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sábado, novembro 16, 2024
Luiz Saldanha morreu há vinte e sete anos...
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Marcadores: Açores, Biologia Marinha, fontes hidrotermais, Luiz Saldanha, Monte Saldanha, Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, Parque Natural da Arrábida
quinta-feira, novembro 14, 2024
O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz comemora hoje 84 anos
Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz, nascido na Horta, Açores, a 14 de novembro de 1940, filho de António Macedo Lacerda Forjaz. Geólogo, vulcanólogo e professor-associado do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores (DG/UAç). É um defensor da livre difusão do conhecimento científico.
Estudou da Escola Manuel de Arriaga, tendo completado os estudos liceais na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada. Teve a oportunidade de acompanhar, entusiasticamente, todas as fases da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957-58) e os trabalhos desenvolvidos por conceituados cientistas - H. Tazieff, Eng.º Frederico Machado e R. Fisher. Em 1968, é licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Trabalhou como geólogo ligado à empresa Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.
Tornou-se assistente da Universidade de Lisboa (após 1972) e Professor-auxiliar convidado da Universidade dos Açores (após 1981). Em 1976, fixou-se na Ilha de São Miguel, onde instalou em seis meses, laboratórios de investigação científica. Frequentou vários cursos de especialização, nomeadamente em Geotermia (recursos, sondagens e turbinas) e em Riscos Geológicos e Hidrogeológicos, este último, em 1984, no USGS – United States Geological Survey (Denver). Doutorado em Vulcanologia de Engenharia, pela Universidade dos Açores, em 1995. Tirou ainda a especialidade em Riscos Geológicos e em Ciências Geotérmicas. Desde 1998, é Professor-associado da Universidade dos Açores.
Foi diretor do Programa Geotérmico dos Açores. Diretor do Projeto Geotérmico do Vulcão do Fogo da Universidade dos Açores e Coordenador do Projeto Furnas - Vulcão Laboratório Europeu. Foi responsável pela criação do Projeto de Sistema de Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (SVISA). É presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).
É co-fundador da Sociedade Internacional de Planetologia e fundador do Instituto de Geociências dos Açores. Em 1985, foi co-Fundador do Centro de Vulcanologia do INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica). É co-representante nacional na Rede Europeia de Vulcanologia (ESF - European Science Foundation).
Como bolseiro e congressista, ao longo dos anos, efetuou missões cientificas aos vulcões na Europa continental, Islândia, América do Norte, América Central continental, Antilhas, Hawai, Indonésia, Filipinas, Japão, ... Foi investigador apaixonado das erupções submarinas na Ponta dos Capelinhos, na Ilha do Faial, e na Serreta, na Ilha Terceira. Participa no Projeto de Iniciativa Comunitária InterReg IIIB «VULCMAC- Vulcanismo da Macaronésia». É ainda correspondente da Academia de Ciências de Lisboa desde 24 de novembro de 2005 e membro da Academia da Marinha.
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Marcadores: Açores, Capelinhos, Doutor Vitor Hugo Forjaz, Faial, geotermia, Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, OVGA, Serreta, SIVISA, Universidade dos Açores
sábado, novembro 09, 2024
Poema de aniversariante de hoje...
Tão velho estou como árvore no inverno,
vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas,
acostumado apenas ao som das músicas,
à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético
dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando
e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada:
já não é a minha, mas a do tempo,
com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu:
mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo,
com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda:
que os destroços, mesmo os da maior glória,
são na verdade só destroços, destroços.
in Poemas (1958) - Cecília Meireles
Postado por Fernando Martins às 12:30 0 bocas
Marcadores: Açores, Brasil, Cecília Meireles, literatura infantil, modernismo, poesia, Português, Simbolismo
Hojeé dia de celebrar a poesia de Cecília Meireles...
Fio
No fio da respiração,
rola a minha vida monótona,
rola o peso do meu coração.
Tu não vês o jogo perdendo-se
como as palavras de uma canção.
Passas longe, entre nuvens rápidas,
com tantas estrelas na mão...
— Para que serve o fio trêmulo
em que rola o meu coração?
Cecília Meireles
Postado por Pedro Luna às 06:00 0 bocas
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A poetisa Cecília Meireles morreu há sessenta anos...
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
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quinta-feira, novembro 07, 2024
Hintze Ribeiro nasceu há 175 anos...
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Marcadores: Açores, autonomia, D. Carlos I, Hintze Ribeiro, Monarquia Constitucional, primeiro-ministro
A poetisa Cecília Meireles nasceu há 123 anos
Biografia
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, a 7 de novembro de 1901, filha dos açorianos Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário de banco, e Matilde Benevides Meireles, uma professora. Cecília Meireles foi filha órfã, criada por sua avó açoriana, D.ª Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou o seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922 casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. O seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrónomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prémio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955, O Romance de Santa Cecília e outros.
Em 1951 viajou pela Europa, Índia e Goa, e visitou, pela primeira e única vez, os Açores, onde, na ilha de São Miguel, contactou o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente desde a década de 40.
- Prémio Machado de Assis (1965)
- Sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura
- Sócia honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa)
- Doutora "honoris causa" pela Universidade de Delhi (Índia)
- Oficial da Ordem do Mérito (Chile)
Após a sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma nota de cem cruzados novos. Esta nota com a efígie de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, seria mudada para cem cruzeiros, quando houve a troca da moeda pelo governo de Fernando Collor de Mello.
Ninguém me Venha Dar Vida
Ninguém me venha dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e não me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis a quem não quis.
in Poemas (1947) - Cecília Meireles
quinta-feira, outubro 31, 2024
O deslizamento da Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, matou 29 pessoas há vinte e sete anos...
“Todos nós, porque é uma freguesia pequena, acabámos por perder algum amigo. Temos também situações de famílias que desapareceram quase todas, é o caso de um pescador que andava na minha embarcação e que perdeu a mulher e os quatro filhos. Situações destas marcam muito o sentimento das pessoas na freguesia e ainda hoje, principalmente quando se chega perto da data, ninguém deixa de ficar comovido”, conta o presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Gualberto Rita.
No dia da tragédia, que vitimou residentes entre as três semanas de idade e os 76 anos, Gualberto Rita, de 44 anos, morava na freguesia. Acabou por deixá-la, quando os deslizamentos de terras a deixaram irreconhecível.
“Na altura, os peritos na matéria disseram que o deslizamento poderá ter atingido os 200 quilómetros/hora e que foi de tal forma brusco que cortou as casas pelos alicerces”, recorda.
Maria do Carmo Moniz, de 65 anos, perdeu o marido naquela madrugada, mas os filhos foram poupados, assim como outros familiares que se refugiaram na casa, fugindo às inundações nas habitações junto à ribeira que atravessa parte da freguesia.
“A minha mãe dizia que no fim do mundo iria haver um terramoto e eu na minha ideia pensava que era o terramoto de que a minha mãe falava”, explica, lembrando que o rés-do-chão foi o abrigo de todos, pelo menos até uma segunda derrocada os atirar para fora de casa.
O marido já não teve hipótese. A casa encheu-se de entulho, terra, pedras, roupas da vizinha de cima.
Maria do Carmo e os familiares refugiaram-se na única casa poupada às enxurradas, noutra rua.
“Começámos a puxar as pessoas, mas algumas já iam na lama, vinham todas enroladas e cortadas dos vidros. Houve uma grávida que foi salva, assim como um rapaz que foi agarrado pelos cabelos”, lembra por sua vez Aida Arruda, de 57 anos, dona da única casa que ficou intacta e que foi abrigo de dezenas de pessoas.
Aida Arruda não esquece a noite “horrorosa” em que “não se via nada”, já que não havia eletricidade, água ou telecomunicações.
“Há coincidências que não têm explicação, porque o meu marido tinha trazido naquele dia um Petromax [candeeiro a petróleo] da casa da minha sogra sem nenhuma razão e foi isso que ajudou a puxar as pessoas”, diz.
Silvino Amaral, de 82 anos, pároco na Ribeira Quente há 56, fez os 29 funerais das vítimas, numa altura em que a freguesia ficou inacessível por terra, com as autoridades a deslocarem-se de helicóptero.
“Foi uma tragédia num lugar tão pequenino, eu conhecia-os quase todos, cheguei a batizar alguns, ainda acartei alguns cadáveres do posto clínico para o centro social e depois fiz o velório. Não tínhamos água e lavámos os cadáveres com água da chuva”, descreve o sacerdote.
O pároco da Ribeira Quente relembra o clima de medo vivido nos momentos seguintes à tragédia, num “ambiente de tal ordem” que a população nem sequer compareceu aos velórios com medo de nova catástrofe.
Às avalanches de terra sucedeu-se uma avalanche de generosidade, refere o padre, apontando donativos do continente, mas também do estrangeiro ou de entidades como a Caritas. Foi, inclusive, “criada de imediato uma comissão de gestão dos donativos para distribuir pelas vítimas”.
Depois da tragédia de 1997, foi construído um heliporto junto à praia da Ribeira Quente, tendo em conta a existência de “uma estrada de risco” como única via de acesso à freguesia, a mesma que existe até hoje.
Silvino Amaral garante que a tragédia se mantém na memória da população da Ribeira Quente, tanto que as chuvas intensas que ocasionalmente caem sobre a freguesia deixam “as pessoas em sobressalto”.
“Isto é uma fajã e estas fajãs têm essa sina, esse risco, estão engolidas por mar e esmagadas pela montanha, de maneira que a todo o tempo pode acontecer”, afirma.
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quarta-feira, outubro 30, 2024
O padrinho Carlos César faz hoje 68 anos
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sábado, outubro 05, 2024
Cristóvão de Aguiar morreu há três anos...
Luís Cristóvão Dias de Aguiar, de seu nome literário Cristóvão de Aguiar (Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, 8 de setembro de 1940 – Coimbra, 5 de outubro de 2021), foi um escritor português.
Biografia
Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da literatura portuguesa contemporânea.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve de interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972. Foi redator e colaborador da revista Vértice.
Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 3 de setembro de 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, "Homenagem a Cristóvão de Aguiar", coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária.
A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981), acerca das comunidades açorianas, da emigração e da guerra colonial na Guiné, é a sua obra mais importante. Merece também realce a sua Relação de Bordo (1999-2004), em três volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.
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sexta-feira, setembro 27, 2024
A última erupção do vulcão dos Capelinhos começou há 67 anos...
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964, que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha (de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Atualmente, essa área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza pouco consolidada das rochas e à ação erosiva das ondas. A escalada do vulcão apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efetuada nos trilhos indicados e sob orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão, situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na ordem dos 180 a 200 °C.
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sábado, setembro 21, 2024
Dois sismos sentidos em Portugal nas últimas horas
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia
20.09.2024 pelas 23.33 (hora local) foi registado nas estações da Rede
Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3.3 (Richter) e cujo
epicentro se localizou a cerca de 6 km a Sul-Sudeste de Sines.
Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento,
não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade
máxima IV (escala de Mercalli modificada) no concelho de Sines
(Setúbal). Foi ainda sentido com menor intensidade no concelho de
Santiago do Cacém (Setúbal)
Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.
in IPMA
O sismo de 20.09.24 de Sines registado pelo Geofone de Évora
Postado por Fernando Martins às 18:08 0 bocas
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sexta-feira, setembro 20, 2024
Nuno Bettencourt comemora hoje 58 anos
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Marcadores: Açores, alternative Rock, Extreme, Funk metal, glam metal, hard rock, heavy metal, More Than Words, música, Nuno Bettencourt
sexta-feira, setembro 13, 2024
Natália Correia nasceu há cento e um anos...
(imagem daqui)
Decididamente a palavra
quer entrar no poema e dispõe
com caligráfica raiva
do que o poeta no poema põe.
Entretanto o poema subsiste
informal em teus olhos talvez
mas perdido se em precisa palavra
significas o que vês.
Virtualmente teus cabelos sabem
se espalhando avencas no travesseiro
que se eu digo prodigiosos cabelos
as insólitas flores que se abrem
não têm sua cor nem seu cheiro.
Finalmente vejo-te e sei que o mar
o pinheiro a nuvem valem a pena
e é assim que sem poetizar
se faz a si mesmo o poema.
in O Vinho e a Lira (1969) - Natália Correia
Postado por Fernando Martins às 01:01 0 bocas
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quarta-feira, setembro 11, 2024
Hoje é dia de saudar Antero...
De pé (Saudação a Antero) - José Mário Branco
Que a morte, quando escolhida
É uma espécie de antever
A vida dentro da vida
É parecida
Só parecida
Com a vida por viver
À vista do oceano
Pode perder-se o olhar
Na praia do desengano
É humano
Sobre-humano
É ter um canto p'ra salvar
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
Render-se ao desespero
E ver só morte na mão
Direita de Antero
O que eu quero
Porque quero
É negar a negação
Que veste a nossa mágoa
E esquecemos que é por nós
Que a fonte deita água
Mas eu trago-a
Sim eu trago-a
É a razão da minha voz
De pé meu canto não te rendas
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
À vista do oceano
Pode perder-se o olhar
Na praia do desengano
É humano
Sobre-humano
É ter um canto p'ra salvar
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
Postado por Pedro Luna às 18:09 0 bocas
Marcadores: Açores, Antero de Quental, De pé (saudação a Antero), José Mário Branco, música, poesia, São Miguel, suicídio
Antero partiu há cento e trinta e três anos...
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!
Antero de Quental
segunda-feira, setembro 09, 2024
Lúcia Moniz - 48 anos
Em março de 2011 ganhou o prémio de Melhor Design a nível mundial (Best Cookbook Design) pela sua contribuição no livro "Taberna 2780" atribuído pelo Gourmand World Cookbook Awards que distingue anualmente livros de culinária e vinhos de todo o mundo.
Em junho de 2011 foi lançado o álbum "Fio de Luz". O primeiro single chama-se "Play a sound to me".
A primeira longa-metragem algarvia de língua inglesa é filmada entre março e maio de 2012 e conta com as participações de Lúcia Moniz, Miguel Damião, Mark Killeen, Beau McClellan e Ellie Chidzey.
Esteve em cena no LX Factory até dia 28 de abril de 2013 com a peça de teatro "Conversas Depois de um Enterro" da autoria de Yasmina Reza com encenação de Renato Godinho, com a participação de um elenco de luxo: Custodia Gallego, Filipe Duarte, João Cabral, Lúcia Moniz, Manuel Cavaco e Sofia Nicholson.
Em maio de 2013 começa estreia a série diária Bem-Vindos a Beirais na RTP 1 onde dá vida à personagem Susana Fontes. Devido ao sucesso da série, esta foi prolongada por várias temporadas.
Em 2013, na Cidade da Praia da Vitória (Ilha Terceira - Açores) lançou o seu livro "Vou Tentar Falar Sem Dizer Nada".
Em 2015 entra na telenovela "Coração D'Ouro" da SIC.
Em 2015 é lançado o CD "Calendário" que junta Tozé Santos, Luís Portugal e Lúcia Moniz, um álbum com fins solidários, uma vez que, a receita total reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A convite da Companhia de Teatro "Palco 13" estreou a 7 de julho de 2016 no Parque Marechal Carmona em Cascais "Alice no Jardim das Maravilhas", baseado na obra de Lewis Carroll, onde Lúcia Moniz interpreta o papel de Alice que estará em cena até ao final do mês de Julho. Fazem parte do elenco João Jesus, João Vicente, Isac Graça, Alexandre Carvalho, David Ferreira, Gláucia Noémi, Gonçalo Carvalho, Leonor Biscaia, Luís Lobão, Maria Camões, Rita Tristão, Jorge A. Silva, Nuno Gonçalves, a encenação está a cargo de Marco Medeiros.
Estreou a 25 de agosto de 2016 no cinema português o filme Refrigerantes e Canções de Amor com argumento de Nuno Markl e realização de Luís Galvão Teles, e conta no elenco com Lúcia Moniz, Victória Guerra, João Tempera, Ivo Canelas nos principais papéis. Posteriormente este filme dará origem a uma mini série de 4 episódios que passará na RTP.
A curta-metragem de dez minutos, intitulada “Red Nose Day Actually”estreou na BBC, a 24 de março de 2017, data em que se comemora o Dia do Nariz Vermelho em Inglaterra, posteriormente será exibida na NBC a 25 de maio e conta no elenco com Hugh Grant, Colin Flirth, Keira Knightley, Bill Nighy, Liam Neeson, Andrew Lincoln, Thomas Brodie-Sangster, Rowan Atkinson, entre outros. Trata-se de uma sequela do "O Amor Acontece - Love Actually", filme de 2003 e que é considerado com uma das 15 melhores comédias de sempre. O lucro obtido com a curta-metragem vai reverter para a Comic Relief, uma instituição de solidariedade fundada pelo realizador Richard Curtis.
De 19 de janeiro a 10 de março de 2019, a Palco 13 apresenta, no Auditório Fernando Lopes Graça em Cascais, a peça infantil “As Aventuras de João Sem Medo”, que marca a estreia da Lúcia Moniz como encenadora , em parceria com o irmão Paulo Quedas e conta no elenco com Alexandre Carvalho, Catarina Couto Sousa, Diogo Fialho, Soraia Tavares e ainda o músico Fernando Frias, que compôs a música do espetáculo e toca ao vivo.
Postado por Fernando Martins às 00:48 0 bocas
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terça-feira, setembro 03, 2024
Fernando Machado Soares nasceu há noventa e quatro anos...
Balada da Despedida do 6º Ano Médico de 1958 - Fernando Machado Soares
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que me dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Quem me dera estar contente
Enganar minha dor
Mas a saudade não mente
Se é verdadeiro o amor.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Não me tentes enganar
Com a tua formosura
Que para além do luar
Há sempre uma noite escura.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
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