quinta-feira, novembro 21, 2024
João Ricardo, músico luso-brasileiro dos Secos e Molhados, celebra hoje 75 anos...!
Postado por Fernando Martins às 07:50 0 bocas
Marcadores: Brasil, Glam Rock, João Apolinário, João Ricardo, MPB, música, O Vira, poesia, Portugal, Secos e Molhados
sexta-feira, novembro 15, 2024
Frederico de Freitas nasceu há 122 anos
Postado por Fernando Martins às 01:22 0 bocas
Marcadores: cinema, Dança da menina tonta, Frederico de Freitas, música, Portugal
segunda-feira, novembro 11, 2024
A mãe de Afonso Henriques morreu há 894 anos...
Postado por Fernando Martins às 08:09 0 bocas
Marcadores: condado portucalense, Dona Teresa, Henrique de Borgonha, Monarquia, Portugal
domingo, novembro 10, 2024
Poema para recordar Cunhal...
Mas,
português da rua,
entre nós,
que ninguém nos escuta,
sabes
onde
está Álvaro Cunhal?
Sabes a ausência,
ou alguém o sabe,
do valente
Militão?
Moça portuguesa,
passas como que bailando
pelas ruas
rosadas de Lisboa,
mas,
sabes onde caiu Bento Gonçalves,
o português mais puro,
honra de teu mar e de tua areia?
Sabes
que existe uma ilha,
a Ilha do Sal
e que nela o Tarrafal
verte sombra?
Sim, tu sabes, moça,
rapaz, sim, tu bem o sabes.
Em silêncio
a palavra
anda com lentidão mas percorre
não só Portugal mas toda Terra.
Sim, sabemos,
em remotos países,
que há trinta anos
uma lápide
espessa como túmulo ou como túnica,
de clerical morcego,
afoga Portugal, teu triste canto,
salpica tua doçura,
com gotas de martírio
e mantém as suas cúpulas de sombra.
in Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda
Postado por Fernando Martins às 11:10 0 bocas
Marcadores: comunismo, comunistas ortodoxos, Cunhal, deputado, direitos humanos, estado novo, estalinismo, Manuel Tiago, Moscovo, Pablo Neruda, PCP, poesia, Portugal, URSS
Álvaro Cunhal nasceu há cento e onze anos...
Postado por Fernando Martins às 01:11 0 bocas
Marcadores: comunismo, comunistas ortodoxos, Cunhal, deputado, direitos humanos, estado novo, estalinismo, Manuel Tiago, Moscovo, PCP, Portugal, URSS
sexta-feira, novembro 01, 2024
Hoje é o dia de celebrar o mais importante livro de Poesia portuguesa do século XX...
Escrevo meu livro à beira-mágoa
Escrevo meu livro à beira-mágoa.
Meu coração não tem que ter.
Tenho meus olhos quentes de água.
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?
Quando virás a ser o Cristo
De a quem morreu o falso Deus,
E a despertar do mal que existo
A Nova Terra e os Novos Céus?
Quando virás, ó Encoberto,
Sonho das eras português,
Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?
Ah, quando quererás, voltando,
Fazer minha esperança amor?
Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por Pedro Luna às 09:00 0 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, Mensagem, poesia, Portugal, sebastianismo, V Império
A Mensagem, de Fernando Pessoa, foi publicada há noventa anos...
A ÚLTIMA NAU
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de pressago
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou espaço.
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, Mensagem, poesia, Portugal, sebastianismo, V Império
quinta-feira, outubro 31, 2024
O tratado de Ayllón, em que a Dinastia de Avis foi reconhecida por Castela, foi assinado há 613 anos
Estas tréguas eram extremamente importantes para Portugal, pois permitiam a manutenção da praça de Ceuta. Mas a paz definitiva só foi alcançada pelo Tratado de Medina del Campo, assinado a 30 de outubro de 1431. D. João I, o monarca português, enviou a Castela, como seus embaixadores, Pedro e Luís Gonçalves Malafaia, assistidos pelo doutor Rui Fernandes e pelo secretário Rui Galvão.
Antes desta data, o período de paz conseguido pelas citadas tréguas entre os dois reinos permitiu retomar o povoamento das zonas raianas e fixar as populações. Permitiu igualmente, como nos diz Gomes Eanes de Zurara, implementar o comércio nas áreas fronteiriças, com a retoma das seculares relações de vizinhança entre as povoações dos dois lados.
A situação de conflito latente com Castela, mantida até 1411, fez endividar o país com as despesas inerentes à guerra. Contudo, a fase vivida entre esta data e a assinatura definitiva do tratado de paz afastou por completo a ameaça de uma invasão castelhana, embora não tivesse desvanecido um permanente clima de tensão entre estes dois reinos.
Durante todo o reinado de D. João I, o país viveu sob esta ameaça latente e num clima de suspeição relativamente a Castela, embora Portugal tenha encontrado uma boa alternativa ao voltar-se para Marrocos e para o Atlântico, enquanto o rei de Espanha se ocupava da conquista de Granada, o último reduto muçulmano na Península.
Postado por Fernando Martins às 06:13 0 bocas
Marcadores: Ayllon, Castela, D. João I, dinastia de Avis, Portugal, Tratado de Medina del Campo
sábado, outubro 26, 2024
Domenico Scarlatti nasceu há 339 anos
sexta-feira, outubro 18, 2024
O padre jesuíta Manuel da Nóbrega morreu há 454 e nasceu há 507 anos ...
Postado por Fernando Martins às 05:07 0 bocas
Marcadores: Brasil, Igreja Católica, jesuítas, Manuel da Nóbrega, Portugal, Rio de Janeiro, São Paulo
quarta-feira, setembro 25, 2024
O primeiro satélite português foi lançado há trinta e um anos
- Órbita: 822 x 800 km, sol-síncrona;
- Inclinação: 98,6º, sol-síncrona;
- Período orbital: 101 minutos, fazendo uma média de 14 voltas por dia à Terra;
- Velocidade orbital: 7,3 km por segundo.
Postado por Fernando Martins às 00:31 0 bocas
Marcadores: astronáutica, astronomia, Fernando Carvalho Rodrigues, Portugal, PoSAT, PoSAT-1
quinta-feira, setembro 19, 2024
O primeiro passo para a abolição da escravatura começou há 263 anos, com um alvará de El-Rei de Portugal
A 19 de setembro de 1761, pela mão de Sebastião José de Carvalho e Melo, então conde de Oeiras e assinado por D. José, foi emitido um alvará libertando todos os escravos negros provenientes da América, África ou Ásia assim que chegassem à metrópole (Portugal continental), após desembarque.
Postado por Fernando Martins às 00:26 0 bocas
Marcadores: abolição da escravatura, D. José I, Marquês de Pombal, Portugal
quinta-feira, setembro 12, 2024
O tratado de Alcanizes foi assinado há 727 anos...!
- Campo Maior
- Olivença (hoje administrada por Espanha, ver Questão de Olivença)
- Ouguela
- São Félix dos Galegos (hoje na posse de Espanha)
Postado por Fernando Martins às 07:27 0 bocas
Marcadores: Castela, fronteiras, Olivença, Portugal, Riba-Côa, Tratado de Alcanizes
sábado, setembro 07, 2024
Aurea - 37 anos!
sexta-feira, agosto 30, 2024
Timor-Leste optou, democraticamente, pela independência há vinte e cinco anos...!
Invasão
in Wikipédia
- Você aceita a proposta de autonomia especial a Timor-Leste, dentro do estado unitário da República da Indonésia?
- Você rejeita a proposta de autonomia especial a Timor-Leste, levando à separação de Timor-Leste da Indonésia?
Alternativa | Votos | % |
---|---|---|
Aceitar | 94 388 | 21,50 |
Rejeitar | 344 580 | 78,50 |
Inválidos/brancos/nulos | – | |
Total | 438 968 | 100 |
Eleitores registados | 451 792 | 98,60 |
Reações
Postado por Fernando Martins às 00:25 0 bocas
Marcadores: Igreja Católica, Indonésia, Islão, ocupação, ONU, Portugal, referendo, Timor-Leste, Xanana Gusmão
sábado, agosto 10, 2024
Poema adequado à data...
Arde um fulgor extinto
no longe da tarde agoniada.
Não me pesaria tanto
a caminhada se, em lugar do dia,
no seu extremo achasse a noite.
Exacta e concisa é a claridade.
Não mente à luz o que a noite
ilude. Terrível destino
o de quem é nocturno à luz solar.
Não vos ponha em cuidado,
porém, este meu penar:
são palavras e não sangram.
Rui Knopfli
Postado por Pedro Luna às 09:20 0 bocas
Marcadores: Moçambique, poesia, Portugal, Rui Knopfli
Rui Knopfli nasceu há noventa e dois anos...
Velho Colono
Sentado no banco cinzento
entre as alamedas sombreadas do parque.
Ali sentado só, àquela hora da tardinha,
ele e o tempo. O passado certamente,
que o futuro causa arrepios de inquietação.
Pois se tem o ar de ser já tão curto,
o futuro. Sós, ele e o passado,
os dois ali sentados no banco de cimento.
Há pássaros chilreando no arvoredo,
certamente. E, nas sombras mais densas
e frescas, namorados que se beijam
e se acariciam febrilmente. E crianças
rolando na relva e rindo tontamente.
Em redor há todo o mundo e a vida.
Ali está ele, ele e o passado,
sentados os dois no banco de frio cimento.
Ele a sombra e a névoa do olhar.
Ele, a bronquite e o latejar cansado
das artérias. Em volta os beijos húmidos,
as frescas gargalhadas, tintas de Outono
próximo na folhagem e o tempo.
O tempo que cada qual, a seu modo,
vai aproveitando.
Rui Knopfli
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Moçambique, poesia, Portugal, Rui Knopfli
sexta-feira, agosto 09, 2024
Rui Jordão nasceu há setenta e dois anos...
Rui Manuel Trindade Jordão (Benguela, 9 de agosto de 1952 - Cascais, 18 de outubro de 2019) foi um antigo futebolista português, de origem angolana.
Carreira
Jordão começou por destacar-se no Sporting Clube de Benguela já como avançado e despertou a cobiça dos rivais lisboetas pela sua contratação apesar de ter sofrido uma lesão com alguma gravidade numa prova de atletismo quando não tinha ainda idade sénior (também aí se destacava, tendo sido vice-campeão dos 80 metros). Ficou conhecido como a Gazela de Benguela.
Em 1970, estreou-se nos juniores do Benfica, um ano depois saltou para o plantel principal e justificou em pleno a aposta num período áureo pelos encarnados, onde ganhou quatro Campeonatos e uma Taça em cinco temporadas até 1976.
Em 1976, depois de uma época com Mário Wilson no comando em que as águias se sagraram campeãs nacionais e foram aos quartos da Taça dos Clubes Campeões Europeus, Jordão sagrou-se o melhor marcador nacional com 30 golos em 28 jogos no Campeonato Português de Futebol (mais um do que Nené, com quem formou uma dupla temível).
Os espanhóis do Saragoça investiram 9.000 contos na sua contratação em 1976/77 onde marcou 14 golos em 33 jogos.
Jogou no Sporting Clube de Portugal, de 1977/78 a 1986/87, e no Vitória de Setúbal, de 1987/88 a 1988/89.
Apesar das lesões graves que sofreu, em especial duas onde teve fratura de tíbia e perónio, Jordão marcou um total de 184 golos em 262 jogos, tendo conquistado dois Campeonatos (o primeiro em 1980, onde foi de novo o melhor marcador da prova com 31 golos), duas Taças de Portugal e uma Supertaça de Portugal. Entre alguns dos jogos mais marcantes estiveram um dérbi com o Benfica onde apontou um hat-trick ou os cinco golos na receção ao Rio Ave na festa do título, ambos no decorrer da Temporada de 1981/82. Deixou Alvalade em 1986, já com 34 anos, para terminar a carreira, algo que sofreu uma reviravolta depois do pedido do amigo Manuel Fernandes.
Terminou a carreira em Setúbal, em 1989.
Depois de se retirar, Rui Jordão afastou-se do mundo do futebol e tornou-se pintor e escultor. Rui Jordão morreu em 18 de outubro de 2019 aos 67 anos de idade, depois de ser hospitalizado por problemas cardíacos resultantes duma doença cardíaca, rara, mais frequente em pessoas de ascendência africana. Antes de morrer, despediu-se do antigo colega José Eduardo e pediu-lhe que tomasse conta dos filhos. Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, disse em comunicado que estava "inigualável".
Seleção
Foi internacional por 43 vezes, marcando 15 golos, de 1972 a 1989. Jogou na Taça Independência do Brasil, em 1972, e na fase final do Campeonato da Europa de 1984. Marcou os dois golos na meia-final com a França em que Portugal perdeu, após prolongamento, por 3-2.
Após a carreira como futebolista, Jordão tornou-se pintor.
Em 2001, concluiu Pintura e Desenho, Introdução à Historia da Arte, Historia da Arte do século XX, Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.