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domingo, novembro 17, 2024

A Rainha D.ª Leonor morreu há 499 anos

Estátua da rainha D. Leonor em Beja, a sua cidade natal
    
Leonor de Avis, Leonor de Portugal, Leonor de Lencastre ou Infanta Leonor, e, mais recentemente, no estrangeiro, "Leonor de Viseu", do nome do título secundário do seu pai, o infante Fernando de Portugal, Duque de Viseu (Beja, 2 de maio de 1458 - Paço de Xabregas, Lisboa, 17 de novembro de 1525), foi uma princesa portuguesa da Casa de Avis e Rainha de Portugal, a partir de 1481, pelo casamento com o seu primo, El-Rei D. João II de Portugal, o Príncipe Perfeito. Pela sua vida exemplar, pela prática constante da misericórdia, e mais virtudes cristãs, alcançou de alguns historiadores o epíteto de "Princesa Perfeitíssima", inspirado no cognome do Rei seu marido, a cuja altura sempre se soube manter para o juízo da história.
A rainha D.ª Leonor de Avis é também a terceira e última rainha consorte de Portugal nascida em Portugal, tendo a primeira sido Leonor Teles e a segunda a sua tia, e sogra, Isabel de Avis, mulher de Afonso V. Com o seu casamento acaba o Século de Oiro Português, caracterizado por casamentos endogâmicos continuados entre os descendentes da Ínclita Geração, entre a prole de João I e da sua rainha Filipa de Lancastre. Leonor foi sem dúvida uma das mais notáveis soberanas portuguesas de todos os tempos, pela sua vida, importância, influência, obra, e legado aos vindouros.
Foi também a primeira dos ocupantes do trono português com sangue Bragança, pela sua avó materna, a infante Isabel de Barcelos, filha do 1º duque de Bragança - logo se lhe seguindo o seu irmão, El-Rei D. Manuel I, como primeiro rei reinante, e o seu sobrinho D. Jaime I, Duque de Bragança, como primeiro Bragança herdeiro jurado do trono, na permanente relação entre a Casa Real, de origem ilegítima, e o seu ramo Bragança, igualmente ilegítimo, sempre casando entre si.
     
(...)
   
Leonor reinou no apogeu da fortuna da expansão portuguesa, quando Lisboa se transformara na capital europeia do comércio de riquezas exóticas: e foi por isso mesmo no seu tempo a mais rica princesa da Europa, conforme demonstra uma obra recente a respeito da administração da sua grande casa.
Essa grande fortuna, que cresceu exponencialmente com a chegada à Índia e com o comércio ultramarino, visto seu pai ter sido filho adotivo e herdeiro universal do Infante D. Henrique, o Navegador, e das grandes mercês que recebeu dos reis seu marido e seu irmão, empregou-a depois de viúva na prática da caridade constante, da devoção verdadeira, no patrocínio de obras religiosas, e sobretudo na assistência social aos pobres: assim, encorajou, fomentou e financiou o projeto de Frei Miguel Contreiras de estabelecimento de Misericórdias gerida por irmandades em todo o reino, notável iniciativa precursora em toda a Europa. A rede de Misericórdias portuguesa chegou até aos nossos dias, sempre ativa no papel social e caritativo a que a Rainha a destinou.
        
Armas da Rainha D. Leonor de Avis, enquanto casada 
 

Brasão das Caldas da Rainha, cidade fundada pela "Princesa Perfeitíssima", baseado nas armas da soberana
        

segunda-feira, novembro 11, 2024

A última Rainha do Havai morreu há cento e sete anos...

    
Lili'uokalani, Rainha do Havai (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) - originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome alterado para Lydia K. Dominis - foi a última monarca do Reino do Havai.

Vida
A última rainha soberana do Havaí nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis. Liliuokalani estudou na Escola Real e tornou-se fluente em inglês.

Reinado
Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era a sua sobrinha, Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono do seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" - assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão - limitava o seu poder. Foi derrotada em 1893 por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a para os Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou do trono para evitar enfrentamentos sangrentos.
Os empresários americanos que há anos investiam na produção açucareira estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havai, por isso almejavam a anexação do território pelos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.
    
  
Derrota
O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a população havaiana estava do lado da sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração de seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Num primeiro momento, a rainha negou, alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Abdicação
 Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins de sua casa; facto do qual ela negou conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos pesados na prisão e a uma multa de $5.000, mas a sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani, onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono em troca da libertação dos seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu, de forma anónima, até à sua morte, em 1917, por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havai foi anexado pelos Estados Unidos em 1898.
  

sábado, novembro 02, 2024

A Rainha Sofia de Espanha celebra hoje 86 anos

   
Sofia da Grécia, nascida Princesa Sofia Margarida Vitória Frederica Glucksburg da Grécia e Dinamarca (Atenas, 2 de novembro de 1938), foi a anterior rainha consorte de Espanha, sendo a esposa de Juan Carlos I e mãe do atual rei Filipe VI:
   
Brasão de armas da Rainha Sofia

Primogénita do rei Paulo I da Grécia, cristão ortodoxo, da família dinamarquesa Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, e da rainha Frederica (nascida Princesa Frederica de Hanôver), Sofia teve que se exilar, ainda criança, com a sua família, no Egito e na África do Sul, durante a Segunda Guerra Mundial, retornando em 1946. Entre 1951 e 1955, viveu num internato alemão.
Terminou a sua educação na América e posteriormente na Grécia, onde estudou pediatria, música e arqueologia.
Conheceu o seu futuro marido, o então príncipe Juan Carlos de Bourbon, em 1954, durante um cruzeiro, organizado pela mãe, que reuniu os jovens da realeza europeia. Mas o romance com Juan Carlos de Borbón só começou em junho de 1961, quando se reencontraram num casamento, em Londres e casou-se em 14 de maio de 1962 em Atenas, convertendo-se ao catolicismo.
Em 1969, o Príncipe Juan Carlos foi indicado como sucessor do generalíssimo Francisco Franco. Em 1975, quando da morte de Franco, o casal foi proclamado rei e rainha, respetivamente.

quinta-feira, outubro 24, 2024

A bisavó do atual Rei de Espanha nasceu há 137 anos

  

Vitória Eugénia de Battenberg (Aberdeenshire, 24 de outubro de 1887Lausana, 15 de abril de 1969) foi uma princesa britânica, esposa do rei Afonso XIII e Rainha Consorte da Espanha de 1906 até a proclamação da Segunda República Espanhola em 1931. Filha do príncipe Henrique de Battenberg e de sua esposa, a princesa Beatriz do Reino Unido, era neta da rainha Vitória do Reino Unido.

Casou-se em 1906 com o rei Afonso XIII da Espanha, com quem teve 7 filhos, 2 dos quais eram portadores da hemofilia, doença a qual Vitória Eugénia herdou de sua avó materna a rainha Vitória do Reino Unido. Ela foi uma rainha distante de seu povo e pouco popular. Em 1931 teve de exilar-se da Espanha com o resto da família real espanhola, após eleições municipais terem colocado republicanos no poder nas maiores cidades, levando à proclamação da Segunda República Espanhola. Alfonso XIII esperava que o seu exílio impedisse a guerra civil entre republicanos e nacionalistas, o que não ocorreu, e em 1936 eclodiria a Guerra Civil Espanhola, na qual os nacionalistas sairiam vitoriosos.

Após a vitoria dos nacionalistas na Guerra Civil e a consolidação de Francisco Franco no poder, a Espanha retornou a seu status quo de reino, entretanto Franco fez com que o trono permanecesse vago até à sua morte, em 1975, quando o infante Juan Carlos, neto de Afonso XIII e Vitória Eugénia sobe ao trono como rei Juan Carlos I da Espanha. Vitória Eugénia voltou brevemente à Espanha em fevereiro de 1968, para ser madrinha de batismo do seu bisneto, o infante Filipe, o atual rei da Espanha. Ela morreu em Lausana a 15 de abril de 1969, com 81 anos, exatamente 38 anos depois de ter deixado a Espanha para o exílio. Foi sepultada na Igreja do Sacré Coeur na mesma cidade. Em 25 de abril de 1985, o seu caixão voltou para Espanha, ficando na Cripta Real do Mosteiro do Escorial.


Nascida no Castelo de Balmoral, na Escócia, Vitória Eugénia era a única filha do príncipe Henrique de Battenberg e de sua esposa, a Princesa Beatriz, a última filha da rainha Vitória e do príncipe Alberto. Vitória recebeu o nome de suas avós e de sua madrinha, a imperatriz Eugénia, viúva de Napoleão III. Entre seus familiares, era conhecida como Ena.
Tinha dois irmãos mais velhos, Alexander e Leopold, e um irmão mais pequeno, Maurice.
A princesa Ena cresceu na corte da rainha Vitória, passando sua infância no Castelo de Windsor, Castelo de Balmoral e Osborne House, na Ilha de Wight. O seu pai, depois de contrair malária em Prahsu, no Gana, morreu em 1896, quando Vitória Eugénia tinha apenas oito anos de idade. Após a morte da rainha, em 1901, a família Battenberg estabeleceu residência no Palácio de Kensington, em Londres.
Em 1905, a princesa assistiu a uma festa organizada por seu tio, o rei Eduardo VII, dada em honra de Afonso XIII da Espanha. O monarca espanhol cortejou a jovem princesa, apesar da oposição materna a um possível matrimónio.
A rainha Maria Cristina, mãe de Afonso XIII, não era partidária da união entre o seu filho e Vitória Eugénia, por causa das origens do ramo Battenberg. Além disso, a princesa ostentava unicamente o tratamento de Alteza Sereníssima, o qual era considerado inferior por Maria Cristina.
  
Descendência
A tendência hemofílica desta família provém da Rainha Vitória, que já tinha o gene e que o espalhou, através dos seus filhos, pela maioria das casas reais europeias. Como Beatriz, a mãe de Vitória Eugénia, era filha da Rainha Vitória, alguns dos seus filhos e netos nasceram hemofílicos.
   
  
in Wikipédia

quarta-feira, outubro 16, 2024

Maria Antonieta foi executada há 231 anos...

  Maria Antonieta com os seus filhos - pintura de Élisabeth Vigée-Le Brun (1787) 
  
Maria Antónia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena (em alemão: Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen; em francês: Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine) (Viena, 2 de novembro de 1755 - Paris, 16 de outubro de 1793) foi uma arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra. Décima quinta e penúltima filha de Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico, e da imperatriz Maria Teresa da Áustria, casou-se em abril de 1770, aos catorze anos de idade, com o então Delfim de França (que subiria ao trono em maio de 1774, com o título de Luís XVI), numa tentativa de estreitar os laços entre os dois inimigos históricos.
Detestada pela corte francesa, onde era chamada L'Autre-chienne (uma paronomásia em francês das palavras autrichienne, que significa "mulher austríaca" e autre-chienne, que significa "outra cadela"), Maria Antonieta também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de perdulária e promíscua e de influenciar o marido a favor dos interesses austríacos.
Depois da fuga de Varennes, Luís XVI foi deposto e a monarquia abolida em 21 de setembro de 1792; a família real foi posteriormente presa na Torre do Templo. Nove meses após a execução do seu marido, Maria Antonieta foi julgada, condenada por traição, e guilhotinada, a 16 de outubro de 1793.
Após a sua morte, Maria Antonieta tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante, sendo o assunto de vários livros, filmes e outras meios de comunicação. Alguns académicos e estudiosos acreditam que ela tenha tido um comportamento frívolo e superficial, atribuindo-lhe o início da Revolução Francesa; no entanto, outros historiadores alegam que ela foi retratada injustamente e que as opiniões ao seu respeito deveriam ser mais favoráveis.
    
(...) 
    
  
     
Processo e execução
Em 14 de outubro, perante o Tribunal Revolucionário, Maria Antonieta foi comparada às más rainhas da antiguidade e da Idade Média. A acusação pretendia apresentá-la como responsável por todos os males da França desde sua chegada ao país. O processo baseava-se fundamentalmente em três acusações: "esgotamento do tesouro nacional", "negociações e correspondências secretas" com o inimigo (Áustria e monarquistas) e "conspiração contra a segurança nacional e a política externa do Estado". Era evidente que a ex-rainha seria julgada por alta traição.
Quarenta e uma testemunhas arroladas pela promotoria denegriram e insultaram Maria Antonieta, que foi acusada de conspiração de assassinato, falsificação de assinaturas e traiçoeira revelação de segredos aos inimigos da França. A rainha defendia-se com vigor e não constatou-se em seu depoimento nenhuma contradição. O deputado Jacques-René Hébert apresentou ao tribunal uma acusação de incesto contra Maria Antonieta que, à época, estava impedida de ver seu filho, de apenas oito anos. A ex-rainha permaneceu impassível, até que foi inquirida novamente. Visivelmente agitada, ela levantou-se e exclamou: "Se não respondo, é porque a própria natureza se recusa a responder a tal acusação feita contra uma mãe! Faço um apelo a todas as mães presentes." Maria Antonieta teve o apoio dos cidadãos da audiência e o julgamento foi interrompido durante dez minutos. Quando Robespierre soube do episódio, amaldiçoou Hebert, por ter dado à ex-rainha o seu "último triunfo público".
No final do processo, a ex-rainha esperava ser condenada à deportação. Ela estava certa de não ter cometido os crimes dos quais era acusada, pois só havia tentado salvar a monarquia da forma como a compreendia; mas isso foi considerado alta traição pela república francesa. No entanto, o seu julgamento era evidentemente uma farsa, pois o veredicto já tinha sido decidido previamente e o júri condenou-a por unanimidade à pena de morte. Maria Antonieta ouviu a sentença sem dizer uma palavra. De volta à cela, foi-lhe dado material para escrever seu testamento, enviado à sua cunhada, Madame Isabel:
"É a ti, minha irmã, que escrevo pela última vez. Acabo de ser condenada, não a uma morte vergonhosa, pois esta é tão somente para os criminosos, mas a que me juntará ao teu irmão. Inocente como ele, espero mostrar a mesma firmeza que ele em seus últimos momentos. Estou calma, como quando a consciência nada tem a condenar. Lamento profundamente deixar meus pobres filhos; sabes que eu só vivia para eles e para ti, minha boa e terna irmã. Tu, que por amizade, sacrificou tudo para estar connosco, em que posição te deixo!
Eu soube, através dos advogados de defesa, que milha filha está separada de ti. Ai de mim! A pobre criança, não me atrevo a escrever-lhe, ela não receberá minha carta. Eu nem mesmo sei se esta chegará a ti. Recebas, pelas duas, minha bênção. Espero que um dia, quando forem mais velhos, eles possam reencontrar-te e desfrutar plenamente de teus ternos cuidados. Acredito que nunca deixei de inspirá-los, que os princípios e o estrito cumprimento de seus deveres são a base primária da vida, que sua amizade e confiança mútua os façam felizes.
Minha filha, por sua idade, deve sempre ajudar o irmão, inspirando-o com os conselhos de sua maior experiência e sua amizade; que meu filho, por sua vez, tenha pela irmã todos os cuidados, os obséquios que a amizade possa inspirar; finalmente, que ambos sintam que, em qualquer posição em que se encontrem, estarão felizes por sua união. Que eles nos tomem como exemplo. Quanto consolo nos dão nossos amigos em nossos infortúnios e, na felicidade, como é dobrada quando podemos compartilhá-la com um amigo; e onde encontrar mais ternura, mais bem querer que em sua própria família?
Que meu filho nunca esqueça as últimas palavras de seu pai, as quais eu repito expressamente: que ele nunca tente vingar nossas mortes! Tenho que te falar sobre algo muito doloroso para meu coração. Sei como esta criança deve te causar problemas; perdoa-o, minha querida irmã, pensa em sua idade e em como é fácil dizer a uma criança o que desejas, e mesmo assim ele não entende. Um dia virá, eu espero, em que ele se sentirá melhor e valorizará tua bondade e tua afeição por ambos. Ainda tenho alguns pensamentos para confiar-te. Eu queria escrever desde o início do julgamento, mas não me deixavam, as coisas aconteceram tão rápido que, na verdade, eu não teria tido tempo.
Morro na religião Católica, Apostólica e Romana, a de meus pais, aquela em que fui criada e que sempre professei. Não tendo nenhum consolo espiritual a esperar, sem saber se aqui ainda existem sacerdotes dessa religião, e mesmo (se existissem ainda padres) o lugar (a prisão) onde eu estou os exporia a muito riscos, se eles me falassem, ainda que fosse só uma vez. Eu peço sinceramente perdão a Deus por todas as faltas que eu cometi desde que nasci. Espero que em Sua bondade, Ele possa receber meus últimos votos, assim como tem feito a tanto tempo, porque desejo que Ele receba minha alma em Sua grande misericórdia e bondade. Eu peço perdão a todos aqueles que conheço, e a Vós, minha irmã, em particular, de todos os sofrimentos que, sem querer, poder-lhe-ia ter causado; eu perdoo todos os meus inimigos pelo mal que me têm feito. Despeço-me de meus tios e de todos meus irmãos e irmãs. Eu tive amigos. A ideia de sermos separados para sempre e suas penas são os maiores arrependimentos que carrego ao morrer; que eles saibam, ao menos, que pensei neles até o último momento.
Adeus, minha boa e terna irmã. Possa esta carta chegar até você. Pense sempre em mim. Eu te abraço de todo meu coração, assim como minhas pobres e queridas crianças. Meu Deus, quanto me corta o coração deixá-las para sempre! Adeus, adeus! Não vou mais me ocupar com meus deveres espirituais. Como não sou livre nas minhas ações, irão trazer-me, talvez, um padre, mas eu protestarei e não lhe direi uma palavra e irei tratá-lo como um completo estranho."
  
Na manhã de 16 de outubro, Maria Antonieta, que havia sido proibida de vestir-se de preto, trajava um vestido branco (a cor do luto para as antigas rainhas de França). Em seguida, o carrasco Henri Sanson, após cortar-lhe o cabelo até a altura da nuca, amarrou as suas mãos às costas. A ex-rainha foi levada para fora da prisão e colocada no carro dos condenados à morte. O esboço de Jacques-Louis David e os relatos de cronistas da época retratam Maria Antonieta durante o trajeto para a guilhotina: sentada, as mãos amarradas atrás das costas, os cabelos cortados grosseiramente, os olhos fixos e vermelhos.
Chegando à Place de la Revolution, Maria Antonieta subiu rapidamente os degraus do cadafalso. Ao pisar acidentalmente no pé do carrasco, disse-lhe: "Perdão, senhor. Eu não fiz de propósito." Às 12.15 horas, a lâmina caiu sobre o seu pescoço. O carrasco pegou na sua cabeça ensanguentada e apresentou-a ao povo de Paris, que gritava: "Viva a República!"
    
Túmulo de Maria Antonieta na Basílica de Saint-Denis
      

domingo, setembro 15, 2024

A Rainha Letízia de Espanha faz hoje 52 anos

    
Letízia Ortiz Rocasolano (Oviedo, 15 de setembro de 1972) é a esposa do rei Filipe VI e Rainha Consorte da Espanha desde 2014. Antes do seu casamento, Letícia era jornalista e pivot de telejornal.
     

  

sábado, agosto 31, 2024

A Rainha Guilhermina dos Países Baixos nasceu há 144 anos

      
Guilhermina (Palácio Noordeinde, Haia, 31 de agosto de 1880 - Palácio de Het Loo, Apeldoorn, 28 de novembro de 1962) foi Rainha dos Países Baixos, entre 1890 e 1948, e a rainha mãe (mas com o título de princesa) de 1948 a 1962. Guilhermina, filha e sucessora de Guilherme III, reinou nos Países Baixos por mais tempo que qualquer outro monarca neerlandês. O seu reinado acompanhou muitos pontos cruciais e decisivos na história neerlandesa e do mundo: a I Guerra Mundial, a II Guerra Mundial e a Grande Depressão de 1933, bem como o declínio dos Países Baixos como uma potência com um grande império colonial. Ela teve um papel importante durante a II Grande Guerra, dando inspiração à resistência neerlandesa e sendo uma proeminente líder do governo neerlandês no exílio.
  
   

sexta-feira, julho 19, 2024

Hoje é dia de recordar uma Mulher - e Mãe e Rainha...

Representação do início do século XX de D. Filipa, no teto da Sala dos Reis, Quinta da Regaleira, Sintra
  
    
D. FILIPA DE LENCASTRE


Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?

Volve a nós teu rosto sério,
Princesa do Santo Graal,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!
   


  
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Filipa de Lencastre, rainha de Portugal e mãe da Ínclita Geração, morreu há 609 anos...

Efígie de D. Filipa de Lencastre no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa - a única mulher representada no monumento

 

Filipa de Lencastre (Leicester, 1359 - Lisboa, 19 de julho de 1415) foi uma princesa inglesa da Casa de Lencastre, filha de João de Gant, 1.º Duque de Lencastre, pela sua mulher Branca de Lencastre.
   
Tornou-se rainha consorte de Portugal através do casamento com o rei D. João I, celebrado em 1387 na cidade do Porto. Este casamento foi acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa, contra o eixo França-Castela. Foi-lhe atribuída a distinção inglesa da Ordem da Jarreteira.
As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos na sua grande maioria por doação. D. Filipa de Lencastre recebeu as rendas da alfândega de Lisboa, bem como as vilas de Alenquer, Sintra, Óbidos, Alvaiázere, Torres Novas e Torres Vedras.
Foi uma rainha generosa e amada pelo povo. Os seus filhos que chegaram à idade adulta seriam lembrados como a ínclita geração, de príncipes cultos e respeitados em toda a Europa.
Filipa morreu de peste negra nos arredores de Lisboa, poucos dias antes da partida para a expedição a Ceuta; segundo uns, terá sido primariamente sepultada no convento de Odivelas; segundo outros, no convento de Sacavém. Está sepultada na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, ao lado do seu esposo.

 

in Wikipédia

   
Brasão da Rainha Dª Filipa de Lencastre (imagem daqui)

segunda-feira, julho 15, 2024

A Rainha Dª Estefânia nasceu há 187 anos...

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Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen (em alemão: Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia; Krauchenwies, 15 de julho de 1837Lisboa, 17 de julho de 1859), foi a esposa de El-Rei D. Pedro V e Rainha Consorte de Portugal e Algarves, de 1858 até à sua morte. Era a filha mais velha de Carlos António, Príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e da sua esposa, a princesa Josefina de Baden, sendo assim, irmã do rei Carlos I da Roménia e tia do rei Alberto I da Bélgica

Nascida no Castelo de Krauchenwies, D. Estefânia era a filha mais velha de D. Carlos António, Príncipe de Hohenzollern, e da princesa D. Josefina de Baden, esta filha de D. Carlos II, Grão-Duque de Baden. Teve cinco irmãos, entre os quais o que viria a ser o primeiro rei da Roménia da dinastia de Hohenzolern, D. Carlos I, o seu irmão mais velho, D. Leopoldo, que sucedeu ao pai e tornou-se príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e a sua irmã mais nova, a mãe do rei D. Alberto I da Bélgica, D. Maria Luísa, a condessa de Flandres, casada com o príncipe Filipe, Conde de Flandres.

D. Estefânia recebeu, naturalmente, educação católica.

Quando D. Estefânia tinha onze anos, o pai abdicou dos seus direitos ao principado, em nome do rei da Prússia, e mudou-se com a família para o Palácio de Jägerhof, em Düsseldorf, onde cresceu no meio de belos jardins. 

   

Casamento
O casamento foi feito por procuração em 29 de abril de 1858, na Catedral de Santa Edwiges em Berlim. O Conde do Lavradio foi responsável pelo contrato do matrimónio. A 3 de maio, D. Estefânia partiu de Düsseldorf, chegando de comboio a Ostende, onde embarcou no barco a vapor Mindelo rumo a Plymouth, Inglaterra. A corveta Bartolomeu Dias estava à sua espera para a levar para Portugal.  

Estefânia chegou à barra do rio Tejo no dia 17 de maio de 1858. No dia seguinte, em 18 de maio, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, a princesa D. Estefânia casou-se, perante o Cardeal-Patriarca de Lisboa, com o rei D. Pedro V, tornando-se, assim, rainha consorte de Portugal.

Eles passaram a lua-de-mel em Sintra, passeando de braços dados pela serra repetidas vezes.

D. Pedro V, para impressionar a sua consorte, não poupou despesas com a decoração dos aposentos de D. Estefânia, no Palácio das Necessidades. Mandou vir de Paris móveis, candeeiro, carpetes e tecidos para estofos e cortinados.

D. Estefânia escreveu cartas íntimas à sua mãe, em francês. Numa delas, ela critica a alta sociedade portuguesa: "Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade".

Embora tivesse sentido saudades das margens do Reno e não tivesse gostado do calor e da aridez de Lisboa, D. Estefânia escreveu que apreciara Sintra e Mafra. A companhia do sogro, D. Fernando II, não lhe agradava.

Juntamente com o marido, D. Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe granjeou uma grande aura de popularidade entre os portugueses de todos os quadrantes políticos e sociais.

O Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, foi assim nomeado em sua honra.

 

Morte

Decorrido pouco tempo depois do seu casamento, a rainha faleceu, aos vinte e dois anos de idade, vítima de difteria. A doença teria sido contraída durante uma visita a Vendas Novas. As suas últimas palavras terão sido: Consolem o meu Pedro.

D. Estefânia jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

O rei, viúvo, faleceu dois anos mais tarde, de febre tifoide.

 

  

  

 

domingo, junho 23, 2024

Catarina de Bragança casou com Carlos II do Reino Unido há 363 anos

   
D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi princesa de Portugal e rainha consorte de Inglaterra e Escócia, por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal e da sua mulher a Rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, a Princesa D. Joana, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os reis D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
 
(...)
   
Dois anos depois de aclamar, D. João IV, querendo fortificar e robustecer a soberania e a independência, procurava alianças: um dos meios era casar os filhos com príncipes e princesas estrangeiros. Catarina nem tinha oito anos e já se tratava de a casar com D. João d'Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha; houve ideias de a casar com o duque de Beaufort, neto de Henrique IV de França por bastardia. As negociações ficaram sem resultado. Pensou-se no casamento com Luís XIV, laço habilmente preparado pelo cardeal Mazarino para conseguir, via Portugal, obrigar a Espanha a fazer a paz com a França.
Em vida de D. João IV se trataram destas negociações com atividade, chegando a vir a Lisboa o embaixador francês conde de Cominges. Mazarino, servindo-se do engodo da promessa deste casamento, trouxe Portugal iludido, abandonando-o depois, assinando a paz com a Espanha e o contrato do casamento do rei com a infanta espanhola D. Maria Teresa de Áustria. Em 1661, sendo regente a rainha D. Luísa de Gusmão na menoridade de D. Afonso VI de Portugal, tratou-se novamente do casamento da infanta D. Catarina, sendo escolhido Carlos II da Inglaterra.

O contrato foi assinado por el-rei com todas as cerimónias legais da Inglaterra a 23 de Junho de 1661, e pelo embaixador Conde da Ponte e Marquês de Sande, Francisco de Melo e Torres, que regressou a Portugal, onde foi recebido com muita satisfação pela regente, e com muito desgosto da parte do povo, pela entrega de Tânger e Bombaim.
Em 28 de Abril de 1662 recebeu-se em Lisboa a notícia da realização do contrato, e pouco depois chegou a armada inglesa, que devia conduzir a seu bordo a nova rainha. O general comandante era Eduardo de Montaigne, Conde de Sandwich, revestido com o carácter de embaixador extraordinário. Ela partiu acompanhada do Marquês de Sande, do Conde de Pontével, Nuno da Cunha, Francisco Correia da Silva, e pessoas da corte. Antes de embarcar todos se dirigiram à Sé, onde se celebrou missa solene e Te-­Deum. Houve salvas da artilharia, repiques de sinos, pomposos ornatos nas ruas por onde passava o cortejo, o som das trombetas, charamela e outros instrumentos, tudo contribuía pare abrilhantar a festa do casamento real. Finalmente, a nova rainha entrou no bergantim real, adornado com magnificência, e navegou para bordo da nau capitania Grão-Carlos. Acompanharam as damas D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
 
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D. Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra, por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, diz-se que deixou, pelo menos, à Inglaterra, a geleia de laranja, o hábito de beber chá à tarde, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.

terça-feira, junho 11, 2024

Fabíola da Bélgica nasceu há 96 anos

  
Fabíola Fernanda Maria das Vitórias Antónia Adelaide de Mora e Aragão (Madrid, 11 de junho de 1928Laeken, 5 de dezembro de 2014) foi a esposa do rei Balduíno e Rainha Consorte da Bélgica de 1960 até 1993.

Biografia
Nascida numa família nobre espanhola, Fabíola foi a terceira filha de Dom Gonzalo de Mora y Fernández (1887-1957), marquês de Casa Riera e 2.° conde de Mora, e da sua esposa, Dona Blanca de Aragón y Carrillo de Albornoz. O seu nome completo era, na sua língua materna, Fabiola Fernanda Maria de las Victorias Antonia Adelaida de Mora y Aragón. Entre os seus irmãos está o actor Jaime de Mora y Aragón (1925-1995). A sua madrinha foi Vitória Eugénia de Battenberg, rainha consorte da Espanha.
Antes do seu casamento, Fabíola publicou doze contos de fadas, Los Doce Cuentos Maravillosos, dos quais um, Los nenúfares indios, conseguiria o seu próprio pavilhão no parque temático de Efteling, nos Países Baixos, em 1966.
Em 15 de dezembro de 1960, Fabíola casou-se com Balduíno I, que era o rei dos Belgas desde a abdicação do seu pai em 1951. Na cerimónia de casamento na Catedral de São Miguel e Santa Gudula de Bruxelas, ela usou uma tiara "das províncias" que foi um presente do estado belga para a mãe do noivo, a princesa Astrid da Suécia. O seu vestido de cetim e martas foi criado pelo estilista Cristóbal Balenciaga.
A revista Time, na sua edição de 26 de setembro de 1960, chamou a Fabíola, que trabalhava como enfermeira de hospital antes de casar-se, de "Cinderella" e descreveu-a como "uma mulher jovem e atrativa, ainda que sem beleza" e "do tipo de mulher que não seguraria um homem". Na ocasião do casamento, os padeiros espanhóis enviaram lembranças à nova rainha e criaram um pão em sua homenagem, "Fabíola", consumido até hoje em algumas cidades espanholas. Outra homenagem prestada à rainha partiu do explorador Guido Derom, que nomeou uma faixa das Montanhas Árticas (as Montanhas Rainha Fabíola) em sua homenagem, em 1960. Há também várias plantas ornamentais nomeadas a partir dela.
O casal real não teve filhos, já que as cinco gravidezes da rainha terminaram em abortos espontâneos. Há rumores, entretanto, de que ela tenha dado à luz uma criança natimorta nos anos 60. Em 2008, ela falou abertamente sobre tais abortos. A 24 de agosto de 1982 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Balduíno I morreu em 1993 e sucedeu-lhe o seu irmão mais novo, o príncipe de Liège, que se tornou Alberto II. A Rainha Fabíola mudou-se do Castelo Real para o mais modesto Castelo de Stuyvenbergh em 1998, reduzindo o número de suas aparições públicas,para não ofuscar a sua cunhada, a rainha Paola.
Nos seus últimos anos Fabíola enfrentou dificuldades de locomoção devido a uma artrose, que obrigou a andar apoiada numa bengala e, posteriormente, numa cadeira de rodas. Morreu a 5 de dezembro de 2014 em Bruxelas.
Admirada por sua devoção à Igreja Católica e a causas sociais, particularmente aquelas relacionadas com distúrbios mentais e doenças de crianças e mulheres do Terceiro Mundo, a rainha Fabíola recebeu, em 2001, a Medalha Ceres, em reconhecimento por seu trabalho na ajuda a mulheres da zona rural de países em desenvolvimento. A medalha foi dada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Em 1961, peregrinou a San Sebastián de Garabandal com o seu marido, o Rei Balduíno I da Bélgica, numa atitude que mostra a sua devoção ao catolicismo.
De acordo com fontes oficiais, além do espanhol, Fabíola era fluente em francês, neerlandês, inglês, alemão e italiano.
Fabíola foi também presidente de honra da Fundação Rei Balduíno.