Biografia
Adolfo Luxúria Canibal nasceu em
Luanda,
Província Ultramarina de Angola. Cresceu entre
Vieira do Minho e
Braga e em
1978 mudou-se para
Lisboa, para estudar
Direito. Viveu em Lisboa de 1978 até 1999, onde, após terminar o curso de Direito, exerceu a
advocacia e a consultoria jurídica. Na qualidade de especialista em Direito do Ambiente foi orador convidado em diversos congressos e seminários, portugueses e estrangeiros, e professor em cursos de formação, de pós-graduação e de mestrado. Integrou de 1993 a 1999 um Grupo de Peritos Jurídicos da Convenção de Berna, junto ao
Conselho da Europa, em
Estrasburgo. No final de 1999 foi habitar para
Paris, cidade onde praticou diversos misteres, como tradutor, actor de figuração, gerente comercial, jornalista, cronista, voz para telemóveis, estudos de mercado, crítico musical ou gestor liquidatário de sociedades cinematográficas. No final de
2004 regressou a Braga e à consultoria jurídica, cidade onde reside actualmente.
Entre 1979 e 1982 Adolfo Luxúria Canibal esteve casado com Eva Machado, bisneta do antigo Presidente da República
Bernardino Machado, com quem teve uma filha, Isabel Sofia, nascida em Braga em fevereiro de 1980. Isabel Sofia vive em
Cork, na
Irlanda, desde 2007, tendo feito o doutoramento em engenharia alimentar na Universidade local, mas de 2012 a 2014 habitou em
Chicago, nos
EUA, onde em maio de 2014 nasceu o seu filho Leonardo, primeiro neto de Adolfo Luxúria Canibal. Este, entre 1993 e 2004, viveu maritalmente com a cineasta francesa
Mariana Otero, com quem teve o segundo filho, Mateus, nascido em Lisboa em julho de 1997 e que, desde 1999, habita em Paris, com a mãe. Actualmente Adolfo Luxúria Canibal vive com Marta Abreu, antiga baixista dos grupos
Voodoo Dolls e
Mão Morta e gestora hoteleira, proprietária do restaurante japonês
Hocho.
Letrista e vocalista do grupo
Mão Morta, desde 1984, depois de ter fundado e exercido igual função nos grupos
Bang-Bang (1981),
Auaufeiomau (1981-1984) e
PVT Industrial (1984). De 2000 a 2009 integrou o grupo francês
Mécanosphère, como vocalista. Participou ainda como vocalista ou letrista em diversos discos e espectáculos de mais de uma dezena de grupos e artistas portugueses e estrangeiros, como
Pop Dell'Arte,
Clã,
Moonspell,
WrayGunn,
Houdini Blues,
Jorge Palma, Pat Kay & The Gajos,
Steve Mackay, Mark Stewart ou Hilmar Orn Hilmarsson.
Encenou e actuou em performances e espectáculos multimédia como
Rococó, Faz o Galo (1983),
Dos Gatos Brancos que Jazem Mortos na Berma do Caminho de Ferro (1983),
Labiu e a Pulga Amestrada (1984) e
Müller no Hotel Hessischer Hof (1997), ou foi apenas actor, como em
Maldoror (2007), encenado por
António Durães. Foi também actor em teatro, na peça
Eis o Homem! da companhia Mundo Razoável, encenada por
Marta Freitas (2013). Foi ainda autor de espectáculos de
spoken word, a solo (1999) ou com
António Rafael (desde 2004), sob a designação de Estilhaços. Concebeu, com João Martinho Moura e
Miguel Pedro, a performance de
arte digital Câmara Neuronal para a exposição
FrameArt da
Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012. Participou na concepção colectiva e actuou, com os Mão Morta,
José Mário Branco,
Fernando Lapa,
Amélia Muge e
Pacman, no musical
Então Ficamos..., espectáculo de comunidade de encerramento da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012 encenado por António Durães. Com António Rafael concebeu, gravou e interpretou ao vivo a banda sonora para a instalação
The Wall of Pleasure do artista plástico Tiago Estrada na Rooster Gallery, em
Nova Iorque (2013). Ainda com António Rafael e Miguel Pedro compôs e actuou no musical
Chão, um espectáculo de comunidade, com a participação de 70 mulheres de
Paredes de Coura, encenado por João Pedro Vaz para o décimo aniversário da companhia de teatro Comédias do Minho.
Concebeu a colectânea de bandas bracarenses
À Sombra de Deus, tendo realizado, com Berto Borges, o seu primeiro volume
À Sombra de Deus - Braga 88, editado pela
Câmara Municipal de Braga, e, com
Miguel Pedro, o quarto volume
À Sombra de Deus IV - Braga 2012, editado pela
Capital Europeia da Juventude - Braga 2012. Em 2002 criou, com António Rafael e Miguel Pedro, a editora independente Cobra, tendo editado vários discos de Mão Morta e de artistas como Anger, Erro!,
Houdini Blues, Fat Freddy, Jazz Iguanas, Umpletrue,
Mundo Cão ou At Freddy's House.
Escreveu textos diversos para jornais e revistas, como a
Vértice ou a
365, e foi, de 2000 a 2004, correspondente do jornal
Blitz. Teve uma coluna de opinião no semanário
O Independente (1999) e manteve, de 2001 a 2004, uma crónica semanal na rádio
Antena 3 e, de 2008 a 2010, uma crónica quinzenal na revista
Vidas do diário
Correio da Manhã. Desde janeiro de 2011 tem uma rubrica mensal na revista
Domingo do mesmo diário e desde janeiro de 2014 uma crónica quinzenal no semanário
Sol.
Foi considerado, em
2003, pelo semanário
Expresso, como uma das cinquenta personalidades vivas mais importantes da cultura portuguesa. Em
2011, nas Comemorações do Centenário da
Universidade de Lisboa, foi um dos 100 ex-alunos convidados para proferir uma palestra no ciclo
100 Lições, a que deu o título
Profissão: Diletante. Da Música à Conservação da Natureza.