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domingo, dezembro 22, 2024

O Massacre de Acteal foi há vinte e seis anos...

No lugar onde ocorreu o Massacre de Acteal hoje está a Coluna da Infâmia

 

O massacre de Acteal, ocorrido em 22 de dezembro de 1997, consistiu na chacina de 45 indígenas tzotziles que se encontravam a rezar numa igreja católica na localidade de Acteal, no estado mexicano de Chiapas. A opinião dominante é que este massacre terá sido executado por forças paramilitares eventualmente opostas ao Exército de Libertação Nacional Zapatista (EZLN) mas nunca realmente identificadas. Entre as vítimas contavam-se dezasseis crianças e adolescentes, bem como vinte mulheres (algumas delas supostamente grávidas) e nove homens adultos.

Segundo os relatos de testemunhas as vítimas, pertencentes a um grupo comunitário denominado Las Abejas (As Abelhas) simpatizante do EZLN, terão sido mortas por cerca de 90 paramilitares, supostamente membros dum grupo denominado Máscara Roja (Máscara Vermelha), durante uma operação que se terá prolongado por cerca de 7 horas, a curta distância de um posto militar. Os militares ali estacionados não intervieram de forma a evitar o massacre, existindo relatos de que na manhã seguinte alguns deles se encontravam na igreja, lavando o sangue das paredes.

Na sequência do massacre, cerca de 100 pessoas, na sua maioria indígenas, acabariam por ser detidas numa prisão de Tuxtla Gutiérrez, a capital de Chiapas.

O então bispo de San Cristóbal de las Casas, Samuel Ruiz, afirmou ser necessário que a Procuradoria Geral da República investigasse sobre quem seriam os instigadores deste massacre.

Entre os presumíveis participantes encontravam-se oito ex-oficiais das forças de segurança pública, condenados a penas de pouco mais de três anos de prisão e libertados logo de seguida.

Segundo dados não oficiais, crê-se que nessa altura em Chiapas operavam vários grupos paramilitares que combatiam o EZLN. Há quem sugira que estariam ligados ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), então no poder havia 68 anos. 

 

sexta-feira, dezembro 20, 2024

A ETA assassinou Carrero Blanco há cinquenta e um anos...

    
Luis Carrero Blanco
, primeiro Duque de Carrero Blanco (Santoña, 4 de março de 1903 - Madrid, 20 de dezembro de 1973) foi um militar e político espanhol. Ocupou diversos cargos no governo franquista; foi assassinado num atentado quando era presidente do governo de Espanha durante a etapa final dessa ditadura.
  
(...)
     
  
Em 1940 redigiu uma recomendação propondo a neutralidade espanhola na II Guerra Mundial. Desde então tornou-se homem de confiança de Franco, foi nomeado Subsecretário (1941) e Ministro da Presidência (1951), logo vice-presidente (1967), o que implicou um acréscimo crescente do seu peso específico no governo do Estado. No seu trabalho procurou limitar a influência dos falangistas, promoveu a modernização económica e administrativa do Estado, embora sempre dentro do franquismo, e apoiou o planeamento da sucessão monárquica do regime, na figura de Juan Carlos I.
Em junho de 1973 foi nomeado presidente do governo (primeiro-ministro), o que fazia pensar que se tornaria no homem forte do estado após morte de Franco e no pilar sobre o qual se sustentaria o franquismo sem Franco, mas o seu assassinato, a 20 de dezembro de 1973, num brutal atentado perpetrado por ETA em Madrid, abortou essas expetativas.
 
Assassinato

"Operação Ogro" foi o nome em chave com o que ETA denominou a este magnicídio. Os membros de ETA deslocaram-se até Madrid e alugaram um porão no número 104 da Rua Claudio Coello; a partir dali escavaram um túnel até o centro da quadra, onde colocaram cerca de 100 quilogramas de Goma-2 que fizeram explodir, em 20 de dezembro de 1973, o carro de Carrero Blanco, quinze minutos antes do começo do julgamento contra dez membros do então sindicato clandestino Comissões Operárias, conhecido como "Processo 1001".

A explosão, que acabou com a vida de Carrero Blanco, foi tão violenta que o carro voou pelos ares e caiu na açoteia de um edifício anexo à igreja onde assistira à missa momentos antes. Também faleceram outras duas pessoas, o inspetor de Polícia José Antonio Bueno Fernández, e o condutor do veículo, José Luis Pérez Mogena.

Carrero Blanco, que sido advertido da possibilidade de sofrer um atentado recusara aumentar as suas escassas medidas de segurança; o seu horário e os seus itinerários eram invariáveis e o carro no que se deslocava não estava blindado.

O objetivo do atentado, segundo indicava o comunicado no que ETA assumia a sua autoria, era intensificar as divisões então existentes no seio do regime franquista entre os "aberturistas" e os "puristas". Segundo declarações posteriores de Txikia, um dos membros do comando, Carrero Blanco era "uma peça fundamental" e "insubstituível" do regime e representava o "franquismo puro":

 
  

A complexidade do atentado fez suspeitar que talvez outras organizações estiveram implicadas, estando a CIA entre as mais mencionadas, o que foi desmentido pelos próprios autores do atentado.

A única pessoa que supostamente viu o conhecido como "homem da gabardina branca" que entregou os horários e rotas de Carrero Blanco no "Hotel Mindanao" de Madrid, foi assassinado em 1978 por uma organização paramilitar, o Batalhão Basco-Espanhol. Assim mesmo, um dos supostos autores materiais do atentado foi assassinado pouco depois.

terça-feira, novembro 26, 2024

Bombaim foi alvo de um ataque terrorista há dezasseis anos

Localização de alguns dos ataques
   
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas, sincronizados, atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, a 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. O décimo incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém ainda não é claro se este incidente foi ligado aos ataques do resto da cidade. Entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
Devido ao facto dos alvos aparentes terem sido cidadãos britânicos e americanos, e pelo padrão de ataques simultâneos e coordenados, acredita-se que terroristas islâmicos possam ter sido os responsáveis. Uma organização até então desconhecida, que se identificou como os 'Mujahidin do Decão', alegou a sua autoria, através de um e-mail enviado a diversas organizações jornalísticas. Algumas reportagens têm atribuído estes ataques ao Lashkar-e-Taiba, um grupo militante islâmico que opera a partir do Paquistão. De acordo com algumas versões um dos terroristas que manteve reféns no hotel Oberoi teriam afirmado o desejo de que todos os mujahidin em prisões indianas deveriam ser soltos em troca dos reféns; o número de terroristas ainda armados dentro do edifício seria de pelo menos sete. Outras reportagens indicaram que esta exigência teria sido feita através de um dos reféns na Casa Chabad de Bombaim, numa ligação para o consulado israelita em Nova Delhi. Alguns especialistas já expressaram visões conflituantes sobre uma possível autoria da Al-Qaeda nestes atentados.
Depois de dois dias de tiroteios e explosões, o ataque aparentemente havia cessado na manhã do dia 28 de novembro; incêndios estavam sendo apagados e soldados carregavam reféns e feridos para a segurança, além dos cadáveres dos que não haviam sobrevivido ao confronto.
A Casa Nariman e o Oberoi Trident eventualmente foram libertados por forças especiais indianas. Cinco reféns teriam sido mortos no centro judaico. A situação no hotel Hotel Taj Mahal também seria considerada encerrada, apesar dos incêndios que ainda tomam conta de partes do edifício; a ação da Guarda Nacional de Segurança teria resultado na morte de mais dois terroristas.
   
(imagem daqui   
   
 in Wikipédia

quarta-feira, novembro 13, 2024

Os ataques terroristas em Paris de 2015 foram há nove anos...

 
Os ataques de novembro de 2015 em Paris foram uma série de atentados terroristas ocorridos na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na França. Os ataques consistiriam de fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombas perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis. O ataque com mais mortes foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro.

Mais de 130 pessoas morreram (incluindo os 7 terroristas que perpetraram os ataques), sendo 89 delas no teatro Bataclan. Mais de 350 pessoas ficaram feridas pelos ataques, incluindo 99 pessoas em estado grave. Além das mortes de civis, oito terroristas foram mortos e as autoridades continuavam a procurar quaisquer cúmplices que permaneceram soltos. O presidente francês, François Hollande decretou estado de emergência nacional no país, o primeiro estado de emergência declarado desde 2005, e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas. O primeiro toque de recolher desde 1944, também foi posto em prática, ordenando que as pessoas saíssem das ruas de Paris.

Em 14 de novembro, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu a responsabilidade pelos ataques. De acordo com o Wall Street Journal, os ataques foram motivados pelo Estado Islâmico como uma "retaliação" para o papel da França na intervenção militar na Síria e no Iraque. Hollande também disse que os ataques foram organizados em território estrangeiro "pelo Estado Islâmico e com ajuda interna", além de descrevê-los como "um ato de guerra". Pelo mundo, gestos de solidariedade e apoio aos franceses se tornaram comuns, especialmente pelos media sociais.

Os ataques foram os mais mortais que ocorreram na França desde a Segunda Guerra Mundial. Eles também foram os mais mortais na União Europeia desde os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, na Espanha. Os atentados aconteceram apenas um dia após outro ataque terrorista do Estado Islâmico em Beirute, no Líbano, que matou 43 pessoas, um dia após o assassinato de Jihadi John, um dos membros do Estado Islâmico, e catorze dias após a queda do voo Kogalymavia 9268, que matou 217 passageiros e sete membros da tripulação e sobre o qual a filial do Estado Islâmico no Sinai assumiu a responsabilidade. Antes do ataque, a França estava em alerta máximo desde o Massacre do Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, que matou dezassete pessoas, incluindo civis e polícias.

Em 15 de novembro, dois dias após os atentados, a Força Aérea Francesa lançou vários ataques aéreos de retaliação (a Opération Chammal) contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico na região da cidade síria de Raqqa. A 18 de novembro, Abdelhamid Abaaoud (um terrorista belga de origem marroquina) foi morto numa incursão policial. Ele era acusado de ser o principal mentor dos atentados. Várias outras prisões de suspeitos foram feitas e três colaboradores ligados a organizações jihadistas na França foram mortos numa série de ações policiais subsequentes para encontrar os responsáveis pelos ataques.
     
       

in Wikipédia

segunda-feira, novembro 11, 2024

Yasser Arafat morreu há vinte anos...


Yasser Arafat
(Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das fações da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

 

Túmulo de Arafat em Ramallah

      
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.
  

quarta-feira, outubro 23, 2024

Um duplo atentado do Hezbollah, há quarenta e um anos, acabou com Força Multinacional do Líbano...

Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 para-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Para-Quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
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sexta-feira, outubro 18, 2024

O terrorista Andreas Bar foi assassinado há quarenta e sete anos

   
Andreas Bernd Baader (Munique, 6 de maio de 1943 - Estugarda, 18 de outubro de 1977) foi um dos fundadores e líderes do grupo guerrilheiro de esquerda alemão Fração do Exército Vermelho, denominado pelo governo e pela imprensa de Baader-Meinhof. O grupo foi responsável por uma série de ações armadas - assaltos a bancos, sequestros e mortes - na RFA, na década de 70.
O seu pai era o historiador Berndt Philipp Baader, que, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, servia o exército alemão quando foi feito prisioneiro pelas forças soviéticas, sendo posteriormente dado como desaparecido. A sua mãe, Anneliese Baader não voltou a casar. Andreas foi criado com carinho pela mãe, juntamente com a avó e uma tia. Na opinião dos seus professores, era uma criança inteligente, mas também voluntariosa, um tanto imprevisível, e não se empenhava nos estudos quando as matérias não o atraíam. Ao mesmo tempo que era generoso, capaz de tirar o seu próprio agasalho e dá-lo a alguém que estivesse com frio, também era capaz de roubar, se estivesse a precisar de dinheiro. Também se envolvia frequentemente em lutas, nem sempre em defesa dos próprios interesses.
Na adolescência considerado como um jovem desajustado, na conservadora sociedade alemã de após guerra; no final dos anos 60 Baader gravitou para o movimento estudantil de esquerda e para os protestos contra o capitalismo, a pobreza no Terceiro Mundo, o nuclear, a ocupação norte-americana do país, que agitavam a Alemanha Ocidental na altura, embora ele próprio não fosse estudante universitário.
No dia 2 de abril de 1968 Baader e a sua namorada, Gudrun Ensslin, incendiaram dois estabelecimentos comerciais em Frankfurt, que não provocaram nenhuma morte. De acordo com Gudrun, o acto seria uma forma de protesto contra a Guerra no Vietname. No mesmo ano, Baader foi condenado a quatro anos de prisão.
Na manhã de 14 de maio de 1970 Baader escapou da prisão, graças a um plano elaborado pela sua namorada, que contou com a participação da conhecida jornalista Ulrike Meinhof. Sob o pretexto de estar a trabalhar num livro sobre a juventude alemã, Ulrike Meinhof conseguiu que Andreas Baader fosse conduzido para a biblioteca do Instituto de Estudos Sociais em Berlim Ocidental onde seria entrevistado pela jornalista. Embora o plano não tenha sido executado exactamente como se pretendia, Baader conseguiria escapar pela janela da biblioteca. No dia seguinte a fuga foi noticiada pelos meios de comunicação social e o grupo ficou conhecido como Grupo Baader-Meinhof, em função das duas figuras mais conhecidas do grupo, Andreas Baader e Ulrike Meinhof.
Nos dois anos seguintes Baader dedicou-se a acções de guerrilha urbana até que foi capturado pela polícia, a 1 de junho de 1972, em Frankfurt, juntamente com outros militantes da Fração do Exército Vermelho, Jan-Carl Raspe e Holger Meins.
Baader foi depois julgado e condenado, naquele que foi um dos julgamentos mais caros da história da justiça alemã.
Na noite de 8 para 9 de maio de 1976, a jornalista Ulrike Meinhof foi encontrada morta na sua cela. A versão oficial a respeito da morte de Meinhof é que cometeu suicídio por enforcamento, mas há discordâncias sobre o tema, havendo alegações de que foi assassinada. Em 5 de setembro, membros da Fração do Exército Vermelho sequestraram o presidente da confederação da indústria alemã e, a seguir, militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina sequestraram um avião da Lufthansa, com passageiros a bordo, e levaram-no para Mogadíscio, na Somália. As autoridades alemãs não aceitaram a troca e, em 18 de outubro, uma operação da GSG 9 libertou os passageiros e executou os militantes palestinianos. A seguir, Andreas Baader, Jan-Carl Raspe e Gudrun Ensslin foram encontrados mortos, nas suas celas de máxima segurança - os dois primeiros com tiros na nuca, à distância, com pistolas comummente usadas nas forças armadas da Alemanha. O Estado alemão não reconheceu o caso como execução dos prisioneiros.
     
   

sábado, outubro 12, 2024

Carlos, o Chacal, faz hoje setenta e cinco anos

(imagem daqui)
        
Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal (Caracas, Venezuela, 12 de outubro de 1949) é um autodenominado revolucionário de esquerda e mercenário. A sua alcunha foi-lhe dada pela imprensa depois que foi encontrada no seu quarto de hotel, após o assassinato de dois policiais, de uma cópia da novela de Frederick Forsyth " O Dia do Chacal".
Em 1975, leva a cabo um dos mais espetaculares atos terroristas: sequestrou onze ministros dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que estavam reunidos em Viena, Áustria. Acabaram por morrer três pessoas. Nas décadas de 70 e 80 era o homem mais procurado do mundo, por todos os serviços secretos ocidentais.
   
Biografia
Nascido na Venezuela, filho de um advogado venezuelano comunista, preferência ideológica evidente na escolha dos nomes dos seus três filhos: Vladimir, Ilich e Lenine, referentes ao líder bolchevique russo, Lenine (cujo nome original é Vladimir Ilyich Ulyanov).
Carlos estudou numa escola de Caracas e juntou-se ao movimento da juventude comunista em 1959. Diz-se que ele fala correntemente espanhol, árabe, russo, inglês e francês.
Em 1966, após o divórcio dos seu pais, foi com a mãe e o seu irmão para Londres para continuar os seus estudos na faculdade de Stafford House Tutorial, em Kensington.
Em 1968 o seu pai tentou levá-lo para Universidade de Sorbonne, mas ele foi para a Universidade de Patrice Lumumba, em Moscovo, de onde foi expulso em 1970.
Em 1973, com 24 anos, ingressa na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), onde tenta assassinar em Londres o empresário Joseph Shieff, presidente da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda, mas fracassa na tentativa.
Em 1975, executou o sequestro que lhe deu fama mundialmente: reteve onze ministros de países-membros da OPEP, que estavam reunidos em Viena, Áustria. O incidente acabou com a morte de três pessoas e a sua fuga.
O ataque aos membros da OPEP foi apenas o início, já que os ataques sucederam-se, Carlos lança um granada contra um banco israelita em Londres, duas bombas numa farmácia em Paris, atentados contra aviões de Israel estacionados no Aeroporto de Orly, ataque contra um comboio de passageiros que ia de Paris para Toulouse, onde era suposto ir o primeiro-ministro francês, Jacques Chirac. Em todas estas ações, ele sempre conseguia fugir às polícias secretas.
Carlos, o "Chacal", era naquele momento o "inimigo público", o mais procurado do mundo, pelas principais policias secretas. Ao contrário de Bin Laden, ele participava pessoalmente nas ações, onde ele era o responsável por tudo, apenas tinha colaboradores que o ajudavam. Quanto aos colaboradores de Carlos, a lista é igualmente extensa, suspeitando-se que tenha colaborado com os regimes líbio de Muammar al-Gaddafi, iraquiano de Saddam Hussein, sírio de Hafez al-Assad, cubano de Fidel Castro, e ainda com vários países do Leste Europeu, as Brigadas Vermelhas da Itália ou o movimento M19 da Colômbia.
A sua retirada de ação não é muito clara, visto que por várias vezes a CIA, a DST (Direction de la Surveillance du Territoire) e o Mossad tentaram, em vão, neutralizar as suas ações ao longo dos anos. Considera-se que com o fim da Guerra Fria, no início da década de 90, a falta de oferta de ações e a sua já debilitada saúde fizeram com que ele se retirasse da vida de terrorista, passando por uma série de países em busca de exílio, até fixar-se no Sudão, mas não há um consenso a respeito do porquê da sua inatividade de fim dos anos 80 ao inicio dos anos 90.
Em 14 de agosto de 1994, durante o seu internamento numa clínica em Cartum (capital do Sudão) para uma operação nos testículos, Carlos foi adormecido com anestesia geral, conduzido ao aeroporto e colocado num jato do Governo francês, com destino a uma das cadeias de alta segurança dos arredores de Paris.
Não são ainda claras as circunstâncias que levaram o governo do Sudão, um dos países que figurava na lista negra norte-americana dos Estados apoiantes do terrorismo, a entregar Carlos à DST e nem se a operação foi realmente da DST, do governo do Sudão ou se aconteceu em cooperação com outros serviços internacionais.
Mais tarde, já durante o seu julgamento pela morte de dois polícias da DST e um denunciante palestiniano, Carlos nunca mostrou arrependimento pelos ataques que perpetrou, logo na primeira audiência, questionado pelo presidente do tribunal acerca da sua profissão, respondeu: "Sou um revolucionário profissional na velha tradição leninista."
A 23 de dezembro de 1997 recebeu a sentença de prisão perpétua. Durante o seu julgamento, Carlos foi defendido por vários advogados. O principal foi o advogado francês Jacques Vergès, retratado no filme O Advogado do Terror (2007), que figura no filme numa entrevista dada por telefone da prisão. Outro detalhe apresentado no filme foi o seu relacionamento com Magdalena Kopp, com quem teve uma filha.

Em 15 de dezembro de 2011, Ilich Ramírez Sánchez recebeu nova sentença, agora pela justiça francesa, pelas mortes de 11 pessoas em atentados terroristas ocorrido na década de 80. A sua pena foi uma nova prisão perpétua.

Em março de 2018, foi condenado a uma terceira pena de prisão perpétua, neste caso por um atentado cometido em setembro de 1974 em Paris. O ataque a um centro comercial deixou dois mortos e 34 feridos, mas Carlos negou qualquer participação no ataque. De acordo com a acusação, o objetivo do atentado era facilitar a libertação de um membro do Exército Vermelho japonês detido em Orly.

Em setembro de 2021, Carlos voltou ao banco dos réus de um tribunal, para revisão da terceira condenação à prisão perpétua sentenciada pela justiça francesa. No tribunal, disse estar de "férias forçadas há 27 anos e meio" na França, referindo-se ao período em que esteve detido desde 1994. Carlos novamente negou sua participação no atentado de 1974, e acusou a justiça de ser corrupta e ter arquitetado o caso para incriminá-lo. No tribunal, Carlos reconheceu ter matado 83 pessoas durante a sua vida. Disse que foram "muitas, mas não o suficiente", alegando que os assassinatos ocorreram em um contexto de guerra e de luta revolucionária. O Tribunal Criminal de Paris confirmou a terceira pena de prisão perpétua contra Carlos.

   

Há vinte e dois anos morreram mais de duzentas pessoas em atentados em Bali...

Monumento em memória das vítimas dos atentados
  
Os atentados em Bali em outubro de 2002 ocorreram no final do dia 12 de outubro de 2002 na zona turística de Kuta, na ilha de Bali, na Indonésia. O ataque terrorista foi o ato mais mortífero da história da Indonésia, com um total de 202 pessoas assassinadas, das quais 164 eram estrangeiros e 38 cidadãos indonésios. Houve ainda 209 pessoas que ficaram feridas nos atentados.
O ataque foi provocado com a detonação de três bombas: um dispositivo montado numa mochila levada por um terrorista suicida e um grande carro-bomba que foram detonados junto a centros noturnos populares em Kuta; e um terceiro dispositivo menor que foi detonado fora do consulado dos Estados Unidos da América, em Denpasar, e que apenas causou danos menores.
Vários membros do Jemaah Islamiya, um grupo terrorista islâmico, foram sentenciados pela participação no ato terrorista, incluindo três indivíduos que foram condenados à pena de morte. Abu Bakar Bashir, o suposto líder espiritual do Jemaah Islamiyah, foi julgado e considerado culpado, sentenciado a dois anos e meio de prisão. Riduan Isamuddin, geralmente conhecido como Hambali e suposto ex-líder operacional do Jemaah Islamiyah, está sob custódia dos Estados Unidos, em lugar não revelado, e não foi ainda formalmente acusado. Em 9 de novembro de 2008, Iman Samudra, Amrozi Nurhasyim e Ali Ghufron foram executados, por fuzilamento, numa prisão da ilha de Nusa Kambangan. Mais tarde, o então presidente, Abdurrahman Wahid e o ex-terrorista Umar Abdu alegaram que naquele atentado teria havido participação do exército indonésio e do serviço de inteligência. 
 
 
  

segunda-feira, setembro 23, 2024

Aldo Moro nasceu há cento e oito anos...

        
Ocupou por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro da Itália. Membro ativo da Igreja Católica, foi um dos líderes mais destacados da democracia cristã na Itália.
Sequestrado a 16 de março de 1978 pelo grupo terrorista das Brigadas Vermelhas, foi assassinado, depois de 55 dias de duro cativeiro.
     

terça-feira, setembro 17, 2024

O conde Folke Bernadotte foi assassinado há 76 anos...

   
Folke Bernadotte, conde de Wisborg (Estocolmo, 2 de janeiro de 1895 - Jerusalém, 17 de setembro de 1948), mais conhecido como Conde Bernadotte, foi um nobre e diplomata sueco,  conhecido pela negociação da libertação de cerca de 31.000 prisioneiros de campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo 423 judeus dinamarqueses de Theresienstadt, que foram libertados em 14 de abril de 1945
  
Vida

O conde era membro da Casa de Bernadotte, a família real sueca. Era filho do príncipe Óscar Bernadotte, duque de Götland e conde de Wisborg (que depois perderia o título de duque de Götland, por não ter se casado com alguém pertencente à realeza ou alta nobreza - como dita a tradição nobiliárquica sueca -, mas permaneceria com o título nobiliárquico de conde de Wisborg, por este título ser do Luxemburgo) e da princesa Ebba (nascida Ebba Henrietta Munck af Fulkila, sendo filha do nobre e militar, coronel Carl Jacob Munck af Fulkila, e da baronesa Henrica Cederström). Era neto da rainha Sofia (nascida princesa de Nassau) e do rei Óscar II da Suécia e Noruega, rei dos dois países até 7 de junho de 1905; e depois somente Rei da Suécia até à data da sua morte, em decorrência da separação dos dois países na data supracitada.

O conde casou com a americana Estelle Manville, então titulada Estelle Bernadotte, condessa de Wisborg, tendo sido o primeiro membro da realeza europeia a casar-se em território americano.

Após a aprovação do Plano de Partição da Palestina, em 29 de novembro de 1947, agravaram-se os confrontos entre judeus e árabes na Palestina, então sob mandato britânico.

Em 20 de junho de 1948, o conde foi escolhido pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre as partes em conflito, fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão, em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde tornar-se-ia primeiro-ministro de Israel.

 
  
Brasão do conde de Wisborg
      

quarta-feira, setembro 11, 2024

Poema para nunca esquecer um dia triste...


(imagem daqui)

 
 
Ainda refulge a chama
 
  
Ainda refulge a chama
que perturbou um dia meus sentidos?

Não se apaga jamais
a luz de certo olhar que em segredo amei?

Chora, em meu coração,
a nostalgia do bem com que sonhei?

Da noite, abismo imenso,
oiço indistinta voz chamar por mim?

O que me falta e inquieta
serás tu, de quem não sei o nome?

Ou todo o sonho erguido é cinza ao vento,
estrela fria, cada vez mais longe
do puro silêncio em que se esvai a vida?
 
  
 
Luís Amaro

Hoje é dia de recordar um ataque terrorista que ocorreu há 23 anos...

De cima para baixo: o World Trade Center ardendo após o ataque; uma secção do Pentágono desabada; voo 175 chocando contra a Torre 2 do WTC; um bombeiro pedindo ajuda no Ground Zero; parte do voo 93 sendo recuperada; voo 77 chocando contra o Pentágono
 

Local Nova Iorque, NY
Condado de Arlington, VA
Shanksville, PA
Estados Unidos
Data 11 de setembro de 2001 - 08.46 - 10.28 (UTC-5)
Mortes 2.996 mortos (incluindo 19 terroristas)
Feridos >6.291
Responsável Al-Qaeda, planeado por Osama bin Laden
Número de participante(s) 19 terroristas

 

Os ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezanove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros. Os sequestradores colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gémeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
   

quinta-feira, setembro 05, 2024

O Massacre de Munique foi há 52 anos...

  Memorial - a inscrição, em alemão e hebraico, diz:  
 A equipa do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto a 5 setembro de 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra à sua memória.
    
O Massacre de Munique também conhecido como Tragédia de Munique teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de setembro, 11 membros da equipa olímpica de Israel foram tomados como reféns pelo grupo terrorista palestiniano denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipa de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da primeira ministra de Israel, Golda Meir.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados, em vários momentos do sequestro. 
   
          
Operação policial
Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu ao seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã. Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planeada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.
A ideia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos polícias colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.
Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilam os atletas israelitas que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros, os atletas morrem fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pelos media internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.
A 29 de outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso voo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e mataram os sequestradores.
    
Consequências
Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade é hoje um  exemplo mundial no combate ao terrorismo.
Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Ira de Deus.
Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de julho de 2010, em Damasco, capital da Síria, de falência renal.
Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido nomeado para cinco Óscares, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelita lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.