Mostrar mensagens com a etiqueta teatro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta teatro. Mostrar todas as mensagens

sábado, março 22, 2025

Goethe morreu há cento e noventa e três anos...

 
Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 - Weimar, 22 de março de 1832) foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe tornou-se o mais importante autor do classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.
  

 

Feliz Só Será

 

Feliz só será
A alma que amar.

'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.


 

Johann Wolfgang von Goethe (tradução - Paulo Quintela)

Marcel Marceau nasceu há cento e dois anos...

  
Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, (Estrasburgo, 22 de março de 1923 - Cahors, 22 de setembro de 2007) foi o mímico mais popular do período pós-guerra. Juntamente com Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova roupagem à mímica no século XX.
   
(...)
  
Marcel Marceau morreu aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa francesa, mas a família não forneceu detalhes sobre a sua morte. O seu enterro ocorreu no dia 26 de setembro de 2007, no cemitério parisiense do Père-Lachaise, na presença de cerca de 300 pessoas.
Casou-se três vezes e teve quatro filhos.
  

quinta-feira, março 20, 2025

Ibsen nasceu há 197 anos

  
Henrik Johan Ibsen (Skien, 20 de março de 1828 - Cristiânia, 23 de maio de 1906) foi um dramaturgo norueguês, considerado um dos criadores do teatro realista moderno. Foi o maior dramaturgo norueguês do século XIX. Foi também poeta e diretor teatral, sendo considerado o “pai do drama em prosa” e um dos fundadores do modernismo no teatro. Entre os seus maiores trabalhos destacam-se Brand, Peer Gynt, Um Inimigo do Povo, Imperador e Galileu, Casa de Bonecas, Hedda Gabler, Espectros, O Pato Selvagem e Rosmersholm
Muitas das suas peças foram consideradas escandalosas na época em que foram lançadas, pois o teatro europeu estava sujeito a um determinado conceito de vida familiar e propriedade. Os trabalhos de Ibsen analisavam a realidade contida por trás das convenções e costumes, o que trouxe muita inquietação aos seus contemporâneos. Ele lançou um olhar crítico e uma livre investigação sobre as condições de vida e as questões da moralidade da época. A poética peça Peer Gynt, no entanto, tem fortes elementos do surrealismo.
Ibsen é muitas vezes classificado como um dos verdadeiramente grandes dramaturgos da tradição europeia. Richard Hornby descreve-o como "um profundo e poético dramaturgo - o melhor desde Shakespeare". Ele influenciou outros dramaturgos e romancistas, tais como George Bernard Shaw, Oscar Wilde, James Joyce e Eugene O'Neill. Muitos críticos consideram-no o maior dramaturgo desde Shakespeare.
Embora a maioria de suas peças se passe na Noruega, muitas vezes em lugares que lembram Skien, a cidade portuária onde cresceu, Ibsen viveu vinte sete anos na Itália e Alemanha e raramente visitou a Noruega durante os seus anos mais produtivos.

terça-feira, março 18, 2025

Saudades de Eric Woolfson...

 

Time - The Alan Parsons Project

 

Time, flowing like a rivertime, beckoning mewho knows when we shall meet againif everbut timekeeps flowing like a riverto the seaGoodbye my love,maybe for forevergoodbye my love,the tide waits for mewho knows when we shall meet againif everbut timekeeps flowing like a river (on and on)to the sea, to the seaTill it's gone forevergone forevergone forevermoreGoodbye my friends,maybe forevergoodbye my friends,the stars wait for mewho knows where we shall meet againif everbut timekeeps flowing like a river (on and on)to the sea, to the seaTill it's gone forevergone forevergone forevermore

Eric Woolfson nasceu há oitenta anos...

    
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Sendo co-fundador do conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.
  
(...)
 
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Sobreviveram-lhe a sua esposa Hazel e as duas filhas.
 
 
 
 

The Alan Parsons Project - Eye in the Sky 

 

Don't think sorry's easily said 

Don't try turning tables instead 

Youv'e taken lots of chances before 

But I'm not gonna give anymore 

Don't ask me That's how it goes 

 Cause part of me knows what youre thinkin 

 

Don't say words youre gonna regret 

Don't let the fire rush to your head 

I've heard the accusation before 

And I ain't gonna take any more 

Believe me 

The sun in your eyes 

Made some of the lies worth believing 

 

I am the eye in the sky 

Looking at you I can read your mind 

I am the maker of rules 

Dealing with fools 

I can cheat you blind 

And I dont need to see any more 

To know that 

I can read your mind, I can read your mind 

 

Dont leave false illusions behind 

Dont cry cause I aint changing my mind 

So find another fool like before 

Cause I aint gonna live anymore believing 

Some of the lies while all of the signs are deceiving

sexta-feira, março 14, 2025

Ruy de Carvalho celebra hoje 98 anos...!

(imagem daqui)
  
Rui Alberto Rebelo Pires de Carvalho, mais conhecido por Ruy de Carvalho (Lisboa, 1 de março de 1927), é um ator português.
   

domingo, março 02, 2025

Amélia Rey Colaço nasceu há 127 anos...

 
Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro (Lisboa, 2 de março de 1898 - Lisboa, 8 de julho de 1990) foi uma encenadora e atriz portuguesa.
Considerada a mais proeminente figura do teatro português do século XX, recebeu da família o primeiro contacto com as artes - o pai, Alexandre Rey Colaço, era pianista, compositor e professor dos príncipes, e a avó, Madame Reinhardt, tinha um salão literário e musical em Berlim. Decidiu enveredar pelo teatro aos quinze anos, depois de assistir, na Alemanha, às peças do encenador austríaco Max Reinhardt. No regresso a Portugal iniciou aulas de teatro com Augusto Rosa. Corria o ano de 1917 quando se estreou no então Teatro República (hoje Teatro São Luiz), na peça Marinela de Benito Pérez Galdós. Para fazer a personagem, uma rude vagabunda, aprendeu, durante meses, a andar descalça e a usar farrapos, no interior do jardim do seu palacete.
Casou-se com o ator beirão Robles Monteiro, em dezembro de 1920. No ano seguinte os dois fundam uma companhia de teatro própria - será a mais duradoura de toda a Europa, com cinquenta e três anos de duração - a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II e oficialmente extinta em 1988.
Na direção da companhia atuou em vários planos - estruturou um grupo coeso e exigente, empenhou-se na dignificação social do ator, conquistando para ele um estatuto de superioridade, à medida que organizava um reportório ambicioso, à revelia da censura. Chamou pintores prestigiados para colaborarem na cenografia, casos de Raul Lino, Almada Negreiros ou Eduardo Malta. Contratou nomes que eram ídolos do público de então, como Palmira Bastos, Nascimento Fernandes, Alves da Cunha, Lucília Simões, Estêvão Amarante, Maria Matos ou Vasco Santana. Fazendo escola, revelou uma inteira geração de novos atores, como Raul de Carvalho, Álvaro Benamor, Maria Lalande, Assis Pacheco, João Villaret, Augusto de Figueiredo, Paiva Raposo, Eunice Muñoz, Carmen Dolores, Maria Barroso, João Perry, Madalena Sotto, Helena Félix, Rogério Paulo, José de Castro, Lurdes Norberto, Varela Silva, Ruy de Carvalho, Filipe La Féria ou João Mota. Alternando entre obras clássicas e modernas, abriu como nunca as portas à dramaturgia portuguesa, representando obras de António Ferreira, José Régio, Alfredo Cortez, Virgínia Vitorino, Carlos Selvagem, Romeu Correia, Bernardo Santareno, Luís de Sttau Monteiro, entre outros. Com ousadia, revelou autores como Jean Cocteau, Jean Anouilh, Lorca, Brecht, Valle Ínclan, Alejandro Casona, Eugene O'Neill, Tennessee Williams, Arthur Miller, Pirandello, Eduardo De Filippo, Max Frisch, Ionesco, Dürrenmatt e Edward Albee.
Acarinhada ao longo da sua carreira, cultivou a admiração de Oliveira Salazar e antigos monarcas, tendo sido amiga da rainha D. Amélia de Orleães. Entre as distinções que recebeu contam-se insígnias de Cavaleira da Ordem das Artes e Letras, da República Francesa e, em Portugal, as comendas da Ordem de Instrução Pública, da Ordem de Sant'iago da Espada e da Ordem Militar de Cristo.
Em princípios de 1974, Amélia Rey Colaço regressa ao São Luiz, de onde partira. Pouco depois dá-se o 25 de abril e, percebendo que a vão encarar como um símbolo do Estado Novo, suspende a companhia e sai de cena, assumindo a injustiça com discrição. Deixava para trás espetáculos antológicos, como Castro, Salomé, Outono em Flor, Romeu e Julieta, O Processo de Jesus, Topaze, A Visita da Velha Senhora ou Tango. O último grande papel vem, contudo, a desempenhá-lo aos oitenta e sete anos, na figura de D. Catarina na peça El-Rei D. Sebastião, de José Régio. Em 1988, aquando da extinção oficial da companhia, Amélia Rey Colaço vê-se forçada a leiloar o recheio da casa do Dafundo, cedida pela marquesa Olga do Cadaval, e a abandoná-la. Em 1990 morre em Lisboa, junto da sua filha, Mariana Rey Monteiro.
 
 

sábado, março 01, 2025

Roger Daltrey faz hoje oitenta e um anos

      
Roger Harry Daltrey (Londres, 1 de março de 1944) é um cantor de rock, mais conhecido como fundador e vocalista da banda britânica The Who. Além de seu trabalho com o grupo, Daltrey obteve grande êxito como artista a solo e ator, participando em diversos filmes, peças de teatro e séries de televisão.
     
 

Música de aniversariante de hoje...!

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Tennessee Williams morreu há 42 anos...

     
Tennessee Williams, pseudónimo de Thomas Lanier Williams III (Columbus, 26 de março de 1911 - Nova Iorque, 25 de fevereiro de 1983) foi um dramaturgo norte-americano, vencedor de inúmeros prémios.
Williams ganhou o Prémio Pulitzer de Teatro com A Streetcar Named Desire em 1948 e por Cat on a Hot Tin Roof em 1955. As suas peças The Glass Menagerie (1945) e The Night of the Iguana (1961) receberam o Prémio New York Drama Critics' Circle. A sua peça The Rose Tattoo, de 1952, recebeu o Tony Award de melhor peça. Em 1980 obteve a Medalha Presidencial da Liberdade do presidente Jimmy Carter.
    

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Molière morreu há 352 anos...

  
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (Paris, 15 de janeiro de 1622 - Paris, 17 de fevereiro de 1673), foi um dramaturgo francês, além de ator e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indireto da Comédie-Française. Dele, disse Boileau: Dans le sac ridicule où Scapin s'enveloppe je ne reconnais plus l'auteur du Misanthrope - ("No saco ridículo onde se envolve Escapino, não reconheço mais o autor de O Misantropo"). Como encenador, ficou também conhecido pelo seu rigor e meticulosidade.
   
(...)
   
Um dos mais famosos momentos da biografia de Molière é a sua morte, que se tornou numa referência no meio teatral. É dito que morreu no palco, representando o papel principal da sua última peça. De facto, apenas desmaiou aí, tendo morrido horas mais tarde em sua casa, sem receber os sacramentos, já que dois padres se recusaram a dar-lhos na última visita e o terceiro já chegou tarde. Diz-se que estava vestido de amarelo, o que gerou a superstição de que esta cor é fatídica para os atores.
Os comediantes (atores) da época não podiam, por lei, ser sepultados nos cemitérios normais (terreno sagrado), já que o clero considerava tal profissão como a mera "representação do falso". Como Molière persistiu na vida de ator até à morte, estava nessa condição. A sua mulher, Armande, pede, contudo, a Luís XIV que lhe providencie um funeral normal. O máximo que o rei consegue fazer é obter do arcebispo a autorização para que o enterrem no cemitério reservado aos nados-mortos (não batizados). Ainda assim, o enterro foi realizado durante a noite.
Em 1792, os seus restos mortais são levados para o Museu dos Monumentos Franceses e, em 1817, transferidos para o cemitério do Père Lachaise, em Paris, ficando ao lado da sepultura de La Fontaine.
   

segunda-feira, fevereiro 10, 2025

Hoje é dia recordar um Poeta...

 

 

A emigração dos poetas

 

Homero não tinha morada
E Dante teve que deixar a sua.
Li-Po e Tu-Fu andaram por guerras civis
Que tragaram 30 milhões de pessoas
Eurípedes foi ameaçado com processos
E Shakespeare, moribundo, foi impedido de falar.
Não apenas a Musa, também a polícia
Visitou François Villon.
Conhecido como “o Amado”
Lucrécio foi para o exílio
Também Heine, e assim também
Brecht, que buscou refúgio
Sob o teto de palha dinamarquês.

 

 

Bertolt Brecht

Bertholt Brecht nasceu há 127 anos...

   
Eugen Bertholt Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim Leste, 15 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.Os seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia, Berliner Ensemble, realizadas em Paris durante os anos de 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. A sua praxis é uma síntese do experimentalismo teatral de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos de 1917-1926. O seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

 

Perguntas de um Operário Letrado



Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

 

Bertolt Brecht

Arthur Miller morreu há vinte anos...

  
Arthur Asher Miller (Nova Iorque, 17 de outubro de 1915 - Roxbury, Connecticut, 10 de fevereiro de 2005) foi um dramaturgo norte-americano. Era conhecido por ser o autor das peças A morte de um Caixeiro Viajante (Death of a Salesman) e de The Crucible (As Bruxas de Salem), e por se ter casado com a atriz Marilyn Monroe, em 1956. Morreu, de insuficiência cardíaca crónica, com 89 anos, em Roxbury, Connecticut.
  

sábado, janeiro 25, 2025

Paul Newman nasceu há um século

     
Filho de um bem sucedido comerciante de artigos desportivos, Newman começou a sua carreira participando em peças no colégio e, após sair da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School, indo depois para Nova Iorque, onde entrou para na famosa escola de formação de artistas, a Actors Studio, dirigida por Lee Strasberg.
 
Carreira
Depois da sua primeira aparição na Broadway, em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Bros.. O seu primeiro filme, The Silver Chalice, de 1954, foi quase o seu último: considerou a sua performance tão má que publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em Marcado pelo Ódio (1956), onde deu vida ao boxer Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.
Com Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente) e The Long Hot Summer (Paixões que Escaldam), cuja atuação lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Cannes, estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim da década de 50, Paul tornou-se um líder de bilheteiras da década seguinte, estrelando filmes como The Hustler (A Vida é um Jogo, 1961), The Prize (O Prémio), 1963), Hud (O mais selvagem entre mil, 1963), Cool Hand Luke (O presidiário, 1967) e Hombre (1967), fechando os anos 60 com o mega sucesso de crítica e bilheteira mundial Butch Cassidy and the Sundance Kid (Dois Homens e um Destino, 1969), ao lado de Robert Redford.
A dupla trabalharia junta quatro anos depois, em A Golpada, de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Óscar de melhor filme de 1973.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo Rachel, Rachel (1968), estrelado pela esposa Joanne Woodward e com o qual foi premiado com o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu pela sua atuação em The Color of Money (A Cor do Dinheiro, 1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Óscar especial, pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são: Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente, 1958), The Long Hot Summer (Paixões que Escaldam, 1958), Exodus (1960), Sweet Bird of Youth (Corações na Penumbra), onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Torn Curtain (Cortina Rasgada, 1966), The Towering Inferno (Torre do Inferno, 1974), Absence of Malice (Ausência de Malícia, 1981) e The Verdict (O Veredicto, 1982).
Fazendo menos filmes na década de 90, e dedicando-se mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipa de corridas de automóveis), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Road to Perdition (Caminho para Perdição, 2002), trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado para o Óscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim como melhor ator no filme Nobody's Fool.
   
(...)

Cancro e morte

Newman, ex-fumador inveterado, padeceu durante muito tempo de cancro do pulmão. Em maio de 2008, foi afastado da direção de uma versão de Ratos e homens, baseada no livro de John Steinbeck, após a doença ter sido diagnosticada no hospital Sloan-Kettering Cancer Centre, em Nova York.
Em março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com cancro, depois de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no talk show The Late Show with David Letterman. O seu porta-voz, Warren Cowan, ocultou a sua hospitalização insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para pé-de-atleta e queda de cabelo". O jornal New York Post divulgou que um paciente de cancro disse ter visto Newman, em março de 2008, regularmente no oncologista.
Em agosto, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o cancro, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e aos seus familiares para deixar o hospital e ser levado para sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut. Aí morreu, a 26 de setembro de 2008, rodeado dos seus familiares e amigos, incluindo a sua esposa, Joanne Woodward, com quem esteve casado 50 anos, e os seus três filhos. O seu corpo foi cremado, após um serviço fúnebre privado, perto da sua casa, em Westport.
   

sexta-feira, janeiro 24, 2025

Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais nasceu há 292 anos

      
Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (Paris, 24 de janeiro de 1732 – Paris, 18 de maio de 1799) foi um autor de teatro francês. Começou por exercer o ofício de relojoeiro, foi mestre de música das filhas de Luís XV, sendo seu secretário, diplomata de bastidores e agente secreto. Na infância, estudou viola, flauta e harpa.
  
Obra
Beaumarchais é o criador do personagem Fígaro, presente na trilogia constituída pelas comédias O Barbeiro de Sevilha ou A Precaução Inútil (no original em francês, Le barbier de Séville, 1775), As Bodas de Fígaro (no original, em francês, La Folle journée, ou le Mariage de Figaro, 1784), e pelo drama A mãe culpada (no original francês, L'Autre Tartuffe, ou la Mère coupable, 1789-1790). Todas as três peças foram transformadas em óperas - por Rossini, Giovanni Paisiello (Il barbiere di Siviglia), Mozart (Le nozze di Figaro) e Darius Milhaud (La Mère coupable).
  

terça-feira, janeiro 21, 2025

João Villaret morreu há 64 anos...

(imagem daqui)
       
João Henrique Pereira Villaret (Lisboa, 10 de maio de 1913 - Lisboa, 21 de janeiro de 1961) foi um ator, encenador e declamador português.

João Villaret nasceu em Lisboa, em 1913, filho do médico Frederico Villaret e de Josefina Gouveia da Silva Pereira. Frequentou o colégio inglês na Rua Marquês de Abrantes e depois o Liceu de Passos Manuel, onde foi bom aluno. Desde cedo revelou interesse pelas artes. Aos 15 anos ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro tiveram um papel preponderante na sua iniciação teatral. Em 1930 concluiu o curso e a 16 de outubro de 1931 estreava-se interpretando um papel na peça Leonor Teles, de Marcelino Mesquita.

Trabalhou no teatro, cinema e foi um grande declamador de poesia, a sua maior paixão. Era um actor ecléctico, pois além do teatro clássico também se dedicou ao teatro de revista. Fez várias digressões a África e ao Brasil, onde esteve sete vezes. Nos últimos anos, aos domingos, tinha um programa na RTP, onde declamava poesia e contava histórias curiosas do mundo cultural. Num desses episódios referiu que o seu amigo António Botto o apresentou a Fernando Pessoa, encontro que muito o impressionou.

Villaret era diabético, mas era avesso a tratamentos e dietas. Em 1958, quando esteve em Nova Lisboa consultou um calista que ao extrair-lhe uma calosidade lhe provocou uma ferida num pé, o que viria a ter consequências funestas. Viria a morrer de insuficiência renal em 1961, aos 47 anos.
  
Teatro
Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
  
Cinema
No cinema, Villaret surge em:
   
Declamador

Nos anos 50, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais.
Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:
Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
  
Música

Na música, Villaret também deu cartas, sendo criador de grandes sucessos, como "Rosa Araújo", "Santo António" (proibidos pela Censura do Estado Novo) e "Sinfonia do Ribatejo", na revista "Não Faças Ondas", em 1956, e do poema-canção "Recado a Lisboa", que até hoje predomina como um verdadeiro clássico da história da Música Portuguesa.

A sua mais conhecida obra, devido à sua originalidade, é a seguinte:

Fado falado, de Nelson de Barros, com versos de Aníbal de Nazaré, criado pelo próprio na revista "Tá Bem ou Não 'Tá?" (1947), e satirizada com mestria nos anos 50, onde se pode ouvir esta frase emblemática: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
   
Homenagens
A 2 de abril de 1960 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada

Em Lisboa o Teatro Villaret recebeu o seu nome como homenagem pela sua carreira.

Em Loures há uma escola com o nome de João Villaret. A escola ensina crianças desde o 5.º até ao 9.º ano.

 
   

 


domingo, janeiro 19, 2025

Saudades de Fiama...

 

(imagem daqui)

 

Vozes Minhas
    
O súbito fraseador que mimava
a sua fala pela do vento
não me disse Heraclito fui,
tal como eu o pensei.
Disse só deste lado do recorte
da serra sopra mais.
Ouvir por dentro. Clarear
traços que nos separam
da figura falante. O amanho
da Terra liga-nos.
Ouvinte do vento, não me
disse como eu: Verdade
e substância, na primeira apanha.
Quietude. Êxtase, na eclosão.
    
Cavou ao longo da esticada corda
que orienta as leiras. Esteve
em movimento ali um dia: Ó terra,
tudo está nos sentidos
antes do senso, voz certa,
som áspero, vento de rajadas grossas. 

    
    

in Três Rostos - Ecos (1989) - Fiama Hasse Pais Brandão

Fiama Hasse Pais Brandão deixou-nos há 18 anos...

(imagem daqui)
         
Fiama Hasse Pais Brandão (Lisboa, 15 de agosto de 1938 - Lisboa, 19 de janeiro de 2007) foi uma escritora, poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa.
A sua infância foi passada entre uma quinta em Carcavelos e o St. Julian's School. Foi estudante de Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras. Foi casada com Gastão Cruz.
Estreou-se como autora com Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1957), obra que lhe valeu o Prémio Adolfo Casais Monteiro. Ganha notoriedade no meio literário com a revista/movimento Poesia 61, em que publica o texto «Morfismos». É considerada como uma das mais importantes escritoras do movimento, que revolucionou a poesia nos anos 60. Foi premiada, em 1996, com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. O seu livro Cenas Vivas foi distinguido, em 2001, com o prémio literário do P.E.N. Clube Português.
A sua atividade no teatro iniciou-se com um estágio, em 1964, no Teatro Experimental do Porto e com a frequência de um seminário de teatro de Adolfo Gutkin na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1970. Em 1974, foi um dos fundadores do Grupo Teatro Hoje, sendo a sua primeira encenação a obra Marina Pineda, de Federico García Lorca. Em 1961 recebeu o Prémio Revelação de Teatro, pela obra Os Chapéus de Chuva. É autora de várias peças de teatro.
Colaborou em publicações como Seara Nova, Cadernos do Meio-Dia, Brotéria, Vértice, Plano, Colóquio-Letras, Hífen, Relâmpago, A Phala e Quadrante (revista da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958).
    

 

Poética de um Rosto?

Que a neofiguração se torne ní-
tida. Do objecto sedutor. Incrus-
tado nas vozes. Quanto resul-
taria, iluminado pelo silêncio.
O painel de onde se despren-
de a linha. Um modelo clássico
que revele. As palavras eter-
nas da fábula de Hero.

Proximidade incompreensível
como a de alguns poemas. Sen-
timentos que são indecifráveis.
Uma dedução para o fim. Tal-
vez o amor jubiloso dentro
da quarta parte da pupi-
la do olhar divisível pela
cruz axial. Encontrado na pai-
sagística do rosto. Expecta-
tiva de um sentido propício. A
revelação verso por verso.
 
 
 

Fiama Hasse Pais Brandão

quarta-feira, janeiro 15, 2025

Molière nasceu há quatrocentos e três anos

         
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (Paris, 15 de janeiro de 1622 - Paris, 17 de fevereiro de 1673), foi um dramaturgo francês, além de ator e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indireto da Comédie-Française