A sua morte até hoje não foi bem explicada. Após a turnê de divulgação do álbum
Highway to Hell pela
Europa, Bon resolveu passar uns dias em
Londres,
para rever amigos. A tragédia teve início numa tradicional noite de
bebedeira, coisa a que Bon estava realmente acostumado. Bon e um
amigo seu, chamado Alistar Kinnear, foram tomar alguns copos no
Music Machine, um clube noturno localizado em
Camden Town.
Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Bon
vivia naquela época. No caminho, Bon desmaiou no banco de trás do
veículo. Kinnear não deu muita importância e seguiu adiante. Quando
chegou à casa do vocalista do AC/DC, Kinnear tentou acordar Bon e
levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar o seu companheiro,
que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da
ideia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento. Chegando lá,
nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo. Decidiu
então deixar Bon a dormir’ no banco de trás do automóvel, um Renault
5, em
Overhill Road, uma estrada em Dulwich. Quando Kinnear
voltou, na manhã seguinte, para ver o seu amigo, já era tarde demais.
Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel.
Ele ainda o levou à pressa para o
Kings College Hospital, de
Londres, que declarou que o músico já chegou sem vida às Urgências. O
atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido no decorrer
de
overdose
e ‘death by misadventure’ (morte por desventura, ou por desgraça).
Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria se
sufocado com o próprio vómito e que a baixa temperatura da madrugada e
as suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia,
daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais
tristes do
rock n’ roll. O corpo de Bon Scott foi
cremado e as suas cinzas foram levadas pela sua família para o
Cemitério de Fremantle, em
Fremantle, no estado da
Austrália Ocidental.
Após a entrada de
Brian Johnson
o som do AC/DC mudou, mas sem perder as suas características,
perdendo um pouco do balanço e da influência dos blues que emanavam de
Bon, mas ganhando outras que, com Bon, talvez nunca seriam
exploradas. Bon também é considerado por várias pesquisas um dos
melhores cantores de rock. Numa lista divulgada pela revista
Kerrang, Bon Scott está na 5ª posição dos maiores ícones do rock.