"Por sua vez, o presidente deposto, Benito Juárez, continuava vivo e em liberdade. Os seus partidários controlavam boa parte do México e, apesar de alguns sucessos, o exército francês era acossado pela guerrilha que ia ganhando terreno. Em 1865, ficou claro que era impossível ganhar aquela guerra. O golpe de misericórdia sobre a monarquia veio dos Estados Unidos. Desembaraçado da Guerra de Secessão, o governo americano recusou a reconhecer o imperador Maximiliano e exigiu a retirada das tropas francesas. A alternativa seria a guerra. Napoleão III calculou o prejuízo de uma guerra e, em fevereiro de 1866, escreveu: “Minhas intenções assim se resumem: evacuar o mais depressa possível, mas fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que a obra que fundamos não desmorone no dia seguinte ao da nossa partida”. Com Maximiliano descartado interna e externamente, Juárez avançou e não tardou a chegar à capital mexicana. Desprezando os conselhos de Napoleão III, Maximiliano recusou-se a abdicar. Em 15 de maio de 1866 foi preso na cidade de Querétaro. Os guerrilheiros propuseram-lhe a fuga, que ele chegou a aceitar, mas mudou de ideias – dizia que amava o país. Condenado à morte, foi executado no dia 19 de junho de 1867. As suas últimas palavras teriam sido: “Viva o México!”
quinta-feira, junho 19, 2025
O Imperador Maximiliano do México foi fuzilado há 158 anos...
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Aage Niels Bohr nasceu há 103 anos
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José Dias Coelho - o Pintor... - nasceu há cento e dois anos...

Biografia
Natural de Pinhel, cidade próxima da Guarda, foi o quinto de nove irmãos e irmãs.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou primeiro o curso de Arquitetura, que abandonou, para frequentar o de Escultura.
Ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista e, mais tarde (em 1946), ao MUD Juvenil. Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE depois de participar na campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país; seria também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
José Dias Coelho vai trabalhar, em 1952, como desenhador com os arquitetos Keil do Amaral, Hernâni Gandra e Alberto José Pessoa num atelier na Rua Fernão Álvares do Oriente, no Bairro de São Miguel em Lisboa.
Em 1955 entra para a clandestinidade, ao mesmo tempo que exercia funções no PCP, com o objetivo de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às atividades dos militantes clandestinos. Exercia esta atividade na altura do seu assassinato pela PIDE, em 19 de dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A Morte Saiu à Rua. O mesmo fez o grupo Trovante com a música Flor da Vida. Da vida pessoal de José Dias Coelho há ainda a salientar a sua relação com Margarida Tengarinha, também artista plástica. O casal teve três filhas.
Ao optar pela clandestinidade em 1955, põe de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano vê os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (secções feminina e masculina) e uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil.
Já estava na clandestinidade quando, em junho de 1956, se realizou a 10.ª e última das Exposições Gerais de Artes Plásticas; José Dias Coelho foi um dos organizadores dessas exposições, desde a primeira edição em 1946, e é um dos artistas que expõe a partir da segunda. Por não poder participar abertamente na 10ª edição devido ao facto de estar na clandestinidade, um grupo de amigos expõe a escultura da cabeça da irmã Maria Emília, que já havia sido exposta, para garantir que o seu nome consta do catálogo.
Com uma intensa atividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como os arquitetos Keil do Amaral e João Abel Manta, com Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como aqueles que viriam dentro em breve a liderar os movimentos de independência em África, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa.
Em março de 1975, quase um ano depois do 25 de Abril, foi finalmente organizada uma exposição em sua homenagem, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.
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Zoe Saldaña - 47 anos
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Francisco de Holanda morreu há 440 anos...
Auto-retrato (circa 1573), o artista apresentando o seu Livro das Imagens
Francisco de Holanda, originalmente Francisco d'Olanda, (Lisboa, 6 de setembro de 1517 - Lisboa, 19 de junho de 1585) foi um humanista, arquiteto, escultor, desenhador, iluminador e pintor português. Considerado um dos mais importantes vultos do renascimento em Portugal, também foi ensaísta, crítico de arte e historiador.
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Macklemore celebra hoje 42 anos
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A ETA atacou em Barcelona há 38 anos...
- Josefa Ernaga y Domingo Troitiño: 794 años de prisión como autores materiales de la masacre.
- Rafael Caride Simón: 790 años y medio de cárcel como ideólogo del atentado y participante en el mismo.
- Santiago Arrospide Sarasola, Santi Potros: 790 años y medio de cárcel como máximo responsable de la banda terrorista.
Responsabilidad civil del Estado
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William Golding morreu há trinta e dois anos...
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Machado de Castro nasceu há 294 anos
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James Gandolfini morreu há doze anos...
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Filipe VI passou a ser Rei de Espanha há onze anos
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Aung San Suu Kyi comemora hoje oitenta anos...!
Hoje é dia de ouvir música de Chico Buarque
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Música adequada à data
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Hoje é o feriado do Corpo de Deus...
Corpus Christi, também chamada de Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, Corpus Domini (expressão latina que significa Corpo de Cristo ou Corpo do Senhor), e generalizada em Portugal como Corpo de Deus, é uma comemoração litúrgica das igrejas Católica Apostólica Romana e Anglicana (esta última, até 1548) que ocorre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma Festa de Guarda, em que a participação da Santa Missa é obrigatória, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respetivo.
Para os católicos apostólicos romanos, a procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canónico (cânone 944), que determina ao bispo diocesano que a providencie "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo".
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quarta-feira, junho 18, 2025
Notícia sobre dinossáurios portugueses...
Dinossauros de Pombal são estrelas em série da BBC
No Verão de 2022, Pombal foi notícia por todo o mundo, após ser revelada a descoberta de ossadas de um dos maiores dinossauros do mundo num terreno particular na freguesia de Vila Cã. As escavações, conduzidas por cientistas do IDL – Instituto Dom Luiz, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia e Universidad Complutense de Madrid, revelaram tratar-se de um “grande saurópode”, possivelmente do grupo Brachiosauridae, “eventualmente correspondente ao maior dinossáurio encontrado no Jurássico Superior”.

As ossadas encontram-se num terreno particular da freguesia de Vila Cã
Os trabalhos efectuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs”. Uma produção da BBC, com seis episódios, que estreou no passado dia 25 de maio no canal inglês e que está apenas acessível, no iplayer da BBC, para os residentes no Reino Unido. Contudo, essa limitação pode ser contornada. O episódio em questão pode ser visualizado, por exemplo, no endereço electrónico https://www.dailymotion.com/video/x9k94xa, se bem que sem legendagem em português. Nele, o destaque é dado ao Lusotitan, ou Titã Lusitano, aquele que será o maior dinossauro, em altura e peso, encontrado até agora em Portugal.
Os trabalhos efetuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs”
O episódio é também protagonizado pelos portugueses Pedro Mocho e Elisabete Malafaia e pelo espanhol Francisco Ortega, mostrando os trabalhos que lideraram no concelho de Pombal.
Apesar de Pombal nunca ser referido no episódio, onde se fala apenas
da descoberta no centro de Portugal (as localizações continuam a ser
mantidas em segredo para preservar as jazidas), o Pombal Jornal sabe que
as filmagens decorreram há cerca de dois anos, durante os trabalhos
realizados nas freguesias de Vila Cã e de Pombal.
Na série, acompanhamos os cientistas nas escavações e vemos como
deveriam viver os dinossauros no seu tempo. Um dos Lusotitans descoberto
no concelho de Pombal é descrito como podendo ter cerca de 25 metros de
comprimento e 12 de altura, tornando-o um dos maiores esqueletos da
Europa e do mundo. Aquando da descoberta, os investigadores explicaram
que “não é nada habitual encontrar todas as costelas num animal como
este, muito menos na posição em que estariam no corpo, colocados no
mesmo sítio”. Além da descoberta na freguesia de Vila Cã, o episódio
revela outros achados, na freguesia de Pombal, e a hipótese da jazida de
Vila Cã ter mais do que um esqueleto de dinossauro.
Os ossos que já foram extraídos das escavações efetuadas estão
preservados num local no concelho de Pombal, à espera de uma decisão
sobre onde ficarão expostos para poderem ser mostrados ao mundo.
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Trindade Coelho nasceu há 164 anos
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Hoje é dia de recordar Mísia e Saramago...
Nenhuma estrela caiu - Mísia
Letra (adaptada) de José Saramago e música de Franklin Rodrigues
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
Talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono desperte
O sonho que deixa vê-las
Abro as janelas...
E o frio vento se esquece
Nenhuma estrela caiu
Nem a lua me ajudou
Mas a ruiva madrugada
Por trás da ponte aparece.
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
A ponte
in Provavelmente Alegria (1970) - José Saramago
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Roald Amundsen morreu há 97 anos...
Música adequada à data...
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Raffaella Carrà nasceu há oitenta e dois anos...
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Maria Bethânia nasceu há 79 anos
Maria Bethânia Vianna Telles Veloso (Santo Amaro, 18 de junho de 1946) é uma cantora e compositora brasileira. Nascida em Santo Amaro da Purificação, Brasil, ela participou, na juventude, de peças teatrais ao lado de seu irmão, o cantor Caetano Veloso e de outros cantores proeminentes da época. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a sua carreira musical substituindo a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora RCA e lançou seu homónimo álbum de estreia.
Bethânia é membro de uma família de artistas, sendo irmã da escritora Mabel Velloso, do cantor e compositor Caetano Veloso, e tia dos cantores Belô Velloso e Jota Velloso.
Na juventude, participou de espetáculos semi-amadores em parceria com Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil e, em 1960, mudou-se para Salvador, com a intenção de terminar os estudos. Lá, começou a frequentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano e três anos depois, em 1963, estreou como cantora na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Nesta época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes como Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros, os quais acabariam sendo lançados como cantores e compositores pela cantora. No ano seguinte, montaram juntos os espetáculos Nós por Exemplo, Mora na Filosofia e Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova.
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Lídia Jorge comemora hoje 79 anos
Vida
Lídia Jorge nasceu no Algarve, em Boliqueime, concelho de Loulé, numa família de agricultores e de emigrantes.
Licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, graças ao apoio de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.
Depois de licenciada, foi professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, acompanhando o marido, durante o último período da Guerra Colonial.
Décadas depois veio lecionar também, como professora convidada, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 1995 e 1999.
Por designação do Governo Português, foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Embora próxima do Partido Socialista, em 2021, foi nomeada membro do Conselho de Estado, pelo Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa, para o período de 2021 a 2026.
Lídia Jorge surgiu na escrita com o romance O Dia dos Prodígios (1980). A obra constituiu um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa e, desde logo, a autora tornou-se um dos nomes de maior interesse dessa fase.
Os títulos seguintes O Cais das Merendas (1982) e Notícia da Cidade Silvestre (1884) foram ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa, o primeiro dos quais em 1983, ex aequo com Memorial do Convento, de José Saramago.
Notícia da Cidade Silvestre (1984), reafirma o valor da escritora, mas seria com A Costa dos Murmúrios (1988), livro que reflete a experiência passada na África colonial, que a autora consolidaria o seu lugar no panorama literário português.
Na década de 90 seguiram-se A Última Dona (1992), O Jardim sem Limites (1995) e O Vale da Paixão (1998).
Nos anos 2000 editou O Vento Assobiando nas Gruas (2002), posteriormente adaptado para cinema pela realizadora Jeanne Waltz.
Combateremos a Sombra, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses.
Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios Contrato Sentimental, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance A Noite das Mulheres Cantoras (2011). Os Memoráveis, publicado em 2014, é um livro sobre a mitologia da Revolução dos Cravos, retomando o tema de O Dia dos Prodígios, seu primeiro livro. Em 2016 publicou O Amor em Lobito Bay e em 2018 Estuário, sobre a vulnerabilidade do tempo atual.
Já em 2022, a escritora publicou Misericórdia, uma reflexão sobre a humanidade e uma homenagem à sua mãe, Maria dos Remédios, falecida durante a pandemia de Covid-19. Por este romance, foi distinguida com um conjunto de prémios, como o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (2022), o Prémio Eduardo Lourenço (2023), o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues (2023), Prémio do PEN Clube Português de narrativa (2023) ou o Prémio Médicis estrangeiro (2023).
Entretanto, estreara-se na poesia em 2019, com o seu primeiro livro, O Livro das Tréguas, apesar de, curiosamente, Lídia Jorge escrever poesia desde muito jovem.
Outras publicações incluem as antologias de contos, Marido e Outros Contos (1997), O Belo Adormecido (2003), e Praça de Londres (2008), para além das edições separadas de A Instrumentalina (1992) e O Conto do Nadador (1992).
Em 2020, com o título de Em Todos os Sentidos, reuniu as crónicas que leu, ao longo de um ano, aos microfones da Rádio Pública, Antena 2.
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Fado do retorno
Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada
Voltaste, já voltaste
Já entras como sempre
Abrandas os teus passos
E páras no tapete
Então que uma luz arda
E assim o fogo aqueça
Os dedos bem unidos
Movidos pela pressa
Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada
Voltaste, já voltei
Também cheia de pressa
De dar-te, na parede
O beijo que me peças
Então que a sombra agite
E assim a imagem faça
Os rostos de nós dois
Tocados pela graça.
Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada
Amor, o que será
Mais certo que o futuro
Se nele é para habitar
A escolha do mais puro
Já fuma o nosso fumo
Já sobra a nossa manta
Já veio o nosso sono
Fechar-nos a garganta
Então que os cílios olhem
E assim a casa seja
A árvore do Outono
Coberta de cereja.
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