sexta-feira, dezembro 20, 2024
Carl Sagan morreu há 28 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:28 0 bocas
Marcadores: astronomia, Carl Sagan, divulgação científica, literatura, saudades
domingo, novembro 24, 2024
Saudades de Freddie Mercury...
Postado por Fernando Martins às 03:30 0 bocas
Marcadores: Freddie Mercury, Glam Rock, hard rock, homossexuais, música, Queen, Reino Unido, Rock, saudades, SIDA, The Great Pretender
Freddie Mercury deixou-nos há trinta e três anos...
Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de setembro de 1946 - Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e compositor britânico, que ficou mundialmente famoso como vocalista da banda britânica de rock Queen, que ele integrou de 1970 até ao ano de sua morte.
Postado por Fernando Martins às 00:33 0 bocas
Marcadores: Freddie Mercury, Glam Rock, hard rock, homossexuais, Liar, música, Queen, Reino Unido, Rock, saudades, SIDA
sábado, novembro 23, 2024
Saudades da poesia de Herberto Helder...
Engoli
Engoli
água. Profundamente: – a água estancada no ar.
Uma estrela materna.
E estou aqui devorado pelo meu soluço,
leve da minha cara.
O copo feito estrela. A água com tanta força
no copo. Tenho as unhas negras.
Agarro nesse copo, bebo por essa estrela.
Sou inocente, vago, fremente, potente,
tumefacto.
A iluminação que a água parada faz em mim
das mãos à boca.
Entro nos sítios amplos.
– O poder de reluzir em mim um alimento
ignoto; a cara
se a roça a mão sombria, acima
da camisa inchada pelo sangue,
abaixo do cabelo enxuto à lua. Engoli
água. A mãe e a criança demoníaca
estavam sentados na pedra vermelha.
Engoli
água profunda.
Herberto Helder
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: Herberto Helder, poesia, saudades, Surrealismo
sexta-feira, novembro 15, 2024
Ontem houve eleições na Associação Académica de Coimbra...
Aqui ficam os nossos parabéns aos eleitos e o agradecimento aos participantes que perderam - e celebremos as escolhas e decisões dos atuais estudantes da nossa alma mater com a tradicional música da Academia:
Postado por Fernando Martins às 20:39 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado de Coimbra, Os Teus Olhos, Praxis Nova, saudades, Universidade de Coimbra
Música adequada à data...
Postado por Pedro Luna às 13:50 0 bocas
Marcadores: casa de Bragança, D. Manuel II, Deus Pátria e Rei, José Campos e Sousa, Monarquia Constitucional, música, saudades
segunda-feira, novembro 11, 2024
Saudades de Teresa Tarouca...
Postado por Pedro Luna às 05:00 0 bocas
Marcadores: Fado, Fado Aristocrático, Fernando Pessoa, música, Passeio À Mouraria, saudades, Teresa Tarouca
Teresa Tarouca morreu há cinco anos...
Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 - Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa em 1964, na categoria "Fado".
Biografia
Nasceu em 4 de janeiro de 1942, em Lisboa. Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) adotou o nome de Teresa Tarouca, devido à sua descendência dos condes de Tarouca.
Na década de 50 foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.
Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.
Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.
Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.
Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".
Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.
A fadista foi convidada para atuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.
Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.
No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.
Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio! de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
A 7 de junho de 2013, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.
Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:05 0 bocas
Marcadores: Fado, Fado Aristocrático, Fernando Pessoa, música, saudades, Teresa Tarouca, Tive um Amigo e morreu
quarta-feira, novembro 06, 2024
Nunca mais...
(imagem daqui)
Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.
E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência.
in Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Fernando Martins às 22:22 0 bocas
Marcadores: poesia, saudades, Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, novembro 03, 2024
A Académica faz hoje 137 anos...!
A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.
Atualmente, a DG/AAC é presidida por Renato Daniel, que se encontra no seu primeiro mandato enquanto Presidente, após ter sido Vice-Presidente no mandato anterior.
- Centro de Estudos Cinematográficos (CEC/AAC)
- Centro de Informática (CI/AAC)
- Grupo Ecológico (GE/AAC)
- Rádio Universidade de Coimbra (RUC)
- Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica (SAC)
- Secção de Culturas Lusófonas (SDCL/AAC)
- Secção de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/AAC)
- Secção de Escrita e Leitura (SESLA)
- Secção de Fado www.seccaodefado.net
- Secção de Fotografia www.fotografiaaac.net
- Secção de Gastronomia (SG/AAC)
- Secção de Jornalismo (SJ/AAC)
- Secção Filatélica (SF/AAC)
- SOS Estudante
- Televisão da Associação Académica de Coimbra (tvAAC)
- Secção Experimental de Yoga (SEY/AAC)
- andebol
- atletismo
- badminton
- basebol
- basquetebol
- bilhar
- boxe
- cultura física
- desportos motorizados
- desportos náuticos
- futebol
- ginástica
- halterofilismo
- judo
- karaté
- luta
- natação
- patinagem (Hóquei em Patins e Patinagem Artística)
- pesca desportiva e alto mar
- radiomodelismo
- rugby
- taekwondo
- ténis
- tiro com arco
- voleibol
- xadrez
- yoga
- Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC)
- Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC)
- Coro Misto da Universidade de Coimbra (CMUC)
- Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC)
- Orfeon Académico de Coimbra (OAC)
- Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF)
- Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC)
- Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC)
- Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (14 de fevereiro de 1938)
- Comendadora da Ordem Militar de Cristo (5 de fevereiro de 1941)
- Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (25 de janeiro de 1988)
- Membro-Honorário da Ordem da Liberdade (12 de abril de 1989)
- Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
- Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
- Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
- Troféu Olímpico Português
- Instituição de Utilidade Pública
Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções, além de ser o clube mais antigo ainda em atividade em Portugal) faz hoje anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outro clube que a antecedeu). A minha eterna associação de estudantes, enquanto aluno da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!
Postado por Fernando Martins às 01:37 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado de Coimbra, saudades, Universidade de Coimbra
Hoje é dia de ouvir a eterna canção da Academia de Coimbra...
Postado por Pedro Luna às 00:00 0 bocas
Marcadores: AAC, António Brojo, António Portugal, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado da Despedida, Fado de Coimbra, Luiz Goes, Rui Pato, saudades, Universidade de Coimbra
sexta-feira, outubro 25, 2024
A Rainha Dª Amélia morreu há setenta e três anos...
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
|
Após a implantação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, em França. Em 1932, D. Manuel II morreu inesperadamente em Twickenham, no mesmo subúrbio londrino onde a sua mãe tinha nascido.
Durante a Primeira Guerra Mundial trabalhou na Cruz vermelha, o que lhe valeu uma condecoração pelo rei Jorge V de Inglaterra. Em 1940, os soldados alemães ocuparam a sua casa. Salazar, pediu que o palácio fosse considerado território português e convidou-a a refugiar-se em Portugal. D. Amélia respondeu «Na minha desgraça, a França acolheu-me, não a abandonarei na desgraça dela».
Em 1938, deu uma entrevista a um jornalista do jornal "O Século", Leitão de Barros, onde falou sobre a sua vida em Portugal.
Em 1945, D. Amélia visitou Portugal a convite de Salazar, 35 anos depois de partir para o exílio. A bordo do Sud-Express, recorda a viagem que fez há exactamente 59 anos quando veio para Portugal para se casar com D. Carlos, enquanto passa a mão pelo colar de 661 pérolas que o mesmo lhe havia oferecido: «Venho em busca de reconciliação com um país que me tirou mais do que me deu». À chegada a Lisboa, tem a preocupação de descer com o pé direito: «Amélia, não cometas o mesmo erro, desce agora com o pé direito». Descreve Salazar tal e qual como o imaginava: austero, rígido e nariz adunco, com gestos pensados e palavras medidas. Visitou o Palácio da Pena mas não foi capaz de regressar a Vila Viçosa nem à Igreja de S. Domingos, onde se casou.
Em 1949 fez uma adenda ao seu testamento e deixou a totalidade dos bens que possuía em Portugal ao seu afilhado, Duarte Pio. Percebe que o seu fim está próximo mas tranquiliza-se porque sabe que a deixarão repousar junto dos filhos e do seu marido.
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 da manhã. Entre as suas últimas palavras encontrava-se a frase "Sofro tanto! Deus está comigo. Adeus. Levem-me para Portugal!". O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata "Bartolomeu Dias" para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora da sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.Postado por Fernando Martins às 07:30 0 bocas
Marcadores: Dona Amélia, Monarquia Constitucional, Rainha de Portugal, saudades
domingo, outubro 20, 2024
O Luís partiu há três anos...
Postado por Fernando Martins às 03:00 0 bocas
Marcadores: Arquitectura, Luís Ramos, saudades
quinta-feira, outubro 17, 2024
António Ramos Rosa nasceu há cem anos...
António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 – Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino
secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de
Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro
livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Uma Voz na Pedra
Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia, saudades
sábado, setembro 28, 2024
A Rainha D.ª Amélia nasceu há 159 anos...
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
|
- 1865-1886: Sua Alteza Real a princesa Amélia de Orleães
- 1886-1889: Sua Alteza Real a Princesa Real D. Amélia, Duquesa de Bragança
- 1889-1908: Sua Majestade a Rainha
- 1908-1910: Sua Majestade a rainha D. Amélia
- 1910-1951: Sua Majestade a rainha D. Amélia de Portugal
Postado por Fernando Martins às 01:59 0 bocas
Marcadores: dignidade, dinastia de Bragança, Dona Amélia, Rainha de Portugal, saudades
sexta-feira, setembro 27, 2024
Música de aniversariante de hoje...
Lhasa de Sela - Rising
I got caught in a storm
And carried away
I got turned, turned around
I got caught in a storm
That's what happened to me
So I didn't call
And you didn't see me for a while
I was rising up
Hitting the ground
And breaking and breaking
I got caught in a storm
Things were flying around
Doors were slamming
And windows were breaking
And I couldn't hear what you were saying
I couldn't hear what you were saying
I couldn't hear what you were saying
I was rising up
Hitting the ground
And breaking and breaking
Rising up
Rising up
Saudades de Lhasa de Sela...
La marée haute - Lhasa de Sela
La route chante
Quand je m'en vais
Je fais trois pas
La route se tait
La route est noire
À perte de vue
Je fais trois pas
La route n'est plus
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Mains de dentelle
Figure de bois
Le corps en brique
Les yeux qui piquent
Mains de dentelle
Figure de bois
Je fais trois pas
Et tu es là
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Sur la marée haute
Je suis monté
La tete est pleine
Mais le coeur n'a pas assez
Postado por Pedro Luna às 00:52 0 bocas
Marcadores: chanson, klezmer, La Marée Haute, Lhasa de Sela, música, Rock, saudades
O meu amigo Miguel Madeira foi assassinado há 19 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:19 0 bocas
Marcadores: bombeiros, Luto, Miguel Madeira, saudades, Vila Franca das Naves
Lhasa de Sela nasceu há cinquenta e dois anos...
El Desierto - Lhasa de Sela
He venido al desierto pa' reirme de tu amor
Que el desierto es más tierno y la espina besa mejor
He venido a este centro de la nada pa' gritar
Que tú nunca mereciste lo que tanto quise dar
He venido yo corriendo, olvidándome de ti
Dame un beso pajarillo, no te asustes colibrí
He venido encendida al desierto pa' quemar
Porque el alma prende fuego cuando deja de amar
Postado por Fernando Martins às 00:05 0 bocas
Marcadores: chanson, El Desierto, klezmer, Lhasa de Sela, música, Rock, saudades
segunda-feira, setembro 23, 2024
António Ramos Rosa partiu há onze anos...
António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 – Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino
secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de
Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro
livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Uma Voz na Pedra
Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
Postado por Fernando Martins às 00:11 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia, saudades