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segunda-feira, novembro 24, 2025

Saudades de Freddie Mercury...

Freddie Mercury partiu há trinta e quatro anos...

(imagem daqui)

 

Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de setembro de 1946 - Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e compositor britânico, que ficou mundialmente famoso como vocalista da banda britânica de rock Queen, que ele integrou de 1970 até ao ano de sua morte.

Mercury, tornou-se célebre pelo seu poderoso tom de voz e suas performances energéticas, que sempre envolviam a plateia, sendo considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos dos Queen, como "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Além do seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury morreu vítima de broncopneumonia, acarretada pela SIDA, em 1991, um dia depois de ter assumido a doença publicamente.
O seu trabalho com Queen ainda lhe gera reconhecimento até os dias de hoje: Mercury é citado como principal influência de muitos outros cantores e bandas. Em 2006, ele foi nomeado a maior celebridade asiática de todos os tempos, sendo também eleito o maior líder de banda da história em uma votação pública organizada pela MTV americana. Em 2008, ele ficou na décima oitava posição na lista dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone, e no ano seguinte, a Classic Rock nomeou-o o maior vocalista de rock and roll. Com os Queen, Mercury já vendeu mais de cento e cinquenta milhões de discos em todo o mundo.
   
      
 

domingo, novembro 23, 2025

Saudades de Herberto Helder...

(imagem daqui)

 

 Engoli   

    

   

Engoli
água. Profundamente: – a água estancada no ar.
Uma estrela materna.
E estou aqui devorado pelo meu soluço,
leve da minha cara.
O copo feito estrela. A água com tanta força
no copo. Tenho as unhas negras.
Agarro nesse copo, bebo por essa estrela.
Sou inocente, vago, fremente, potente,
tumefacto.
A iluminação que a água parada faz em mim
das mãos à boca.
Entro nos sítios amplos.
– O poder de reluzir em mim um alimento
ignoto; a cara
se a roça a mão sombria, acima
da camisa inchada pelo sangue,
abaixo do cabelo enxuto à lua. Engoli
água. A mãe e a criança demoníaca
estavam sentados na pedra vermelha.
Engoli
água profunda.

 

Herberto Helder

terça-feira, novembro 11, 2025

Saudades de Teresa Tarouca...

Teresa Tarouca morreu há seis anos...

(imagem daqui)

      

Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 - Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa em 1964, na categoria "Fado". 

     

Biografia

Nasceu em 4 de janeiro de 1942, em Lisboa. Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) adotou o nome de Teresa Tarouca, devido à sua descendência dos condes de Tarouca.

Na década de 50 foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.

Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.

Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.

Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.

Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".

Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.

A fadista foi convidada para atuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.

Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.

No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.

Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio! de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

A 7 de junho de 2013, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.

Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.

Morreu, a 11 de novembro de 2019, no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla.

  

in Wikipédia

 

quinta-feira, novembro 06, 2025

Nunca mais, Sophia...


(imagem daqui)

 

 

Nunca mais

Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.

E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência. 
  
    
 
in
Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, novembro 03, 2025

A AAC faz hoje 138 anos...!


A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os mais de trinta mil estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade. Existem também três mil associados seccionistas, 90 associados extraordinários e 25 associados honorários.

A AAC alberga uma série de secções culturais e desportivas. Entre as secções culturais pontificam, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) que realiza anualmente o Festival "Caminhos do Cinema Português", a Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a Secção de Jornalismo (que edita o jornal universitário "A Cabra"), a Televisão da Associação Académica de Coimbra, a secção de fado, o Grupo de folclore e etnografia (GEFAC) e os grupos de teatro (TEUC e CITAC). As secções desportivas abrangem um vasto leque de desportos, tais como o hóquei em patins, futebol, andebol, basquetebol, rugby, canoagem, natação, voleibol, ténis, artes marciais e xadrez, entre muitos outros. A "Académica" é assim o "clube" mais eclético do pais, uma vez que "pratica" o maior número de modalidades.
Também referido como "Académica", o clube de futebol profissional mais conhecido de Coimbra, de seu verdadeiro nome Associação Académica de Coimbra (AAC), é legalmente o herdeiro da secção de futebol da AAC. Em 1977 foi criada a Académica SF (que se mantém na prática amadora), mas é hoje um organismo autónomo dentro da AAC, mas com número de pessoa coletiva próprio.

A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.

  
Culturais
   
Desportivas
  
Condecorações
   
Outras distinções
  • Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
  • Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
  • Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
  • Troféu Olímpico Português
  • Instituição de Utilidade Pública

  

 
in Wikipédia

 

Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções, além de ser o clube mais antigo ainda em atividade em Portugal) faz hoje  anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outros clubes e associações que a antecederam). A nossa eterna associação de estudantes, enquanto alunos da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!

Hoje é dia de ouvir fado e canção de Coimbra...

sábado, outubro 25, 2025

A Rainha Dª Amélia morreu há setenta e quatro anos...

   
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o rei D. Carlos I de Portugal, e do filho mais velho, o príncipe real D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o rei D. Manuel II; e também ficara de luto com a morte de sua filha, a infanta D. Maria Ana de Bragança, nascida num parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi um dos membros da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
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Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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(...)   
 

Após a implantação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, em França. Em 1932, D. Manuel II morreu inesperadamente em Twickenham, no mesmo subúrbio londrino onde a sua mãe tinha nascido.

Durante a I Guerra Mundial trabalhou na Cruz Vermelha, o que lhe valeu uma condecoração pelo rei Jorge V de Inglaterra. Em 1940, os soldados alemães ocuparam a sua casa. Salazar, pediu que o palácio fosse considerado território português e convidou-a a refugiar-se em Portugal. D. Amélia respondeu «Na minha desgraça, a França acolheu-me, não a abandonarei na desgraça dela».

Em 1938, deu uma entrevista a um jornalista do jornal "O Século", Leitão de Barros, onde falou sobre a sua vida em Portugal.

Em 1945, D.ª Amélia visitou Portugal a convite de Salazar, 35 anos depois de partir para o exílio. A bordo do Sud-Express, recorda a viagem que fez há exatamente 59 anos quando veio para Portugal para se casar com D. Carlos, enquanto passa a mão pelo colar de 661 pérolas que o mesmo lhe havia oferecido: «Venho em busca de reconciliação com um país que me tirou mais do que me deu». À chegada a Lisboa, tem a preocupação de descer com o pé direito: «Amélia, não cometas o mesmo erro, desce agora com o pé direito». Descreve Salazar tal e qual como o imaginava: austero, rígido e nariz adunco, com gestos pensados e palavras medidas. Visitou o Palácio da Pena mas não foi capaz de regressar a Vila Viçosa nem à Igreja de S. Domingos, onde se casou.

Em 1949 fez uma adenda ao seu testamento e deixou a totalidade dos bens que possuía em Portugal ao seu afilhado, D. Duarte Pio. Percebe que o seu fim está próximo mas tranquiliza-se, porque sabe que a deixarão repousar junto dos filhos e do seu marido.

No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu, na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 da manhã. Entre as suas últimas palavras encontrava-se a frase "Sofro tanto! Deus está comigo. Adeus. Levem-me para Portugal!". O corpo da rainha foi então trasladado, pela fragata "Bartolomeu Dias", para junto do marido e dos dois filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora da sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.
   

segunda-feira, outubro 20, 2025

Quatro anos de saudades do Luís...

 

Porque, os que são amados e recordados, nunca morrem - Luís, nunca te esqueceremos...

domingo, outubro 19, 2025

Não te esquecemos, Manuel António Pina...

(imagem daqui)

 

It's allright, ma...

 

Está tudo bem, mãe,
estou só a esvair-me em sangue,
o sangue vai e vem,
tenho muito sangue.

Não tenho é paciência,
nem tempo que baste
(nem espaço, deixaste-me
pouco espaço para tanto existência).

Lembranças a menos
faziam-me bem,
e esquecimento também
e sangue e água a menos.

Teria cicatrizado
a ferida do lado,
e eu ressuscitado
pelo lado de dentro.

Que é o lado
por onde estou pregado,
sem mandamento
e sem sofrimento.

Nas tuas mãos
entrego o meu espírito,
seja feita a tua vontade,
e por aí adiante.

Que não se perturbe
nem intimide
o teu coração,
estou só a morrer em vão




in
Cuidados Intensivos (1994) - Manuel António Pina

sexta-feira, outubro 17, 2025

António Ramos Rosa nasceu há cento e um anos...

(imagem daqui)

 

António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.

   
Biografia

António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.

   

 
 
 
A Partir da Ausência 

Imaginar a forma
doutro ser Na língua,
proferir o seu desejo
O toque inteiro

Não existir

Se o digo acendo os filamentos
desta nocturna lâmpada
A pedra toco do silêncio densa
Os veios de um sangue escuro

Um muro vivo preso a mil raízes

Mas não o vinho límpido
de um corpo
A lucidez da terra
E se respiro a boca não atinge
a nudez una
onde começo

Era com o sol E era
um corpo

Onde agora a mão se perde
E era o espaço

Onde não é

O que resta do corpo?
Uma matéria negra e fria?
Um hausto de desejo
retém ainda o calor de uma sílaba?

As palavras soçobram rente ao muro
A terra sopra outros vocábulos nus
Entre os ossos e as ervas,
uma outra mão ténue
refaz o rosto escuro
doutro poema
    


in A Nuvem Sobre a Página (1978) - António Ramos Rosa

domingo, setembro 28, 2025

A Rainha D.ª Amélia nasceu há cento e sessenta anos...

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Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última Rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o Rei D. Carlos I, e do filho mais velho, D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro rei Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta Maria Ana de Bragança, nascida de parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante Afonso, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
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Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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Reconciliação familiar
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de batismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.
   
Morte
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 horas da manhã. O corpo da rainha foi então trasladado, pela fragata Bartolomeu Dias, para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa, numa multidão nunca vista.
   
  
Títulos
  • 1865-1886: Sua Alteza Real a princesa Amélia de Orleães
  • 1886-1889: Sua Alteza Real a Princesa Real D. Amélia, Duquesa de Bragança
  • 1889-1908: Sua Majestade a Rainha
  • 1908-1910: Sua Majestade a rainha D. Amélia
  • 1910-1951: Sua Majestade a rainha D. Amélia de Portugal
Brasão da Rainha Dona Amélia
         

sábado, setembro 27, 2025

Saudades de Lhasa de Sela...

 

Lhasa de Sela - Rising

 

I got caught in a storm
And carried away
I got turned, turned around

I got caught in a storm
That's what happened to me
So I didn't call
And you didn't see me for a while

I was rising up
Hitting the ground
And breaking and breaking

I got caught in a storm
Things were flying around
Doors were slamming
And windows were breaking
And I couldn't hear what you were saying
I couldn't hear what you were saying
I couldn't hear what you were saying

I was rising up
Hitting the ground
And breaking and breaking

Rising up
Rising up

Lhasa de Sela nasceu há cinquenta e três anos...

   
Lhasa de Sela (Big Indian, New York27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos, radicada no Canadá.
A sua ascendência era de um lado mexicana e de outro americano-judeu-libanesa. Filha de um professor não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa, assim passou a sua infância, de maneira nómada, em conjunto com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mescla tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro de mama.

   
 

 

El Desierto - Lhasa de Sela


He venido al desierto pa' reirme de tu amor
Que el desierto es más tierno y la espina besa mejor

He venido a este centro de la nada pa' gritar
Que tú nunca mereciste lo que tanto quise dar

He venido yo corriendo, olvidándome de ti
Dame un beso pajarillo, no te asustes colibrí

He venido encendida al desierto pa' quemar
Porque el alma prende fuego cuando deja de amar

Miguel Madeira foi assassinado há vinte anos...

 

Parece ter sido ontem, mas passam hoje exatamente vinte anos desde que o meu amigo Miguel Madeira foi morto - assassinado, a tiro, no exercício das funções para que tinha sido eleito (presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca das Naves).

É um dia de luto para mim, que perdi um amigo, e para a nossa terra - perdemos, de uma só vez o Presidente da Junta, o Comandante dos Bombeiros e o Presidente da Associação Cultural e Desportiva...

Um dia triste que preferia que nunca tivesse acontecido - mas ficam as saudades e as recordações de tudo o que fizemos juntos, em Vila Franca das Naves e em Coimbra, nas escolas e na rua, nos escuteiros de São Jorge e nos bombeiros de Vila Franca, no Xadrez da Casa do Povo e no futebol que jogámos (viva o Sporting...!) e em tantos outros sítios... Até já, Miguel, nunca te esqueceremos - e vemo-nos lá em cima...

 



Saudades da música de Lhasa de Sela...

 

La marée haute - Lhasa de Sela


La route chante
Quand je m'en vais
Je fais trois pas
La route se tait
La route est noire
À perte de vue
Je fais trois pas
La route n'est plus
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Mains de dentelle
Figure de bois
Le corps en brique
Les yeux qui piquent
Mains de dentelle
Figure de bois
Je fais trois pas
Et tu es là
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez

terça-feira, setembro 23, 2025

António Ramos Rosa morreu há doze anos...

(imagem daqui)

 

António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.

   
Biografia

António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.

   

 

Uma Voz na Pedra

  

Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.

   

António Ramos Rosa

quinta-feira, setembro 18, 2025

Saudade de Luiz Goes...

 

Cantiga de um Vagabundo - Luiz Goes

 

Se queres saber, amor, porque te quero,
pergunta a um velho marinheiro
se uma aventura em cada cais
lhe faz perder o rumo verdadeiro.

Pergunta ao mar, eternamente azul,
a razão de ser da sua cor,
às vezes verde, às vezes cinza…
mas é o céu o seu primeiro amor.

Se queres saber, amor, porque te quero,
pergunta a um velho vagabundo
se tanta estrada, tanta mulher,
matou de vez o seu primeiro mundo.

Pergunta à flor, que a noite emurcheceu,
se quer abrir em nova madrugada,
se o quase nada que a vida lhe deu
a faz morrer na minha mão fechada.