Iluminação da Terra pelo Sol no momento do equinócio
Na
astronomia,
equinócio é definido como o instante em que o
Sol, na sua
órbita aparente (como vista da
Terra), cruza o plano do
equador celeste (a linha do
equador terrestre projetada na esfera celeste), mais precisamente é o ponto no qual a
eclíptica cruza o equador celeste. Este ano é no dia 20 de março, às 03.06 horas.
A palavra equinócio vem do
latim,
aequus (igual) e
nox
(noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite
duram o mesmo tempo (12 horas). Ao medir a duração do dia, considera-se
que o nascer do
Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do
horizonte, e o pôr do
Sol
(crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade
abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os
equinócios têm igualmente 12 horas de
duração.
As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos
anos trópicos
(o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365
dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um
período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo
dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num
ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio
é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada
sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco
menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto
seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de
fevereiro.
Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem
a atrasar-se. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos
equinócios tendam a ocorrer cada vez mais cedo. Dessa forma, no
século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia
21 (
2003 e
2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em
20 de março. Prevê-se que, a partir de 2044, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia
19.
Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma
sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos
habituais três.
Devido à
órbita da
Terra,
as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número
igual de dias. Isto ocorre porque, quando a Terra está mais próxima do
Sol, no
periélio, viaja mais depressa do que quando está mais longe, no
afélio.
Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da
primavera era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com a
Páscoa da religião cristã.