quarta-feira, novembro 12, 2025
Mouzinho de Albuquerque nasceu há cento e setenta anos...
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segunda-feira, novembro 10, 2025
Kalashnikov, o criador da AK-47, nasceu há 106 anos
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segunda-feira, novembro 03, 2025
Hoje é dia de ouvir marrabenta...!
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Fany Mpfumo morreu há trinta e oito anos...
António Mariva Mpfumo (Lourenço Marques, 18 de outubro de 1928 - Maputo, 3 de novembro de 1987), popularmente mais conhecido como Fany Mpfumo, foi um músico moçambicano, considerado o "rei" da marrabenta.
Pfumo começou a cantar aos 7 anos de idade e, em 1947, com apenas 18 anos, deixou Lourenço Marques, atual Maputo, com destino à África do Sul, onde mercê do seu talento cedo granjeou simpatia e projeção no mundo da música.
Estilo da marca registada de Pfumo é caracterizada pela mistura de ritmos marrabenta com elementos de jazz, bem como influências da música sul-africana kwela. Em Joanesburgo, Pfumo teve a oportunidade de gravar com HMV, alcançar a fama internacional com canções como Loko ni kumbuka Jorgina ("When I Remember Jorgina"); este, em particular, continua a ser uma das músicas mais conhecidas de marrabenta e pop moçambicano. Ele iniciou uma série de bandas durante os anos 50 e 60, mas também gravou vários singles a solo.
in Wikipédia
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domingo, outubro 19, 2025
Samora Machel morreu há 39 anos...
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terça-feira, outubro 14, 2025
Poema adequado à data...
Como os outros
Como os outros discípulo da noite
frente ao seu quadro negro que é
exterior à música dispo o reflexo
sou um e baço
dou-me as mãos na estreita
passagem dos dias
pelo café da cidade adoptiva
os passos discordando
mesmo entre si
As coisas são a sua morada
e há entre mim e mim um escuro limbo
mas é nessa disjunção o istmo da poesia
com suas grutas sinfónicas
no mar.
Sebastião Alba
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Sebastião Alba morreu há vinte e cinco anos...
um anjo erra (o amor confuso)
Um anjo erra
nos teus olhos diurnos
humedecido do véu
(ao fundo, a íris entardece)
seguiu de cor a revoada das pombas
místico
um arroubo ascende a prumo
do plano em que me fitas
cisnes desaguam
do teu olhar em fio
e vogam ao redor, pelo estuário da sala
ao sol-poente
os vitrais das janelas
ardem na catedral assim erguida
colocamos um sonho
em cada nicho
e no círculo formado pelas nossas bocas
subentende-se com verve
a língua.
Sebastião Alba
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sábado, outubro 04, 2025
A Guerra Civil Moçambicana acabou há 33 anos
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segunda-feira, setembro 29, 2025
Samora Machel nasceu há noventa e dois anos...
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quinta-feira, setembro 25, 2025
A guerra começou em Moçambique, oficialmente, há 61 anos...
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domingo, agosto 10, 2025
Hoje é dia de recordar Rui Knopfli...
Arde um fulgor extinto
no longe da tarde agoniada.
Não me pesaria tanto
a caminhada se, em lugar do dia,
no seu extremo achasse a noite.
Exacta e concisa é a claridade.
Não mente à luz o que a noite
ilude. Terrível destino
o de quem é nocturno à luz solar.
Não vos ponha em cuidado,
porém, este meu penar:
são palavras e não sangram.
Rui Knopfli
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Rui Knopfli nasceu há 93 anos...
Velho Colono
Sentado no banco cinzento
entre as alamedas sombreadas do parque.
Ali sentado só, àquela hora da tardinha,
ele e o tempo. O passado certamente,
que o futuro causa arrepios de inquietação.
Pois se tem o ar de ser já tão curto,
o futuro. Sós, ele e o passado,
os dois ali sentados no banco de cimento.
Há pássaros chilreando no arvoredo,
certamente. E, nas sombras mais densas
e frescas, namorados que se beijam
e se acariciam febrilmente. E crianças
rolando na relva e rindo tontamente.
Em redor há todo o mundo e a vida.
Ali está ele, ele e o passado,
sentados os dois no banco de frio cimento.
Ele a sombra e a névoa do olhar.
Ele, a bronquite e o latejar cansado
das artérias. Em volta os beijos húmidos,
as frescas gargalhadas, tintas de Outono
próximo na folhagem e o tempo.
O tempo que cada qual, a seu modo,
vai aproveitando.
Rui Knopfli
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quarta-feira, julho 09, 2025
António Quadros (pintor) nasceu há 92 anos...
Auto-retrato
António Augusto de Melo Lucena e Quadros (Viseu, 9 de julho de 1933 - Santiago de Besteiros, 2 de julho de 1994), também referido pelos heterónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João, foi um pintor e poeta português. Viveu em Moçambique, entre 1964 e 1984.
Percurso
Diplomou-se em pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Entre 1958 e 1959 esteve em Paris (Ecole des Beax-Arts de Paris), como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, onde fez os cursos de gravura e pintura a fresco.
Participou em diversas exposições coletivas, podendo destacar-se: I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1957); Art Portugais: Peinture et Sculpture du Naturalisme à nos Jours (Paris, 1968). Foi galardoado com o Prémio Marques de Oliveira e o Prémio Armando Basto (S.N.I.).
Parte para Moçambique em 1964. Em 1968 revela-se como poeta ao obter um prémio para "40 Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada" assinado por João Pedro Grabato Dias, negando durante vários anos ser o seu autor.
Nesse período colaborou com grupos de teatro em Lourenço Marques, como o TALM (Teatro Amador de Lourenço Marques), em que foi autor do cenário da peça "Jardim Zoológico" de Eduardo Albee, encenada e interpretada por Mário Barradas, e o TEUM (Teatro dos Estudantes da Universidade de Moçambique), sendo autor dos cenários e o guarda roupa de "O Velho da Horta" e "Quem tem Farelos?" de Gil Vicente, ambas encenadas por Matos Godinho.
Colaborou no Núcleo de Arte de Lourenço Marques, como professor, onde contactou, entre outros, com Malangatana Valente. Ganhou o 1º Prémio no concurso da Sociedade de Estudos de Moçambique que, na cerimónia oficial, não foi entregue, dado que o Secretário Provincial de Educação considerou a obra indecorosa.
Em 1971, lançou as odes O Morto e A Arca e ainda as Laurentinas. Grabato Dias e Rui Knopfli, criam nesse ano a revista Caliban.
Em 1972, por ocasião dos 400 anos da morte de Camões, lançou o poema épico Quybyrycas, assinadas por Frey Ioannes Garabatus, com prefácio de Jorge de Sena, onde glosava e parodiava "Os Lusíadas".
Depois do 25 de abril, inventou o livrinho Eu, o povo, supostamente deixado por Mutimati Barnabé João, guerrilheiro moçambicano morto em combate, não assumindo inicialmente a sua autoria. Escreveu o novo livro de poemas didático O Povo e nós, já de autoria de João Pedro Grabato Dias.
Publicou um livro de divulgação da biotecnologia, para aplicação nas zonas rurais moçambicanas.
Publicou o poema pseudobibliográfico "Facto/Fado", considerado pelo crítico literário Eugénio Lisboa um dos melhores livros em português.
Em Moçambique, foi ainda o co-autor do monumento aos heróis, na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
No regresso a Portugal e a Santiago de Besteiros, em 1984, dedicou-se ao ensino, à escrita e pintura.
Publicou em 1992 Sete Contos para um Carnaval.
Foi cantado por cantores como José Afonso e Amélia Muge.
Como pintor, atividade principal da sua criação, tem extensa e rica obra, de extrema beleza, realizada em Portugal e Moçambique. Dedicou-se ainda a outras artes plásticas, como cerâmica, pintura em cerâmica, esculturas metálicas, cartazes, ilustração de livros e desenhos criados por computador.
1998 - Grã-Cruz da Ordem do Infante D.Henrique, atribuída, a título póstumo, pelo Presidente Jorge Sampaio, pela obra plástica e literária, particularmente pela autoria de As Quybyrycas.
in Wikipédia
O Banquete Infinito
Poesia chorada, como o mar sob a chuva?
Poesia aflita, como um farol no denso nevoeiro?
Poesia angustiada, como a futura mãe?
Alegre o olhar, os meus dedos são mensageiros dos deuses
E cantam o que me sobra e eu não sei entender.
Alegre o coração, escapa-se de mim um fumo de dor,
E enquanto rio, sou também lágrimas e soluços.
O acordo é uma promessa do paraíso perdido mas não morto,
pois as suas portas choram por mim em mim.
Poesia triste, triste face, coração ardente, sorriso imanente,
Tudo se comprime num verso obscuro e intocável.
Julgo perder-me num meandro de luzes e sombras,
De estrelas e pântanos, profetas e deuses.
Tarda-me a achar o caminho dos caminhos.
Aquele que, enfim, conduz a alguma parte.
Sei que tudo é — mas como conhecer o que, sendo, indica e ilumina?
Os meus gestos são pesados e lentos, pois temem
Matar o inocente e dar vida ao monstro.
Já não hesitam, porém, e quando eu puder olhar atrás de mim
A estrada percorrida, os destroços abandonados,
Os cadáveres imolados à vontade torturada,
Então sabereis os frutos a escolher e os manjares a saborear
espera-me o banquete infinito.
Iguaria ou conviva, o que importa é chegar com o destino cumprido.
Postado por
Fernando Martins
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09:20
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Marcadores: António Quadros (pintor), Moçambique, pintura, poesia
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