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sexta-feira, março 15, 2024

A Mafalda (do Quino...) celebra hoje 62 anos

(imagem daqui)
50 anos de Mafalda

Seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade

É possível que a personagem Mafalda comentasse com ironia delicada o contexto de sua criação, no dia 15 de março de 1962, há 50 anos, como peça de uma campanha publicitária para máquinas de lavar que nunca foi lançada. Na época, o seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade. Foi pouco mais de dois anos depois, em setembro de 1964, que Mafalda estreou na revista semanal Primera Plana. A tirinha durou até 1973, terminando, segundo o próprio autor, por “esgotamento de ideias”. Nesse período de quase 10 anos Mafalda serviu como meio para crítica sensível não apenas do contexto político e económico da Argentina, mas também da evolução social, dos novos tipos de relações formadas entre as pessoas e o mundo, uma mistura incrível entre pessimismo e humanismo de certa forma universal. Quino criou habilmente metáforas para falar sobre assuntos que se encarados de frente poderiam ser censurados pelo sistema da época, personagens enterrados na burocracia de seus erros, a influência muitas vezes absurda da hierarquia social em questões pequenas do quotidiano, assuntos tratados por Quino com um tipo delicado e criticamente desperto de inteligência. No Brasil, um dos bons lançamentos com Mafalda é “10 Anos com Mafalda” (Martins Fontes, 2010). 

quarta-feira, março 15, 2023

A Mafalda do Quino faz hoje 61 anos

(imagem daqui)
50 anos de Mafalda

Seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade

É possível que a personagem Mafalda comentasse com ironia delicada o contexto de sua criação, no dia 15 de março de 1962, há 50 anos, como peça de uma campanha publicitária para máquinas de lavar que nunca foi lançada. Na época, seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade. Foi pouco mais de dois anos depois, em setembro de 1964, que Mafalda estreou na revista semanal Primera Plana. A tirinha durou até 1973, terminando, segundo o próprio autor, por “esgotamento de ideias”. Nesse período de quase 10 anos Mafalda serviu como meio para crítica sensível não apenas do contexto político e económico da Argentina, mas também da evolução social, dos novos tipos de relações formadas entre as pessoas e o mundo, uma mistura incrível entre pessimismo e humanismo de certa forma universal. Quino criou habilmente metáforas para falar sobre assuntos que se encarados de frente poderiam ser censurados pelo sistema da época, personagens enterrados na burocracia de seus erros, a influência muitas vezes absurda da hierarquia social em questões pequenas do quotidiano, assuntos tratados por Quino com um tipo delicado e criticamente desperto de inteligência. No Brasil, um dos bons lançamentos com Mafalda é “10 Anos com Mafalda” (Martins Fontes, 2010). 

sábado, março 04, 2023

Génesis (e este ramo de rosas...) - 04.03.95

 



Génesis


No princípio o universo era muito quente e denso e quente muito denso e quente
e começou a expandir-se e a arrefecer a arrefecer e a expandir-se

Consoante ia arrefecendo o universo que era violeta passou a amarelo
e de amarelo passou a laranja e de laranja passou a vermelho

Cada vez menos quente e denso cada vez menos denso e quente
o universo que era opaco tornou-se transparente

E os raios de luz puderam caminhar livremente
porque o universo que era opaco tornara-se transparente

E continua a arrefecer e a expandir-se a expandir-se e a arrefecer
e a condensar-se para formar galáxias estrelas planetas nebulosas

e este ramo de rosas



in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Foi há 28 anos...


 

O amor é uma companhia 

 

 

O amor é uma companhia.

Já não sei andar só pelos caminhos,

Porque já não posso andar só.

Um pensamento visível faz-me andar mais depressa

E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

 

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.

Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.




in Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa

terça-feira, março 15, 2022

A Mafalda do Quino faz hoje sessenta anos...!

(imagem daqui)
50 anos de Mafalda

Seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade

É possível que a personagem Mafalda comentasse com ironia delicada o contexto de sua criação, no dia 15 de março de 1962, há 50 anos, como peça de uma campanha publicitária para máquinas de lavar que nunca foi lançada. Na época, seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade. Foi pouco mais de dois anos depois, em setembro de 1964, que Mafalda estreou na revista semanal Primera Plana. A tirinha durou até 1973, terminando, segundo o próprio autor, por “esgotamento de ideias”. Nesse período de quase 10 anos Mafalda serviu como meio para crítica sensível não apenas do contexto político e económico da Argentina, mas também da evolução social, dos novos tipos de relações formadas entre as pessoas e o mundo, uma mistura incrível entre pessimismo e humanismo de certa forma universal. Quino criou habilmente metáforas para falar sobre assuntos que se encarados de frente poderiam ser censurados pelo sistema da época, personagens enterrados na burocracia de seus erros, a influência muitas vezes absurda da hierarquia social em questões pequenas do quotidiano, assuntos tratados por Quino com um tipo delicado e criticamente desperto de inteligência. No Brasil, um dos bons lançamentos com Mafalda é “10 Anos com Mafalda” (Martins Fontes, 2010). 

sexta-feira, março 04, 2022

Lai e Nando - 27 anos...

 

(imagem daqui)

 

O amor é uma companhia 

 

 

O amor é uma companhia.

Já não sei andar só pelos caminhos,

Porque já não posso andar só.

Um pensamento visível faz-me andar mais depressa

E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

 

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.

Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.




in Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa

quinta-feira, agosto 19, 2021

Para a minha bebé grande...

Na Berlenga (Forte de São João Batista - 20 de julho de 2013) - foto de Fernando Marques

Amo-te muito, meu amor, e tanto

Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.

Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,

um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,

tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.


 

in Poesia I (1977) - Jorge de Sena

quarta-feira, julho 14, 2021

Poema alusivo à data...

 
Da verdade do amor


Da verdade do amor se meditam
relatos de viagens confissões
e sempre excede a vida
esse segredo que tanto desdém
guarda de ser dito

pouco importa em quantas derrotas
te lançou
as dores os naufrágios escondidos
com eles aprendeste a navegação
dos oceanos gelados

não se deve explicar demasiado cedo
atrás das coisas
o seu brilho cresce
sem rumor

 
  
 

in Baldios (1999) - José Tolentino Mendonça

segunda-feira, março 15, 2021

Parabéns Mafalda!

(imagem daqui)
50 anos de Mafalda

Seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade

É possível que a personagem Mafalda comentasse com ironia delicada o contexto de sua criação, no dia 15 de março de 1962, há 50 anos, como peça de uma campanha publicitária para máquinas de lavar que nunca foi lançada. Na época, seu criador, o cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido pelo apelido, Quino, trabalhava com publicidade. Foi pouco mais de dois anos depois, em setembro de 1964, que Mafalda estreou na revista semanal Primera Plana. A tirinha durou até 1973, terminando, segundo o próprio autor, por “esgotamento de ideias”. Nesse período de quase 10 anos Mafalda serviu como meio para crítica sensível não apenas do contexto político e económico da Argentina, mas também da evolução social, dos novos tipos de relações formadas entre as pessoas e o mundo, uma mistura incrível entre pessimismo e humanismo de certa forma universal. Quino criou habilmente metáforas para falar sobre assuntos que se encarados de frente poderiam ser censurados pelo sistema da época, personagens enterrados na burocracia de seus erros, a influência muitas vezes absurda da hierarquia social em questões pequenas do quotidiano, assuntos tratados por Quino com um tipo delicado e criticamente desperto de inteligência. No Brasil, um dos bons lançamentos com Mafalda é “10 Anos com Mafalda” (Martins Fontes, 2010). 

quinta-feira, março 04, 2021

Poema alusivo à data...

(imagem daqui)

  
Os anos são degraus

Os anos são degraus, a Vida a escada.
Longa ou curta, só Deus pode medi-la.
E a Porta, a grande Porta desejada,
só Deus pode fechá-la,
pode abri-la.

São vários os degraus; alguns sombrios,
outros ao sol, na plena luz dos astros,
com asas de anjos, harpas celestiais.
Alguns, quilhas e mastros
nas mãos dos vendavais.

Mas tudo são degraus; tudo é fugir
à humana condição.
Degrau após degrau,
tudo é lenta ascensão.

Senhor, como é possível a descrença,
imaginar, sequer, que ao fim da Estrada,
se encontre após esta ansiedade imensa
uma porta fechada
e mais nada?


in Asa no Espaço (1955) - Fernanda de Castro

quinta-feira, junho 15, 2017

Poema para aniversariante de hoje...

Nando

Aqui estou, mundo desconhecido.
Grito, a todos os pulmões, a minha presença.
Sei que sou fruto do Amor de meus Pais,
que estou aqui para algum fim.

Mas tudo é estranho e desconhecido.
Frio.
Seco.
Talvez me habitue.
Talvez se habituem a mim...

Obrigado.


Pedro Luna - poema inédito

sexta-feira, março 04, 2016

Poema alusivo à data

(imagem daqui)

Os anos são degraus

Os anos são degraus, a Vida a escada.
Longa ou curta, só Deus pode medi-la.
E a Porta, a grande Porta desejada,
só Deus pode fechá-la,
pode abri-la.

São vários os degraus; alguns sombrios,
outros ao sol, na plena luz dos astros,
com asas de anjos, harpas celestiais.
Alguns, quilhas e mastros
nas mãos dos vendavais.

Mas tudo são degraus; tudo é fugir
à humana condição.
Degrau após degrau,
tudo é lenta ascensão.

Senhor, como é possível a descrença,
imaginar, sequer, que ao fim da Estrada,
se encontre após esta ansiedade imensa
uma porta fechada
e mais nada?


in Asa no Espaço (1955) - Fernanda de Castro

domingo, novembro 09, 2014

Música para geopedrado que hoje faz anos...

Para o colega, amigo e geopedrado João Paulo Andrade, que hoje é bebé, aqui fica uma música para celebrar o seu aniversário...

terça-feira, agosto 19, 2014

Para o meu Amor...

...que hoje é bebé, do seu Amor, na língua que tanto gosta, de um Senhor que foi um brilhante poeta e que a estúpida guerra nos levou tão cedo e de forma tão estúpida e cruel...


Gacela del amor desesperado


La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.

El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.

Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.


Federico García Lorca


NOTA: para quem gosta, aqui fica a sugestão de uma página sobre o poeta, dramaturgo e músico Federico García Lorca, em língua portuguesa, de Fernando Martins, António João Martins e Pedro Luna:

domingo, julho 06, 2014

Música para uma geopedrada que hoje faz anos...

Para a Gabriela, que hoje comemora o seu aniversário, uma música de todos os seus colegas geopedrados:



domingo, junho 15, 2014

Hoje é dia de festa...!


Hoje o Google surpreendeu-me com este Google Doodle para celebrar os meus 47 anos...! Afinal já não preciso de bolo!

sábado, março 22, 2014

Hoje é dia de Festa...

... para a menina Paula do Luso, uma salva de palmas!
Aqui ficam os nossos de feliz aniversário para a colega geopedrada e amiga, com uma música dos anos setenta, que foi usada na telenovela O Casarão e de que gostamos particularmente (além de se aplicar perfeitamente à aniversariante e à data):


Eu sou nuvem passageira - Hermes Aquino

Eu sou nuvem passageira
que com o vento se vai,
eu sou como um cristal bonito
que se quebra quando cai

Não adianta escrever meu nome numa pedra
pois esta pedra em pó vai se transformar
Você não vê que a vida corre contra o tempo
sou um castelo de areia na beira do mar....

A lua cheia convida para um longo beijo
mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito
e a namorada analisada por sobre o divã....

Por isso agora o que eu quero é dançar na chuva
Não quero nem saber do que fazer, vou me matar
Eu vou deixar em dia a vida e a minha energia
sou um castelo de areia na beira do mar...

Eu sou nuvem passageira
que com o vento se vai,
eu sou como um cristal bonito
que se quebra quando cai

sexta-feira, março 14, 2014

Música para geopedrada que hoje fez anos...

...para a Mª João, colega geopedrada e amiga, que hoje é bebé, dedicamos uma música de um aniversariante de hoje, com votos de que a vida só lhe dê dias bonitos e felizes como o de hoje...

domingo, março 02, 2014

Hoje é dia de recordar o Papa Pio XII

Papa Pio XII (em italiano: Pio XII, em latim: Pius PP. XII; O.P., nascido Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli; Roma, 2 de março de 1876 - Castelgandolfo, 9 de outubro de 1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939, sendo até até à data da sua morte. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724.
Foi o único Papa do século XX a exercer o Magistério Extraordinário da Infalibilidade papal – invocado por Pio IX – quando definiu o dogma da Assunção de Maria em 1950 na sua encíclica Munificentissimus Deus. A sua ação durante a Segunda Guerra Mundial tem sido alvo de debate e polêmica devido a sua posição papal de imparcialidade, com relação ao conflito. Ao todo criou 57 cardeais em dois consistórios.

OPVS IVSTITIÆ PAX

sexta-feira, janeiro 17, 2014

Música para um aniversariante de hoje...



NOTA - é em tempos como estes que lembramos os amigos: parabéns ao colega geopedrado Rui dos Açores...!