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quarta-feira, março 20, 2024

O Iraque foi invadido há 21 anos - porque diziam que tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda...

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
   
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida, ao estilo Blitzkrieg, e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
    
(...)
   
A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão, e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
   
(...)
   
As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.
   

sábado, dezembro 30, 2023

O ditador Saddam Hussein foi barbaramente enforcado há 17 anos...

     
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

segunda-feira, março 20, 2023

O Iraque foi invadido há vinte anos - porque diziam que tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda...

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
   
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida, ao estilo Blitzkrieg, e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
    
(...)
   
A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão, e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
   
(...)
   
As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.
   

sexta-feira, dezembro 30, 2022

Saddam Hussein foi barbaramente executado há 16 anos...

     
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

domingo, março 20, 2022

O Iraque foi invadido há dezanove anos - porque tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda...

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
   
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida de estilo Blitzkrieg e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
    
(...)
   
A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
   
(...)
   
As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.
   

quinta-feira, dezembro 30, 2021

O ditador genocida Saddam Hussein foi barbaramente executado há quinze anos...

  
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

sábado, março 20, 2021

O Iraque foi invadido há 18 anos - porque tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda...

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
   
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida de estilo Blitzkrieg e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
    
(...)
   
A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
   
(...)
   
As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.
   

quarta-feira, dezembro 30, 2020

Saddam Hussein foi enforcado há catorze anos

  
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
     
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

segunda-feira, dezembro 30, 2019

O ditador Saddam Hussein foi cruelmente executado há treze anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
  
(...)
  
(imagem daqui)
   
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
   

terça-feira, março 20, 2018

Há 15 anos o Iraque foi invadido porque tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares
 
A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida de estilo Blitzkrieg e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
  
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A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
  
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As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas na sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.
  

terça-feira, dezembro 30, 2014

O ditador Saddam Hussein foi cruelmente executado há oito anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.

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Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.

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Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração "Só há um Deus e Muhammad é o seu profeta".

quarta-feira, março 20, 2013

Há dez anos o Iraque foi invadido porque tinha armas de destruição maciça e apoiava a Al-Qaeda

Estátua de Saddam Hussein é derrubada no centro de Bagdad por populares

A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a 20 de março através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como A Coligação. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a Guerra do Golfo (1991), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da Guarda Republicana.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia 25 de março por falta de provisões. A 26 de março foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos curdos.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a 4 de abril ocupam o aeroporto internacional de Bagdad, situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdad.
Bagdad caiu a 9 de abril e a 1 de maio declarou o presidente norte-americano George W. Bush o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath, depondo o presidente Saddam Hussein. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes para os iraquianos. A invasão foi feita de acordo com uma doutrina militar de intervenção rápida de estilo Blitzkrieg e com apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).

(...)

A expressão "ocupação do Iraque" refere-se ao envio de tropas norte-americanas e internacionais ao Iraque no ano de 2003, por decisão do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas com o apoio dos então primeiros ministros Silvio Berlusconi (Itália), José María Aznar (Espanha), Durão Barroso (Portugal) e Tony Blair (Reino Unido). Em 2004, após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano Saddam Hussein é capturado e mantido preso num local não revelado. Os seus filhos são mortos numa emboscada em Bagdad. Às 06.00 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein é enforcado, apesar das posições contrárias de várias instituições internacionais como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado juntamente com dois dos seus aliados, sendo um deles o seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado nas execuções. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.

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As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas em sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.