A Imperatriz Eugénia de Montijo (de nome completo: Maria Eugénia Ignacia Augutina Polafox y Kirck Patrick de Guzman, Granada, 5 de maio de 1826 - Madrid, 11 de julho de 1920) foi marquesa de Ardales, marquesa de Moya, a 19ª Condessa de Teba, condessa de Montijo, e como esposa de Napoleão III, Imperador dos franceses, foi Imperatriz da França.
Filha mais jovem das duas do conde Cioprian Polafox Portucarrero 8º conde de Montijo e de Maria Manuela Kirck Patrick de Closbourn e De Grevigné.
Após a morte do pai em 1839, e o casamento de sua irmã mais velha, a Duquesa Maria Francisca Portocerrero Kirck Patrick, 12ª Duquesa de Peñaranda, em 14 de fevereiro de 1848 com o Duque Jaime Fitz-James Stuart y Ventimiglia, 15° Duque de Alba, passou, juntamente com a sua mãe, a residir em Paris,
onde passou a frequentar as festas da alta sociedade, passando a ser
cortejada pelo então presidente Carlos Luis Napoleão Bonaparte, futuro
Napoleão III de França.
Conta-se que Eugénia era possuidora de uma beleza extraordinária, e que
seus cabelos muito longos eram de um castanho pouco comum, conhecido
como castanho-ticiano, fora educada no convento do Sacre Coeur, em Paris.
Diz-se que um dia numa conversa mais intima ao pé do ouvido, Napoleão
III perguntou-lhe,"qual é o caminho mais curto para os seus
aposentos", e ela respondeu-lhe "Pela Capela meu senhor, pela Capela".
Casaram-se em Paris no dia 19 de janeiro de 1853,
e Eugénia ousou ser uma das primeiras noivas a casar-se de branco -
seguindo o exemplo da rainha Vitória, da Inglaterra - numa época em
que as noivas se casavam de azul, verde e até de vermelho:
"O branco começou a ser utilizado apenas em 1840, quando a Rainha Vitória casou-se com o Príncipe Alberto de Saxe. Nessa época era a cor azul que simbolizava pureza, enquanto o branco era símbolo de riqueza. Como a cor branca não era geralmente escolhida para o vestido de noiva, a Rainha Vitória surpreendeu a todos e lançou a tendência – que logo foi copiada por mulheres de todo continente europeu e americano."
Nasceu em Paris no dia 16 de março de 1856 o seu único filho, o Príncipe-Imperial Napoleão Eugénio, que viria a falecer, tragicamente, na África do Sul, em 1 de junho de 1879, em confronto com uma tribo zulu.
Após a queda do II Império foi, juntamente com o marido, para o exílio na Inglaterra e quando este morreu, em Chislehurst, Kent no dia 9 de novembro de 1873, passou a residir em Biarritz onde, nos tempos de Imperatriz, costumava passar o verão, e no Palácio de Liria e no de Dueñas em Sevilha.
Faleceu durante uma visita a Madrid no dia 11 de junho de 1920,
aos 94 anos, e foi sepultada na cripta imperial da St Michael's
Abbey, Farnborough, no condado de Hampshire, ao lado do filho e do
marido.
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