Carreira
Depois da sua primeira aparição na
Broadway, em
Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela
Warner Bros.. O seu primeiro
filme,
The Silver Chalice, de 1954, foi quase o seu último: considerou a sua performance tão má que publicou um anúncio de página inteira num
jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Com
Cat on a Hot Tin Roof (
Gata em Telhado de Zinco Quente) e
The Long Hot Summer (
Paixões que Escaldam), cuja atuação lhe valeu o prémio de melhor ator no
Festival de Cannes, estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim da
década de 50, Paul tornou-se um líder de bilheteiras da
década seguinte, estrelando filmes como
The Hustler (
A Vida é um Jogo, 1961),
The Prize (
O Prémio), 1963),
Hud (
O mais selvagem entre mil, 1963),
Cool Hand Luke (
O presidiário, 1967) e
Hombre (1967), fechando os anos 60 com o mega sucesso de crítica e bilheteira mundial
Butch Cassidy and the Sundance Kid (
Dois Homens e um Destino, 1969), ao lado de
Robert Redford.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo
Rachel, Rachel (1968), estrelado pela esposa
Joanne Woodward e com o qual foi premiado com o
Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela
Academia como melhor ator, finalmente venceu pela sua atuação em
The Color of Money (
A Cor do Dinheiro, 1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um
Óscar especial, pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são:
Cat on a Hot Tin Roof (
Gata em Telhado de Zinco Quente, 1958),
The Long Hot Summer (
Paixões que Escaldam, 1958),
Exodus (1960),
Sweet Bird of Youth (
Corações na Penumbra), onde refez no
cinema o mesmo papel que já havia feito na
Broadway (1962),
Torn Curtain (
Cortina Rasgada, 1966),
The Towering Inferno (
Torre do Inferno, 1974),
Absence of Malice (
Ausência de Malícia, 1981) e
The Verdict (
O Veredicto, 1982).
Fazendo menos filmes na
década de 90, e dedicando-se mais à sua fábrica de
molhos e
condimentos,
Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à
caridade e à sua equipa de corridas de automóveis), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em
Road to Perdition (
Caminho para Perdição, 2002), trabalhando com
Tom Hanks e o futuro
James Bond,
Daniel Craig, e foi novamente indicado para o Óscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o
Urso de Prata no
Festival de Berlim como melhor ator no filme
Nobody's Fool.
(...)
Cancro e morte
Em
março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com cancro, depois
de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil
Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no
talk show The Late Show with David Letterman. O seu
porta-voz, Warren Cowan, ocultou a sua hospitalização insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para
pé-de-atleta e
queda de cabelo". O jornal
New York Post divulgou que um paciente de cancro disse ter visto Newman, em março de 2008, regularmente no
oncologista.
Em agosto, após encerrar as sessões de
quimioterapia
contra o cancro, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas
semanas de vida e pediu aos médicos e aos seus familiares para deixar o
hospital e ser levado para sua casa, em
Westport, no
estado americano de
Connecticut. Aí morreu, a
26 de setembro de
2008, rodeado dos seus familiares e amigos, incluindo a sua esposa,
Joanne Woodward,
com quem esteve casado 50 anos, e os seus três filhos. O seu corpo foi
cremado, após um serviço fúnebre privado, perto da sua casa, em
Westport.