski assinou um contrato de 3 anos com a orquestra. Toscanini sofreu uma mudança e acabou voltando a orquestra, tomando o controle total em 1944.
Uma das transmissões mais notáveis aconteceu em julho de 1942, quando Toscanini conduziu a estreia nos Estados Unidos da Sinfonia Nº7 de Shostakovich. Em 1950 Toscanini conduziu a orquestra em uma extensa turnê transcontinental.
No dia 4 de abril de 1954, no Carnegie Hall, Toscanini sofreu de um lapso de memória, alegadamente causados por um ataque isquémico transitório. Depois disso, nunca mais realizou concertos em público - Toscanini tinha 87 anos quando se retirou. Após a sua retirada a Orquestra Sinfónica NBC foi reorganizada como a Orquestra Sinfónica do Ar, até que foi esta dissolvida em 1963.

Com a ajuda do seu filho Walter, Toscanini passou seus últimos anos editando gravações e transcrições de seus desempenhos com a Orquestra Sinfónica NBC.
Toscanini morreu com 89 anos de idade, devido a um acidente vascular cerebral, em sua casa, em Riverdale, na cidade de Nova Iorque, no dia 16 de janeiro de 1957. O seu corpo voltou para ser enterrado em Itália, no Cemitério Monumentale, em Milão. No seu testamento, ele deixou a sua batuta para a sua protegida, a soprano Herva Nelli. Toscanini foi postumamente premiado com o Grammy Lifetime Achievement Award em 1987.

Toscanini casou com Carla de Martini em 21 de junho de 1897, quando ela ainda não tinha completado vinte anos de idade. O seu primeiro filho, Walter, nasceu dia 19 de março de 1898. Uma filha, Wally, nasceu dia 6 de janeiro de 1900. Carla também deu à luz um menino, Giorgio, em setembro de 1901, mas ele acabou morrendo de difteria no dia 10 de junho de 1906 e, naquele mesmo ano, Carla deu à luz a sua segunda filha, Wanda.
Apesar das infidelidades de Toscanini, comprovadas por cartas, eles permaneceram casados até à sua morte, no dia 23 de junho de 1951.


Sade Adu - 54 anos

Sade Adu, nome artístico de Helen Folasade Adu, (Ibadan, 16 de janeiro de 1959) é uma cantora de jazz, da banda Sade, popular no Reino Unido.
Nascida na Nigéria, mas criada em Colchester, Reino Unido, para onde foi viver com a sua mãe (britânica) quando esta se separou do seu pai (nigeriano), cresceu ouvindo mestres do soul como Marvin Gaye, Curtis Mayfield e Donny Hathaway. Apesar dessas influências e mesmo ouvindo bastante música no período de sua adolescência, não decidiu logo dedicar a sua vida à música. Tanto assim que estudou desenho de moda no 'St Martin's Art College'. Porém, logo descobriu que o mundo da moda não lhe permitia um bom equilíbrio entre o gosto de criar e a necessidade de ganhar a vida.
Descobriu o seu talento musical quando aderiu a uma banda formada por alguns dos seus amigos de colégio. Rapidamente passou a ser a vocalista de uma banda de funk latino chamada Pride, onde aprendeu a gostar de escrever música (foi nesta fase que escreveu o êxito Smooth Operator). Aos 24 anos Helen assumiu-se como elemento central de uma nova banda, Sade, formada por si e por elementos da então extinta Pride - Stuart Matthewman, Andrew Hale e Paul Spencer Denman.


Niccolò Piccinni nasceu há 285 anos

Niccolò Piccinni (16 de janeiro de 1728 - 7 de maio de 1800) foi um compositor italiano de sinfonias, música sacra, música de câmara e ópera.
Foi um dos mais populares compositores de ópera no seu tempo, especialmente a opera buffa napolitana. Historicamente, ele teve a infelicidade de ficar entre as gerações de seus grandes antecessores, como Pergolesi e os grandes compositores que lhe sucederam, incluindo Domenico Cimarosa e Mozart.

Piccinni nasceu em Bari, e educado por Leonardo Leo e Francesco Durante, no Conservatório de S. Onofrio, graças à intervenção do bispo de Bari, uma vez que seu pai, embora ele próprio músico, se opõe. A primeira ópera, Le donne dispettose, foi produzida em 1755, e em 1760 ele compôs, em Roma, o seu chef d'œuvre, La Cecchina, ossia la buona Figliuola, uma ópera buffa com um libreto de Goldoni, executada em Roma e em todas as importantes capitais europeias, provavelmente a mais popular ópera buffa do século XVIII.
Em 1784 tornou-se professor na Escola Real de Música, uma das instituições a partir do qual o Conservatório Nacional de Música. Com a Revolução Francesa, em 1789, regressou a Nápoles, onde foi bem recebido pelo rei Fernando IV, mas após o casamento de sua filha, ele foi acusado de ser revolucionário e colocado sob prisão domiciliária durante quatro anos. Nos próximos nove anos, manteve uma existência precária em Veneza, Nápoles e Roma, mas retornou em 1798 a Paris, onde o público o recebeu com entusiasmo, mas não obteve grandes sucessos. Morreu em Passy, perto de Paris. Durante sua vida, trabalhou com os maiores libretistas do seu tempo, incluindo Metastasio. Após a sua morte um memorial foi-lhe dedicado em Bari.
A mais completa lista das suas obras foi publicada na Rivista musicale italiana, referindo que produziu mais de oitenta óperas.


Há 10 anos, o Columbia partiu para a sua trágica e derradeira viagem

STS-107 foi a última e fatídica missão do vaivém espacial Columbia, lançada em 16 de janeiro de 2003, pela NASA. Os sete membros da tripulação foram mortos na explosão da nave durante a reentrada na atmosfera no final da missão.
A causa do acidente foi um pedaço do revestimento do tanque de combustivel externo que se soltou durante o lançamento e afetou os componentes do sistema de proteção térmica na ponta da asa esquerda do Columbia.
Durante a reentrada, o calor excessivo lentamente superaqueceu o pedaço da asa sem proteção e a quebrou, deixando a nave sem controle e causando a desintegração do veículo espacial.

A tripulação durante a missão

A STS-107 foi uma missão múltipla sobre microgravidade e pesquisas científicas da Terra com diversas investigações científicas internacionais sendo realizadas durante 16 dias em órbita.
Uma das experiências, um vídeo feito para estudar a poeira atmosférica, pode ter descoberto um novo fenómeno atmosférico, chamado TIGRE, uma emissão ionosférica de cor vermelha.
A bordo do Columbia, levado pelo coronel Ilan Ramon, estava um desenho de Petr Ginz, editor-chefe da revista Vedem, que retratava como seria a Terra vista da Lua na sua imaginação, quando ele tinha 14 anos de idade e era um prisioneiro do campo de concentração nazi de Theresienstadt, durante a II Guerra Mundial.
Várias semanas após o acidente foi encontrado um recipiente contendo algumas minhocas levadas ao espaço para a realização de experiências biológicas em órbita. As mesmas estavam ainda vivas quando encontradas

terça-feira, janeiro 15, 2013

Rosa Luxemburgo foi assassinada há 94 anos

Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a tornar-se mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Rosa Luxemburgo considerou a insurreição espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro; no entanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas dos seus camaradas foram presos, espancados e assassinados sem direito a julgamento. Desde as suas mortes, Rosa Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires, tanto para os marxistas como para os social-democratas.

El-Rei D. Afonso V nasceu há 581 anos

D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de janeiro de 1432 - Sintra, 28 de agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei D. Duarte, sucedeu-lhe em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, D. Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha D. Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após fracassar na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.

O acordo que levou a guerra civil a Angola e trouxe os retornados a Portugal foi assinado há 37 anos

(imagem daqui)

O Acordo do Alvor, assinado entre o governo português e os três principais movimentos de libertação de Angola (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em 15 de janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, e que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder na ex-colónia entre esse movimentos, após a concessão da independência de Angola.
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".
De facto, pouco tempo depois do acordo assinado, os três movimentos envolveram-se em um conflito armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra Civil de Angola.