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sexta-feira, setembro 12, 2025

Nove milhões de visitantes do blog Geopedrados...!

 

    

O blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) chega hoje a mais uma marca história - NOVE MILHÕES de visitantes...!

Lançado em julho de 2005,  o Blogger só começou a monitorizar os visitantes de blogues exatamente cinco anos depois de termos começado. E queremos agradecer a todos os visitantes, de tantos países (e línguas diferentes...) que engrandecem o blog com a sua constante visualização deste espaço que, sendo de uns geólogos formados por Coimbra, é, afinal, de todos.

 

segunda-feira, julho 07, 2025

O blog dos Geopedrados faz hoje vinte anos...!


 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

é morno 

mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias 

por longos meses. Dão-lhes um nome,

agasalho, teta. 

Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados 

em cubos metálicos que rolam no crude 

fundido, deitado sobre a terra morta. 

 

Uns quantos, desvairados escalam pináculos,

cavalgam ondas colossais. 

Outros puxam alavancas, carregam em botões, 

colectam coisas, transportam sacas, 

enchem recipientes. 

 

Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,

passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,

escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga, 

milhões de anos acumulada tiram dela a flama

do movimento. 

 

Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio 

do azul 

para o vermelho. 

 

 

in Firmamento (2022) - Rui Lage

 

O primeiro post do blog Geopedrados foi publicado há 20 anos...!


Passam hoje vinte anos desde que decidi, para preparar a reunião de curso na minha terra, lançar o blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) e, nesta data em que comemoramos mais um aniversário deste espaço, queremos agradecer, a todos os fiéis leitores, o facto de nos obrigarem a continuar a manter este espaço...!

E para quem não sabe a origem do nome do blog, aqui fica a capa da plaquete (com os desenhos do geopedrado Doutor Fernando Carlos Lopes, professor e geólogo na nossa alma mater...) e a foto do carro de curso, levado pelos alunos do curso de Geologia da Universidade de Coimbra ao Cortejo Académico da Queima das Fitas, no inesquecível mês de maio de 1988... Eu votei contra o nome Geopedrados, por motivos óbvios - era favorável que nos chamássemos Geodino logossaurius... Mas é este o nome ficou - e de que nos orgulhamos ainda - fomos, somos e seremos os GEOPEDRADOS!

 

Atenção que o que está  representado por cima do carro é Torre da Universidade e uma amonite a subir nela (corre por aí um boato de que há símbolos fálicos neste carro, o que não é verdade). De lado está uma caricatura com uma interessantíssima santíssima trindade da Fauna de Ediacara - com o Dr. Godinho e os saudosos Dr. Portugal e o Dr. Bernardo. E sim, éramos o carro nº 15 - bem à frente, no Cortejo Académico...! E, é claro, fomos desclassificados (usámos flores brancas de papel no carro e levámos o também saudoso sr. José Vilela, que, à frente do Júri, na praça da república, se mostrou, como sempre). Saudades...

domingo, maio 11, 2025

Oito milhões de visitantes do blog Geopedrados...!

   

O blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) chega hoje à marca história de OITO MILHÕES de visitantes...!

Lançado em julho de 2005,  o Blogger só começou a monitorizar os visitantes de blogues exatamente cinco anos depois de termos começado. E queremos agradecer a todos os visitantes, de tantos países (e línguas diferentes...) que engrandecem o blog com a sua constante visualização deste espaço que, sendo de uns geólogos formados por Coimbra, é afinal de todos.

 


domingo, maio 04, 2025

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) faz hoje 46 anos

  
A 4 de maio comemora-se o Dia do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros criado pelo Decreto-Lei nº 118/79, dessa data.  As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal, sendo esta a razão primeira da sua classificação como Parque Natural. Morfologia cársica, natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de água subterrâneos, uma fauna específica, nomeadamente cavernícola, património arquitetónico e cultural, bem como intensa atividade no domínio da extração da pedra são outros tantos aspetos que o diploma classificatório tenta preservar e disciplinar.
A secura, acentuada pela ausência de cursos de água superficiais, marca uma paisagem a que falhas, escarpas e afloramentos rochosos conferem um traço vigoroso.
A água corre através de uma intrincada rede subterrânea. A erosão cársica originou formações características - poldjes, campos de lapiás, lapas e algares, uvalas e dolinas numa rara profusão de formas. As cavidades são férteis em temas espeleológicos.
O coberto vegetal é marcado pela presença de pequenas manchas de carvalho cerquinho ou azinheira. Dentre as plantas autóctones destaca-se o cortejo das plantas aromáticas, medicinais e melíferas repartidas por algumas dezenas de espécies. A oliveira, a recordar o esforço dos cistercienses, domina a vegetação não espontânea. A fauna destes calcários inclui numerosas aves, nomeadamente a Gralha-de-bico-vermelho, com hábitos de nidificação cavernícola. Uma dezena de espécies de morcegos.
A presença humana é atestada desde o paleolítico. A estrada romana de Alqueidão da Serra testemunha caminhos antigos. Têxtil, curtumes, agricultura, criação intensiva de gado e indústria extrativa de pedra e argila justificam, na atualidade, a presença de numerosa população. 
A jazida da Pedreira do Galinha, na vertente oriental da serra de Aire (Jurássico Médio - 175 MA) contém a mais antiga e longa (147 metros) pista de dinossáurios saurópodes até hoje conhecida no mundo. Centenas de pegadas organizam-se em cerca de duas dezenas de pistas constituídas pelas impressões deixadas por grandes animais quadrúpedes.

in ICNF

 

 

 

Nota -  algumas sugestões de sites sobre o PNSAC de geopedrados, para ver nesta data:

sábado, maio 03, 2025

A geóloga Ana Neiva morreu há seis anos...


 

Ana Margarida Ribeiro Neiva

Desempenhou os seguintes cargos:

na Universidade de Coimbra – naturalista, 1964-1971 e técnico investigador, 1972 do Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; prof. auxiliar, 1972-1975 e 1976-1977; prof. associada, 1983-1985 e prof. catedrática definitiva desde 1985 da Faculdade de Ciências e Tecnologia; b) na Universidade de Brasília, Brasil – prof. adjunto, 1975-1976; c) na Universidade do Porto – prof. auxiliar, 1977-1979, prof. associada, 1979-1983.
Trabalhou no Depart. of Mineralogy and Petrology, Univ. Cambridge, U.K., 1966-1971, onde se doutorou, e posteriormente alguns meses em 1976, 1980 e 1981; b) no dept. of Geology, Univ. Manchester, U.K., alguns meses de 1971, 1972, 1974, 1979, 1982, 1984, 1988, 1992, 1994, 1996 e 1997 para obtenção de dados analíticos por fluorescência de raios-X e microsonda; c) no Dept. of Earth Sciences, Univ. Leeds, U.K., em setembro e outubro de 1988 para datar rochas e minerais por Rb-Sr; d) no Nuclear Reactor Centre, Imperial College, Ascot, U.K., algun meses de 1988, 1993 e 1994 para determinar terras raras de rochas graníticas; e) no Instituto Geológico e Mineiro, Porto, desde 1977.
Foi membro do International Working Group of IGCP project “Mineralization associated with acid magmatism” até 1980. É membro do Mica Subcommittee of the International Mineralogical Association.
Tem colaboração em trabalhos científicos com: Johns Hopkins Univ. (U.S.A.), Geological Survey of Malaysia, CNRS (França), Univ. London (U.K.), Thessaloniki Univ. (Grécia), Yamagate Univ. (Japão), Univ. of Science and Technology of China, Hefei, Univ. Manchester (U.K.) e Instituto de Geociências da UFRGS (Brasil) e Departamento de Geologia da UFRGN (Brasil).
Tem sido “referee” de trabalhos submetidos às publicações: Mineralogical magazine, Bulletin de Minéralogie, Geochemical Exploration, European Journal of Mineralogy, Lithos, Canadian Mineralogist e Applied geochemistry Journal of South America Earth Science.
Proferiu conferências nas Universidades de: a) Faculdade de Engenharia, Porto (1986); b) LNETI, Lisboa (1986); c) Reading, U.K. (1987); d) Thessaloniki, Grécia (1987); e) Nuclear reactor, Ascot, U.K. (1988); f) Science and Technology of China, Hefei (1991); g) Seoul National Univ., Seoul, Coréia do Sul (1992); h) Aveiro (1994); i)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997); j) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1997); k)Academia de Ciências de Lisboa (1997 e 1998).
Apresentou comunicações em 41 congressos internacionais e em 16 congressos portugueses.
Publicou um total de 66 trabalhos, sendo 36 em revistas internacionais, 4 em livros internacionais e 26 em revistas portuguesas.

 

in DCT

terça-feira, janeiro 14, 2025

O Doutor Martim Portugal Ferreira morreu há quatro anos...

   

Martim Ramiro Portugal Vasconcelos Ferreira, professor catedrático de Geologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), faleceu quinta-feira com 85 anos, vítima de doença prolongada. Casado com Maria Avelina Moreira e Silva Vasconcelos Ferreira, era natural de Oliveira de Frades e residia em Coimbra. Era pai de Diogo Ferreira, Luísa Ferreira, Cláudia Ferreira, Benedita Ferreira, Manuel Ferreira, Teresa Ferreira e Mariana Ferreira. Doutorado em Geologia em 1966, com 19 valores, foi docente na FCTUC de inúmeras cadeiras, orientou mestrados e doutoramentos, fez investigação e publicou mais de uma centena de livros e artigos científicos. Desenvolveu consultoria, e participou em vários órgãos de gestão, pedagógicos e científicos da UC. Foi ainda presidente do Conselho Diretivo, Pedagógico e Científico da FCTUC e deputado municipal, tendo sido presidente na Assembleia Municipal de Coimbra durante vários anos. 

 

domingo, julho 07, 2024

Tiveram outrora uma alma - poesia para Geopedrados...


 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

é morno 

mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias 

por longos meses. Dão-lhes um nome,

agasalho, teta. 

Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados 

em cubos metálicos que rolam no crude 

fundido, deitado sobre a terra morta. 

 

Uns quantos, desvairados escalam pináculos,

cavalgam ondas colossais. 

Outros puxam alavancas, carregam em botões, 

colectam coisas, transportam sacas, 

enchem recipientes. 

 

Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,

passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,

escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga, 

milhões de anos acumulada tiram dela a flama

do movimento. 

 

Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio 

do azul 

para o vermelho. 

 

 

in Firmamento (2022) - Rui Lage

 

 

O primeiro post do blog Geopedrados foi publicado há dezanove anos...!


Passam hoje exatamente 19 anos que decidi, para preparar a reunião de curso na minha terra, lançar este blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) e, nesta data, em que o blog chega à maioridade e comemoramos o aniversário deste espaço, queremos agradecer, a todos os fiéis leitores, o facto de nos obrigarem a continuar a manter este espaço...!

E para quem não sabe a origem do nome do blog, aqui fica a capa da plaquete (com os desenhos do geopedrado Doutor Fernando Carlos Lopes, professor na nossa alma mater...!) e a foto do carro de curso, levado pelos alunos do curso de Geologia da Universidade de Coimbra ao Cortejo Académico da Queima das Fitas, no inesquecível mês de maio de 1988... Eu votei contra o nome, por motivos óbvios - era favorável que nos chamássemos Geodino logossaurius... Mas é este o nome ficou - e de que nos orgulhamos ainda - somos os GEOPEDRADOS!

 

Atenção que o que está  representado por cima do carro é Torre da Universidade e uma amonite a subir nela... De lado está uma caricatura com uma interessantíssima Fauna de Ediacara - com o Dr. Godinho e os saudosos Dr. Portugal e o Dr. Bernardo. E sim, éramos o carro nº 15 - bem à frente, no Cortejo Académico...! E, é claro, fomos desclassificados (usámos flores brancas de papel no carro e levámos o também saudoso Sr. Vilela, que, à frente do Júri, na praça da república, se mostrou, como sempre). Saudades...

sexta-feira, maio 03, 2024

A Professora Doutora Ana Neiva morreu há cinco anos...


 

Ana Margarida Ribeiro Neiva

Desempenhou os seguintes cargos:

na Universidade de Coimbra – naturalista, 1964-1971 e técnico investigador, 1972 do Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; prof. auxiliar, 1972-1975 e 1976-1977; prof. associada, 1983-1985 e prof. catedrática definitiva desde 1985 da Faculdade de Ciências e Tecnologia; b) na Universidade de Brasília, Brasil – prof. adjunto, 1975-1976; c) na Universidade do Porto – prof. auxiliar, 1977-1979, prof. associada, 1979-1983.
Trabalhou no Depart. of Mineralogy and Petrology, Univ. Cambridge, U.K., 1966-1971, onde se doutorou, e posteriormente alguns meses em 1976, 1980 e 1981; b) no dept. of Geology, Univ. Manchester, U.K., alguns meses de 1971, 1972, 1974, 1979, 1982, 1984, 1988, 1992, 1994, 1996 e 1997 para obtenção de dados analíticos por fluorescência de raios-X e microsonda; c) no Dept. of Earth Sciences, Univ. Leeds, U.K., em setembro e outubro de 1988 para datar rochas e minerais por Rb-Sr; d) no Nuclear Reactor Centre, Imperial College, Ascot, U.K., algun meses de 1988, 1993 e 1994 para determinar terras raras de rochas graníticas; e) no Instituto Geológico e Mineiro, Porto, desde 1977.
Foi membro do International Working Group of IGCP project “Mineralization associated with acid magmatism” até 1980. É membro do Mica Subcommittee of the International Mineralogical Association.
Tem colaboração em trabalhos científicos com: Johns Hopkins Univ. (U.S.A.), Geological Survey of Malaysia, CNRS (França), Univ. London (U.K.), Thessaloniki Univ. (Grécia), Yamagate Univ. (Japão), Univ. of Science and Technology of China, Hefei, Univ. Manchester (U.K.) e Instituto de Geociências da UFRGS (Brasil) e Departamento de Geologia da UFRGN (Brasil).
Tem sido “referee” de trabalhos submetidos às publicações: Mineralogical magazine, Bulletin de Minéralogie, Geochemical Exploration, European Journal of Mineralogy, Lithos, Canadian Mineralogist e Applied geochemistry Journal of South America Earth Science.
Proferiu conferências nas Universidades de: a) Faculdade de Engenharia, Porto (1986); b) LNETI, Lisboa (1986); c) Reading, U.K. (1987); d) Thessaloniki, Grécia (1987); e) Nuclear reactor, Ascot, U.K. (1988); f) Science and Technology of China, Hefei (1991); g) Seoul National Univ., Seoul, Coréia do Sul (1992); h) Aveiro (1994); i)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997); j) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1997); k)Academia de Ciências de Lisboa (1997 e 1998).
Apresentou comunicações em 41 congressos internacionais e em 16 congressos portugueses.
Publicou um total de 66 trabalhos, sendo 36 em revistas internacionais, 4 em livros internacionais e 26 em revistas portuguesas.

 

in DCT

domingo, janeiro 14, 2024

O ilustre geólogo Professor Doutor Martim Portugal Ferreira morreu há três anos...

 
Martim Ramiro Portugal Vasconcelos Ferreira, professor catedrático de Geologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), faleceu quinta-feira com 85 anos, vítima de doença prolongada. Casado com Maria Avelina Moreira e Silva Vasconcelos Ferreira, era natural de Oliveira de Frades e residia em Coimbra. Era pai de Diogo Ferreira, Luísa Ferreira, Cláudia Ferreira, Benedita Ferreira, Manuel Ferreira, Teresa Ferreira e Mariana Ferreira. Doutorado em Geologia em 1966, com 19 valores, foi docente na FCTUC de inúmeras cadeiras, orientou mestrados e doutoramentos, fez investigação e publicou mais de uma centena de livros e artigos científicos. Desenvolveu consultoria, e participou em vários órgãos de gestão, pedagógicos e científicos da UC. Foi ainda presidente do Conselho Diretivo, Pedagógico e Científico da FCTUC e deputado municipal, tendo sido presidente na Assembleia Municipal de Coimbra durante vários anos. 
 

sexta-feira, julho 07, 2023

Poesia para Geopedrados...


 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

é morno 

mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias 

por longos meses. Dão-lhes um nome,

agasalho, teta. 

Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados 

em cubos metálicos que rolam no crude 

fundido, deitado sobre a terra morta. 

 

Uns quantos, desvairados escalam pináculos,

cavalgam ondas colossais. 

Outros puxam alavancas, carregam em botões, 

colectam coisas, transportam sacas, 

enchem recipientes. 

 

Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,

passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,

escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga, 

milhões de anos acumulada tiram dela a flama

do movimento. 

 

Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio 

do azul 

para o vermelho. 

 

 

in Firmamento (2022) - Rui Lage

O blog Geopedrados comemora hoje dezoito anos...!


Faz hoje exatamente dezoito anos que decidimos, para preparar uma reunião de curso na minha terra, lançar este blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) e, nesta data, em que o blog chega à maioridade e comemoramos o aniversário deste espaço, queremos agradecer, a todos os fiéis leitores, o facto de nos obrigarem a continuar a manter este espaço...!

E para quem não sabe a origem do nome do blog, aqui fica a capa da plaquete (com os desenhos do geopedrado Doutor Fernando Carlos Lopes, professor na nossa alma mater...!) e a foto do carro de curso, levado pelos alunos do curso de Geologia da Universidade de Coimbra ao Cortejo Académico da Queima das Fitas, no inesquecível mês de maio de 1988... Eu votei contra o nome, por motivos óbvios - era favorável que nos chamássemos Geodino logossaurius... Mas é este o nome ficou - e de que nos orgulhamos ainda - os GEOPEDRADOS!

 

Atenção que o que está  representado por cima do carro é Torre da Universidade e uma amonite a subir nela... De lado está uma caricatura com uma interessantíssima Fauna de Ediacara - com o Dr. Godinho, o Dr. Portugal e o Dr. Bernardo (estes dois últimos já falecidos...). E sim, éramos o carro nº 15 - bem à frente no Cortejo Académico...! E, é claro, fomos desclassificados (usámos flores brancas de papel no carro e levámos o Sr. Vilela, que, à frente do Júri, se mostrou, como sempre). Saudades...

sábado, janeiro 14, 2023

O geólogo Professor Doutor Martim Portugal morreu há dois anos...

 
Martim Ramiro Portugal Vasconcelos Ferreira, professor catedrático de Geologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), faleceu quinta-feira com 85 anos, vítima de doença prolongada. Casado com Maria Avelina Moreira e Silva Vasconcelos Ferreira, era natural de Oliveira de Frades e residia em Coimbra. Era pai de Diogo Ferreira, Luísa Ferreira, Cláudia Ferreira, Benedita Ferreira, Manuel Ferreira, Teresa Ferreira e Mariana Ferreira. Doutorado em Geologia em 1966, com 19 valores, foi docente na FCTUC de inúmeras cadeiras, orientou mestrados e doutoramentos, fez investigação e publicou mais de uma centena de livros e artigos científicos. Desenvolveu consultoria, e participou em vários órgãos de gestão, pedagógicos e científicos da UC. Foi ainda presidente do Conselho Diretivo, Pedagógico e Científico da FCTUC e deputado municipal, tendo sido presidente na Assembleia Municipal de Coimbra durante vários anos. 
 

quinta-feira, julho 07, 2022

Poema para uns estranhos seres que são nossos leitores há 17 anos...

 

 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

 

Vivem ali uns tantos cujo sangue 

é morno 

mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias 

por longos meses. Dão-lhes um nome,

agasalho, teta. 

Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados 

em cubos metálicos que rolam no crude 

fundido, deitado sobre a terra morta. 

 

Uns quantos, desvairados escalam pináculos,

cavalgam ondas colossais. 

Outros puxam alavancas, carregam em botões, 

colectam coisas, transportam sacas, 

enchem recipientes. 

 

Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,

passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,

escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga, 

milhões de anos acumulada tiram dela a flama

do movimento. 

 

Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio 

do azul 

para o vermelho. 

 

 

in Firmamento (2022) - Rui Lage

O blog Geopedrados faz hoje dezassete anos...!


Há exatamente dezassete anos decidimos lançar este blog (dos antigos alunos da licenciatura de Geologia da Universidade de Coimbra de 1985/89) e, nesta data em comemoramos o aniversário deste espaço, queremos agradecer aos fiéis leitores o facto de nos obrigarem a continuar a manter o blog...!

E para quem não sabe a origem do nome do blog, aqui fica a capa da plaquete (com os desenhos do geopedrado Doutor Fernando Carlos Lopes...!) e a foto do carro de curso, levado pelos alunos do curso de Geologia da Universidade de Coimbra ao Cortejo Académico da Queima das Fitas, no inesquecível mês de maio de 1988...