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sexta-feira, março 28, 2025

Alexandre Herculano nasceu há 215 anos...

      
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de março de 1810 - Quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, Santarém, 13 de setembro de 1877) foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo.
Como liberal que era, teve como preocupação maior, estabelecida nas suas ações políticas e seus escritos, sobretudo em condenar o absolutismo e a intolerância da coroa no século XVI para denunciar o perigo do retorno a um centralismo da monarquia em Portugal.
     
  
 
A GRAÇA


Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor?

És tu, meu anjo, cuja voz divina
Vem consolar a solidão do enfermo,
E a contemplar com placidez o ensina
De curta vida o derradeiro termo?

Oh, sim!, és tu, que na infantil idade,.
Da aurora à frouxa luz,
Me dizias: «Acorda, inocentinho,
Faz o sinal da Cruz.»
És tu, que eu via em sonhos, nesses anos
De inda puro sonhar,
Em nuvem d'ouro e púrpura descendo
Coas roupas a alvejar.
És tu, és tu!, que ao pôr do Sol, na veiga,
Junto ao bosque fremente,
Me contavas mistérios, harmonias
Dos Céus, do mar dormente.
És tu, és tu!, que, lá, nesta alma absorta
Modulavas o canto,
Que de noite, ao luar, sozinho erguia
Ao Deus três vezes santo.
És tu, que eu esqueci na idade ardente
Das paixões juvenis,
E que voltas a mim, sincero amigo,
Quando sou infeliz.
Sinta a tua voz de novo,
Que me revoca a Deus:
Inspira-me a esperança,
Que te seguiu dos Céus!...

 

Alexandre Herculano

quarta-feira, março 26, 2025

El-Rei D. Sancho I morreu há 814 anos...

 

 Estátua de El-Rei D. Sancho I, desterrada num canto da praça da Sé, na cidade da Guarda

      

D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de novembro de 1154  - Coimbra, 26 de março de 1211) foi o Rei de Portugal de 1185 a 1211. Era cognominado de o Povoador pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187) ou Belmonte (1199), povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.

     
Maravedi (morabitino) em ouro com a efígie de D. Sancho I
    
   in Wikipédia

 

 

Ai eu, coitada

Ai eu, coitada, como vivo en gran cuidado
por meu amigo, que hei alongado!
     Muito me tarda
     o meu amigo na Guarda!

Ai eu, coitada, como vivo en gran desejo

por meu amigo, que tarda e non vejo!
     Muito me tarda
     o meu amigo na Guarda!

 

D. Sancho I

A Escócia e a Inglaterra aceitaram juntar-se num Reino Unido há 318 anos


O Tratado de União de 1707 foi um tratado que aboliu a independência da Inglaterra e da Escócia em favor de um novo Estado, o "Reino Unido da Grã-Bretanha". O acordo foi ratificado a 26 de março de 1707 pelos parlamentos da Inglaterra e Escócia e teve como principais efeitos:

  • A criação do novo Reino Unido da Grã-Bretanha: Inglaterra e Escócia encontravam-se até então sob um regime de união pessoal das coroas; agora, a independência formal dos dois países desapareceria em favor do novo Estado. O País de Gales, por sua vez, já havia sido anexado à Inglaterra no século XVI;
  • A dissolução dos parlamentos escocês e inglês e a sua substituição pelo novo parlamento da Grã-Bretanha (em Westminster);
  • a união aduaneira entre os dois países.
A Rainha Ana da Inglaterra tornou-se a primeira ocupante de um trono britânico único e a Escócia enviou 45 deputados para o parlamento unificado em Londres. Em contrapartida, o direito, a moeda e a Igreja escoceses continuaram separados.
Este evento histórico também é conhecido como "Atos de União de 1707" (Acts of Union, em inglês), uma referência às ratificações do tratado pelos parlamentos dos dois países.
 
in Wikipédia
 

  
O Reino da Grã-Bretanha acabou após o Ato de União de 1800, pelo que a Irlanda foi anexada e criado o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, após o final das Revoltas Irlandesas de 1798.
 

terça-feira, março 25, 2025

D. Afonso II, o terceiro Rei de Portugal, morreu há oitocentos e dois anos...

  
D. Afonso II de Portugal (cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, em virtude da doença que o teria afectado; Coimbra, 23 de abril de 1185 - Santarém, 25 de março de 1223), terceiro rei de Portugal, era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, D. Dulce de Aragão, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão

Afonso foi o primeiro filho de Sancho I e de Dulce de Aragão. Teve três irmãs nascidas antes dele, sendo o quarto a nascer. Foi o terceiro rei de Portugal, nasceu no mesmo ano em que o avô Afonso Henriques morreu.

Teve uma vida curta, morreu aos 37 anos de doença. No seu reinado preocupou-se mais em centralizar o poder real do que na conquistas aos mouros.

Casou-se em 1208 com Urraca de Castela, uma prima sua, descendente de Afonso VI de Leão, sendo este o trisavô de Afonso II. Este casamento ia contra a lei canónica, pois eram primos em 5.º grau. O bispo do Porto, Martinho Rodrigues opôs-se à entrada dos noivos por esse motivo, o que desencadeou uma resposta violenta por parte do rei Sancho I, pai de Afonso.

Os seus filhos eram menores quando morreu. O sucessor, D. Sancho II, ainda não tinha os 14 anos ao herdar o trono. O país acabou por mergulhar num período de desordem que levou o irmão de Sancho II, Afonso III, a lutar pela posse do trono, o que acabou por conseguir.

Diz-se que D. Afonso II possa ter morrido de lepra (isso poderá ter justificado um dos seus cognomes, o Gafo, bem como uma célebre e depreciativa frase dita por alguns elementos do povo: Fora Gaffo!), mas a enorme gordura que o rei possuía teria sido a sua causa de morte
 
   
Reinado

Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos (1211-1216) entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Santa Sancha de Portugal (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer - com as respetivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio. Este conflito foi resolvido com intervenção do papa Inocêncio III. O rei indemnizou as infantas com muito dinheiro, a guarnição dos castelos foi confiada a cavaleiros templários, mas era o rei que exercia as funções soberanas sobre as terras e não as infantas como julgavam ter e que levou à guerra. O conflito deu-se na altura em que se deu a batalha de Navas de Tolosa e como tal, poucos soldados o rei tinha ao seu dispor.

No seu reinado foram criadas as primeiras leis escritas e pela primeira vez reunidas cortes com representantes do clero e nobreza, em 1211 na cidade de Coimbra, na altura capital. Foram realizadas inquirições em 1220, inquéritos feitos por funcionários régios com vista a determinar a situação jurídica das propriedades e em que se baseavam os privilégios e imunidades dos proprietários. As confirmações entre 1216 e 1221, validavam as doações e privilégios concedidos nos anteriores reinados, após analisados os documentos comprovativos ou por mercê real. Todo o seu reinado foi um combate constante contra as classes privilegiadas, isto porque seu pai e avô deram grandes privilégios ao clero e nobreza e Afonso II entendia que o poder real devia ser fortalecido.  

O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Leão, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos mouros as cidades de Alcácer do Sal, Borba, Vila Viçosa, Veiros, em 1217, e, possivelmente também Monforte e Moura, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objetivo de estabelecer tratados comerciais. Não teve preocupações militares, mas enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos. A única conquista feita foi Alcácer do Sal.

Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu retificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.

Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor, Sancho II, pode finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).
 
Túmulo de El-Rei D. Afonso II
   

quinta-feira, março 20, 2025

A Rainha D. Maria I morreu há 209 anos...

    
D.ª Maria I de Portugal, de nome completo Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança (Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) foi Rainha de Portugal de 24 de fevereiro de 1777 a 20 de março de 1816, sucedendo ao seu pai, El-Rei D. José I. D. Maria foi, antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança.
Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transportada após a morte.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, em Lisboa. No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria, a Louca ou Maria Louca, devido à doença mental, manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
   

Brasão de D.ª Maria, I, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
        

quarta-feira, março 19, 2025

El-Rei D. João IV nasceu há 421 anos

 D. João IV - Peter Paul Rubens (circa 1628)

     

D. João IV (Vila Viçosa, 19 de março de 1604 - 6 de novembro de 1656) foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança.

 


Bandeira pessoal de João IV
   
(...)
  
O rei faleceu em 6 de novembro, devido ao «mal da gota e da pedra» de que fala o conde da Ericeira, doença que se manifestara em 1648. Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. No seu testamento, datado de 2 de novembro de 1656, confiou a regência à mulher, Luísa de Gusmão.
Diz Veríssimo Serrão que «a historiografia liberal procurou denegri-lo na ação de governo, mas as fontes permitem hoje assentar um juízo histórico completamente diferente. (...) Deve pôr-se em relevo a ação do monarca na defesa das fronteiras do Reino (....). Também providenciou no envio de várias embaixadas às cortes europeias, para a assinatura de tratados de paz ou de trégua, a obtenção de auxílio militar e financeiro e a justificação legítima de 1640
Deve-se-lhe a criação do Conselho de Guerra (1640), da Junta dos Três Estados (1643), do Conselho Ultramarino (1643) e da Companhia da Junta de Comércio (1649), além da reforma em 1642 do Conselho da Fazenda. E a regulamentação dos negócios da Secretaria de Estado, para melhor coordenação das tarefas de Governo. Esta em 29 de novembro de 1643 foi dividida em Secretaria de Estado, de um lado, que coordenava toda a política interna e externa, e à «das Mercês e Expediente», do outro, que tratava de «consultas, despachos, decretos e ordens» não dependentes da outra Secretaria.
Promulgou abundante legislação para satisfazer as carências de governo na Metrópole e no Ultramar. E, para além do monarca e do restaurador, impõe-se considerar nele o artista e o letrado, o amador de música que, no seu tempo, compondo o hino Adeste Fideles, esteve à altura dos maiores de Portugal.»
      

sexta-feira, março 14, 2025

A última Imperatriz do Brasil nasceu há 203 anos...

  
Dª Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, cujo nome completo em italiano era Teresa Cristina Maria Giuseppa Gasparre Baltassarre Melchiore Gennara Rosalia Lucia Francesca d'Assisi Elisabetta Francesca di Padova Donata Bonosa Andrea d'Avelino Rita Liutgarda Geltruda Venancia Taddea Spiridione Rocca Matilde di Borbone-Due Sicilie (Nápoles, 14 de março de 1822 - Porto, 28 de dezembro de 1889), foi uma princesa do reino das Duas Sicílias, do ramo italiano da Casa de Bourbon, e a quarta e última imperatriz-consorte do Brasil, esposa do imperador D. Pedro II. Foi a mãe das princesas Isabel e Leopoldina.
  
  

quinta-feira, março 13, 2025

O Czar Alexandre II foi assassinado há 144 anos...

      
Alexandre II (Moscovo, 29 de abril de 1818 - São Petersburgo, 13 de março de 1881) foi Czar da Rússia desde 2 de março de 1855 até ao seu assassinato. Como tal, foi também grão-duque da Finlândia (1855-1881) e rei da Polónia até 1867.
É conhecido pelas suas reformas liberais e modernizantes, através das quais procurou renovar a cristalizada sociedade russa.
Em 19 de fevereiro de 1861 decretou o fim da servidão na Rússia. Foram libertados, ao todo, 22,5 milhões de camponeses servos - preservando-se, todavia, a propriedade dos latifúndios.
   
(...)
     
Após a última tentativa de assassinato em fevereiro de 1880, o conde Loris-Melikov foi nomeado chefe da Comissão Executiva Suprema e recebeu mais poderes para combater os revolucionários. As propostas de Loris-Melikov iriam incluir a criação de uma espécie de parlamento e o imperador pareceu concordar com ele, contudo estes planos nunca foram concretizados.
A 13 de março de 1881, Alexandre foi vitima de uma conspiração para o assassinar em São Petersburgo.
Como se sabia, todos os domingos, durante vários anos, o imperador ia visitar o Mikhailovsky Manège para assistir à chamada militar. Viajava para e regressava do Manège numa carruagem fechada acompanhada de seis cossacos e mais um sentado ao lado do cocheiro. A carruagem do imperador era seguida por dois trenós que levavam, entre outros, o chefe da polícia e o chefe dos guardas do imperador. A viagem, como sempre, fez-se pelo Canal de Catarina e por cima da Ponte Pevchesky. A estrada era apertada e tinha passeios para os peões de ambos os lados. Um jovem membro da Vontade do Povo, Nikolai Rysakov carregava uma pequena embalagem branca embrulhada num lenço de pano.
Embora a explosão tenha matado um dos cossacos e ferido o condutor e pessoas que passavam na rua com gravidade, apenas conseguiu provocar danos na carruagem à prova de bala, um presente do imperador Napoleão III de França. O imperador saiu abalado, mas ileso. Rysakov foi capturado quase de seguida. O chefe da polícia, ouviu Rysakov a gritar para outra pessoa que estava no meio da multidão. Os guardas e os cossacos imploram ao imperador que deixasse imediatamente o local em vez de ir ver o local da explosão.
Apesar de tudo, um segundo membro jovem da organização terrorista, Ignaty Grinevitsky que estava perto da cerca do canal, ergueu ambos os braços e atirou algo para os pés do imperador. Alegadamente, Alexandre terá gritado: Ainda é cedo demais para agradecer a Deus. Dvorzhitsky escreveu mais tarde:
Mais tarde descobriu-se que havia um terceiro bombista na multidão. Ivan Emelyanov estava pronto agarrando uma mala de mão que tinha uma bomba que seria usada se as outras duas tivessem falhado.
Alexandre foi levado de trenó até ao Palácio de Inverno e depois para o seu escritório onde, ironicamente, quase exatamente vinte anos antes, tinha assinado o documento que tinha libertado os servos. Alexandre estava a perder muito sangue, tinha as pernas destruídas, o estômago aberto e o rosto mutilado. Vários membros da família real apressaram-se para o local.
O imperador moribundo recebeu a comunhão e a extrema unção. Quando perguntaram ao médico que estava de serviço, Sergey Botkin, quanto tempo de vida lhe restava, ele respondeu: No máximo, quinze minutos. Às três e meia da tarde a bandeira pessoal de Alexandre II foi arreada pela última vez. 
         
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segunda-feira, março 10, 2025

El-Rei D. João VI morreu há 199 anos...

O Príncipe Regente Passando Revista às Tropas na Azambuja, 1803 - Domingos Sequeira
      
D. João VI de Portugal (de nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança; Lisboa, 13 de maio de 1767 - Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, de facto, e desde 1822 até 1825, de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até à sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Pedro o imperador do Brasil de facto.
Um dos últimos representantes do absolutismo, D. João VI viveu num período tumultuoso, e seu reinado nunca conheceu uma paz duradoura. Ora era a situação portuguesa ou europeia a degenerar, ora era a brasileira. Não esperara vir a ser rei; só ascendeu à posição de herdeiro da Coroa pela morte de seu irmão mais velho, D. José. Assumiu a regência quando a sua mãe, a rainha D.ª Maria I, foi declarada mentalmente incapaz. Teve de lidar com a constante ingerência nos assuntos do reino de nações mais poderosas, nomeadamente a Espanha, França e Inglaterra. Obrigado a fugir de Portugal quando as tropas napoleónicas invadiram o país, chegando à colónia enfrentou revoltas liberais que refletiam eventos similares na metrópole, e foi compelido a retornar à Europa em meio a novos conflitos. Perdeu o Brasil quando seu filho D. Pedro proclamou a independência e viu o seu outro filho, D. Miguel, rebelar-se, procurando depô-lo. O seu casamento foi da mesma forma acidentado, e a esposa, Dª Carlota Joaquina, repetidas vezes conspirou contra o marido em favor de interesses pessoais ou da Espanha, o seu país natal.
Não obstante as atribulações, deixou uma marca duradoura especialmente no Brasil, criando inúmeras instituições e serviços que criaram a autonomia nacional, sendo considerado por muitos pesquisadores o verdadeiro mentor do moderno estado brasileiro. Apesar disso, é até hoje um dos personagens mais caricatos da história luso-brasileira, sendo acusado de indolência, falta de tino político e constante indecisão, sem falar em sua pessoa, retratada amiúde como grotesca, o que, segundo a historiografia mais recente, na maior parte dos casos é uma imagem injusta.
   
Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
           
in Wikipédia

quinta-feira, março 06, 2025

Uma nódoa chamada Afonso Costa nasceu há 154 anos


Afonso Augusto da Costa (Seia, 6 de março de 1871 - Paris, 11 de maio de 1937) foi um advogado, professor universitário, político republicano e estadista português.
Foi um dos principais obreiros da implantação da república em Portugal e uma das figuras dominantes da primeira república.

 
 
NOTA: republicamos aqui um excelente texto, para quem quiser conhecer melhor este nódoa da história de Portugal:

Qual é coisa, qual é ela, que entra pela porta e sai pela janela?

Afonso Costa não é, como escreveu A.H. de Oliveira Marques, o mais querido e o mais odiado dos Portugueses. É, com certeza, uma das figuras mais ridículas e abjetas da História de Portugal, epítome do que constituiu a I República, ou seja, um regime de vale-tudo, de ameaças, de extorsões, de perseguições e ódios. Afonso Costa jamais foi querido. Foi sempre temido, odiado, repudiado e no fim respeitado, pois ser amado significava perder a força necessária à consolidação da sua obra. A República Portuguesa, sobretudo nos seus defeitos (sim, porque não podemos esconder-lhe algumas virtudes) foi da sua lavra. Desde a tentativa de erradicação da Igreja Católica, às sovas que deu ou mandou dar aos seus opositores, passando pelos pequenos furtos ou os grandes roubos em que esteve envolvido, sem qualquer pejo, embaraço ou vergonha. Como escreveu Fernando Pessoa: «Não podendo Afonso Costa fazer mais nada, é homem para mandar assassinar. Tudo depende do seu grau de indignação.». Ora, a indignação de Afonso Costa teve vários graus, tantos ou mais do que aqueles que subiu na hierarquia da Maçonaria que o acolhia com fraternidade. Aliás, a raiva deste paladino da República nunca foi elitista, faça-se-lhe justiça: tanto se dirigia a monárquicos como a republicanos, dependendo de quem se atrevia a fazer-lhe frente.
Político experimentado dos últimos anos do Rotativismo e da experiência do Franquismo, A. Costa sabia uma coisa: para governar um país como Portugal, a Democracia só podia vir depois. Mais, o primeiro passo para mandar nos portugueses, não é suspender o Parlamento, ou calar a Imprensa, é alimentar o mais possível o caciquismo e os clientelismos. Por isso, com uma mestria nem sequer igualada pelo seu sucessor das Finanças a partir de 1926, rodeou-se da família, criando uma Dinastia de Costas (a expressão aparece na sua correspondência), leal, forte, incorruptível (na qual a sua mulher teve um papel fundamental, mesmo apesar de às mulheres a República ter negado o direito ao voto), distribuiu benesses aos mais próximos, amigos ou inimigos, mantendo-os no bolso como qualquer bom gangster o faria.
Contudo, Costa tinha um lado medroso que faz dele esse político tão extraordinário e vivo da nossa História. Rodeava-se da púrria (adolescentes vadios e marginais a quem oferecia bombas e armas para assustar a população) e ele próprio manejava a pólvora como ninguém; por outro lado era incapaz de enfrentar um opositor num frente a frente. E tinha medo, muito medo, do próprio terror que lançara. Quando, em 1917, Sidónio o mandou ir prender ao Porto andou escondido em guarda-fatos e dali saiu apupado por uma fila de mulheres. Passou vexames inacreditáveis: viu a sua casa ser esbulhada de alguns dos objetos que ele tinha furtado nos Palácios Reais e um dia, em julho de 1915, seguindo num elétrico, atirou-se pela janela fora ao som e à vista de um clarão que pensava vir de uma bomba. Não fora um atentado, apenas um curto-circuito…estatelou-se no chão de onde foi levantado pelos transeuntes em estado grave e, durante meses e anos a fio, Lisboa transformou esta cena patética numa adivinha popular: Qual é coisa, qual é ela, que entra pela porta e sai pela janela?
Afonso Costa participou em negociatas e estranhos casos de favorecimento. Desapareceram processos durante o seu ministério na Justiça e não poucas vezes viu o Parlamento envolvê-lo na “roubalheira” de que fala Raul Brandão e na qual políticos e militares participavam. Em França um banqueiro virou-se para António Cabral, ex-ministro da Monarquia perguntando-lhe: - “Conhece um tal de Afonso Costa, em Portugal”. António Cabral disse que sim, que o conhecia bem… ao que o capitalista respondeu – “Pois deve ser um dos homens mais ricos do seu país, dada a quantia que possui na conta que por cá abriu…”
Nada o detinha. Para além de manipular a legislação a seu favor (algo que facilmente podia fazer, dado que controlava, a partir da proeminência do seu Partido Democrático, veja-se o Caso das Binubas, de que hoje ninguém fala…) executava malabarismos financeiros, como o que envolveu a sua mulher, para quem fez desviar, sob a desculpa da caridade, meio milhão de francos, destinados à Comissão de Hospitalização da Cruzada das Mulheres Portuguesas, de que a D. Alzira Costa era presidente.
Claro está que no meio de governos maioritários, ditatoriais e não fiscalizados, no meio do clima de terror que Afonso Costa ajudara a criar e mantinha para sua segurança e a da própria República, os roubos não só eram frequentes, como absolutamente seguros (prova-o a “habilidade” de Alves dos Reis, em 1925). Nenhuma investigação sendo efetivamente aberta levaria a alguma condenação. Não deixa de ser curioso que às despesas e aos roubos que os republicanos faziam questão de apontar antes de 1910 tornaram-se frequentíssimos durante os loucos anos da I República: armamento, fardas militares, promiscuidades várias com empresas estrangeiras, etc, etc.
Através da figura de Afonso Costa é fácil entender as atuais comemorações do Centenário e como, a meio deste ano de 2010, os seus mandatários resolveram assumir a celebração dos primeiros anos da República, evitando assim o Estado Novo e, na III República, fugir à inevitável glorificação de uma certa “oposição” não socialista. É que a Primeira República, intolerante e exclusiva como hoje alguns dos seus admiradores é a melhor e talvez a única maneira de regressar às raízes e à autenticidade da República Portuguesa tal qual ela foi gizada.
 
Nuno Resende - daqui

sexta-feira, fevereiro 28, 2025

O rei Afonso XIII de Espanha morreu há 84 anos...

    
Afonso XIII da Espanha
, de nome completo Alfonso León Fernando María Jaime Isidro Pascual Antonio de Borbon y Habsburgo-Lorena, (Madrid, 17 de maio de 1886 - Roma, 28 de fevereiro de 1941) foi rei de Espanha entre 1886 e 1931.
Alfonso foi o filho póstumo do rei Afonso XII de Espanha e de Maria Cristina de Habsburgo-Lorena. Foi proclamado rei na altura do seu nascimento e a sua mãe foi a regente durante a sua menoridade. Em 1902, ao completar 16 anos, foi declarado maior de idade e assumiu as funções de chefe de estado.
O seu reinado foi manchado pela queda do império colonial espanhol, por grandes levantamentos populares, que levaram à ditadura de Primo de Rivera, e culminou com a proclamação da Segunda República Espanhola, a 14 de abril de 1931, e com o exílio do rei.

No entanto, durante a I Guerra Mundial, Afonso XIII organizou, como monarca de um país neutro, uma valiosa iniciativa, que permitiu pôr em contacto os prisioneiros de guerra de ambas as partes com as suas famílias.
    
Brasão de Afonso XIII de Espanha
   

quarta-feira, fevereiro 26, 2025

O primeiro Czar do moderno Reino da Bulgária nasceu há 164 anos


Fernando Maximiliano Carlos Leopoldo Maria de Saxe-Coburgo-Gota (Viena, 26 de fevereiro de 1861 - Coburgo, 10 de setembro de 1948), foi um príncipe de Saxe-Coburgo-Gota, príncipe-regente e primeiro Czar da Bulgária, além de poeta, botânico, filatelista e colecionador de arte.

Descendente do ramo católico de Koháry, Fernando era o filho mais novo do príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e da princesa Clementina de Orléans. Os seus avós paternos foram Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e Maria Antónia de Koháry e os seus avós maternos foram o rei Luís Filipe I de França e Maria Amélia de Bourbon-Duas Sicílias. Tinha entre seus familiares boa parte dos soberanos europeus, como Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota, Leopoldo I da Bélgica, Fernando II de Portugal, Vitória do Reino Unido e seu marido, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota.
No dia 7 de julho de 1887, Fernando proclamou-se Príncipe Regente do território autónomo da Bulgária, dez meses depois do seu precedente abdicar.
A Bulgária, liderada então por um partido liberal, cujo líder era Stefan Stambolov, aceitou-o, pois seria a única forma de se desfazerem de uma possível ocupação russa.
Anos mais tarde, casou-se com a Princesa Maria Luísa de Bourbon-Parma, filha de Roberto I de Parma, a 20 de abril de 1893, e da qual teve 4 filhos:
  • Boris III (1894–1943)
  • Kyril (1895–1945)
  • Eudoxia (1898–1985)
  • Nadezhda (1899–1958). Casou com o duque Albrecht Eugen de Württemberg.
A sua mulher morreu ao dar à luz Nadezhda. Só depois da sua mãe, a Princesa Clémentin, morrer, é que Fernando pensou em voltar a casar. Casou-se com Eleonora de Reuss-Köstritz, Princesa de Reuss-Köstritz, no dia 28 de fevereiro de 1908.
Fernando I abdicou do trono em 1918, após a derrota na Primeira Guerra Mundial, para evitar o domínio estrangeiro de seu país. Sucedeu-lhe o seu filho mais velho, Boris, o futuro Bóris III.
Morreu em 1948 em Coburgo, na Alemanha, aos 87 anos.
    
   
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Mohammed V, o primeiro Rei do moderno estado de Marrocos, morreu há 64 anos

 

Maomé V (Fez, 10 de agosto de 1909 - Rabate, 26 de fevereiro de 1961), nascido Maomé ibne Iúçufe foi mulei, sultão de 1927 a 1953 e de 1955 a 1957 e, finalmente, rei de Marrocos de 1957 a 1961.
 

Maomé era o terceiro filho de Iúçufe (r. 1912–1927). Com a morte deste, as autoridades francesas fizeram de Maomé o sucessor. Em 1934, exortou os franceses a abandonarem o Dahir Berber de 1930 que criou diferentes sistemas legais aos dois principais grupos étnicos do Marrocos, os berberes e árabes. Os marroquinos criaram o Dia do Trono, um festival anual para celebrar o aniversário da ascensão de Maomé. Neste dia, o sultão discursou, apesar de forma moderada, de modo a encorajar o sentimento nacionalista. Os franceses relutantemente transformaram o dia em feriado oficial e na década seguinte Maomé, embora não fizesse declaradamente parte dos movimentos nacionalistas, os apoiou. Com a II Guerra Mundial (1939–1945), apoiou os Aliados e em 1943 se reuniu com o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, que o encorajou a declarar independência.

Em janeiro de 1944, o interesse de Maomé pela independência aumentou, dada a prisão, por ordem da França, de vários nacionalistas. Em 1947, visitou Tânger e discursou sobre as ligações dos marroquinos com o mundo árabe e omitiu a França. Além disso, recusou-se a assinar os decretos do general residente francês. Em 1951, os franceses encorajaram uma rebelião tribal, e sob pretexto de protegê-lo, cercaram o palácio com tropas. Nisso, foi obrigado a denunciar o movimento nacionalista. Em agosto de 1953, foi levado à Córsega e depois Madagascar e o país foi dado a Maomé ibne Arafa (rei de 1953 a 1955).

O terrorismo se alastrou com sua ausência, e os franceses, que à época enfrentavam uma grande revolta na Argélia, permitiram que voltasse em novembro de 1955. Em março de 1956, Maomé negociou um tratado que garantiu a integral independência do Marrocos. Em 1957, adotou o título de rei (maleque). O seu filho e futuro sucessor, Hassan II, foi nomeado, em maio de 1960, primeiro ministro e dirigiu ativamente o país até à sua sucessão, em 1961.
  
  

domingo, fevereiro 16, 2025

Música adequada à data...

João Ferreira-Rosa nasceu há 88 anos...

(imagem daqui)

João Manuel Soares Ferreira-Rosa (São Mamede, Lisboa, 16 de fevereiro de 1937Loures, 24 de setembro de 2017) foi um fadista e letrista português, intérprete do famoso fado "O Embuçado".
É um dos maiores expoentes do fado tradicional e lusitano. Monárquico e tradicionalista, os seus fados falam essencialmente, mas não exclusivamente, da nostalgia dos tempos perdidos, de um Portugal já perdido e esquecido, das touradas e da tradição.
O seu fado mais conhecido será, sem sombra de duvida, o Fado do Embuçado. Composição singular, com música do Fado Tradição, da cantadeira Alcídia Rodrigues, e letra de Gabriel de Oliveira, é incontornável em qualquer noite ou tertúlia fadista. O tema mais uma vez é o tempo de antigamente, uma curiosa história de um "embuçado" (disfarçado com capote) que todas as noites ia ouvir cantar fados e que, tendo um dia sido desafiado a revelar-se, se manifesta como sendo o Rei de Portugal, que após o beija-mão real, cantou o Fado, entre o povo.
Em 1965 adquire um espaço, no Beco dos Cortumes, em Alfama, a que chamou a Taverna do Embuçado. Abrindo no ano seguinte, esta casa viria a marcar toda uma era do Fado ao longo dos 20 anos que se seguiram, até que Ferreira Rosa deixa a gestão, nos anos 80. O espaço, contudo, ainda hoje existe.
Nos anos 60 adquire ainda o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, que estava praticamente em ruínas e destinado a converter-se num complexo de prédios. Ferreira Rosa recupera o Palácio, lutando contra diversos obstáculos burocráticos e administrativos que lhe foram sendo colocados. Nas palavras de João Ferreira-Rosa o Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) "estragou-lhe" os últimos 30 anos dos 70 que já leva de vida. Abriu o Palácio Pintéus as suas portas ao público em 2007 e lá se realizam diversos eventos ligados ao fado. Muito antes disso nele se realizaram várias sessões de fados transmitidas, ainda a preto e branco, pela RTP.
É dentro das paredes do Palácio Pintéus que é gravado, em 1996, o 2º disco de um dos seus mais sublimes trabalhos, "Ontem e Hoje". Ferreira-Rosa (tal como Alfredo Marceneiro, de resto) tem uma certa aversão a estúdios de gravação e à comercialização do fado, preferindo cantar o fado entre amigos, como refere nos versos do Fado Alcochete.
Nutre uma especial paixão por Alcochete, onde tem vivido nos últimos anos. A esta vila escreveu o fado Alcochete, que costuma cantar na música do Fado da Balada, de Alfredo Marceneiro.
Foi casado com a pianista Maria João Pires, antes de casar em Loures, Santo Antão do Tojal, a 24 de julho de 1987, com Ana Maria de Castelo-Branco Gago da Câmara Botelho de Medeiros (Lisboa, 27 de janeiro de 1936).
Entre 2001 e 2003, amigos e seguidores de João Ferreira Rosa tiveram ainda a oportunidade de o ouvir regularmente em ciclos de espetáculos organizados no Wonder Bar do Casino Estoril.
Entre os seus maiores sucessos podemos encontrar como casos do emblemático "Embuçado", "Triste Sorte" , "Acabou o Arraial", "Fragata" ou "Fado dos Saltimbancos". 
Em novembro de 2012 recebeu a Medalha de Mérito Municipal, grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa. João Ferreira-Rosa morreu na manhã do dia 24 de setembro de 2017, aos oitenta anos, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.

 

sábado, fevereiro 08, 2025

El-Rei D. Afonso IV nasceu há 734 anos

    
D. Afonso IV de Portugal (Coimbra, 8 de fevereiro de 1291 - Lisboa, 28 de maio de 1357), cognominado o Bravo, sétimo Rei de Portugal, era filho do Rei D. Dinis I de Portugal e da sua esposa, a Rainha Santa Isabel, nascida infanta de Aragão. D. Afonso IV sucedeu ao seu pai a 7 de janeiro de 1325.
    
    

O Czar Pedro I da Rússia morreu há três séculos anos...

     
Pedro I (Moscovo, 9 de junho de 1672São Petersburgo, 8 de fevereiro de 1725), apelidado de Pedro, o Grande, foi o Czar da Rússia de 1682 até à formação do Império Russo em 1721, continuando a reinar como Imperador até à sua morte. Pouco depois de sua ascensão até 1696, ele reinou junto com o seu meio-irmão mais velho, Ivan V. Pedro era o filho mais velho do czar Aleixo com a sua segunda esposa Natália Naryshkina, vivendo os seus primeiros anos tranquilamente até chegar ao trono, com apenas dez anos de idade, depois de ser escolhido como o novo soberano pela população moscovita.

     
   
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quinta-feira, fevereiro 06, 2025

Porque hoje é dia de recordar uma alma boa e um príncipe da língua portuguesa...

(imagem daqui)

 

António Vieira

O céu estrela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e a gloria tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.

No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.

 
  
in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa