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quarta-feira, outubro 02, 2024

A Insurreição de Varsóvia terminou há oitenta anos...

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo
     
A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até à sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim o seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Libertação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram das suas cercanias até meados de setembro. No seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais, durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram as suas fronteiras.

terça-feira, setembro 17, 2024

Como foi aprovado por Hitler e decidido por Estaline, a União Soviética atacou a Polónia há 85 anos

     

Estaline atacou a Polónia no dia 17 de setembro de 1939. De 1939 até 1941, os soviéticos deportaram 500.000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres católicos e os camponeses mais ricos) para a Sibéria. Também assassinaram, barbaramente, 30.000 soldados polacos em Katyn, Ostaszkowo e Charkow. Em 1941 a Alemanha atacou o território soviético.

   

quinta-feira, março 28, 2024

Porque hoje é quinta feira santa...


(imagem daqui)

Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”.
Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por ti!”
Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes.

Jo 13, 36-38

Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote. Ele entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a criada que atendia a porta e levou Pedro para dentro.
A criada disse a Pedro: “Não pertences tu também aos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não”.
Os servos e os guardas tinham feito um fogo, porque fazia frio; estavam se aquecendo, e Pedro estava com eles para se aquecer.
O sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seus ensinamentos.
Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas.
Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que eu falei; eles sabem o que eu disse”.
Quando assim falou, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?”
Jesus replicou-lhe: “Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo, por que me bates?”
Anás, então, mandou-o, amarrado, a Caifás.
Simão Pedro continuava lá, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?” Pedro negou: “Não”.
Então um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Pedro negou de novo, e na mesma hora o galo cantou.

Jo 18, 15-27

E, no mesmo instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo. Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» E, vindo para fora, chorou amargamente.

Lc 22, 60-61
(imagem daqui)


Romper do dia

Não é em vão
Que o romper de cada novo dia
Se inaugura p'lo canto do galo
Denunciando já de antigos tempos
Uma traição.

  

  
in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

segunda-feira, janeiro 15, 2024

O inacreditável acordo de Alvor (que deu a guerra civil a Angola e o regresso dos retornados a Portugal) faz hoje 49 anos

(imagem daqui)
 
O Acordo do Alvor, assinado entre o governo português e os três principais movimentos de libertação de Angola (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em 15 de janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, e que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder na ex-colónia entre esse movimentos, após a concessão da independência a Angola.
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".
De facto, pouco tempo depois do acordo assinado, os três movimentos envolveram-se num conflito armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra Civil de Angola.
    

segunda-feira, outubro 02, 2023

A Insurreição de Varsóvia terminou há 79 anos...

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo
     
A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Libertação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram das suas cercanias até meados de setembro. No seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais, durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram suas fronteiras.

 

domingo, setembro 17, 2023

Como foi decidido por Hitler e Estaline, a União Soviética atacou a Polónia há 84 anos

     

Estaline atacou a Polónia no dia 17 de setembro de 1939. De 1939 até 1941, os soviéticos deportaram 500.000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres católicos e os camponeses mais ricos) para a Sibéria. Também assassinaram, barbaramente, 30.000 soldados polacos em Katyn, Ostaszkowo e Charkow. Em 1941 a Alemanha atacou o território soviético.

   

domingo, janeiro 15, 2023

O vergonhoso acordo de Alvor (que deu guerra civil a Angola e regresso dos retornados a Portugal) faz hoje 48 anos

(imagem daqui)
 
O Acordo do Alvor, assinado entre o governo português e os três principais movimentos de libertação de Angola (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em 15 de janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, e que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder na ex-colónia entre esse movimentos, após a concessão da independência de Angola.
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".
De facto, pouco tempo depois do acordo assinado, os três movimentos envolveram-se num conflito armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra Civil de Angola.
    

domingo, outubro 02, 2022

A Insurreição de Varsóvia terminou há 78 anos...

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo
   
A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Libertação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram das suas cercanias até meados de setembro. No seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais, durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram suas fronteiras.

sábado, setembro 17, 2022

Como foi decidido no Pacto Molotov-Ribbentrop, Estaline acabou os restos da Polónia há 83 anos

     

Estaline atacou a Polónia no dia 17 de setembro de 1939. De 1939 até 1941, os soviéticos deportaram 500.000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres católicos e os camponeses mais ricos) para a Sibéria. Também assassinaram barbaramente 30.000 soldados polacos em Katyn, Ostaszkowo e Charkow. Em 1941 a Alemanha atacou os territórios soviéticos.

   

quinta-feira, abril 14, 2022

Porque hoje é quinta feira santa...

(imagem daqui)

Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”.
Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por ti!”
Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes.

Jo 13, 36-38

Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote. Ele entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a criada que atendia a porta e levou Pedro para dentro.
A criada disse a Pedro: “Não pertences tu também aos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não”.
Os servos e os guardas tinham feito um fogo, porque fazia frio; estavam se aquecendo, e Pedro estava com eles para se aquecer.
O sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seus ensinamentos.
Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas.
Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que eu falei; eles sabem o que eu disse”.
Quando assim falou, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?”
Jesus replicou-lhe: “Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo, por que me bates?”
Anás, então, mandou-o, amarrado, a Caifás.
Simão Pedro continuava lá, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?” Pedro negou: “Não”.
Então um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Pedro negou de novo, e na mesma hora o galo cantou.

Jo 18, 15-27

E, no mesmo instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo. Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» E, vindo para fora, chorou amargamente.

Lc 22, 60-61
(imagem daqui)


Romper do dia

Não é em vão
Que o romper de cada novo dia
Se inaugura p'lo canto do galo
Denunciando já de antigos tempos
Uma traição.

  

  
in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

sábado, janeiro 15, 2022

O extra-ordinário acordo de Alvor (que deu guerra civil a Angola e retornados a Portugal) foi assinado há 47 anos

(imagem daqui)
 
O Acordo do Alvor, assinado entre o governo português e os três principais movimentos de libertação de Angola (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em 15 de janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, e que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder na ex-colónia entre esse movimentos, após a concessão da independência de Angola.
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".
De facto, pouco tempo depois do acordo assinado, os três movimentos envolveram-se em um conflito armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra Civil de Angola.
    

sábado, outubro 02, 2021

A Insurreição de Varsóvia terminou há 77 anos...

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo
   
A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Liberação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram das suas cercanias até meados de setembro. No seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais, durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram suas fronteiras.

sexta-feira, setembro 17, 2021

Estaline acabou os restos da Polónia, como decidiu no Pacto Molotov-Ribbentrop, há 82 anos

  

Estaline atacou a Polónia no dia 17 de setembro de 1939. De 1939 até 1941, os soviéticos deportaram 500.000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres e os camponeses mais ricos) para a Sibéria. Também mataram 30.000 soldados polacos em Katyn, Ostaszkowo e Charkow. Em 1941 a Alemanha atacou os territórios soviéticos.


quinta-feira, abril 01, 2021

Poema para recordar que hoje é Quinta Feira Santa...

 

(imagem daqui)

  
   

D’aprés D. Francisco de Quevedo

Também eu ceei com os doze naquela ceia
em que eles comeram e beberam o décimo terceiro.
A ceia fui eu; e o servo; e o que saiu a meio;
e o que inclinou a cabeça no Meu peito.

E traí e fui traído,
e duvidei, e impacientei-me, e descartei-me;
e pus com Ele a mão no prato e posei para o retrato
(embora nada daquilo fizesse sentido).

Não subi aos céus (nem era caso para isso),
mas desci aos infernos (e pela porta de serviço):
comprei e não paguei, faltei a encontros,
cobicei os carros dos outros e as mulheres dos outros.

Agora, como num filme descolorido,
chegou o terceiro dia e nada aconteceu,
e tenho medo de não ter sido comigo,
de não ter sido comido nem ter sido Eu.

 

in Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina

sexta-feira, janeiro 15, 2021

O bilhante acordo de Alvor (que deu uma guerra civil a Angola e os retornados a Portugal) foi assinado há 46 anos


(imagem daqui)

O Acordo do Alvor, assinado entre o governo português e os três principais movimentos de libertação de Angola (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em 15 de janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, e que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder na ex-colónia entre esse movimentos, após a concessão da independência de Angola.
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".
De facto, pouco tempo depois do acordo assinado, os três movimentos envolveram-se em um conflito armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra Civil de Angola.

quinta-feira, abril 18, 2019

Porque hoje é Quinta Feira Santa...

(imagem daqui)

D’aprés D. Francisco de Quevedo

Também eu ceei com os doze naquela ceia
em que eles comeram e beberam o décimo terceiro.
A ceia fui eu; e o servo; e o que saiu a meio;
e o que inclinou a cabeça no Meu peito.

E traí e fui traído,
e duvidei, e impacientei-me, e descartei-me;
e pus com Ele a mão no prato e posei para o retrato
(embora nada daquilo fizesse sentido).

Não subi aos céus (nem era caso para isso),
mas desci aos infernos (e pela porta de serviço):
comprei e não paguei, faltei a encontros,
cobicei os carros dos outros e as mulheres dos outros.

Agora, como num filme descolorido,
chegou o terceiro dia e nada aconteceu,
e tenho medo de não ter sido comigo,
de não ter sido comido nem ter sido Eu.

 

in Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina

sexta-feira, março 15, 2019

Hoje é o dia dos idos de março de que Júlio César não se acautelou...

Caio Júlio César (em latim: Caius ou Gaius Iulius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CÆSAR•DIVVS; 13 de julho, 100 a.C.15 de março de 44 a.C.), foi um patrício, líder militar e político romano que desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano.
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e económicas em Roma.
O seu assassinato, nos idos de março (15 de março)  de 44 a.C., por um grupo de senadores, travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.

Assassinato de César, 1865, Karl Theodor von Piloty, Hanover
   
in Wikipédia

sexta-feira, abril 18, 2014

Porque hoje é sexta feira santa...

(imagem daqui)

Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”.
Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por ti!”
Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes.

Jo 13, 36-38

Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote. Ele entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a criada que atendia a porta e levou Pedro para dentro.
A criada disse a Pedro: “Não pertences tu também aos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não”.
Os servos e os guardas tinham feito um fogo, porque fazia frio; estavam se aquecendo, e Pedro estava com eles para se aquecer.
O sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seu ensinamento.
Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas.
Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que eu falei; eles sabem o que eu disse”.
Quando assim falou, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?”
Jesus replicou-lhe: “Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo, por que me bates?”
Anás, então, mandou-o, amarrado, a Caifás.
Simão Pedro continuava lá, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?” Pedro negou: “Não”.
Então um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Pedro negou de novo, e na mesma hora o galo cantou.

Jo 18, 15-27

E, no mesmo instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo. Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» E, vindo para fora, chorou amargamente.

Lc 22, 60-61
(imagem daqui)

Romper do dia

Não é em vão
Que o romper de cada novo dia
Se inaugura p'lo canto do galo
Denunciando já de antigos tempos
Uma traição.

 

in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

quinta-feira, abril 17, 2014

Porque hoje foi Quinta Feira Santa...

(imagem daqui)

D’aprés D. Francisco de Quevedo

Também eu ceei com os doze naquela ceia
em que eles comeram e beberam o décimo terceiro.
A ceia fui eu; e o servo; e o que saiu a meio;
e o que inclinou a cabeça no Meu peito.

E traí e fui traído,
e duvidei, e impacientei-me, e descartei-me;
e pus com Ele a mão no prato e posei para o retrato
(embora nada daquilo fizesse sentido).

Não subi aos céus (nem era caso para isso),
mas desci aos infernos (e pela porta de serviço):
comprei e não paguei, faltei a encontros,
cobicei os carros dos outros e as mulheres dos outros.

Agora, como num filme descolorido,
chegou o terceiro dia e nada aconteceu,
e tenho medo de não ter sido comigo,
de não ter sido comido nem ter sido Eu.

 

in Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina

sábado, março 15, 2014

Hoje é o dia dos idos de março de que Júlio César não se acautelou...

Caio Júlio César (em latim: Caius ou Gaius Iulius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CÆSAR•DIVVS; 13 de julho, 100 a.C.15 de março de 44 a.C.), foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano.
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e econômicas em Roma.
O seu assassinato, nos idos de março (15 de março)  de 44 a.C., por um grupo de senadores, travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.

Assassinato de César, 1865, Karl Theodor von Piloty, Hanover
   
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