quinta-feira, novembro 04, 2021

Rachel de Queiroz morreu há dezoito anos

  
Rachel de Queiroz (Fortaleza, 17 de novembro de 1910 - Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2003) foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira.
Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prémio Camões. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994, na ocasião do centenário da instituição.
 
Biografia
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1915, após uma grande seca, muda-se com os seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crónicas e poemas de caráter modernista sob o pseudónimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos dezanove anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1927), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, destaca‐se no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista Brasileiro. Em 1933 começa a se afastar da direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, lá indo morar até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, filiando-se no sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prémio Felipe d'Oliveira, pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares dos seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do património natural. Morreu a 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Durante trinta anos escreveu crónicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o fim desta para o jornal O Estado de S. Paulo.
   

Michael Crichton morreu há treze anos

   
John Michael Crichton (Chicago, 23 de outubro de 1942 - Los Angeles, 4 de novembro de 2008) foi um autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico norte-americano mais conhecido por seu trabalho nos géneros de ficção científica, ficção médica e thriller. Os seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes. Em 1994, Crichton tornou-se o único artista criativo a ter obras simultâneas no topo da televisão (ER), cinema (Jurassic Park) e vendas de livros (Disclosure) dos Estados Unidos.
O seu género literário pode ser descrito como thriller tecnológico, que é, geralmente, a união de ação e de detalhes técnicos. Os seus romances muitas vezes exploram a tecnologia e as falhas da interação humana com ela, especialmente resultando em catástrofes com biotecnologia. Muitas das suas novelas têm termos médicos ou científicos, refletindo o seu treino médico e científico - Crichton era formado em Medicina pela Harvard Medical School. Escreveu, entre outras obras, The Andromeda Strain (1969), Congo (1980), Sphere (1987), Travels (1988), Jurassic Park (1990), Rising Sun (1992), Disclosure (1994), The Lost World (1995), Airframe (1996), Timeline (1999), Prey (2002), State of Fear (2004), Next (2006, o último livro, publicado antes de sua morte), Pirate Latitudes (2009), um techno-thriller incompleto, Micro, que foi publicado em novembro de 2011, e Dragon Teeth, um romance histórico ambientado durante a "guerra dos ossos", que foi publicado em todo o mundo em maio de 2017. Crichton faleceu no dia 4 de novembro de 2008, de cancro. 
   

quarta-feira, novembro 03, 2021

Música adequada para terminar este dia...

 
Balada de Coimbra
Letra de: Henrique Martins de Carvalho
Música: José Elyseu
Arranjo: Artur Paredes
 
 
Já branca lua alveja a terra
Já negra serra tem alva cor
Pelo Mondego ouvem-se apenas
Trovas serenas, feitas d ́amor
 
Tristes bem tristes nossas canções
São ilusões da mocidade
São os queixumes dum peito triste
Peito onde existe uma saudade
 
Porém qu ́importa saudade infinda
A noite é linda lindo o luar
Cantai rapazes e raparigas
Ternas cantigas a suspirar
 
Os nossos cantos, puros, singelos
São os anelos duma ilusão
Que pelo espaço vão ecoando
Ao sopro brando da viração
 
Porém qu ́importa saudade infinda
A noite é linda lindo o luar
Cantai rapazes e raparigas
Ternas cantigas a suspirar

João Só nasceu há 78 anos

 (imagem daqui)   
   
João Só ou João Evangelista de Melo Fortes (Teresina, 3 de novembro de 1943 - Salvador, 20 de junho de 1992) foi um cantor e compositor brasileiro.
Benjamim entre os 12 filhos de Tito Fortes e de Irene Couto de Mello, aprendeu a tocar os primeiros acordes de cavaquinho quando ainda era criança, tendo começado a estudar vários instrumentos aos 15 anos, na época em que veio com a família de Teresina para Salvador.
Em 1971 defendeu o seu primeiro sucesso, Canção para Janaína, no sexto Festival Internacional da Canção. Em seguida gravou aquele que seria seu maior sucesso, Menina da Ladeira.
Ainda do começo da década de 70 datam seus outros êxitos: Ando na Velocidade e Copacabana.
A partir de 1978, João Só passou a se dedicar somente a shows, tendo-se apresentado centenas de vezes por todo o Brasil, deixando gravados 15 discos e algumas fitas, contendo mais de 40 músicas da sua autoria, nos 20 anos de sua carreira. Entre elas, curiosamente, também compôs o primeiro hino oficial da equipa de futebol Londrina Esporte Clube, "Bandeira do Meu Coração", na sua campanha de 1977.
Faleceu, por causa de um enfarte do miocárdio, aos 48 anos, quando já se encontrava esquecido pelo grande público.

 

 

Menina da Ladeira - João Só

Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar

Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar

Silêncio profundo, a menina dormiu
Alguém que esperava tão logo partiu, partiu
Partiu para sempre, para o infinito
Um grito ouviu

Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar


Violeiro tocando, estrela a brilhar
Violeiro em prece
Em prece ao luar, luar
Tal noite vazia espere a menina
Tão linda não, não vá

Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar

Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar
Debaixo do pé da laranjeira

Dolph Lundgren - 64 anos

   
Hans Lundgren (Estocolmo, 3 de novembro de 1957), mais conhecido pelo nome artístico de Dolph Lundgren, é um ator, diretor e lutador de artes marciais sueco. Ele pertence a uma geração de atores de cinema que sintetizam o estereótipo herói de ação, ao lado de Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Mel Gibson, Chuck Norris, Steven Seagal e Jean-Claude Van Damme. É também o ator que mais matou em filmes, com um total de 1.107 mortes.

Adam Ant - 67 anos

     
Adam Ant é o nome artístico de Stuart Leslie Goddard (Londres, 3 de novembro de 1954), líder e vocalista da banda Adam and the Ants. Embora tenha começado a tocar música punk, foi aos poucos mudando seu estilo em direção à imagem de um astro pop. Assim como David Bowie, Madonna e outros célebres camaleões da música, Adam era notório por reinventar a sua imagem a cada disco novo.
Indubitavelmente o ponto alto da carreira de Ant foi no começo dos anos 80 com a sua banda. Ajudou muito o surgimento da MTV, que lhe deu o veículo ideal para transmitir a sua mensagem às massas - o videoclip.
Até 1985 Adam ainda tinha apelo suficiente nos media, inclusive participando do concerto beneficente Live Aid, onde, ao invés de tocar seus maiores sucessos, ele escolheu as músicas do seu recém-lançado álbum a solo. Não adiantou muito, e foi o começo do declínio de sua carreira. Foi então que Adam passou a atuar em filmes e séries de TV.
   

 


Benvenuto Cellini nasceu há 521 anos

Autorretrato

   
Benvenuto Cellini (Florença, 3 de novembro de 1500Florença, 13 de fevereiro de 1571), foi um artista da Renascença, escultor, ourives e escritor italiano.
   
Perseu com a cabeça de Medusa, em Florença

Música para recordar um músico...

Olympe de Gouges, percursora da defesa dos direitos das mulheres, foi executada há 228 anos

   
Marie Gouze, dite Marie-Olympe de Gouges, née à Montauban le 7 mai 1748 et morte guillotinée à Paris le 3 novembre 1793, est une femme de lettres française, devenue femme politique et polémiste. Elle est considérée comme une des pionnières du féminisme.
Auteure de la Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne, elle a laissé de nombreux écrits en faveur des droits civils et politiques des femmes et de l’abolition de l’esclavage des Noirs.
Elle est devenue emblématique des mouvements pour la libération des femmes, pour l’humanisme en général, et l’importance du rôle qu’elle a joué dans l’histoire des idées a été considérablement estimé et pris en compte dans les milieux universitaires.
  
(...)
  
La fin
En 1793, elle s’en était vivement prise à ceux qu’elle tenait pour responsables des atrocités des 2 et 3 septembre 1792: «le sang, même des coupables, versé avec cruauté et profusion, souille éternellement les Révolutions». Elle désignait particulièrement Marat, l’un des signataires de la circulaire du 3 septembre 1792, proposant d’étendre les massacres de prisonniers dans toute la France. Soupçonnant Robespierre d’aspirer à la dictature, elle l’interpella dans plusieurs écrits, ce qui lui valut une dénonciation de Bourdon de l'Oise au club des Jacobins.
Dans ses écrits du printemps 1793, elle dénonça la montée en puissance de la dictature montagnarde, partageant l’analyse de Vergniaud sur les dangers de dictature qui se profilait, avec la mise en place d’un Comité de salut public, le 6 avril 1793, qui s’arrogeait le pouvoir d’envoyer les députés en prison. Après la mise en accusation du parti girondin tout entier à la Convention, le 2 juin 1793, elle adressa au président de la Convention une lettre où elle s’indignait de cette mesure attentatoire aux principes démocratiques (9 juin 1793), mais ce courrier fut censuré en cours de lecture. S’étant mise en contravention avec la loi de mars 1793 sur la répression des écrits remettant en cause le principe républicain – elle avait composé une affiche à caractère fédéraliste ou girondin sous le titre de Les Trois urnes ou le Salut de la patrie, par un voyageur aérien –, elle fut arrêtée par les Montagnards et déférée le 6 août 1793 devant le tribunal révolutionnaire qui l’inculpa.
Malade des suites d’une blessure infectée à la prison de l’abbaye de Saint-Germain-des-Prés, réclamant des soins, elle fut envoyée à l’infirmerie de la Petite-Force, rue Pavée dans le Marais, et partagea la cellule d’une condamnée à mort en sursis, Mme de Kolly, qui se prétendait enceinte. En octobre suivant, elle mit ses bijoux en gage au Mont-de-Piété et obtint son transfert dans la maison de santé de Marie-Catherine Mahay, sorte de prison pour riches où le régime était plus libéral et où elle eut, semble-t-il, une liaison avec un des prisonniers. Désirant se justifier des accusations pesant contre elle, elle réclama sa mise en jugement dans deux affiches qu’elle avait réussi à faire sortir clandestinement de prison et à faire imprimer. Ces affiches – «Olympe de Gouges au Tribunal révolutionnaire» et «Une patriote persécutée», son dernier texte – furent largement diffusées et remarquées par les inspecteurs de police en civil qui les signalent dans leurs rapports.
Traduite au Tribunal au matin du 2 novembre, soit quarante-huit heures après l’exécution de ses amis Girondins, elle fut interrogée sommairement. Privée d’avocat elle se défendit avec adresse et intelligence. Condamnée à la peine de mort pour avoir tenté de rétablir un gouvernement autre que « un et indivisible », elle se déclara enceinte. Les médecins consultés se montrèrent dans l’incapacité de se prononcer, mais Fouquier-Tinville décida qu’il n’y avait pas grossesse. Le jugement était exécutoire, et la condamnée profita des quelques instants qui lui restaient pour écrire une ultime lettre à son fils, laquelle fut interceptée. D’après un inspecteur de police en civil, le citoyen Prévost, présent à l’exécution, et d’après le Journal de Perlet ainsi que d’autres témoignages, elle monta sur l’échafaud avec courage et dignité, contrairement à ce qu’en disent au XIXe siècle l’auteur des mémoires apocryphes de Sanson et quelques historiens dont Jules Michelet. Elle s'écriera, avant que la lame ne tombe : «Enfants de la Patrie vous vengerez ma mort». Elle avait alors 45 ans.
Son fils, l’adjudant général Aubry de Gouges, par crainte d’être inquiété, la renia publiquement dans une «profession de foi civique». Le procureur de la Commune de Paris, Pierre-Gaspard Chaumette, applaudissant à l’exécution de plusieurs femmes et fustigeant leur mémoire, évoque cette «virago, la femme-homme, l’impudente Olympe de Gouges qui la première institua des sociétés de femmes, abandonna les soins de son ménage, voulut politiquer et commit des crimes [...] Tous ces êtres immoraux ont été anéantis sous le fer vengeur des lois. Et vous voudriez les imiter? Non! Vous sentirez que vous ne serez vraiment intéressantes et dignes d’estime que lorsque vous serez ce que la nature a voulu que vous fussiez. Nous voulons que les femmes soient respectées, c’est pourquoi nous les forcerons à se respecter elles-mêmes».
   
Olympe de Gouges à l’échafaud
 

O poeta Gonçalves Dias morreu há 157 anos

  

Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Aos 41 anos morreu em um naufrágio do navio Ville Bologna próximo a região de Baixos dos Atins no município de Tutóia, próximo dos Lençóis Maranhenses, em 3 de novembro de 1864. Apesar de ser advogado de formação, é conhecido muito mais como poeta e etnógrafo, tendo uma relevância para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças de teatro. Teve também uma atuação muito importante enquanto jornalista.
Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.
Iniciou os seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.
Foi estudar na Europa, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após se licenciar. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievalistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora da sua pátria, inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado, por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez - Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crónicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou, com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico no país. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil, foi convidado a participar na Comissão Científica de Exploração, o que o obrigou a viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862, para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados, retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando no seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixos de Atins, perto de Tutóia, no Maranhão.
A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correlegionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.
    
  
 
Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
 Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
 Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu´inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
  
  

  
Gonçalves Dias

A Académica faz hoje 134 anos...!


A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os cerca de vinte cinco mil e quinhentos estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade.
A AAC alberga uma série de secções culturais e desportivas. Entre as secções culturais pontificam, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) que realiza anualmente o Festival "Caminhos do Cinema Português", a Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a Secção de Jornalismo (que edita o jornal universitário "A Cabra"), a Televisão da Associação Académica de Coimbra, a secção de fado, o Grupo de folclore e etnografia (GEFAC) e os grupos de teatro (TEUC e CITAC). As secções desportivas abrangem um vasto leque de desportos, tais como o hóquei em patins, futebol, andebol, basquetebol, rugby, canoagem, natação, voleibol, ténis, artes marciais e xadrez, entre muitos outros. A "Académica" é assim o "clube" mais eclético do pais, uma vez que "pratica" o maior número de modalidades.
Também referido como "Académica", o clube de futebol profissional mais conhecido de Coimbra, de seu verdadeiro nome Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC–OAF), é considerado o herdeiro da secção de futebol da AAC (que se mantém na pratica amadora), mas é hoje um clube independente, cuja ligação com a AAC é cada vez mais ténue.
A AAC é dirigida pela Direcção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre Novembro e Dezembro em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. No passado recente, tem havido no mínimo 5-6 Assembleias Magnas por ano, com participação oscilante, mas um mínimo de cerca de 200 sócios. Infelizmente, a falta de interesse generalizado por estas questões na nossa sociedade, particularmente nas faixas etárias mais jovens, faz-se reflectir na fraca participação das Assembleias Magnas. No entanto, a AAC continua a lutar para pautar a política educativa do Ensino Superior em Portugal. O actual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espectáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas. Rivalidades: A Associação Académica de Coimbra mantém uma rivalidade histórica com Sporting Clube de Portugal, Sport Lisboa e Benfica, Clube de Futebol Os Belenenses, Futebol Clube do Porto e Vitória Sport Club (de Guimarães). A rivalidade com os grandes de Lisboa remonta ao início do campeonato nacional, visto existir uma grande rivalidade estudantil entre Lisboa e Coimbra, como a equipa da AAC era composta por alunos da Universidade de Coimbra e os clubes lisboetas tinham nos seus jogadores mais jovens muitos estudantes universitários, esta rivalidade foi cada vez mais fomentada. Actualmente, o Presidente da DG/AAC é Daniel Azenha.
  
Culturais
   
Desportivas
  
Condecorações
   
Outras distinções
  • Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
  • Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
  • Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
  • Troféu Olímpico Português
  • Instituição de Utilidade Pública

 

Mick Thomson, guitarrista dos Slipknot, faz hoje 48 anos

      
Mickael Gordon Thomson (Des Moines, Iowa, 3 de novembro de 1973) é um guitarrista dos Estados Unidos conhecido como Mick ou como Log, ou ainda pelo seu número (#7), é um dos guitarristas dos Slipknot.
    

(...)

     

Máscara(s)
Durante gravação da demo dos Slipknot e de Self-Titled, Thomson usava uma máscara de hóquei no gelo que tinha seis orifícios circulares na área da boca, que foi manchado com uma cor verde. A máscara representava ódio. No Iowa, Thomson usava uma máscara de couro que parecia metal e tinha rachas na área da boca. No vol. 3, ele usava uma máscara de prata que tinham as mesmas rachas, mas mais longas, e os olhos foram alterados, tornando-se o olhar mais agressivo e apresentando um sorriso maligno. A máscara recente de Thomson no All Hope Is Gone tem a mesma aparência mas dessa vez é verdadeiramente metálica.
 

 


Tim McIlrath, o vocalista dos Rise Against, faz hoje 48 anos

   

Tim McIlrath (Arlington Heights, Illinois, 3 de novembro de 1979) é o guitarrista e vocalista da banda norte-americana Rise Against. Ele é vegetariano desde os 17 anos, apoia os direitos dos animais, promove o PETA com a sua banda e é Straight Edge.

  

 


Fany Mpfumo morreu há 34 anos...

(imagem daqui)

 

António Mariva Mpfumo (Lourenço Marques, 18 de outubro de 1928 - Maputo, 3 de novembro de 1987), popularmente mais conhecido como Fany Mpfumo, foi um músico moçambicano, considerado o "rei" da marrabenta.

Pfumo começou a cantar aos 7 anos de idade e, em 1947, com apenas 18 anos, deixou Lourenço Marques, actual Maputo, com destino à África do Sul, onde mercê do seu talento cedo granjeou simpatia e projecção no mundo da música.

Estilo da marca registada de Pfumo é caracterizada pela mistura de ritmos marrabenta com elementos de jazz, bem como influências da música sul-africana kwela. Em Joanesburgo, Pfumo teve a oportunidade de gravar com HMV, alcançar a fama internacional com canções como Loko ni kumbuka Jorgina ("When I Remember Jorgina"); este, em particular, continua a ser uma das músicas mais conhecidas de marrabenta e pop moçambicano. Ele iniciou uma série de bandas durante os anos 50 e 60, mas também gravou vários singles a solo. 

 

in Wikipédia

 


E p'la Académica não vai nada...?

O Sputnik 2 e a Laika foram mandados para o espaço há 64 anos

Réplica do Sputnik 2

A Sputnik 2 foi a segunda missão do Programa Sputnik, lançada ao espaço do Cosmódromo de Baikonur em 3 de novembro de 1957 pela URSS.
A nave pesava 543,5 kg e enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. Dados biológicos do animal foram monitorizados durante uma semana, oficialmente, embora agora se se saiba que os dados eram falsos.
Laika morreu poucas horas após o lançamento, devido ao super-aquecimento da cabine; anos mais tarde, um dos cientistas responsáveis pelo projeto disse que se arrependia de ter usado a cadela na missão.
      

Matisse morreu há 67 anos

         
Henri-Émile-Benoît Matisse (Le Cateau-Cambrésis, 31 de dezembro de 1869 - Nice, 3 de novembro de 1954) foi um artista francês, conhecido pelo seu uso da cor e a sua arte de desenhar, fluida e original. Foi um desenhador, gravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente com Picasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura.
  
 La Tristesse du roi, ou Sorrows of the King - Centre Pompidou (1952)
   
Mulher lendo, 1894
    
Jarra com girassóis (1898)
   

terça-feira, novembro 02, 2021

Poesia adequada à data...

(imagem daqui)

  
  

Caro diário

quando o cinema me mostrou o lugar
- um marco em sarça arcando sombria notícia -
onde mataram Pier Paolo Pasolini
creio ter reconhecido o espaço

em tudo idêntico a alguns ermos da infância
esses adiados quinhões por trás da igreja
decerto povoados hoje de vivendas geminadas
dissipando um acesso possível (embora

longínquo) ao rio

o lugar onde morreu Pier Paolo Pasolini
se parece com a desolação clareada e secreta que tinham
os lugares acessórios dos tempos primários
onde andei aspirando a desentender o mundo

de bicicleta, sem concerto (de Colónia)

 

in Ensinar o Caminho ao Diabo (2012) - Miguel-Manso

Saudades de Pier Paolo Pasolini...

 

 

Supplica a mia madre

E' difficile dire con parole di figlio
ciò a cui nel cuore ben poco assomiglio.

Tu sei la sola al mondo che sa, del mio cuore,
ciò che è stato sempre, prima d'ogni altro amore.

Per questo devo dirti ciò ch'è orrendo conoscere:
è dentro la tua grazia che nasce la mia angoscia.

Sei insostituibile. Per questo è dannata
alla solitudine la vita che mi hai data.

E non voglio esser solo. Ho un'infinita fame
d'amore, dell'amore di corpi senza anima.

Perché l'anima è in te, sei tu, ma tu
sei mia madre e il tuo amore è la mia schiavitù:

ho passato l'infanzia schiavo di questo senso
alto, irrimediabile, di un impegno immenso.

Era l'unico modo per sentire la vita,
l'unica tinta, l'unica forma: ora è finita.

Sopravviviamo: ed è la confusione
di una vita rinata fuori dalla ragione.
 

Ti supplico, ah, ti supplico: non voler morire.
Sono qui, solo, con te, in un futuro aprile…

  
   

in
Poesia in forma di rosa (1964) - Pier Paolo Pasolini 

Hoje é dia de cantar poesia de Jorge de Sena...

 

Epígrafe para a arte de furtar

Roubam-me Deus
outros o Diabo
– quem cantarei?

roubam-me a Pátria;
e a Humanidade
outros ma roubam
– quem cantarei?

sempre há quem roube
quem eu deseje;
e de mim mesmo
todos me roubam
– quem cantarei?

roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
– aqui del rei!

  
 

Jorge de Sena

A Rainha Sofia de Espanha faz hoje 83 anos

Sofia da Grécia (nascida Princesa Sofia Margarida Vitória Frederica Glucksburg da Grécia e Dinamarca) (Atenas, 2 de novembro de 1938) foi a anterior rainha consorte de Espanha, sendo esposa de Juan Carlos I e mãe do atual rei Filipe VI:

Brasão de armas da Rainha Sofia

Primogénita do Rei Paulo I da Grécia, cristão ortodoxo, da família dinamarquesa Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, e da Rainha Frederica (nascida Princesa Frederica de Hanôver), Sofia teve que se exilar, ainda criança, com sua família, no Egito e na África do Sul, durante a Segunda Guerra Mundial, retornando em 1946. Entre 1951 e 1955, viveu num internato alemão.
Terminou a sua educação na América e posteriormente na Grécia onde estudou pediatria, música e arqueologia.
Conheceu o seu futuro esposo, o então Príncipe Juan Carlos de Bourbon, em 1954, durante um cruzeiro, organizado pela mãe, que reuniu os jovens da realeza europeia. Mas o romance com Juan Carlos de Borbón só começou em junho de 1961, quando se reencontraram num casamento, em Londres e casou-se em 14 de maio de 1962 em Atenas, convertendo-se ao catolicismo.
Em 1969, o Príncipe Juan Carlos foi indicado como sucessor do generalíssimo Francisco Franco. Em 1975, quando da morte de Franco, o casal foi proclamado rei e rainha, respectivamente.

Keith Emerson, teclista dos Emerson Lake & Palmer, nasceu há 77 anos

   
Keith Emerson (Todmorden, 2 de novembro de 1944 - Santa Monica, 10 de março de 2016) foi um pianista e compositor britânico. Ex-membro das bandas The T-Bones, V.I.P.s e P.P. Arnold (que se acabou tornando nos The Nice), ficou mais conhecido depois de fundar a banda Emerson, Lake & Palmer (ELP), um dos primeiros supergrupos, em 1970. Quando os ELP acabaram, por volta de 1979, Emerson teve sucesso modesto noutras bandas como Emerson Lake & Powell, 3 e algumas reuniões do ELP no começo da década de 90. Em 2002, ele reuniu os The Nice e saiu em turnê e, em 2006, saiu em turnê com a The Keith Emerson Band.

 


Carter Beauford, o baterista da Dave Matthews Band, faz hoje 64 anos

   
Carter Beauford (Charlottesville, Virgínia, 2 de novembro de 1957) é o baterista da Dave Matthews Band. Ele é conhecido por sua habilidade de misturar vários estilos de percussão e muito admirado pelo seus complexos padrões de ritmo e a habilidade de manter o andamento com precisão.