sábado, maio 04, 2024

Os Viajantes da Liberdade partiram há sessenta e três anos...


Os Viajantes da Liberdade (em inglês: Freedom Riders') foi o título dado aos ativistas pelos direitos civis em defesa dos direitos da população negra nos Estados Unidos que viajaram em autocarros interestaduais, no início da década de 60, em direção ao sul dos Estados Unidos, região notoriamente conhecida pela segregação racial. Alguns destes veículos foram atacados pela Ku Klux Klan.

Essas viagens tinham como objetivo garantir que a população negra tivesse liberdade de sentar em qualquer lugar nos autocarros nas viagens interestaduais. O movimento chamava a atenção para a ilegalidade desta segregação, ao não serem aplicadas as decisões do Supremo Tribunal dos Estados Unidos obtidas no caso de Irene Morgan contra o Estado da Virgínia, em 1946, e no caso Boynton vs. Virgínia em 1960, que legislava que a segregação dos negros em autocarros públicos era inconstitucional.

Os estados da região sul ignoravam essas decisões e o Governo Federal dos Estados Unidos não fazia nada que garantisse o direito da população negra de se sentar em qualquer lugar nas viagens interestaduais. A primeira viagem da liberdade partiu de Washington, D.C. em 4 de maio de 1961, e tinha chegada prevista em Nova Orleans para o dia 17 de maio.

Os Viajantes da Liberdade desafiaram o status quo viajando em autocarros interestaduais para o sul em grupos raciais mistos para protestar contra as leis e os costumes que impunham a segregação nos assentos. Os Viajantes da Liberdade e as reações violentas que suas ações provocaram serviram para aumentar a credibilidade do movimento dos direitos civis americano. Eles chamaram a atenção nacional para o desrespeito das leis federais e da violência local utilizada para garantir a segregação racial no sul dos Estados Unidos. A polícia estadual prendeu estes viajantes por diversas infrações, entre elas reunião ilegal e violação das Leis de Jim Crow juntamente com outros supostos crimes. 

 

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