O vaivém espacial Columbia foi o primeiro de uma série de cinco
naves espaciais reaproveitáveis. Esta nova forma de viajar ao espaço foi uma tentativa dos
Estados Unidos de transformar os voos espaciais em lançamentos rotineiros, de forma a serem economicamente mais viáveis.
Quando o Columbia foi lançado,
a 12 de abril de
1981,
a previsão que os primeiros modelos fariam até 100 voos e haveria uma
média de 24 lançamentos por ano. Contudo, passados mais de 27 anos do
primeiro lançamento foram realizados um total de 124 voos, tendo
ocorrido dois grandes desastres com a morte das duas tripulações, e o
recorde de lançamentos foi de apenas 9, em
1985.
O
acidente do vaivém Columbia ocorreu no dia 1 de fevereiro de 2003, durante a fase de reentrada na
atmosfera terrestre, a apenas dezasseis minutos de tocar o solo, no regresso da missão
STS-107, causando a destruição total da
nave
e a perda dos sete astronautas que compunham a tripulação. Esta missão
de cariz científico teve a duração de dezasseis dias ao longo dos
quais foram cumpridas com sucesso, as cerca de oitenta experiências
programadas.
Momentos após a desintegração do
Columbia, milhares de destroços em chamas caíram sobre uma extensa faixa terrestre, essencialmente no estado do
Texas, e na
Louisiana, alguns dos quais atingiram casas de habitação, empresas e escolas. Afortunadamente entre a população ninguém ficou ferido.
A recolha dos destroços prolongou-se de forma intensiva até meados de
Abril daquele ano, ao longo de 40.000 km² dos quais 2.850 km²
percorridos a pé, e os restantes utilizando meios aéreos ou navais junto
à linha costeira da
Califórnia.
Foram recolhidos 83 mil pedaços do Columbia, correspondentes a 37% da
massa total da nave, entre os destroços encontravam-se também parte dos
restos mortais dos astronautas.
Foi constituída uma comissão independente de inquérito ao acidente, a
Columbia Accident Investigation Board
(CAIB), que produziu um relatório oficial de 400 páginas após quase
sete meses de investigação, no qual foram apontadas as causas técnicas e
organizacionais que estiveram directa ou indirectamente envolvidas na
origem da destruição do Columbia. Foram ainda perspetivadas
hipotéticas soluções de resgate da tripulação e elaboradas 29
recomendações a implementar, 15 das quais de cumprimento obrigatório,
sem o qual não poderia haver um regresso aos voos.