sábado, abril 27, 2024
Mstislav Rostropovich morreu há dezassete anos...
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sexta-feira, abril 26, 2024
O desastre de Chernobil foi há 38 anos...
Boa tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós nos confrontámos com a força real da energia nuclear, fora de controle.
A evacuação de Pripiat começou antes da União Soviética reconhecer formalmente o acidente. Na manhã de 28 de abril, os níveis de radiação ficaram tão altos que foram detetados na Central nuclear de Forsmark, na Suécia, a mais de mil quilómetros de distância de Chernobil. Os trabalhadores de Forsmark reportaram o caso para a Autoridade Sueca de Segurança Radiológica, que determinou que a radiação se originou noutro lugar. No mesmo dia, o governo sueco contactou a liderança política soviética em Moscovo perguntando se houve algum acidente nuclear no território da União Soviética. Os soviéticos inicialmente negaram qualquer incidente, mas quando os suecos sugeriram que iriam registar um alerta oficial junto à Agência Internacional de Energia Atómica, o governo soviético admitiu ao mundo o acidente que aconteceu em Chernobil.
A princípio, os soviéticos afirmaram que o acidente tinha sido
"pequeno", mas após eles terem evacuado cem mil pessoas da região, a comunidade internacional finalmente passou a tomar conhecimento da magnitude da situação.
Às 21.02 de 28 de abril, o governo soviético emitiu, em rede nacional
de televisão, seu primeiro pronunciamento oficial sobre o desastre. O
anúncio tardio durou aproximadamente 20 segundos e foi lido no programa
de TV Vremya:
"Houve um acidente na Usina Nuclear de Chernobil. Um dos reatores
nucleares foi danificado. Os efeitos do acidente estão sendo remediados.
Tem sido dada assistência para as pessoas afetadas. Foi criada uma
comissão de investigação." Esta foi toda a mensagem. A agência de notícias TASS então discutiu sobre o Acidente de Three Mile Island e outros desastres nucleares em solo americano, um exemplo comum da tática soviética conhecida como whataboutism (uma versão da falácia do Tu quoque).
Contudo, o anúncio de que uma comissão de gestão de crise havia sido
criada indicou, para observadores externos, a seriedade do acidente,
e subsequentes mensagens foram substituídas por música clássica, um
método comum para preparar o público para o anúncio de uma tragédia.
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quarta-feira, abril 24, 2024
Vladimir Komarov, o primeiro cosmonauta a morrer no espaço, deixou-nos há 57 anos...
Vladimir Mikhailovich Komarov (Moscovo, 16 de março de 1927 - Oblast de Oremburgo, 24 de abril de 1967) foi um cosmonauta soviético, o primeiro soviético a ir ao espaço duas vezes e o primeiro homem a morrer numa missão espacial, a bordo da nave Soyuz 1, em abril de 1967.
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Marcadores: acidentes, astronauta, cosmonauta, URSS, Vladimir Komarov
segunda-feira, abril 22, 2024
Lenine nasceu há 154 anos
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Marcadores: comunismo, Lenine, leninismo, marxismo, Revolução de Outubro, Rússia, terror vermelho, URSS
domingo, abril 21, 2024
Oparin morreu há quarenta e quatro anos
Aleksandr Ivanovich Oparin (Uglitch, 2 de março, ou 18 de fevereiro, no calendário juliano, de 1894 - Moscovo, 21 de abril de 1980) foi um biólogo e bioquímico russo considerado um dos precursores dos estudos sobre a origem da vida.
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sábado, abril 20, 2024
O incidente com o voo KAL 902 foi há 46 anos
segunda-feira, abril 15, 2024
Khrushchov, o homem que teve a coragem de denunciar os crimes de Estaline, nasceu há cento e trinta anos...
Nikita Sergueievitch Khrushchov (também grafado Khrushchev ou Cruschev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 15 de abril de 1894 - Moscovo, 11 de setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político Leonid Brejnev.
“ | Bem, fiz o mesmo que a pessoa que perguntou acabou de fazer. Fiquei de boca fechada. | ” |
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domingo, abril 14, 2024
Porque a poesia de Mayakovsky é uma arma...
PODER
Tu sabes e conhece melhor do que eu a velha história…
Na primeira noite, eles aproximam-se da nossa casa,
roubam-nos uma flor e nós não dizemos nada…
Na segunda noite, eles não só se aproximam da nossa casa,
mas pulam o muro, pisam nas flores, matam o nosso cãozinho
E nós não dizemos nada…
Até que um dia, o mais sábio deles, entra em nossa casa,
rouba-nos a luz, arranca a voz de nossa garganta
e aí então, meus caros amigos,
é que não podemos dizer mais nada mesmo.
Mayakovsky
Mayakovsky suicidou-se (ou, como se faz na Rússia, um ditador suicidou-o...) há 94 anos
Obra
A sua obra, profundamente revolucionária na forma e nas ideias que defendeu, apresenta-se coerente, original, veemente, una. A linguagem que emprega é a do dia a dia, sem nenhuma consideração pela divisão em temas e vocábulos “poéticos” e “não-poéticos”, a par de uma constante elaboração, que vai desde a invenção vocabular até o inusitado arrojo das rimas.
Fazendo parte do grupo "Hylaea", que daria origem ao chamado cubo-futurismo, o seu primeiro livro de poemas, no entanto, seria de estética influenciada pelo simbolismo, e nunca chegaria a público, tendo sido escrito quando o poeta estava na prisão e apreendido pela polícia no momento da sua libertação.
Aproximando-se de David Burliuk na década de 10, passa a escrever num estilo aproximado do cubismo e do futurismo, influenciado pelo primitivismo eslavista e pela linguagem transracional de Velimir Khlebnikov e outros, repleto de imagística urbana e surpreendente, com um certo ar impressionista e, ainda, simbolista. Esta fase de sua poesia é a mais apreciada por poetas como Boris Pasternak, em função de ainda manter alguns recursos simbolistas e métrica rigorosa em alguns poemas.
Em seguida, já na década de 20, sua poesia, apesar de haver uma continuidade no que diz respeito à inovação rítmica, à rimas inusitadas, ao uso da fala quotidiana e mesmo de imagens inusitadas, assume um tom direto.
Ao mesmo tempo, o gosto pelo desmesurado, o hiperbólico, alia-se em sua poesia desta época à dimensão crítico-satírica. Criou longos poemas e quadras e dísticos que se gravam na memória. Traduções sem preocupação com a forma dos poemas produzidos nesta época têm dado ao público uma imagem errónea do poeta, fazendo-o parecer um "gritador".
Na realidade, era um poeta rigoroso, que chegava a reescrever sessenta vezes o mesmo verso e recolhia muito material informativo e linguístico para posterior uso nos seus poemas. Criou também ensaios sobre a arte poética e artigos curtos de jornal; peças de forte sentido social e rápidas cenas sobre assuntos do dia; roteiros de cinema arrojados e fantasiosos e breves filmes de propaganda.
Tem exercido influência profunda em todo o desenvolvimento da poesia russa moderna, bem como sobre outros poetas e movimentos no mundo inteiro, como Hamid Olimjon, Nazım Hikmet, Hedwig Gorski, Vasko Popa. O cantor e compositor João Bosco gravou a sua poesia E Então, Que Quereis...? nos álbuns Bosco, de 1989, e Acústico MTV (João Bosco), de 1992, no qual passou a incluir a poesia como prelúdio da canção Corsário.
Não acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Mayakovsky
sábado, abril 13, 2024
A URSS reconheceu a autoria do Massacre de Katyn há 34 anos...
Entre os que morreram na floresta de Katyn, estavam um almirante, dois generais, 24 coronéis, 79 tenente-coronéis, 258 majores, 654 capitães, 17 capitães de marinha, 3.420 suboficiais, sete capelães, três proprietários rurais, um príncipe, 43 oficiais de forças diversas, 85 soldados, 131 refugiados, 20 professores universitários, 300 médicos, várias centenas de advogados, engenheiros e mais de 100 jornalistas e escritores, assim como 200 pilotos de combate da Força Aérea. No total, a NKVD executou mais da metade do corpo de oficiais das forças armadas polacas. Contando com os massacres nas outras áreas, foram executados catorze generais entre eles Leon Billewicz. Nem todos os mortos eram de etnia polaca, uma vez que a Segunda República Polaca era um estado multiétnico e vários de seus oficiais eram ucranianos, bielorrussos e judeus. Estima-se que cerca de 8% dos militares assassinados em Katyn eram judeus polacos.
Mais de 99% dos prisioneiros restantes foram executados posteriormente. Prisioneiros do campo de Kozelsk foram executados no local dos assassinatos em massa, em Katyn, na área de Smolensk. Prisioneiros de Starobelsk foram assassinados dentro da prisão da NKVD em Kharkov e os corpos enterrados em Piatykhatky e oficiais de polícia de Ostashkov mortos na prisão da NKVD em Kalinin e enterrados em Mednoye.
Informações detalhadas sobre as execuções foram prestadas por Dmitrii Tokarev, ex-chefe da NKVD em Kalinin, durante uma audiência. De acordo com ele, os fuzilamentos começavam no início da noite e terminavam ao amanhecer. O primeiro transporte de prisioneiros trazia 390 pessoas e os executores tiveram um árduo trabalho para matar tantas pessoas durante uma noite. As levas seguintes de homens traziam no máximo 250 presos. As execuções eram normalmente feitas com uma arma automática alemã, a Walther PPK, calibre 7,65 mm, fornecidas por Moscovo, mas foram também usados revólveres Nagant M1895 russos. Os assassinos usaram armas alemães ao invés do revólver-padrão das forças soviéticas, em virtude do coice dessas armas ser muito forte, o que provocava dores no braço após as primeiras dúzias de tiros. Vasili Blokhin, um oficial soviético conhecido por ser o principal carrasco de Estaline, matou pessoalmente mais de 7.000 prisioneiros do campo de Ostashkov, alguns deles com apenas 18 anos, na prisão da NKVD em Kalinin, num período de 28 dias, em abril de 1940.
Os assassinatos eram metódicos. Após a verificação das suas informações pessoais, o prisioneiro era algemado e levado para uma cela isolada com pilhas de sacos de areia e encerrada por uma porta pesada. A vítima recebia ordens de se ajoelhar no meio da cela, o executor se aproximava por trás e lhe dava um tiro na nuca ou na parte de trás da cabeça. O corpo era então carregado por uma porta de saída, do outro lado da cela, e atirado para dentro de um dos camiões que esperavam para recolher os corpos, enquanto o próximo condenado era introduzido na cela pela porta de entrada. Além do amortecimento do barulho dos tiros causados pelo isolamento da cela, máquinas - talvez grandes ventiladores - passavam a noite toda operando fazendo grande barulho. Este procedimento foi seguido todas as noites, à exceção do feriado de Primeiro de Maio.
Foram enterrados em Bykivnia eKurapaty, nos arredores de Minsk, entre 3 e 4 mil internos polacos mortos em prisões na Ucrânia e na Bielorrússia. A tenente Janina Lewandowska, filha do general Józef Dowbor-Muśnicki, comandante-militar da Revolta da Grande Polónia, no final da Primeira Guerra Mundial, foi a única mulher assassinada nos massacres de Katyn.(...)
A União Soviética alegou que o genocídio havia sido praticado pelos nazis e continuou a negar responsabilidade sobre os massacres até 13 de abril de 1990, quando o governo de Mikhail Gorbachev reconheceu oficialmente o massacre e condenou os crimes levados a cabo pela NKVD em 1940, assim como o seu subsequente encobrimento. No ano seguinte, Boris Yeltsin trouxe a público os documentos, datados de meio século antes, que autorizavam o genocídio.
(...)
Em 13 de abril de 1990, no 47º aniversário da descoberta das valas comuns em Katyn, a União Soviética formalmente expressou o seu "profundo pesar" e admitiu a responsabilidade da polícia secreta soviética pelos crimes. O dia 13 de abril foi declarado mundialmente como o Dia da Memória de Katyn.
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Marcadores: comunismo, Estaline, genocídio, II Grande Guerra, II Guerra Mundial, Massacre de Katyn, Polónia, URSS
sexta-feira, abril 12, 2024
Há sessenta e três anos Yuri Gagarin tornou-se o primeiro cosmonauta...!
A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível! | - Iuri Gagarin |
Esteve em órbita durante 108 minutos, a uma altura de 315 Km, num voo totalmente automatizado, com uma velocidade aproximada de 28.000 km/h. Pela proeza, recebeu a medalha da Ordem de Lenine.
A Viagem
A nave espacial entrou em órbita, e o foguete se separou, a gravidade deixou de se sentir.. No início, a sensação era de algo incomum, mas eu adaptei-me logo ... Eu tive em contacto com a Terra com diferentes canais: por telefone e telégrafo. | - Iuri Gagarin |
“ | A Terra é azul | ” |
“ | Olhei para todos os lados, mas não vi Deus. | ” |
A União Soviética negou esse facto durante anos, com medo de o voo não ser reconhecido pelas entidades internacionais, já que o piloto não acompanhou a nave até ao final.
in Wikipédia
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terça-feira, abril 02, 2024
Há 45 anos, a URSS teve uma libertação acidental de antraz em Sverdlovsk...
Em 2 de abril de 1979, esporos de Bacillus anthracis (o agente causador do antraz) foram acidentalmente libertados de uma instalação de pesquisa militar soviética na cidade de Sverdlovsk, União Soviética (agora Ecaterimburgo, Rússia). O surto que se seguiu da doença resultou na morte de pelo menos 68 pessoas, embora o número exato de vítimas permaneça desconhecido. A causa do surto foi negada durante anos pelas autoridades soviéticas, que atribuíram as mortes ao consumo de carne contaminada da área e à exposição subcutânea devido aos talhos que manipulavam carne contaminada. O acidente foi a primeira grande indicação no Ocidente de que a União soviética tinha embarcado num programa ofensivo voltado para o desenvolvimento e produção em larga escala de armas biológicas.
(...)
Em abril de 1992, o presidente Boris Yeltsin emitiu um decreto sobre a garantia da implementação dos compromissos internacionais na esfera das armas biológicas. Sob o presidente reformador, havia um desejo, com o tempo, de mudar os institutos de armas biológicas do ministério da defesa da jurisdição militar para trabalhar para a economia civil. Foi nesse contexto que, em algum momento entre 1992 e 1994, um representante do banco de investimento e corretora de valores dos EUA e colegas tentaram sequenciar o genoma do B. anthracis de duas amostras retiradas de vítimas da fuga de antraz em Sverdlovsk. As amostras foram preservadas por patologistas russos locais que investigaram o surto enquanto ocorria. Mais tarde, eles compartilharam o material com o professor Meselson durante sua viagem investigativa em 1992. As amostras foram fixadas em formol e embebidas em parafina e o DNA foi, como resultado, muito degradado. No entanto, os pesquisadores americanos conseguiram isolar o DNA do patógeno e juntar todo o seu genoma, comparando-o com centenas de outros isolados de antraz. Keim e sua equipe relataram que não haviam encontrado nenhuma evidência genómica de que os militares soviéticos tivessem tentado cultivar uma cepa resistente a antibióticos ou vacinas ou a engenharia genética da cepa de qualquer forma. Meselson comentou que, embora fosse uma cepa perfeitamente comum, "isso não significa que não fosse desagradável. Foi extraída de pessoas que foram mortas por ela."
Zilinskas e Mauger em 2018 forneceram as informações mais atualizadas sobre o status atual das instalações militares de Sverdlovsk. No âmbito do sistema nacional de segurança química e biológica da Federação russa, foi concedido financiamento ao instituto de Sverdlovsk para a renovação de duas instalações para a produção de antibióticos. Tais produtos poderiam ser usados no setor médico civil. Também foram realizadas grandes obras de reconstrução de um edifício que produzia esporos de B. anthracis. Um edifício usado para produção de mídia e substrato também foi amplamente renovado. A reforma também está em andamento nos últimos anos de um local de teste ao ar livre – a chamada base de teste de campo Pyshma – para o instituto de Sverdlovsk. Uma vez concluído, pretendia ser utilizado para "avaliar a eficácia dos meios e métodos de prospeção biológica e a eliminação das consequências de situações em emergência". No final de 2015, este projeto de reforma permaneceu incompleto.
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