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segunda-feira, dezembro 23, 2024

O anterior Duque de Bragança morreu há 48 anos...

  

D. Duarte Nuno de Bragança (de nome completo: Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança; Seebenstein, 23 de setembro de 1907 - Ferragudo, 23 de dezembro de 1976), 23° Duque de Bragança e o herdeiro presuntivo do trono de Portugal. Era filho de D. Miguel II de Bragança e de D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.


(...)

Em 1942, casou-se, no Brasil, com D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, bisneta de Dom Pedro II, último imperador do Brasil (1825–1891), e neta da última princesa imperial, D. Isabel de Bragança e do príncipe imperial consorte, D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu. Através deste casamento, uniram-se os dois ramos da família. O casal teve três filhos:
  1. D. Duarte Pio de Bragança (Berna, 15 de maio de 1945), atual duque de Bragança.
  2. D. Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946), Infante de Portugal e duque de Viseu.
  3. D. Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 194914 de fevereiro de 2017), Infante de Portugal e duque de Coimbra.
  
 
in Wikipédia

quarta-feira, dezembro 18, 2024

A Rainha Cristina da Suécia nasceu há 398 anos

   
Cristina (Estocolmo, 18 de dezembro de 1626Roma, 19 de abril de 1689) foi a Rainha da Suécia de 1632 até à sua abdicação, em 1654. Era a única filha do rei Gustavo II Adolfo e da sua esposa, Maria Leonor de Brandemburgo. Ela ascendeu ao trono sueco com apenas seis anos de idade, após a morte do seu pai, na Batalha de Lützen.

Sendo a filha de um defensor do protestantismo na Guerra dos Trinta Anos, Cristina causou escândalo ao abdicar em 1654 e ao converter-se ao catolicismo. Ela passou os seus anos restantes em Roma, tornando-se a líder da vida musical e teatral local. Como rainha sem um país, ela protegeu muitos artistas e projetos. Cristina morreu em 1689 e é uma das poucas mulheres enterradas no Vaticano.

Cristina era mal-humorada, inteligente e interessada em livros e manuscritos, religião, alquimia e ciência. Ela queria que Estocolmo se transformasse na "Atenas do Norte". Influenciada pela contrarreforma, ela cada vez mais se sentia atraída pela cultura barroca e mediterrânea que se desenvolveu longe do seu pais natal. O seu estilo de vida incomum e vestuário e comportamento masculino inspirariam vários romances, peças teatrais, óperas e filmes.
   
  

segunda-feira, dezembro 16, 2024

O primeiro Rei dos Belgas nasceu há 234 anos

     
Leopoldo I (Leopoldo Jorge Cristiano Frederico de Saxe-Coburgo-Saalfeld, depois Saxe-Coburgo-Gota; Coburgo, 16 de dezembro de 1790 - Laken, 10 de dezembro de 1865) foi um Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota, e foi o primeiro Rei dos Belgas, título que deteve de 21 de julho de 1831 até à sua morte.
Ele foi o fundador da linhagem belga da Casa de Saxe-Coburgo-Gota. Entre os seus filhos estavam Leopoldo II da Bélgica e a imperatriz Carlota do México.

Leopoldo era o filho mais jovem do duque Francisco de Saxe-Coburgo-Saalfeld e da condessa Augusta Reuss-Ebersdorf.
Ele passou a ser príncipe de Saxe-Coburgo-Gota depois de uma troca territorial realizada por seu pai, em 1826.
Em 1795, com cinco anos de idade, Leopoldo foi apontado coronel do regimento imperial de Izmailovski, na Rússia. Sete anos depois, com doze anos, ele tornou-se general. As tropas napoleónicas ocuparam o ducado de Saxe-Coburgo em 1806. Leopoldo, a quem Napoleão Bonaparte ofereceu a posição de ajudante (recusada), partiu para a Rússia, a encontro de Alexandre I, que era cunhado de sua irmã Juliana.
Em 1808, Leopoldo acompanhou Alexandre I durante seus encontros com Napoleão em Erfurt. Como general de brigada do regimento de cavalaria russa, ele participou das campanhas de 1807, 1808 e 1813 e nas batalhas de Lützen, Bautzen e Leipzig (1814) contra as tropas francesas. Tais confrontos garantiram-lhe a posição de major-general do exército russo.
Leopoldo acabou condecorado com várias ordens russas: a Ordem de Santo André, a Ordem de Santa Ana, a Ordem de Santo Alexandre Nevski, a Ordem de São Jorge, entre outras.

Em 2 de maio de 1816, em Carlton House, Leopoldo desposou a princesa Carlota Augusta de Gales, a única filha (legítima) do príncipe-regente britânico (mais tarde Jorge IV do Reino Unido) e por isso herdeira ao trono. Consequentemente, tornou-se marechal de campo britânico e cavaleiro da Ordem da Jarreteira. Em 5 de novembro de 1817, a princesa Carlota deu à luz um menino natimorto, morrendo no dia seguinte. Se ela tivesse sobrevivido, ter-se-ia tornado rainha do Reino Unido em 1830, com a morte de seu pai, e Leopoldo teria sido titulado príncipe consorte britânico, ao invés de rei dos Belgas.
Em 2 de julho de 1829, Leopoldo casou-se com a atriz Karoline Bauer, posteriormente tornada condessa de Montgomery, uma prima dum conselheiro do rei, barão Christian Friedrich von Stockmar. O contrato de casamento foi assinado sem cerimónia religiosa ou pública e, alegadamente, terminou em 1831.
Em 9 de agosto de 1832, Leopoldo casou-se de novo, desta vez com a princesa Luísa Maria d'Orléans, filha de Luís Filipe I, rei dos franceses, da qual teve quatro filhos:

Em 1830, o povo da Grécia ofereceu a Leopoldo a coroa grega, mas ele recusou. Depois da Bélgica conquistar a sua independência, dos Países Baixos, a 4 de outubro daquele mesmo ano, o Congresso Nacional da Bélgica, depois de considerar muitos outros candidatos, ofereceu a Leopoldo a coroa do país, recentemente formado. Ele aceitou e tornou-se o "Rei dos Belgas", em 26 de junho de 1831. Jurou lealdade à constituição em frente da Igreja de São Jacob, na praça de Coudenbergh, Bruxelas, em 21 de julho daquele ano. Este dia tornou-se feriado nacional na Bélgica. Jules van Praet tornou-se o seu secretário particular.
  
  
Menos de duas semanas mais tarde, em 2 de agosto, os Países Baixos invadiram a Bélgica. Os combates continuaram por oito anos, mas, em 1839, os dois países assinaram o Tratado de Londres, estabelecendo a independência da Bélgica.
Com a abertura de uma nova linha ferroviária entre Bruxelas e Mechelen, em 5 de maio de 1835, um dos maiores desejos de Leopoldo - o de construir a primeira ferrovia na Europa continental - tornou-se realidade. No mesmo ano, Leopoldo foi investido cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro.
Em 1840, Leopoldo arranjou o casamento entre a sua sobrinha, a rainha Vitória do Reino Unido (filha de sua irmã, Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld) com o seu sobrinho, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (filho de seu irmão Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota). Leopoldo agiu como conselheiro de Vitória.
Em 1842, Leopoldo tentou criar leis para regulamentar o trabalho infantil e feminino, mas não teve sucesso. Uma onda de revoluções saltou sobre a Europa depois da deposição do seu sogro, o rei Luís Filipe, do trono francês, em 1848. A Bélgica permaneceu neutra, por causa dos papéis diplomáticos de Leopoldo.
No dia 10 de dezembro de 1865, às 11.45 horas, o rei morreu em Laken, sendo enterrado no jazigo da família real no cemitério de Laken, na Igreja de Nossa Senhora, em Bruxelas. A rainha Luísa Maria já tinha falecido havia quinze anos, de tuberculose, aos trinta e oito anos.
  

segunda-feira, dezembro 09, 2024

Hoje é dia de recordar Almeida Garrett...

 

Destino

 

Quem disse à estrela o caminho
Que ela há-de seguir no céu?
A fabricar o seu ninho
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz à planta «Florece!»
E ao mudo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios quem lhos enreda?

Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbir
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há-de ir pedir?
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem...
Ai!, não mo disse ninguém.

Como a abelha corre ao prado,
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o ente o seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino .
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer. 



Almeida Garrett

El-Rei D. Pedro II morreu há 318 anos...

      
D. Pedro II de Portugal (Lisboa, 26 de abril de 1648 - Alcântara, 9 de dezembro de 1706). Foi Rei de Portugal, de 1683 até à sua morte, sucedendo ao irmão D. Afonso VI, vindo já exercendo as funções de regente do Reino desde 1668, devido à instabilidade mental do irmão. Está sepultado no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora. Morreu na Quinta de Alcântara, ou Palácio da Palhavã, de apoplexia. Tinha 58 anos e estava doente há apenas quatro dias.
   
Bandeira pessoal de D. Pedro II
    
  

Almeida Garrett morreu há 170 anos...

   
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de fevereiro de 1799 - Lisboa, 9 de dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1799, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett, selador-mor da Alfândega do Porto, e Ana Augusta de Almeida Leitão. Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em Gaia". No período de sua adolescência foi viver para os Açores, na Ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio, D. Alexandre, bispo de Angra.
De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que lhe pusessem um processo por ser considerado materialista, ateu e imoral. É também neste ano que ele e sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett.
Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a vilafrancada. Antes casou-se com uma muito jovem senhora Luísa Midosi, que tinha apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se refletiriam na sua obra posterior.
Em 1824, pode partir para França e assim o fez, nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826)não tão conhecido mas não menos importante, poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrados dedicando-se ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Português (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827).
Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei absolutista D. Miguel. Ainda no ano de 1828 perdeu a sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828).
Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.
A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, após curta estadia em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais. Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspeção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (atualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro.
Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”.
A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Separado da esposa, Luisa Midosi, com quem se casou, em 1822, quando esta tinha 15 anos de idade, passa a viver em mancebia com D. Adelaide Pastor até a morte desta, em 1841.
A partir de 1846, a sua musa é a viscondessa da Luz, Rosa Montufar Infante, andaluza casada, desde 1837, com o oficial do exército português Joaquim António Velez Barreiros, inspiradora dos arroubos românticos das Folhas caídas.
Por decreto do rei D. Pedro V de Portugal, datado de 25 de junho de 1851, Garrett é feito visconde de Almeida Garrett em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta do Negócios Estrangeiros em governo presidido pelo Duque de Saldanha.
Falece em 1854, vítima de cancro, em Lisboa, na sua casa situada na atual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique.
Encontra-se sepultado em Lisboa, no Panteão Nacional.

Obras
Dá início ao seu projeto de regeneração do teatro português, levando à cena em 1838 Um Auto de Gil Vicente, pouco antes Filipa de Vilhena e, em 1842, O Alfageme de Santarém, todas sobre temas da história de Portugal.
Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa, que um crítico alemão, Otto Antscherl, considerou a "obra mais brilhante que o teatro romântico produziu". Estas peças marcam uma viragem na literatura portuguesa não só na seleção dos temas, que privilegiam a história nacional em vez da antiguidade clássica, como sobretudo na liberdade da ação e na naturalidade dos diálogos e em 1845 foi representada a peça, "Falar a Verdade a Mentir".
Em 1843, Garrett publica o Romanceiro e o Cancioneiro Geral, coletâneas de poesias populares portuguesas, e em 1845 o primeiro volume d'O Arco de Santana (o segundo apareceria em 1850), romance histórico inspirado por Notre Dame de Paris de Victor Hugo. Esta obra seduz não só pela recriação do ambiente medieval do Porto, mas sobretudo pela qualidade da prosa, longe das convenções anteriores e muito mais próxima da linguagem falada.
A obra que se lhe seguiu deu expressão ainda mais vigorosa a estas tendências: Viagens na minha terra, livro híbrido em que impressões de viagem, de arte, paisagens e costumes se entrelaçam com uma novela romântica sobre factos contemporâneos do autor e ocorridos na proximidade dos lugares descritos (outra inovação para a época, em que predominava o romance histórico). A naturalidade da narrativa disfarça a complexidade da estrutura desta obra, em que alternam e se entrecruzam situações discursivas, estilos, narradores e temas muito diversos.
Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas coletâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto, de 1844, e sobretudo Folhas Caídas, de 1853) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior.
Ao lado de poemas de exaltada expressão pessoal surgem pequenas obras-primas de singeleza ímpar como «Pescador da barca bela», próximas da poesia popular quando não das cantigas medievais. A liberdade da metrificação, o vocabulário corrente, o ritmo e a pontuação carregados de subjectividade são as principais marcas destas obras.
No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmente João Gaspar Simões) veio questionar esta apreciação, assinalando os aspetos mais fracos da produção garrettiana.
No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal.
 

Brasão de Visconde de Almeida Garrett
(daqui)
 

 

 



OLHOS NEGROS
 



Por teus olhos negros, negros,
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.
E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança,
Mas fiar-me eu neles, não.
Só negros, negros os quero;
Que, em lhes chegando a paixão,
Se um dia disserem sim...
Nunca mais dizem que não.
 


 

Almeida Garrett

sexta-feira, dezembro 06, 2024

El-Rei D. Afonso Henriques morreu há 839 anos...

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El-Rei D. Afonso I de Portugal, mais conhecido por D. Afonso Henriques (Guimarães, Coimbra ou Viseu, circa 1109 - Coimbra, 6 de dezembro de 1185) foi o fundador do Reino de Portugal e o seu primeiro rei, com o cognome de O Conquistador, O Fundador ou O Grande, pela fundação do reino e pelas muitas conquistas. Era filho de D. Henrique de Borgonha e de D.ª Teresa de Leão, condes de Portucale, um condado vassalo do reino de Leão.
   

 

in Wikipédia

 

 (imagem daqui)

 

D. Afonso Henriques 

 

Pai, foste cavaleiro. 

Hoje a vigília é nossa. 

Dá-nos o exemplo inteiro 

E a tua inteira força! 

 

Dá, contra a hora em que, errada, 

Novos infiéis vençam, 

A bênção como espada, 

A espada como bênção! 

 

   

in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

segunda-feira, dezembro 02, 2024

O Imperador D. Pedro II do Brasil nasceu há 199 anos

    
D. Pedro II do Brasil, de nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 - Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil.
 
D. Pedro II foi o sétimo filho de D. Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, porem ele era um dos filhos que mais se destacava. Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha, D. Maria da Glória. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registos históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registadas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos personagens mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa da integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa da abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur e ganhando a admiração de pensadores como Charles Darwin, Richard Wagner, Henry Wadsworth Longfellow e Friedrich Nietzsche. Durante todo a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento económico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.

segunda-feira, novembro 25, 2024

A Anarquia chegou à Inglaterra há 904 anos, com a morte do príncipe herdeiro...

  
Guilherme Atelingo (Winchester, 5 de agosto de 1103Barfleur, 25 de novembro de 1120), designado ou intitulado Adelino, foi o filho de Henrique I de Inglaterra e Edite da Escócia, e assim, o herdeiro  do trono inglês. Ele morreu aos dezassete anos de idade, no naufrágio do Barco Branco, iniciando uma crise sucessória que acabaria por levar ao período de guerra civil conhecido como a Anarquia

  

   
Guilherme morreu na tragédia do Navio Branco, em 25 de novembro de 1120. O duque e seus companheiros estavam a cruzar o Canal da Mancha, de Barfleur, no Blanche-Nef, o navio mais rápido e moderno da frota real. Guilherme e seu grupo haviam permanecido a beber na praia até ao anoitecer, confiantes de que num navio veloz e no mar calmo o atraso não teria efeito real. Consequentemente, já era madrugada quando o timoneiro, bêbado, bateu com o navio numa rocha na baía. A tripulação e os passageiros não podiam tirar o navio da rocha ou impedir que o navio se enchesse de água; no entanto, Guilherme e vários de seus amigos conseguiram lançar um bote salva-vidas. No último minuto, Guilherme correu de volta para resgatar a sua meia-irmã, ilegítima, Matilda FitzRoy, Condessa de Perche; quando eles e vários outros se atiraram no pequeno bote, ele, "sobrecarregado pela multidão que saltou para dentro dele, virou, afundou e os enterrou indiscriminadamente nas profundezas".
   

quarta-feira, novembro 20, 2024

Os pais do rei Carlos III do Reino Unido casaram há 77 anos...

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Isabel conheceu o seu futuro marido, o príncipe Filipe da Grécia e Dinamarca, em 1934 e depois em 1937. Eles eram primos em segundo grau, através do rei Cristiano IX da Dinamarca, e de terceiro grau, através da rainha Vitória. Depois de mais um encontro, em julho de 1939 no Real Colégio Naval de Dartmouth, Isabel – então com apenas treze anos de idade – afirmou que havia se apaixonado por Filipe e eles começaram a trocar cartas. O seu noivado foi anunciado oficialmente em 9 de julho de 1947.

O casamento não ocorreu sem controvérsias: Filipe não tinha fortuna, era estrangeiro (apesar de cidadão britânico que havia servido na Marinha Real Britânica durante a Segunda Guerra Mundial) e tinha irmãs casadas com nobres alemães, com ligações nazis. Crawford escreveu que "Alguns dos conselheiros do rei não o achavam suficientemente bom para ela. Ele era um príncipe sem casa ou reino. Alguns dos jornais falaram sobre as origens estrangeiras de Filipe". Algumas biografias posteriores da mãe de Isabel relatam que ela inicialmente era contra a união, até chamando Filipe de "O Huno". Entretanto, ela mais tarde contou ao biógrafo Tim Heald que o príncipe era "um cavalheiro inglês".

Antes do casamento, Filipe renunciou aos seus títulos gregos e dinamarqueses, converteu-se da ortodoxia grega para o anglicanismo e adotou o nome de "Filipe Mountbatten", tomando o sobrenome da família britânica da sua mãe. Pouco antes do casamento, ele foi elevado a Duque de Edimburgo e recebeu o tratamento de "Sua Alteza Real".

Isabel e Filipe casaram na Abadia de Westminster, a 20 de novembro de 1947. Eles receberam 2500 presentes vindos de todo mundo. Já que o Reino Unido ainda não havia recuperado totalmente da  devastação da guerra, Isabel pediu que cupões de racionamento comprassem o material para o seu vestido de noiva, que foi desenhado por Norman Hartnell. No pós-guerra, não era aceitável que os parentes alemães do duque, incluindo as suas três irmãs ainda vivas, fossem convidados para o casamento. O Duque de Windsor, o anterior rei Eduardo VIII, também não foi convidado.

Isabel deu à luz o seu primeiro filho, príncipe Carlos, em 14 de novembro de 1948. Um mês depois, o rei emitiu cartas-patente permitindo que os filhos deles usassem o estilo e título de um príncipe ou princesa real, que do contrário eles não teriam direito, já que seu pai não era mais um príncipe. A segunda criança, princesa Ana, nasceu em 1950.

Depois do casamento o casal alugou Windlesham Moor, perto do Castelo de Windsor, até 4 de julho de 1949, quando passaram a residir na Clarence House em Londres. Em vários momentos entre 1949 e 1951, Filipe foi colocado em serviço na colónia da coroa de Malta como oficial da marinha britânica. Ele e Isabel viveram intermitentemente por meses na aldeia de Gwardamanġa, na Villa Guardamangia, a casa alugada do tio do duque, Louis Mountbatten. As crianças permaneceram na Inglaterra.

   

 in Wikipédia

domingo, novembro 17, 2024

Catarina a Grande morreu há 228 anos

   
Catarina II (Estetino, 2 de maio de 1729São Petersburgo, 17 de novembro de 1796), conhecida como Catarina, a Grande, foi a Imperatriz da Rússia de 1762 até sua morte. Nascida como princesa Sofia Frederica Augusta de Anhalt-Zerbst-Dornburg, era a filha mais velha de Cristiano Augusto, Príncipe de Anhalt-Zerbst, e sua esposa Joana Isabel de Holsácia-Gottorp. Sofia converteu-se à Igreja Ortodoxa Russa, assumiu o nome de Catarina Alexeievna e casou com o grão-duque Pedro Feodorovich, nascido príncipe de Holsácia-Gottorp, em 1745. O seu marido ascendeu ao trono russo, em janeiro de 1762, como Pedro III e ela organizou um golpe de estado que o tirou do trono em julho, com Pedro morrendo alguns dias depois, supostamente assassinado.

Durante o seu reinado, o Império Russo melhorou a sua administração e continuou a modernizar-se. O reinado de Catarina revitalizou a Rússia, que cresceu com ainda mais força e tornou conhecida como uma das maiores potências europeias. Os seus sucessos dentro da complexa política externa e as suas represálias por vezes brutas aos movimentos revolucionários (mais notavelmente na Rebelião Pugachev) complementaram a sua caótica vida privada. Causava escândalo frequentemente, dada a sua tendência para relações que espalhavam rumores por todas as cortes europeias.

Catarina subiu ao poder supostamente após uma conspiração por ela mesma elaborada que depôs o seu marido, o czar Pedro III, e o seu reinado foi o apogeu da nobreza russa. Pedro III, sob pressão da mesma nobreza, tinha já aumentado a autoridade dos grandes proprietários de terra sobre os seus mujique e servos. Apesar dos deveres impostos nos nobres pelo primeiro modernizador proeminente da Rússia, o czar Pedro I, e apesar das amizades de Catarina com os intelectuais do iluminismo na Europa Ocidental (em particular Denis Diderot, Voltaire e Montesquieu), a imperatriz não considerava prático melhorar as condições de vida dos seus súbditos mais pobres que continuavam a ser ostracizados (por exemplo) por conscrição militar. As distinções entre os direitos dos camponeses nos estados votchine e pomestie desapareceram virtualmente na lei e na prática durante o seu reinado.

Em 1785, Catarina conferiu à nobreza a Carta Régia da Nobreza, aumentando ainda mais o poder dos senhores de terra. Nobres em cada distrito elegiam um "marechal da nobreza" que falava em seu nome à monarca sobre problemas que os afetavam, em especial os problemas económicos. 

  


sexta-feira, novembro 15, 2024

Saudades de El-Rei...


 

El-Rei
 

Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
 
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
 
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
 
   
  
Branca Gonta Colaço

quinta-feira, novembro 14, 2024

O saudoso rei Hussein I da Jordânia nasceu há 89 anos...

   
Hussein ibn Talal (Amã, 14 de novembro de 1935 - Amã, 7 de fevereiro de 1999) foi rei da Jordânia entre 1953 e 1999.
  
Família e primeiros anos de vida
Hussein pertence à dinastia dos hachemitas, cujos membros são descendentes de Maomé. Era filho do rei Talal e de Zein al-Sharaf bint Jamil, bisneto de Hussein ibn Ali e primo do rei Faisal II do Iraque.
Fez os seus estudos em Amã, no Victoria College de Alexandria e na Harrow School em Inglaterra. Neste país frequentou também a Royal Military Academy Sandhurst.

Reinado
Em 1952 Hussein sucedeu ao pai, que, devido aos seus problemas de esquizofrenia, foi declarado inapto para governar pelo parlamento da Jordânia. Hussein foi coroado no ano seguinte, quando tinha apenas dezoito anos de idade.
Em 1957 teve que fazer frente um golpe de estado, por causa do qual decretou a lei marcial e dissolveu todos os partidos políticos. No ano seguinte sobreviveu a uma tentativa de assassinato, ordenada pela Síria, e, em 1959, a uma nova tentativa de golpe de estado.
Hussein manteve uma política próxima dos estados ocidentais, em particular dos Estados Unidos e do Reino Unido. Procedeu a uma modernização do país e das forças armadas, tendo neste último caso recebido uma ajuda especial dos Estados Unidos.
Em 1967 na sequência da Guerra dos Seis Dias a Jordânia perdeu a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém para Israel. Outra consequência da guerra seria a chegada de mais refugiados palestinianos à Jordânia, o que teria consequências políticas internas.
Por volta de 1970 os vários grupos que integravam a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tinham praticamente criado na Jordânia um estado dentro do estado, controlando áreas próximas da fronteira a partir das quais realizavam ataques contra Israel. Em setembro de 1970, Hussein enviou exército contra os palestinianos, que executaria milhares destes, naquilo que ficou conhecido como o Setembro Negro. A subjugação dos palestinianos na Jordânia ficou concluída em meados de 1971; os guerrilheiros da OLP bem como vários refugiados palestinianos fugiram para o Líbano.
A partir de 1979 Hussein iniciou o processo de reconciliação com Yasser Arafat, líder da OLP. Em 1987 abdicou das reivindicações territoriais jordanas sobre a Cisjordânia; desde então a tarefa de representação política dos palestinianos passaria a recair inteiramente sobre a OLP.
As primeiras eleições democráticas na Jordânia, desde a década de 50, foram autorizadas pelo rei em 1989. As mulheres da Jordânia, aos quais o rei tinha concedido o direito de voto em 1974, tiveram nestas eleições a sua primeira participação. O resultado seria a conquista de cerca de 40% dos votos por parte de partidos políticos ligados ao fundamentalismo islâmico, hostis ao rei. Em 1993 Hussein dissolveu o parlamento e convocou novas eleições, tendo desta feita saído como vencedoras as forças moderadas.
Em 1994 Hussein assinou com Yitzhak Rabin um tratado de paz com Israel numa aldeia fronteiriça entre os dois países. Contudo, o tratado não foi bem recebido por uma porção significativa da população.
Em 1998 adoeceu com cancro; o rei já tinha sido tratado nos Estados Unidos com sucesso a esta doença em 1992, mas, desta feita, acabaria por não sobreviver. Antes de falecer, Hussein alterou a ordem sucessória, retirando o seu irmão Hassan de seu sucessor (este estava nomeado como sucessor desde 1965) para colocar na posição o seu filho mais velho, Abdullah.

   

Carlos III, monarca do Reino Unido, comemora hoje 76 anos

    

Carlos III (em inglês: Charles III, nascido Charles Philip Arthur George; Londres, 14 de novembro de 1948) é o atual rei do Reino Unido e de mais catorze estados independentes chamados de Reinos da Comunidade de Nações desde 2022, após a morte da sua mãe, a rainha Isabel II. É também o chefe da Commonwealth, uma grande organização intergovernamental composta por 53 países independentes. Ele foi herdeiro aparente, bem como Duque da Cornualha e Duque de Rothesay desde 1952 até 2022, sendo a pessoa que mais tempo ficou em primeiro lugar na linha de sucessão do trono britânico na história. Foi também o Príncipe de Gales durante mais tempo, tendo mantido o título desde julho de 1958. Após a morte de seu pai, o príncipe Filipe, em 9 de abril de 2021, Carlos também herdou o título de Duque de Edimburgo.

Carlos nasceu no Palácio de Buckingham como o primeiro neto do rei Jorge VI e da rainha Isabel. Ele foi educado nas escolas Cheam e Gordonstoun, ambas as quais seu pai frequentou quando criança. Mais tarde, ele passou um ano no campus Timbertop da Geelong Grammar School em Victoria, Austrália. Depois de se formar em Artes pela Universidade de Cambridge, Carlos serviu na Força Aérea Real e na Marinha Real de 1971 a 1976. Em 1981, casou-se com Diana Frances Spencer, com quem teve dois filhos: Guilherme e Henrique. Em 1996, o casal divorciou-se após casos extraconjugais bem divulgados por ambas as partes. Diana morreu em resultado de um acidente de carro em Paris no ano seguinte. Em 2005, Carlos se casou com a sua parceira de longa data, Camilla Parker Bowles.

Como príncipe de Gales, Carlos assumiu funções oficiais em nome da rainha. Ele fundou o The Prince's Trust em 1976, patrocina The Prince's Charities e é patrono, presidente ou membro de mais de 400 outras instituições de caridade e organizações. Como ambientalista, Carlos falou publicamente sobre questões como agricultura orgânica e mudanças climáticas, o que lhe rendeu prémios e reconhecimento de grupos ambientalistas. O seu apoio à medicina alternativa, incluindo a homeopatia, tem sido alvo de críticas. As suas opiniões sobre o papel da arquitetura na sociedade e a conservação de edifícios históricos receberam atenção significativa de arquitetos britânicos e críticos de design. Desde 1993, Carlos trabalhou na criação de "Poundbury", uma nova cidade experimental baseada nos seus gostos arquitetónicos. Ele também é autor ou co-autor de vários livros.