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quinta-feira, novembro 07, 2024

Alexander Dubcek morreu há trinta e dois anos...

  
Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou a ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à divisão da Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

terça-feira, janeiro 16, 2024

Hoje é dia de recordar Jan Palach...

 

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segunda-feira, novembro 27, 2023

Alexander Dubcek nasceu há 102 anos


Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia, em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna, em Praga, por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu, em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel, ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na  Eslováquia.

 

terça-feira, novembro 07, 2023

Alexander Dubcek morreu há 31 anos...

  
Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou a ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à divisão da Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

segunda-feira, janeiro 16, 2023

Hoje é dia de recordar uma vítima dos soviéticos e seus fantoches...

 

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domingo, novembro 27, 2022

Alexander Dubcek nasceu há 101 anos

      
Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia, em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna, em Praga, por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu, em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel, ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na  Eslováquia.

segunda-feira, novembro 07, 2022

Alexander Dubcek morreu há trinta anos

  
Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou a ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à divisão da Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

domingo, janeiro 16, 2022

Hoje é dia de recordar Jan Palach...

 

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sábado, novembro 27, 2021

Alexander Dubcek nasceu há 100 anos

Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração forestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considado um "checoslovaquista", contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1º de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na  Eslováquia.

domingo, novembro 07, 2021

Alexander Dubcek morreu há 29 anos

  
Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou a ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração forestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista", contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

quarta-feira, janeiro 16, 2019

Hoje é dia de recordar Jan Palach...


 
Kasabian - Club Foot
 
One...take control of me?
Yer messing with the enemy
Said its 2..it's another trick
Messin with my mind, I wake up
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Jan Palach deixou-nos há 50 anos...

Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio, através da auto-imolação, como forma de protesto político.

A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética, em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberalistas do governo de Alexander Dubček, na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após atear fogo em si próprio, na Avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969, quando tinha apenas 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (em 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também ateou fogo a si próprio e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.

Reconhecimento póstumo
Jan Palach foi inicialmente enterrado no cemitério Olšany. À medida que a sua lápide se  foi tornando um local de veneração, a StB (a polícia secreta do país) foi incumbida de destruir qualquer memória do legado de Jan Palach, e exumou os seus restos mortais na noite de 25 de outubro de 1973. O seu corpo foi cremado e enviado à sua mãe, na cidade de Všetaty, terra natal do estudante, enquanto uma mulher desconhecida foi posta no local. Não foi permitido à mãe de Jan Palach depositar a urna com as cinzas no cemitério local até 1974. Em 25 de outubro de 1990, a urna foi recolocada oficialmente no seu local de origem, na cidade de Praga.
A chamada "Semana Palach" ocorreu no vigésimo aniversário de morte de Jan Palach. Foi uma série de manifestações anti-comunistas em Praga, entre 15 e 21 de janeiro de 1989, todas suprimidas pela polícia, que precederam a queda do comunismo na então Checoslováquia, 11 meses depois.
Após a Revolução de Veludo, Jan Palach (juntamente com Jan Zajíc) foram homenageados com uma cruz de bronze cravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com o seu nome. O astrónomo checo Luboš Kohoutek, que veio a deixar o país no ano seguinte, nomeou um asteroide, que havia sido descoberto em 22 de agosto de 1969, como 1834 Palach. Existem vários outros memoriais a Jan Palach em cidades pela Europa, incluindo um pequeno memorial dentro dos túneis em Jungfraujoch, na Suíça.
 
A poucos metros de distância do local onde Jan Palach cometeu suicídio há um monumento na cidade velha de Praga que presta homenagem ao pensador religioso Jan Hus, que foi queimado na fogueira por heresia, em 1415. Ele próprio foi celebrado como herói nacional durante muitos séculos, sendo automaticamente ligado ao caso de Jan Palach.


terça-feira, novembro 07, 2017

Alexander Dubcek morreu há 25 anos

Alexander Dubček (Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia, 27 de novembro de 1921Praga, 7 de novembro de 1992) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e iniciou as reformas da chamada "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata duma exploração forestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considado um "checoslovaquista", contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

sábado, janeiro 16, 2016

Jan Palach deixou-nos há 47 anos

Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio, através da auto-imolação, como forma de protesto político.

A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética, em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberalistas do governo de Alexander Dubček, na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após atear fogo em si próprio, na Avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969, quando tinha apenas 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (em 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também ateou fogo a si próprio e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.




quarta-feira, janeiro 16, 2013

Jan Palach imolou-se há 44 anos

Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio através de auto-imolação como forma de protesto político.

A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética, em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberalistas do governo de Alexander Dubček, na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após atear fogo em si próprio, na Avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969, quando tinha apenas 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (em 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também ateou fogo a si próprio e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.

Reconhecimento póstumo
Jan Palach foi inicialmente enterrado no cemitério Olšany. À medida que a sua lápide se  foi tornando um local de veneração, a StB (a polícia secreta do país) foi incumbida de destruir qualquer memória do legado de Jan Palach, e exumou os seus restos mortais na noite de 25 de outubro de 1973. O eu corpo foi cremado e enviado à sua mãe na cidade de Všetaty, terra natal do estudante, enquanto uma mulher desconhecida foi posta no local. Não foi permitido à mãe de Jan Palach depositar a urna com as cinzas no cemitério local até 1974. Em 25 de outubro de 1990, a urna foi recolocada oficialmente no seu local de origem, na cidade de Praga.
A chamada "Semana Palach" ocorreu no vigésimo aniversário de morte de Jan Palach. Foi uma série de manifestações anti-comunistas em Praga, entre 15 e 21 de janeiro de 1989, todas suprimidas pela polícia, que precederam a queda do comunismo na então Checoslováquia, 11 meses depois.
Após a Revolução de Veludo, Jan Palach (juntamente com Jan Zajíc) foram homenageados com uma cruz de bronze cravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com o seu nome. O astrónomo checo Luboš Kohoutek, que veio a deixar o país no ano seguinte, nomeou um asteroide, que havia sido descoberto em 22 de agosto de 1969, como 1834 Palach. Existem vários outros memoriais a Jan Palach em cidades pela Europa, incluindo um pequeno memorial dentro dos túneis em Jungfraujoch, na Suíça.
Muitos incidentes posteriores de auto-imolação podem ter sido influenciados pelo exemplo de Jan Palach e a popularidade que o evento alcançou nos media. Na primavera de 2003, um total de seis jovens checos atearam fogo a si próprios e arderam até à morte, nomeadamente o estudante secundário Zdeněk Adamec, que se matou em 6 de março de 2003, quase no mesmo local de Jan Palach, em frente ao Museu Nacional, deixando uma nota de suicídio com referências explícitas a Jan Palach e aos outros que cometeram suicídio em 1969. As razões para a série de suicídios, entretanto, não é clara.
A apenas uma caminhada de distância do local onde Jan Palach cometeu suicídio, um monumento na cidade velha de Praga presta homenagem ao pensador religioso Jan Hus, que foi queimado na fogueira por heresia em 1415. Ele próprio foi celebrado como herói nacional durante muitos séculos, sendo automaticamente ligado ao caso de Jan Palach. A banda de rock britânica Kasabian dedicou a música Club Foot a Jan Palach.


quarta-feira, novembro 07, 2012

O pai da Primavera de Praga morreu há 20 anos

Alexander Dubček (nascido em 27 de novembro de 1921 em Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia - falecido em 7 de novembro de 1992 em Praga) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e que iniciou as reformas da "Primavera de Praga".

O seu pai foi um operário emigrante na União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi. Demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček estudou na Escola Superior de Dirigentes do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados a Moscovo, onde "os fizeram entrar na razão". Quando voltou a Praga foi considerado como um cadáver político e ostracisado.
Até 1970 foi presidente da Assembleia Federal Checa. Nesse mesmo ano quando foi expulso do Partido e nomeado embaixador na Turquia. Não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata de uma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal onde ratificou os postulados democráticos de 1968, criticou as posições políticas do Partido e denunciou os abusos de poder do primeiro secretário Husak.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna, em Praga, por milhares de compatriotas. Inspirador da mudança democrática, foi eleito presidente do Parlamento Checoslovaco. Dubček, que morreu num acidente de automóvel, não viu a desintegração do seu país.

terça-feira, agosto 21, 2012

A Primavera de Praga foi interrompida há 44 anos

Placa do Memorial às vítimas da Primavera de Praga em Košice, atual Eslováquia

A Primavera de Praga - foi um período de liberalização política na Checoslováquia durante a época de sua dominação pela União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Esse período começou em 5 de janeiro de 1968, quando o reformista eslovaco Alexander Dubček chegou ao poder, e durou até o dia 21 de agosto quando a União Soviética e os membros do Pacto de Varsóvia invadiram o país para interromper as reformas.
As reformas da Primavera de Praga foram uma tentativa de Dubček, aliado a intelectuais checoslovacos, de conceder direitos adicionais aos cidadãos num ato de descentralização parcial da economia e de democratização. As reformas concediam também um relaxamento das restrições às liberdades de imprensa, de expressão e de movimento e ficaram conhecidas como a tentativa de se criar um “socialismo com face humana”
Dubček também dividiu o país em duas repúblicas separadas; essa foi a única reforma que sobreviveu ao fim da Primavera de Praga
As reformas não foram bem recebidas pelos soviéticos que, após as falhas nas negociações, enviaram milhares de tropas e tanques do Pacto de Varsóvia para ocupar o país. Uma grande onda de emigração varreu o país. Apesar de ter havido inúmeros protestos pacíficos no país, inclusive o suicídio de um estudante, não houve resistência militar. A Checoslováquia continuou ocupada até 1990.
Após a invasão, a Checoslováquia entrou em um período de normalização: Os lideres seguintes tentaram restaurar os valores políticos e económicos que prevaleciam antes de Dubček ganhar poder no Partido Comunista da Checoslováquia (KSČ, em tcheco). Gustáv Husák, que substituiu Dubček e também tornou-se presidente, retirou quase todas as reformas de Dubček. A Primavera de Praga imortalizou-se na música e na literatura pelas obras de Karel Kryl e de Milan Kundera, como A Insustentável Leveza do Ser”.

História
O movimento da Primavera de Praga foi liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Checo, interessados em promover grandes mudanças na estrutura política, económica e social, na Checoslováquia. A proposta surpreendeu a sociedade checa, que em 5 de abril de 1968 soube das propostas reformistas dos intelectuais comunistas.
O objetivo de Dubcek era "desestalinizar" o país, removendo os vestígios de despotismo e autoritarismo, que considerava aberrações no sistema socialista. Com isso, o secretário-geral do partido prometeu uma revisão da Constituição, que garantiria a liberdade do cidadão e os direitos civis. A abertura política abrangia o fim do monopólio do partido comunista e a livre organização partidária, com uma Assembleia Nacional que reuniria democraticamente todos os segmentos da sociedade tcheca. A liberdade de imprensa, o Poder Judiciário independente e a tolerância religiosa eram outras garantias expostas por Dubcek.
As propostas foram apoiadas pela população. O movimento que propôs a mudança radical da Checoslováquia, dentro da área de influência da União Soviética, foi chamada de Primavera de Praga. Assim sendo, diversos setores sociais se manifestaram em favor da rápida democratização. No mês de junho, um texto de “Duas Mil Palavras” saiu publicado na Liternární Listy (Gazeta Literária), escrito por Ludvík Vaculík e assinado por personalidades de todos sectores sociais, pedindo a Dubcek que acelerasse o processo de abertura política. Eles acreditavam que era possível transformar, pacificamente, um regime ortodoxo comunista para um regime socialista democrático em moldes ocidentais. Com estas propostas, Dubcek tentava provar a possibilidade de uma economia coletivizada conviver com ampla liberdade democrática.
A União Soviética, temendo a influência que uma Checoslováquia democrática e socialista, independente da influência soviética e com garantias de liberdades à sociedade, pudesse passar às nações socialistas e às "democracias populares", mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem a capital Praga em 21 de agosto de 1968. Dubcek foi detido por soldados soviéticos e levado a Moscovo. Na cidade de Praga a população reagiu à invasão soviética de forma não violenta, desnorteando as tropas. A organização quase espontânea foi em parte liderada pela cadeia de vários pequenos transmissores construídos às pressas por membros do exército checo e aficcionados por radio transmissores: a Rádio Checoslováquia Livre. Cada emissora transmitia instruções para a população por não mais que 9 minutos e depois saia do ar, dando o espaço para uma outra, impossibilitando assim a triangulação do sinal. Suas instruções eram para a população manter a calma e, sobretudo, não colaborar com os invasores. Os russos ainda tentaram trazer uma potente estação de rádio para criar interferências nos sinais, porém, os ferroviários checos, com uma extrema competência, atrasaram a entrega e, quando a estação chegou ao seu destino, estava inutilizável.
Os russos conseguiram uma ocupação total em poucas horas, porém chegaram a um impasse político: as diversas tentativas para criar um governo colaboracionista fracassaram e a população checa foi eficiente em minar a moral das tropas. No dia 23 se iniciou-se uma greve geral e, no dia 26, foi publicado o decálogo da não cooperação:
Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!
Através de uma rede de radioamadores, a população era informada sobre ações que poderiam ser organizadas para levar a cabo uma resistência não violenta. Tal reação foi espontânea, devido à impossibilidade de se utilizar a ação violenta. De certa forma, a população se inspirou em um livro picaresco muito popular, "O valente soldado Chveik", onde o personagem usava de travessuras para expulsar as tropas invasoras.
A paralisação dos trens interrompeu a comunicação com os países aliados, e para evitar que os tanques chegassem até Praga, as placas de sinalização foram invertidas, e depois pintadas com uma tinta fácil de se raspar. Quando os soldados raspavam as tintas para verem a indicação correta, acabavam indo na direção de Moscovo (retirado do livro A Firmeza Permanente, Ed. Loyola, 1977, pp.142-145).
Enquanto isso, os raptores contavam a Dubcek que a população checa estava sendo massacrada, como fora a população húngara, 12 anos antes, o que o levou a assinar um acordo de renúncia.
As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Checoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach ateou fogo ao próprio corpo numa praça de Praga em 16 de Janeiro de 1969.
Por sua vez, os comunistas checos mais conservadores apoiaram a invasão soviética, uma vez que eles acreditavam que as reformas de Dubček trariam um precoce desastre económico e social, o que mais tarde realmente ocorreria em 1991 com o colapso soviético. Sinal disto, é a divisão do partido em dois lados, os liberais (reformistas) e os conservadores, que contariam com o apoio soviético, o poder mais influente.



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