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sábado, dezembro 14, 2024

A lenda dos 47 samurais começou há 322 anos...

       
A lenda dos 47 rōnin, "Incidente de Akō", "Acidente de Genroku Akō" ou "Lenda dos 47 samurais", é uma história japonesa, considerada como lenda nacional neste país, por vários estudiosos. Este evento aconteceu aproximadamente entre 1701 e 1703. É a lenda mais famosa do código de honra Samurai: o Bushidō.

A história conta que um grupo de samurais (exatamente 47) foram forçados a se tornarem rōnin (samurais sem um senhor), de acordo com o código de honra samurai, depois que o seu daimyō (senhor feudal) foi obrigado a cometer seppuku (ritual suicida) por ter agredido o alto funcionário judicial chamado Kira Yoshinaka, cujo título era Kōzuke no suke, num edifício do governo. Os rōnin elaboraram um plano para vingar o seu daimyō, que consistia em matar Kira Yoshinaka e toda a sua família. Os 47 rōnin esperaram cerca de um ano e meio para não despertarem qualquer suspeita entre a justiça japonesa. Após o assassinato de Kira, entregaram-se à justiça e foram condenados a cometer seppuku. Esta lendária história tornou-se muito popular na cultura do Japão, porque mostra lealdade, sacrifício, persistência e honra que as boas pessoas devem preservar em sua vida quotidiana. A popularidade da mística história aumentou rapidamente na modernização da era Meiji no Japão, onde muitas pessoas neste país anseiam em voltar às suas raízes culturais. 

   

(...)   

    

No 15 Genroku, 26º dia do 10º mês (Quinta feira, 14 de dezembro de 1702) pelo início da manhã, durante um vento forte e queda de neve, Ōishi e os ronin iniciaram o ataque a mansão de Kira Yoshinaka em Edo. De acordo com um plano cuidadosamente definido, o grupo se dividiria em dois para o ataque; armadas com espadas e com arcos. Um grupo liderado por Ōishi, atacou o portão; o outro, liderado por seu filho, Ōishi Chikara, atacava por trás. Um tambor soaria para o ataque simultâneo, e um apito seria o sinal de que Kira foi morto.

   

(...)  

    

Depois de uma busca pela mansão, Kira foi encontrado escondido na casa de fora. O Ronin trouxe Kira para o átrio principal e em frente aos outros 46 deu-lhe a mesma oportunidade que foi dada a Lorde Asano: morrer honradamente cometendo seppuku. Como não respondeu, Ōishi decapitou-o com a mesma adaga que Asano cometeu seppuku. A cabeça foi colocada num balde e foi levada para Sengakuji, onde estava sepultado Lord Asano. 

 

sábado, dezembro 07, 2024

O traiçoeiro ataque a Pearl Harbor foi há 83 anos...

Ataque a Pearl Harbor
Parte do Teatro Ásia-Pacífico da Segunda Guerra Mundial

Fotografia da Battleship Row tirada de um avião japonês no início do ataque. A explosão no centro é um ataque de torpedo no USS West Virginia. Dois aviões japoneses podem ser vistos sobre o USS Neosho e sobre o Estaleiro Naval de Pearl Harbor
Data 7 de dezembro de 1941
Local Oahu, Território do Havaí, Estados Unidos
Desfecho Vitória tática japonesa; precipitou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial
Beligerantes
 Estados Unidos  Japão
Comandantes
Husband E. Kimmel
Walter Short
Robert Alfred Theobald
Isoroku Yamamoto
Chūichi Nagumo
Mitsuo Fuchida
Forças
8 encouraçados
8 cruzadores
30 contratorpedeiros
4 submarinos
3 cúters da USCG
47 outros navios
≈390 aviões
1.ª Frota Aérea do Império do Japão:
6 porta-aviões
2 encouraçados
2 cruzadores pesados
1 cruzador leve
9 contratorpedeiros
8 petroleiros
23 submarinos
5 minissubmarinos
414 aviões
(350 participaram do ataque)
Baixas
4 encouraçados afundados
4 encouraçados danificados
1 antigo encouraçado afundado
1 rebocador de porto afundado
3 cruzadores danificados
3 contratorpedeiros danificados
3 outros navios danificados
188 aviões destruídos
159 aviões danificados
2 335 mortos
1 143 feridos
4 minissubmarinos afundados
1 minissubmarino encalhado
29 aviões destruídos
74 aviões danificados
64 mortos
1 marinheiro capturado
Vítimas civis
68 mortos
35 feridos
3 aviões abatidos


O ataque a Pearl Harbor foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de dezembro de 1941.
O ataque em Pearl Harbor, na ilha de Oahu, Havaí, foi executado de surpresa contra a frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos da América e as suas forças de defesa, o corpo aéreo do exército americano e a força aérea da Marinha.
O ataque danificou ou destruiu 21 navios e 347 aviões, matando cerca de 2.403 pessoas e ferindo outras 1.178. Contudo, os três porta-aviões da frota do Pacífico não se encontravam no porto, pelo que não foram danificados, tal como os depósitos de combustível e outras instalações.
O ataque marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra do Pacífico, ficando conhecido como Bombardeamento de Pearl Harbor e Batalha de Pearl Harbor, embora o nome mais comum seja Ataque a Pearl Harbor ou simplesmente Pearl Harbor.
      

 

quinta-feira, novembro 28, 2024

Hoje é dia de ler Haiku...

 https://revista5.arquitetonica.com/images/Flor_de_cerejeira_1.jpg

 

なほ見たし花に明け行く神の顔

nao mitashi / hana ni ake yuku / kami no kao

(1688)

 

Quero ainda ver

nas flores no amanhecer

a face de um deus.

 

Matsuo Bashō

Bashō morreu há 330 anos...

Estátua de Matsuo Bashō em Ōgaki
   
Matsuo Bashō (Tóquio, 1644Osaka, 28 de novembro de 1694), ou simplesmente Bashō, foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Durante sua vida, Bashô foi reconhecido por seus trabalhos colaborando com a forma haikai no renga. Atualmente, após séculos de comentários, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma haikai. A sua poesia é reconhecida internacionalmente e dentro do Japão muitos dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais. Foi ele quem codificou e estabeleceu os cânones do tradicional haikai japonês.
  
(...)
  
Na sua última viagem, Bashō adoece em Osaka, antes de chegar ao local de destino, Kiushu, e morre no dia 28 de novembro de 1694. O seu último haikai fala da sua jornada poética:
"tabi ni yande
yume wa kareno wo
kakemeguru"
"Doente em viagem
sonho em secos campos
Ir-me enveredar"

  

 
Ao sol da manhã
uma gota de orvalho
precioso diamante.

  
Bashō

segunda-feira, novembro 25, 2024

O Pacto Anticomintern foi assinado há 88 anos

Embaixador japonês Kintomo Mushakoji e ministro alemão Joachim von Ribbentrop na assinatura do pacto

O Pacto Anticomintern foi assinado em 25 de novembro de 1936 entre o Japão e a Alemanha nazi, onde ambas as nações se comprometeram a tomar medidas para se protegerem da "ameaça" da Internacional Comunista (Comintern).
Em caso de ataque da União Soviética contra a Alemanha ou o Japão, os dois últimos comprometiam-se a efetuar consultas acerca das medidas a serem tomadas para proteger os seus interesses comuns. Também concordaram que nenhum dos dois concluiria tratados políticos com a União Soviética. A Alemanha, ademais, concordou em reconhecer o Manchukuo, o estado-fantoche japonês na Manchúria. Em 1937, a Itália aderiu ao Pacto, formando o grupo que mais tarde seria conhecido como o Eixo. Em 1939, aderiram a Espanha, a Hungria e o Manchukuo. Apesar do pacto de não-agressão germano-soviética de 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop) e do tratado de neutralidade assinado por Tóquio com Moscovo, o pacto foi renovado por mais cinco anos, em novembro de 1941.

Yukio Mishima morreu há cinquenta e quatro anos...

   

Yukio Mishima (Tóquio, 14 de janeiro de 1925 - Tóquio, 25 de novembro de 1970) é o nome artístico utilizado por Kimitake Hiraoka, novelista e dramaturgo japonês mundialmente conhecido por romances como O Templo do Pavilhão Dourado e Cores Proibidas. Escreveu mais de 40 novelas, poemas, ensaios e peças modernas de teatro Kabuki e Nô.

  

Origens
Kimitake Hiraoka nasceu no dia 14 de janeiro de 1925, em Tóquio. Teve uma infância problemática marcada por eventos que mais tarde influenciariam fortemente a sua literatura. Ainda criança foi separado dos seus pais e passou a viver com a avó paterna, uma aristocrata ainda ligada à Era Tokugawa. A avó mal deixava a criança sair de sua vista, de forma que Kimitake teve uma infância isolada. Muitos biógrafos de Mishima acreditam emergir desta época seu interesse pelo Kabuki e a sua obsessão pelo tema da morte.
Aos doze anos Kimitake voltou a viver com os pais e começou a escrever suas primeiras histórias. Matriculou-se num colégio de elite em Tóquio. Seis anos depois, publicou numa revista literária um conto que posteriormente foi editado em livro. O seu pai, um funcionário burocrático do governo, era totalmente contra as suas pretensões literárias. Nessa época adotou o pseudónimo Yukio Mishima, em parte para ocultar seus trabalhos literários do conhecimento paterno. Foi recrutado pelas forças japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, porém ficou fora das linhas de frente por motivos físicos e de saúde. Este facto tornou-se depois fator de grande remorso para Mishima que testemunhou a morte dos seus compatriotas e perdeu a oportunidade de ter uma morte heroica. Forçado pelo pai, matriculou-se na Universidade de Tóquio, onde se formou em Direito. Após a licenciatura conseguiu um emprego promissor no Ministério das Finanças. No entanto, tornou-se tão desgostoso que, por fim, convenceu o pai a aceitar a sua carreira literária. O seu pai, um sujeito rude e disciplinador, teria dito que, já que era para ser escritor, era melhor ele se tornar o melhor escritor que o Japão já viu.
  
Início da carreira literária  
Mishima tinha 24 anos quando publicou Confissões de Uma Máscara, uma história com sabores autobiográficos de um jovem talento homossexual que precisa se esconder atrás de uma máscara para evitar a sociedade. O romance acabou alcançando um tremendo sucesso literário, o que levou Mishima a tornar-se uma celebridade, seguindo-se-lhe outras publicações e traduções, de forma a ficar internacionalmente conhecido. Yukio Mishima concorreu a três Prémios Nobel de literatura, sendo o último deles concedido ao seu amigo, Yasunari Kawabata, que o introduziu nos círculos literários de Tóquio nos anos 40.
Depois da publicação de Confissões de Uma Máscara, Mishima adquire uma postura mais realista e ativa, tentando deixar para trás o jovem frágil e obsessivo. Começa a praticar artes marciais e alista-se no Exército de Auto-Defesa japonês, onde, um ano depois, forma o Tatenokai (Sociedade da Armadura), uma entidade de extrema direita, composta de jovens estudantes de artes marciais que estudavam o Bushido sob a disciplina e tutela de Mishima. Casou-se em 1958 com Yoko Sugiyama, tendo com ela um filho e uma filha. Nos últimos dez anos de sua vida, atuou como ator em filmes e co-dirigiu uma adaptação duma das suas histórias.
     
 
Tentativa de golpe de estado e seppuku
 
Em 25 de novembro de 1970, Yukio Mishima, acompanhado de 4 membros do Tatenokai tentaram forçar a  rendição do comandante do quartel general das Forças de Auto-Defesa japonesas em Tóquio. Ele realizou um discurso patriótico, na tentativa de persuadir os soldados do quartel a restituírem ao Imperador todos os seus poderes. Notando a indiferença dos soldados, Yukio Mishima cometeu seppuku, sendo assistido por Hiroyasu Koga, uma vez que Masakatsu Morita, o seu amante, falhou no momento final.
“A vida humana é finita mas eu gostaria de viver para sempre”, escreveu Mishima na manhã antes da sua morte.
Acredita-se que Mishima tenha preparado o seu suicídio  durante um ano. Segundo John Nathan, seu biógrafo, tradutor e amigo, ele teria criado este cenário apenas como pretexto para o suicídio ritual com o qual sempre sonhou. Quando morreu, Mishima tinha acabado de escrever O Mar da Fertilidade.
           

quinta-feira, novembro 07, 2024

Richard Sorge foi enforcado há oitenta anos...

   

Richard Sorge (Sabunchi, Baku, 4 de outubro, 1895 - Tóquio, 7 de novembro, 1944) foi um jornalista alemão e um espião para a União Soviética no Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial. O nome de código na KGB do grupo deste espião era "Ramsay".

   
Biografia
Sorge nasceu em Sabunchi, uma comuna da aglomeração de Baku, no Azerbaijão, que então fazia parte do Império Russo. Era um dos nove filhos do engenheiro alemão Wilhelm Sorge e da sua esposa russa, Nina. A família mudou-se para a Alemanha quando ele tinha 3 anos. O seu tio tinha sido um secretário de Karl Marx.
Em outubro de 1914, Sorge voluntariou-se para combater na Primeira Guerra Mundial. Entrando para um batalhão de artilharia. Durante o serviço foi gravemente ferido quando, em março de 1916, fragmentos de projéteis de artilharia feriram-lhe ambas as pernas. Foi promovido a cabo, recebeu uma Cruz de Ferro e foi enviado para casa.
Em 1925, instala-se em Moscovo e torna-se membro do Partido Comunista Soviético. Em 1930, é enviado para a China, pelo serviço de espionagem do Exército Vermelho. Ao longo de três anos de estadia no país, ganha reputação como jornalista independente e familiariza-se com a Ásia.
Em 1933, os dirigentes soviéticos, interessados em conhecer melhor as intenções do governo japonês, enviam Sorge para o Japão, país que havia vencido a Rússia na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A sua missão era simples mas fulcral: descobrir se os japoneses tinham a intenção de cumprir com o Pacto Anti-Komintern e atacar a Rússia. Além disso, Sorge deveria aproveitar a oportunidade para reunir informações sobre as relações entre o Japão e a Alemanha e também sobre a indústria pesada e o exército japoneses.
Sorge, com uma brilhante reputação como jornalista do Frankfurter Zeitung, rapidamente tornou-se amigo próximo e confidente do general Eugen Ott, que seria o futuro embaixador alemão em Tóquio. Ao mesmo tempo, era amante da mulher do militar. Para a nomeação de Ott como embaixador no Japão, a ajuda de Sorge foi fundamental. Com o apoio de sua vasta biblioteca sobre o país, forneceu grande quantidade de informação a Ott, auxiliando-o também nas análise do material.
Hedonista, amante de mulheres e bebidas fortes, Sorge passava despercebido aos serviços de contra-espionagem japoneses, não deixando perceber que, por sob a aparência do herói de guerra alemão, estaria um eficiente espião soviético. Recluso no Japão, após recusar-se a regressar à Alemanha - cumprindo ordens de Estaline -, em 1937 Sorge passa informações da maior importância a Moscovo, tais como a data do início da Operação Barbarossa - desacreditada por Estaline - e, principalmente, a de que o Japão não atacaria a URSS, o que permitiu o reposicionamento dos exércitos russos que se encontravam na fronteira com o Japão para oeste, o que possibilitou deter, em Estalingrado, a operação alemã de invasão da URSS.
Ozaki Hozumi, um jornalista japonês do Asahi Shimbun que trabalhava para Sorge, foi preso no dia 14 de outubro de 1941. Interrogado, acabou entregando Sorge, que foi preso a 18 de outubro de 1941, em Tóquio, e posteriormente encarcerado na prisão de Sugamo. Inicialmente, os japoneses pensaram que, devido à sua condição de membro do Partido Nazi e pelos seus laços com a Alemanha, Sorge fosse um  agente da Abwehr, o que a Abwehr negou. Mesmo sob tortura, Sorge negou os seus vínculos com os soviéticos.
No dia 7 de novembro de 1944 - ironicamente o dia da Revolução de Outubro, o feriado mais importante da URSS - ambos os prisioneiros são enforcados. Os japoneses chegaram a fazer três ofertas de negociação aos soviéticos, oferecendo a troca de Sorge por um dos seus espiões. Contudo, os soviéticos recusaram negociar, alegando que Sorge era um desconhecido para eles. Muito provavelmente isto ocorreu devido ao receio de Estaline de que se soubesse que havia ignorado os avisos de Sorge sobre a Operação Barbarossa. Assim, a contribuição de Richard Sorge permaneceu ignorada durante duas décadas, até que, em 1964, recebeu o título de Herói da União Soviética, sendo erguidos monumentos em sua homenagem, em Baku  e em pleno centro de Moscovo.
Foi sepultado no Cemitério de Tama, em Fuchū (Tóquio).
    

quarta-feira, outubro 30, 2024

Ayrton Senna tornou-se campeão mudial de F1 há 36 anos

       
Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 - Imola, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de San Marino de 1994. É reconhecido como um dos maiores nomes do desporto brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.
Senna começou a sua carreira competindo no karting. Mudou-se para competições de automobilismo em 1981, sagrando-se campeão do Campeonato Britânico de Fórmula 3, dois anos após a sua estreia. O seu bom desempenho na Fórmula 3 impulsionou a sua ascensão até à Fórmula 1, fazendo a sua primeira aparição na categoria no Grande Prémio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart, tendo abandonado a corrida na oitava volta. Na sua primeira temporada, Senna conseguiu pontuar em 5 corridas, fechando o ano com 13 pontos e a nona posição na classificação geral dos pilotos. No ano seguinte, trocou a Toleman-Hart pela Lotus-Renault, equipa pela qual venceu seis Grandes Prémios ao longo de três temporadas. Em 1988, juntou-se o francês Alain Prost (que seria o seu maior rival na sua carreira) na McLaren-Honda e viveu anos vitoriosos pela equipa. Os dois juntos venceram 15 dos 16 Grandes Prémios daquela temporada e Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez. Prost levou o campeonato de 1989, e Senna retomou o título em 1990 - ambos títulos foram decididos por colisões entre os pilotos no Grande Prémio do Japão. Na temporada seguinte, Senna obteve o seu terceiro título mundial, tornando-se o piloto mais jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula 1 - façanha que foi mantida até ao final da temporada de 2012, quando Sebastian Vettel chegou ao tricampeonato, vencendo por três anos consecutivos. A partir de 1992, a equipa Williams-Renault dominou amplamente a competição. Ainda assim, Senna conseguiu terminar a temporada de 1993 como vice-campeão, vencendo cinco corridas. Negociou uma transferência para Williams em 1994.
A sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de pole positions que deteve. Sobre asfalto chuvoso, demonstrava grande capacidade e perícia, como demonstrado em atuações antológicas nos GPs de Mónaco de 1984, de Portugal de 1985 e da Europa de 1993. Senna ainda detém o recorde de maior número de vitórias no prestigioso Grande Prémio de Mónaco - seis - e é o terceiro piloto mais bem sucedido de todos os tempos em termos de vitórias.
Em dezembro de 2009 a revista inglesa Autosport publicou um artigo onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, em que a revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria, e Ayrton Senna venceu a votação.
A rede de comunicação estatal britânica, BBC, elegeu o brasileiro Ayrton Senna como o melhor piloto de Fórmula 1 da história. “Provavelmente nenhum piloto da Fórmula 1 tenha se dedicado mais ao desporto e dado mais de si mesmo em sua rígida busca pelo sucesso. Ele era uma força da natureza, uma combinação incrível de muito talento e, em alguns casos, uma determinação espantosa”, aponta o texto, publicado no site da BBC.
Em 2012 o Sistema Brasileiro de Televisão o SBT, realizou o programa O Maior Brasileiro de Todos os Tempos para eleger a maior personalidade do país. Ayrton Senna ficou entre os 12 mais votados, sendo vencido por Chico Xavier numa das semifinais do programa.
É considerado um dos maiores ídolos de desporto no Brasil, ganhando inclusive a alcunha de herói nacional por parte dos media.
  
(...)
   
No Grande Prémio do Japão, realizado em Suzuka, a 30 de outubro de 1988, Ayrton Senna venceu a prova e passou ser Campeão Mundial pela primeira vez. 
    

quarta-feira, outubro 23, 2024

A Batalha do Golfo de Leyte começou há oitenta anos

Batalha do Golfo de Leyte
Guerra do Pacífico
USS Princeton (CVL-23) burning on 24 October 1944 (80-G-287970).jpg
O porta-aviões USS Princeton em chamas
durante a Batalha do Golfo de Leyte
Data 23-26 de outubro de 1944
Local Golfo de Leyte, Filipinas
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Flag of the United States (1912-1959).svg Estados Unidos
Flag of Australia.svg Austrália
Flag of Japan (1870–1999).svg Japão
Comandantes
Flag of the United States (1912-1959).svg William Halsey, Jr.
Flag of the United States (1912-1959).svg Thomas C. Kinkaid
Flag of the United States (1912-1959).svg Clifton Sprague
Flag of the United States (1912-1959).svg Jesse B. Oldendorf
Flag of Australia.svg John Collins
Flag of Japan (1870–1999).svg Takeo Kurita
Flag of Japan (1870–1999).svg Shōji Nishimura
Flag of Japan (1870–1999).svg Kiyohide Shima
Flag of Japan (1870–1999).svg Jisaburō Ozawa
Flag of Japan (1870–1999).svg Yukio Seki
Forças
+ 300 navios
8 porta-aviões grandes
8 porta-aviões leves
18 porta-aviões de escolta
12 couraçados
24 cruzadores
166 contratorpedeiros
Dezenas de barcos PT, submarinos e navios de apoio
Cerca de 1 500 aeronaves
68 navios
1 porta-avião grande
3 porta-aviões leves
9 couraçados
20 cruzadores
+ 35 contratorpedeiros
300 aeronaves
Baixas
~ 3.000 mortos ou feridos
1 porta-avião leve afundado
2 porta-aviões de escolta afundados
3 contratorpedeiros afundados
+ 200 aviões perdidos
~ 12.500 mortos ou desaparecidos
1 porta-avião grande afundado
3 porta-aviões leves afundados
3 couraçados afundados
10 cruzadores afundados
11 contratorpedeiros afundados
+ 300 aviões perdidos


A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de outubro de 1944 nas águas à volta da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial.
Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlatas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar.
Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto das suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa. Os japoneses então reuniram todas as suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam o seu objetivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas.
A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque, após a sua derrota, a Marinha Imperial Japonesa deixou de ter condições de colocar em combate uma força naval significativa, e ficou sem combustível para os seus restantes navios, aguardando pelo fim da guerra ancorados nas suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas, dos aviões kamikazes japoneses, contra a frota norte-americana, no teatro da Guerra do Pacífico.
      

domingo, outubro 20, 2024

Ayrton Senna sagrou-se tricampeão de F1 há 33 anos

    
   
Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 - Bolonha, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão nos anos de 1989 e em 1993. Morreu num acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de San Marino de 1994. É considerado um dos maiores nomes do desporto brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.
O seu bom desempenho em categorias anteriores o levou a estrear-se na Fórmula 1 no Grande Prémio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Na sua primeira temporada na categoria, Senna rapidamente teve resultados, levando a pequena equipe inglesa a obter performances jamais alcançadas.
Em dezembro de 2009 a revista inglesa Autosport publicou uma matéria onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. A revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria e Ayrton Senna venceu tal votação.

   


Grande Prémio do Japão de 1991 (Fórmula 1)

O austríaco Gerhard Berger que largou na pole, manteve a liderança com o seu companheiro de equipa da McLaren e líder do campeonato, Ayrton Senna em 2º com Nigel Mansell logo atrás, em 3º. O piloto austríaco ia-se distanciando dos dois pilotos, porém na disputa do título, o mais importante é que o brasileiro da McLaren ia suportando a pressão do inglês da Williams. No início da 10ª volta, na tentativa desesperada de superá-lo no final da reta dos boxes, Mansell perde o controle do seu carro indo para a caixa de brita. De lá, Mansell abandona a prova. Era o fim do campeonato e a conquista de Ayrton Senna com uma prova de antecedência. A partir daí, os dois pilotos da McLaren fazem uma corrida particular. Na 18ª volta, Senna ultrapassa Berger para vencê-la. Parecia que a conquista seria com uma vitória, mas na parte final da corrida, a equipe comunica pelo rádio ao piloto brasileiro para que aliviasse o pé no acelerador porque Berger vai ultrapassá-lo e ganhar o Grande Prémio. Na última volta e na última curva, Senna cede a posição para Berger vencer a prova. O piloto brasileiro da McLaren termina em 2º, mas comemora a conquista, mesmo tendo que acatar a ordem da equipe. Um desfecho de campeonato com fair play de Ayrton Senna.

sexta-feira, outubro 04, 2024

Richard Sorge, o espião soviético que Estaline abandonou, nasceu há 129 anos


        
Richard Sorge (Sabunchi, Baku, 4 de outubro de 1895 - Tóquio, 7 de novembro de 1944) foi um jornalista alemão e um espião da União Soviética no Japão, antes e durante a Segunda Guerra Mundial. O nome de código na KGB do grupo deste espião era "Ramsay".
       
(...)
      
Em 1933, dirigentes soviéticos, interessados em conhecer melhor as intenções do governo japonês, enviam Sorge para o Japão, país que havia vencido a Rússia uma vez - na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A sua missão era simples mas fulcral: descobrir se os japoneses tinham a intenção de cumprir com o Pacto Anti-Komintern e atacar a Rússia. Além disso, Sorge deveria aproveitar a oportunidade para reunir informações sobre as relações entre o Japão e a Alemanha e também sobre a indústria pesada e o exército japoneses.
Sorge, com uma brilhante reputação como jornalista do Frankfurter Zeitung, rapidamente tornou-se amigo próximo e confidente do general Eugen Ott, que seria o futuro embaixador alemão em Tóquio. Ao mesmo tempo, era amante da mulher do militar. Para a nomeação de Ott como embaixador no Japão a ajuda de Sorge foi fundamental. Com o apoio de sua vasta biblioteca sobre o país, forneceu grande quantidade de informação a Ott, auxiliando-o também nas análise do material.
Hedonista, amante de mulheres e bebidas fortes, Sorge passava despercebido aos serviços de contra-espionagem japoneses, não deixando perceber que, por sob a aparência do herói de guerra alemão, estaria um eficiente espião soviético. Recluso no Japão, após recusar-se a regressar à Alemanha - cumprindo ordens de Estaline -, em 1937 Sorge passa informações da maior importância a Moscovo, tais como a data do início da Operação Barbarossa - desacreditada por Estaline - e, principalmente, a de que o Japão não atacaria a URSS, o que permitiu o reposicionamento dos exércitos russos que se encontravam na fronteira com o Japão para oeste, o que possibilitou deter, em Estalingrado, a operação alemã de invasão da URSS.
Ozaki Hozumi, um jornalista japonês do Asahi Shimbun que trabalhava para Sorge, foi preso no dia 14 de outubro de 1941. Interrogado, acabou entregando Sorge, que foi preso a 18 de outubro de 1941, em Tóquio, e posteriormente encarcerado na prisão de Sugamo. Inicialmente, os japoneses pensaram que, devido à sua condição de membro do Partido Nazi e pelos seus laços com a Alemanha, Sorge fosse um  agente da Abwehr, o que a Abwehr negou. Mesmo sob tortura, Sorge negou os seus vínculos com os soviéticos.
No dia 7 de novembro de 1944 - ironicamente o dia da Revolução de Outubro, o feriado mais importante na URSS - ambos os prisioneiros são enforcados. Os japoneses chegaram a fazer três ofertas de negociação aos soviéticos, oferecendo a troca de Sorge por um dos seus espiões. Contudo, os soviéticos recusaram-se a negociar, alegando que Sorge lhes era desconhecido, muito provavelmente devido ao receio de Estaline de que se soubesse que havia ignorado os avisos de Sorge sobre a Operação Barbarossa. Assim, a contribuição de Richard Sorge permaneceu ignorada durante duas décadas, até que, em 1964, recebeu, postumamente, o título de Herói da União Soviética, sendo erguidos monumentos em sua homenagem em Baku e no centro de Moscovo.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Tama, em Fuchū (Tóquio).
    
Selo postal soviético de homenagem a Richard Sorge
   

sexta-feira, setembro 27, 2024

O Pacto do Eixo foi assinado há 83 anos...

Bandeiras do Terceiro Reich, Japão e de Itália em Berlim, em setembro de 1940
       
O Pacto do Eixo foi assinado em Berlim a 27 de setembro de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, pelos representantes da Alemanha nazi, da Itália fascista e do Império do Japão e formalizou a aliança conhecida como Eixo. Foi idealizado por Hitler para intimidar os Estados Unidos e tentar mantê-lo como país neutro durante a guerra mas, na prática, acabou legitimando a entrada dos Estados Unidos no conflito europeu, quando este declarou guerra ao Japão, após o ataque japonês a Pearl Harbor.
   

quinta-feira, setembro 05, 2024

O tratado que acabou com a Guerra Russo-Japonesa foi assinado há 119 anos

    
O Tratado de Portsmouth, formalmente encerrou a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905. Foi assinado em 5 de setembro de 1905 após as negociações no Estaleiro Naval de Portsmouth, perto de Portsmouth, New Hampshire, Estados Unidos.
Os delegados que assinaram o tratado de paz foram Sérgio Witte e Roman Rosen da Rússia, e Komura Jutaro e Takahira Kogoro do Japão. Fyodor Martens e outros diplomatas das duas nações hospedaram-se em New Castle, New Hampshire no Hotel Wentworth (onde o armistício foi assinado), e foram transportados de balsa através do rio Piscataqua para as negociações , mantidas na base localizada em Kittery, Maine.
De acordo com esse tratado, o Japão e a Rússia concordaram em evacuar a Manchúria e devolver a soberania à China. Mas o Japão obteve a península de Liaodong (onde se encontravam Porto Arthur e Talien), e o sistema de ferrovias russo na Manchúria meridional com acesso a recursos estratégicos. O Japão também recebeu a metade meridional da ilha de Sacalina da Rússia. Apesar do Japão ter ganhado muito com o tratado, não foi tanto como a opinião pública japonesa esperava, já que a posição inicial japonesa reclamava toda a Sacalina e uma indemnização. Essa frustração causou os tumultos de Hibiya, e provocou a queda do gabinete de Katsura Taro, em 7 de janeiro de 1906.
Theodore Roosevelt foi o mediador das negociações, pelo que obteve o Prémio Nobel da Paz em 1906. Ambas as partes buscavam a paz; os russos haviam sido repetidamente derrotados e os japoneses sofriam consideráveis dificuldades financeiras. 
        
  
in Wikipédia

segunda-feira, setembro 02, 2024

O Japão oficializou a sua rendição há 79 anos

    
A ata de rendição do Japão foi um acordo que formalizou a Rendição do Japão, finalizando a Segunda Guerra Mundial. Foi firmado pelos representantes do Império do Japão, dos Estados Unidos, da República da China, do Reino Unido, da União Soviética, da Austrália, do Canadá, do Governo provisório da República da França, dos Países Baixos e da Nova Zelândia, no USS Missouri, na Baía de Tóquio, a 2 de setembro de 1945.
A cópia original do documento está nos National Archives, em Washington, DC, enquanto que a versão em japonês está no Museu Edo-Tokyo em Tóquio.
   

domingo, setembro 01, 2024

O grande sismo de Kantō foi há 101 anos...

 

Marunouchi (commercial district of Tokyo) in flames
    
The Great Kantō earthquake struck the Kantō plain on the Japanese main island of Honshū at 11:58:44 am JST (2:58:44 UTC) on Saturday, September 1, 1923. Varied accounts indicate the duration of the earthquake was between four and 10 minutes. This was the deadliest earthquake in Japanese history, and at the time was the most powerful earthquake ever recorded in the region. The 2011 Tōhoku earthquake later surpassed that record, at magnitude 9.0.
The earthquake had a magnitude of 7.9 on the Moment magnitude scale (Mw), with its focus deep beneath Izu Ōshima Island in the Sagami Bay. The cause was rupture of part of the convergent boundary where the Philippine Sea Plate is subducting beneath the Okhotsk Plate along the line of the Sagami Trough.
This earthquake devastated Tokyo, the port city of Yokohama, and the surrounding prefectures of Chiba, Kanagawa, and Shizuoka, and caused widespread damage throughout the Kantō region. The power was so great in Kamakura, over 60 km (37 mi) from the epicenter, it moved the Great Buddha statue, which weighs about 93 short tons (84,000 kg), almost two feet.
Estimated casualties totaled about 142,800 deaths, including about 40,000 who went missing and were presumed dead. The damage from this natural disaster was the greatest sustained by prewar Japan. In 1960, the government of Japan declared September 1, the anniversary of the quake, as an annual "Disaster Prevention Day".
According to the Japanese construction company Kajima Kobori Research's conclusive report of September 2004, 105,385 deaths were confirmed in the 1923 quake.
  
Damage and deaths
Because the earthquake struck at lunchtime when many people were cooking meals over fire, many people died as a result of the many large fires that broke out. Some fires developed into firestorms that swept across cities. Many people died when their feet became stuck in melting tarmac. The single greatest loss of life was caused by a firestorm-induced fire whirl that engulfed open space at the Rikugun Honjo Hifukusho (formerly the Army Clothing Depot) in downtown Tokyo, where about 38,000 people were incinerated after taking shelter there following the earthquake. The earthquake broke water mains all over the city, and putting out the fires took nearly two full days until late in the morning of September 3. An estimated 140,000 people were killed and 447,000 houses were destroyed by the fire alone.
A strong typhoon struck Tokyo Bay at about the same time as the earthquake. Some scientists, including C.F. Brooks of the United States Weather Bureau, suggested the opposing energy exerted by a sudden decrease of atmospheric pressure coupled with a sudden increase of sea pressure by a storm surge on an already-stressed earthquake fault, known as the Sagami Trough, may have triggered the earthquake. Winds from the typhoon caused fires off the coast of Noto Peninsula in Ishikawa Prefecture to spread rapidly.
The Emperor and Empress were staying at Nikko when the earthquake struck Tokyo, and were never in any danger.
Many homes were buried or swept away by landslides in the mountainous and hilly coastal areas in western Kanagawa Prefecture, killing about 800 people. A collapsing mountainside in the village of Nebukawa, west of Odawara, pushed the entire village and a passenger train carrying over 100 passengers, along with the railway station, into the sea.
A tsunami with waves up to 10 m (33 ft) high struck the coast of Sagami Bay, Boso Peninsula, Izu Islands, and the east coast of Izu Peninsula within minutes. The tsunami killed many, including about 100 people along Yui-ga-hama Beach in Kamakura and an estimated 50 people on the Enoshima causeway. Over 570,000 homes were destroyed, leaving an estimated 1.9 million homeless. Evacuees were transported by ship from Kanto to as far as Kobe in Kansai. The damage is estimated to have exceeded USD$1 billion (or about $13,475 billion today). There were 57 aftershocks.
Altogether, the earthquake and typhoon killed an estimated 99,300 people, and another 43,500 went missing.
   
Postquake massacre of ethnic minorities and political opponents
The Home Ministry declared martial law, and ordered all sectional police chiefs to make maintenance of order and security a top priority. A rumor spread was that Koreans were taking advantage of the disaster, committing arson and robbery, and were in possession of bombs. Anti-Korean sentiment was heightened by fear of the Korean independence movement, partisans of which were responsible for assassinations of top Japanese officials and other terrorist activity. In the confusion after the quake, mass murder of Koreans by mobs occurred in urban Tokyo and Yokohama, fueled by rumors of rebellion and sabotage. The government reported 2613 Koreans were killed by mobs in Tokyo and Yokohama in the first week of September. Independent reports said the number killed was far higher. Some newspapers reported the rumors as fact, including the allegation that Koreans were poisoning wells. The numerous fires and cloudy well water, a little-known effect of a large quake, all seemed to confirm the rumors of the panic-stricken survivors who were living amidst the rubble. Vigilante groups set up roadblocks in cities, and tested residents with a shibboleth for supposedly Korean-accented Japanese: deporting, beating, or killing those who failed. Army and police personnel colluded in the vigilante killings in some areas. Of the 3,000 Koreans taken into custody at the Army Cavalry Regiment base in Narashino, Chiba Prefecture, 10% were killed at the base, or after being released into nearby villages. Moreover, anyone mistakenly identified as Korean, such as Chinese, Okinawans, and Japanese speakers of some regional dialects, suffered the same fate. About 700 Chinese, mostly from Wenzhou, were killed. A monument commemorating this was built in 1993 in Wenzhou.
In response, the government called upon the Japanese Army and the police to detain Koreans to defuse the situation; 23.715 Koreans were detained across Japan, 12.000 in Tokyo alone. The chief of police of Tsurumi (or Kawasaki by some accounts) is reported to have publicly drunk the well water to disprove the rumor that Koreans had been poisoning wells. In some towns, even police stations into which Korean people had escaped were attacked by mobs, whereas in other neighbourhoods, residents took steps to protect them. The Army distributed flyers denying the rumor and warning civilians against attacking Koreans, but in many cases vigilante activity only ceased as a result of Army operations against it. As Allen notes, the Japanese colonial occupation of Korea provided the backdrop to this extreme example of the explosion of racial prejudice into violence, based on a history of antagonism. To be a Korean in 1923 Japan was to be not only despised, but also threatened and possibly killed.
Amidst the mob violence against Koreans in the Kantō Region, regional police and the Imperial Army used the pretext of civil unrest to liquidate political dissidents. Socialists such as Hirasawa Keishichi, anarchists such as Sakae Osugi and Noe Ito, and the Chinese communal leader, Ou Kiten, were abducted and killed by local police and Imperial Army, who claimed the radicals intended to use the crisis as an opportunity to overthrow the Japanese government.
The importance of obtaining and providing accurate information following natural disasters has been emphasized in Japan ever since. Earthquake preparation literature in modern Japan almost always directs citizens to carry a portable radio and use it to listen to reliable information, and not to be misled by rumors in the event of a large earthquake.
   
Aftermath
Following the devastation of the earthquake, some in the government considered the possibility of moving the capital elsewhere. Proposed sites for the new capital were even discussed.
Japanese commentators interpreted the disaster as an act of divine (Kami) punishment to admonish the Japanese people for their self-centered, immoral, and extravagant lifestyles. In the long run, the response to the disaster was a strong sense that Japan had been given an unparalleled opportunity to rebuild the city, and to rebuild Japanese values. In reconstructing the city, the nation, and the Japanese people, the earthquake fostered a culture of catastrophe and reconstruction that amplified discourses of moral degeneracy and national renovation in interwar Japan.
After the earthquake, Gotō Shimpei organized a reconstruction plan of Tokyo with modern networks of roads, trains, and public services. Parks were placed all over Tokyo as refuge spots, and public buildings were constructed with stricter standards than private buildings to accommodate refugees. However, the outbreak of World War II and subsequent destruction severely limited resources.
Frank Lloyd Wright received credit for designing the Imperial Hotel, Tokyo, to withstand the quake, although in fact the building was damaged by the shock. The destruction of the US embassy caused Ambassador Cyrus Woods to relocate the embassy to the hotel. Wright's structure withstood the anticipated earthquake stresses, and the hotel remained in use until 1968.
The unfinished battlecruiser Amagi was in drydock being converted into an aircraft carrier in Yokosuka in compliance with the Washington Naval Treaty of 1922. However, the earthquake damaged the Amagi beyond repair, leading it to be scrapped, and the unfinished fast battleship Kaga was converted into an aircraft carrier in its place.
In contrast to London, where typhoid fever had been steadily declining since the 1870s, the rate in Tokyo remained high, more so in the upper-class residential northern and western districts than in the densely populated working-class eastern district. An explanation is the decline of waste disposal, which became particularly serious in the northern and western districts when traditional methods of waste disposal collapsed due to urbanization. The 1923 earthquake led to record-high morbidity due to unsanitary conditions following the earthquake, and it prompted the establishment of antityphoid measures and the building of urban infrastructure.
   
Memory
Beginning in 1960, every September 1 is designated as Disaster Prevention Day to commemorate the earthquake and remind people of the importance of preparation, as September and October are the middle of the typhoon season. Schools and public and private organizations host disaster drills. Tokyo is located near a fault zone beneath the Izu peninsula which, on average, causes a major earthquake about once every 70 years, and is also located near the Sagami Trough, a large subduction zone that threatens to create a massive earthquake that, in the darkest case, would kill millions in the Kanto Region. Every year on this date, schools across Japan take a moment of silence at the precise time the earthquake hit in memory of the lives lost.
Some discreet memorials are located in Yokoamicho Park in Sumida Ward, at the site of the open space in which an estimated 38,000 people were killed by a single firestorm. The park houses a Buddhist-style memorial hall/museum, a memorial bell donated by Taiwanese Buddhists, a memorial to the victims of World War II Tokyo air raids, and a memorial to the Korean victims of the vigilante killings.