sábado, março 20, 2021

Poema de aniversariante de hoje...

 

 Receita para fazer um herói

Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.

Serve-se morto.

 

Reinaldo Ferreira

São Martinho de Dume morreu há 1442 anos

 Representação de São Martinho de Dume numa miniatura do Códice Albeldensis, circa 976
  
Martinho de Dume, Martinho Dumiense ou ainda Martinho de Braga (ou Martinho Bracarense) são os vários nomes por que é conhecido Martinho da Panónia, um bispo de Braga e de Dume considerado santo pela Igreja Católica.
Martinho nasceu na Panónia, actual Hungria, no século VI. É tido como o apóstolo dos Suevos, responsável maior pela sua conversão do arianismo ao catolicismo.

Estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, para continuar os estudos, onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours.
Estabeleceu um mosteiro em Dume, uma aldeia das proximidades de Bracara Augusta, a partir do qual começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a Diocese de Dume (caso único na história cristã - confinada ao referido Mosteiro de Dume a que presidia), da qual foi primeiro bispo, em 556. Depois, por vacatura da diocese bracarense, em 569, foi feito metropolita dessa região de Braga, então capital do Reino Suevo.
Reuniu o Concílio de Braga em 563, tendo proibido que se cantassem muito dos hinos e cantos de carácter popular que estavam incluídos nas missas e noutras celebrações. Ao longo dos anos, a música litúrgica foi sendo fixada no Cantochão, mas o povo, apoiado num substrato musical muito antigo, apoderou-se de alguns destes cânticos da Igreja e popularizou-os, dando-lhes a sua interpretação própria.
Para além de batalhador pela ortodoxia contra os arianos, foi também um fecundo escritor. Entre as principais obras, citamos: Escritos canónicos e litúrgicos. Destacou-se também como tradutor (designadamente, dos Pensamentos dos padres egípcios).
Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.
Isto explica o facto de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da semana, prova da forte acção desenvolvida por Martinho e seus sucessores na substituição dos nomes.
Martinho tentou também substituir os nomes dos planetas, mas aí já não foi tão bem sucedido, pelo que ainda hoje os chamamos pelos seus nomes clássicos pagãos.
Morreu no dia 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dúmio. Para si compôs o seguinte epitáfio: Nascido na Panónia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da missa. Tendo-te seguido, ó patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo.
  

Galvão de Melo morreu há treze anos

  
Carlos Galvão de Melo
(Figueira da Foz, Buarcos, 4 de agosto de 1921 - Estoril, Alcabideche, 20 de março de 2008) foi um militar e político português, membro da Junta de Salvação Nacional. Ficaram célebres as suas disputas com oradores do PCP e da UDP, os partidos mais à esquerda politica do hemiciclo. As suas tiradas parlamentares – que o levariam a ficar conhecido como o “general sem papas na língua” – acabariam também por ditar também a sua cisão com o CDS.

Biografia
Originário de uma família de Mangualde, filho de António Augusto Ferreira de Melo (Viseu, Casa da Balça - Mangualde) e de sua mulher Cecília Rosa Teles de Noronha Galvão (1904 - ?), meio-primo-sobrinho-neto e primo-sobrinho em primeiro grau de Inocêncio Galvão Teles e meio-primo-sobrinho em primeiro grau e primo em segundo grau de Miguel Galvão Teles e de Luís Galvão Teles, nasceu na Figueira da Foz, onde costumavam passar férias no mês de agosto.
Fez os estudos em Lisboa, no Liceu Camões, na Universidade de Lisboa, e na Escola do Exército que concluiu em 1943.
A 27 de outubro de 1953 foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Avis e a 11 de agosto de 1964 foi elevado a Oficial da mesma Ordem.
A 4 de outubro de 1959 foi inaugurada a Base Aérea Nº 5 (Monte Real), no concelho de Leiria, de que foi o 1º Comandante.
Em 1974 integrou a Junta de Salvação Nacional, sendo duramente contestado pela Esquerda e excluído da dita Junta, na sequência do 28 de setembro do mesmo ano (manifestação da Maioria silenciosa).
Galvão de Melo foi candidato independente nas Eleições presidenciais de 1980, com 0,84% dos votos, após ter sido deputado (independente) pelo CDS na Assembleia Constituinte.
Foi, também, presidente da Associação de Amizade Portugal-Indonésia e da Associação Portugal-Iraque.
Galvão de Melo faleceu a 20 de março de 2008, aos 86 anos, aparentemente vítima de doença súbita.
    

Poema e pintura para celebrar a chegada da primavera...

 
Alegoria da Primavera - Sandro Botticelli
  
   
Equinócio
  

 
Chega-se a este ponto em que se fica à espera
Em que apetece um ombro o pano de um teatro
um passeio de noite a sós de bicicleta
o riso que ninguém reteve num retrato

Folheia-se num bar o horário da Morte
Encomenda-se um gin enquanto ela não chega
Loucura foi não ter incendiado o bosque
Já não sei em que mês se deu aquela cena

Chega-se a este ponto Arrepiar caminho
Soletrar no passado a imagem do futuro
Abrir uma janela Acender o cachimbo
para deixar no mundo uma herança de fumo

Rola mais um trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do Sol é a roda do sono
Chega-se a este ponto em que a gente não sabe

  
   
David Mourão-Ferreira

Começou a Primavera...!

Iluminação da Terra pelo Sol no momento do equinócio
   
Na astronomia, o equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).
No referencial da Terra, o Sol se move ao longo do ano sobre a Eclíptica, que se estende sobre as treze constelações que formam o Zodíaco incluindo a constelação de Ofiúco. Entre o plano eclíptico e o plano equatorial celeste há um ângulo esférico de 23,5 graus, aproximadamente, e estes planos interceptam-se definindo uma reta. Esta reta intercepta a esfera celeste em dois pontos. Em definição equivalente, o equinócio corresponde ao momento em que o Sol, em sua trajetória ao longo do Zodíaco, encontra-se sobre um dos pontos definidos pela interseção entre o plano eclíptico, o plano equatorial terrestre e a esfera celeste.
O equinócio ocorre duas vezes no ano, em março e em setembro. No equinócio ambos os hemisférios da Terra encontram-se igualmente iluminados pelo Sol.
O ponto do céu que o Sol ocupa no equinócio de março define o ponto vernal. Devido à precessão dos equinócios, a localização do ponto vernal ao longo dos milénios não é fixa. Atualmente, encontramo-nos na era dos Peixes; ou seja, em dias atuais o ponto vernal localiza-se na constelação dos Peixes. No equinócio de setembro o Sol localiza-se na constelação da Virgem

Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da primavera era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com a Páscoa da religião cristã.

 Em 2021 o equinócio é às 09.27 horas de 20 de março.

in Wikipédia

O Marechal Foch morreu há 92 anos

  
Ferdinand Foch (Tarbes, 2 de outubro de 1851Paris, 20 de março de 1929) foi um militar francês. Comandou as forças da Tríplice Entente ou dos Aliados em 1914 de uma forma decisiva, levando à vitória do Marne. Dirigiu com êxito operações na Flandres; como adjunto de Joseph Joffre, coordenou as operações dos exércitos franceses, belgas e britânicos. Em 1917 assumiu o cargo de chefe de Estado-Maior do Exército Francês e em 1918 somou mais uma vitória, ao conseguir ganhar a Segunda Batalha do Marne. Um grande admirador seu foi Winston Churchill, que se referia a ele com grande respeito, levando em consideração a sua perspicácia em relação ao Tratado de Versalhes, dizendo que a paz duraria somente 20 anos.
  

Nora Ney nasceu há 99 anos

Nora Ney com Ciro Monteiro e Clementina de Jesus em 1968

   

Nora Ney, nome artístico de Iracema de Sousa Ferreira, (Rio de Janeiro, 20 de março de 1922 - Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2003) foi uma cantora brasileira.

  

 


O poeta Reinaldo Ferreira nasceu há 99 anos

(imagem daqui)
   
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de março de 1922 - Lourenço Marques - atualmente Maputo, 30 de junho de 1959) foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique.
Filho do célebre Repórter X, Reinaldo Ferreira chega a Lourenço Marques em 1941, finaliza o 7º ano do liceu e ingressa como aspirante no Quadro Administrativo da Colónia, tendo subido até Chefe de Posto.
Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adapta para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colabora no teatro de revista. Autor da letra de canções ligeiras, entre as quais Kanimambo, Uma Casa Portuguesa e Piripiri.
Em 1959 é-lhe detectado cancro do pulmão e morre em junho desse ano. Não editou nenhum livro em vida.
A coletânea dos seus poemas surgiu em 1960.
António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no ao poeta Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».
     
    
    
No princípio, só a vida existia
 
No princípio, só a vida existia;
O mundo era o que havia
Ao alcance da vida...
E mais nada.
 
Tudo era certo, simples, claro.
 
Quando o passado passar
(E passará, porque o passado é hoje)
E o futuro vier
(E há-de vir, porque o futuro é hoje),
Então, sim; há-de saber-se tudo
E tudo será certo, simples, claro.
  
Eu, porém, não sei nada.

Jerry Reed nasceu há 84 anos

  
Jerry Reed Hubbard (Atlanta, Georgia, March 20, 1937 – Nashville, Tennessee, September 1, 2008), known professionally as Jerry Reed, was an American country music singer, guitarist, and songwriter, as well as an actor who appeared in more than a dozen films. His signature songs included "Guitar Man", "U.S. Male", "A Thing Called Love", "Alabama Wild Man", "Amos Moses", "When You're Hot, You're Hot" (which garnered a Grammy Award for Best Male Country Vocal Performance), "Ko-Ko Joe", "Lord, Mr. Ford", "East Bound and Down" (the theme song for the 1977 blockbuster Smokey and the Bandit, in which Reed co-starred), "The Bird", and "She Got the Goldmine (I Got the Shaft)".

 


O baterista Carl Palmer faz hoje 71 anos

   
Carl Palmer,nascido Carl Frederick Kendall Palmer (Handsworth, Birmingham, Inglaterra, 20 de março de 1950) é um percussionista e baterista britânico. Palmer é veterano em várias bandas britânicas, incluindo The Crazy World of Arthur BrownAtomic RoosterEmerson, Lake & Palmer e Asia, tendo também contribuído para trabalhos de Mike Oldfield. É frequentemente referido como um dos maiores e mais influentes bateristas de rock de todos os tempos, votado durante toda a década de 70 como o melhor baterista do ano no Reino Unido pelo jornal Melody Maker, vencendo nomes como John Bonham, Roger Taylor e Billy Cobham, além de mais de 20 prémios ao longo das décadas. Embora possua um longo currículo, caracterizando-o como um dos melhores bateristas do mundo, por ter integrado bandas com trajetórias instáveis, não é tão reconhecido atualmente entre o grande público.
Um ponto de confusão na sua carreira é relacionado com seu trabalho nos The Crazy World of Arthur Brown. Ele foi baterista durante a turnê do grupo, mas não participou do álbum auto intitulado da banda, cargo ocupado por Drachen Theaker. Entretanto, o medo em voar de Theaker o impossibilitava em realizar turnês com o grupo, tarefa passada então para Palmer.
Seguido da sua saída dos The Crazy World of Arthur Brown, Palmer juntou-se a Vincent Crane para formar os Atomic Rooster. Tocou somente num álbum antes de sua saída para a banda Emerson, Lake and Palmer. Palmer permaneceu na banda até ao fim em 1979. Seguiu com uma nova banda P.M. e deixou posteriormente o projeto em favor dos Asia, com antigos membros dos Yes, King Crimson e The Buggles. Palmer e Emerson reuniram-se novamente, dessa vez com o guitarrista e vocalista Robert Berry, para formar o 3, lançando um álbum, sem sucesso, em 1988.
Palmer reuniu-se para reformular o ELP em 1992 para Black Moon e In the Hot Seat em 1994. Seguido do final definitivo do ELP em 1998, e do High Voltage Festival em 2010, Palmer continua a realizar turnês com sua própria banda tocando versões de músicas do ELP.
Apesar de nenhuma das bandas de que Palmer foi integrante estar no Hall da Fama do Rock and Roll em Cleveland, a bateria de Palmer está presente, após ter sido comprada e doada por Ringo Starr.
     
 
in Wikipédia

  


O primeiro Lancastre Rei dos Ingleses morreu há 608 anos

   
Henrique IV (3 de abril de 1366 - 20 de março de 1413) foi rei de Inglaterra entre 1399 e 1413, o primeiro da dinastia de Lancaster. Henrique era filho de João de Gante, Duque de Lancaster, e neto do rei Eduardo III de Inglaterra. Nasceu no castelo de Bolingbrok,e no Lincolnshire, e, de acordo com o costume da época, passou a ser conhecido como Henrique Bolingbroke.
Apesar de apoiar o primo Ricardo II de Inglaterra no início do reinado deste, depressa os dois entraram em conflito. Henrique acabou mesmo expulso do país e deserdado, em 1398. No ano seguinte, o seu pai morre na Aquitânia e Ricardo II confisca todos os seus bens para a coroa. Mas o monarca não era popular nem considerado competente e Henrique valeu-se disso para iniciar uma revolta aberta, em 30 de setembro de 1399. O golpe é bem sucedido e Henrique é coroado rei de Inglaterra a 13 de outubro, na Abadia de Westminster, iniciando a dinastia de Lancaster. Ricardo II foi deposto e assassinado, por precaução, no ano seguinte.
Em 1380, Henrique casou com Maria de Bohun, de quem teve vários filhos e filhas. Já rei, Henrique desposou a princesa Joana de Navarra, filha do rei Carlos II, com quem não teve descendência.
O reinado de Henrique foi marcado por várias insurreições populares, nomeadamente no País de Gales e em Inglaterra. O insucesso destas rebeliões deveu-se em parte à habilidade militar do seu herdeiro, o futuro Henrique V.
O fim da vida de Henrique IV foi marcado por problemas graves de saúde devidos a uma doença de pele, possivelmente psoríase ou um sintoma de sífilis. Henrique morreu em 1413 e encontra-se sepultado na catedral da Cantuária.
A sua vida encontra-se retratada em Henrique IV, uma peça em duas partes de William Shakespeare.
Henrique IV era irmão da Rainha de Portugal, D. Filipa de Lencastre (primeira rainha da dinastia de Avis).
  
   

Graciliano Ramos morreu há 68 anos

 
Graciliano Ramos de Oliveira
(Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido pelo seu livro Vidas Secas (1938).
 

Música adequada à data...

A Rainha D. Maria I de Portugal morreu há 205 anos

    
D.ª Maria I de Portugal, de nome completo Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança (Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) foi Rainha de Portugal de 24 de fevereiro de 1777 a 20 de março de 1816, sucedendo ao seu pai, El-Rei D. José I. D. Maria foi, antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança.
Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transportada após a morte.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, em Lisboa. No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria, a Louca ou Maria Louca, devido à doença mental, manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
  
Brasão da Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
     

Henrique Pousão morreu há 137 anos

Henrique Pousão (1881), por Rodolfo Amoedo
        
Henrique César de Araújo Pousão (Vila Viçosa, 1 de janeiro de 1859 - Vila Viçosa, 20 de março de 1884), foi um pintor português pertencente a 1 ª geração naturalista.
Tio do poeta João Lúcio, faleceu, com apenas 25 anos, de tuberculose.
Foi o mais inovador pintor português da sua geração, reflectindo, na sua obra naturalista, influências de pintores impressionistas, como Pissarro e Manet. Realizou também paisagens que ultrapassam as preocupações estéticas da pintura do seu tempo. Natural de Vila Viçosa, Henrique Pousão faz-se pintor na Academia Portuense de Belas Artes, onde é discípulo de Thadeo Furtado e João Correia.
Bolseiro do Estado, parte para Paris, em 1880, com José Júlio de Sousa Pinto onde é discípulo de Alexandre Cabanel e Yvon. Por razões de saúde, troca a França por Itália: em Nápoles, Capri e Anacapri, executa algumas das suas melhores pinturas, em Roma é sócio dos Círculo dos Artistas e frequenta sessões nocturnas de Modelo Vivo.
Considerado um dos maiores da Pintura portuguesa da segunda metade do século XIX, Henrique Pousão desenvolveu toda a sua produção artística em fase de formação. A sua pintura é marcada pelos lugares por que passa.
Em França, revela já a originalidade que, mais tarde, marca a sua obra: um entendimento da luz e da cor, traduzido nas representações das margens do Sena, dos bosques sombrios dos arredores de Paris e em aspectos da aldeia de St. Sauves.
Em Roma, embora adira ao gosto académico, afasta-se do registo mimético e narrativo do naturalismo: num numeroso conjunto de pequenas tábuas, pinta ruas, caminhos, pátios, casas, trechos de paisagens, expressa as formas em grandes massas de cor, em jogos de claro-escuro e de luz-sombra. Em algumas obras, as composições assumem formas sintetizadas - próximas de uma expressão abstracta - caso de exceção na pintura portuguesa da época.
Através da sua obra, é possível traçar o antes e o depois do naturalismo.
 
Cecilia (1882)
  
Esperando o sucesso (1882), óleo de Henrique Pousão
    

Ilse Losa nasceu há 108 anos

(imagem daqui)
   
Ilse Lieblich Losa (nascida Ilse Lieblich, Melle-Buer, Osnabrück, Baixa Saxónia, 20 de março de 1913 - Porto, 6 de janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica.
 
Nascida numa aldeia perto de Hanôver na Alemanha a 20 de março de 1913, filha de Arthur Lieblich e de sua mulher Hedwig Hirsch (falecida em 1936), frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e mais tarde um instituto comercial em Hanôver.
Ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal com a mãe e seus irmãos Ernst e Fritz. Deslocou-se primeiro para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou em 1935 com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido a nacionalidade portuguesa.
Em 1943, ano em que nasceu a sua primeira filha, Margarida Lieblich Losa (falecida em janeiro de 1999), publicou o seu primeiro livro "O mundo em que vivi" e desde essa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças. Teve outra filha, Alexandra Lieblich Losa. Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) devido à sua obra À Flor do Tempo. Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português alguns dos mais consagrados autores.
Segundo Óscar Lopes "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem".
A 9 de junho de 1995 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.
    

Alex Kapranos, vocalista daos Franz Ferdinand, faz hoje 49 anos


Alex Kapranos
(nascido Alexander Paul Kapranos Huntley, 20 de março de 1972, Almondsbury, Gloucestershire, Inglaterra) é um músico britânico, mais conhecido pelo trabalho como vocalista e guitarrista da banda Franz Ferdinand.
 
    

 


Chester Bennington, o desaparecido vocalista dos Linkin Park, nasceu há 45 anos

  
Chester Charles Bennington (Phoenix, 20 de março de 1976Palos Verdes Estates, 20 de julho de 2017) foi um cantor, compositor, ator e vocalista da banda americana Linkin Park e que também trabalhou no grupo Dead by Sunrise e foi vocalista do Stone Temple Pilots, entre 2013 e 2015.
Bennington ganhou notoriedade devido à sua carreira como vocalista da banda Linkin Park. No ano 2000, estes lançaram o disco Hybrid Theory, que se tornou um enorme sucesso de público e crítica. Em 2005, este álbum chegou à marca de 10 milhões de cópias vendidas, apenas nos Estados Unidos. A banda lançou outros trabalhos bem sucedidos, como os álbuns Meteora (2003), Minutes to Midnight (2007), A Thousand Suns (2010), Living Things (2012), The Hunting Party (2014) e One More Light (2017).
Com todo o sucesso, Bennington focou também em vários trabalhos paralelos, como músico, produtor e ator. Ele formou a sua própria banda, Dead by Sunrise, em 2005, lançando posteriormente um álbum com eles, Out of Ashes. Chester também trabalhou com bandas como os Stone Temple Pilots, gravando um EP e fazendo shows com eles. Bennington foi reconhecido diversas vezes pelo seu trabalho como cantor, especialmente com os Linkin Park, sendo colocado pela revista Hit Parader na lista dos "Top 100 Vocalistas de Heavy Metal".
Eram conhecidos do público e da imprensa os seus problemas pessoais, com drogas e álcool. Chester já tinha dito várias vezes usar a música como sua "válvula de escape". Mas após um período, decidiu se limpar e afirmou "não ser mais aquela pessoa", focando-se então ainda mais no trabalho e na família. Chester era pai de seis filhos (um adotado) que teve com três mulheres, sendo casado com a sua última esposa, Talinda Ann Bentley, de 2006 até à sua morte.
Em 20 de julho de 2017, Bennington foi encontrado morto em sua residência em Palos Verdes Estates, no sul da Califórnia. A causa da morte foi suicídio por enforcamento.
 
     
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Há 26 anos a seita Aum Shinrikyo atacou (com sarin) no Metro de Tóquio

(imagem daqui)
     
The Sarin attack on the Tokyo subway, usually referred to in the Japanese media as the Subway Sarin Incident, was an act of domestic terrorism perpetrated by members of Aum Shinrikyo on March 20, 1995.
In five coordinated attacks, the perpetrators released sarin on several lines of the Tokyo Metro, killing thirteen people, severely injuring fifty and causing temporary vision problems for nearly a thousand others. The attack was directed against trains passing through Kasumigaseki and Nagatachō, home to the Japanese government. It is the most serious attack to occur in Japan since the end of World War II.
     

O Iraque foi invadido há 18 anos - porque tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda...

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
   
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida de estilo Blitzkrieg e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
    
(...)
   
A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
   
(...)
   
As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.