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sábado, dezembro 21, 2024

São Thomas Becket nasceu há 896 anos


  

São Thomas Becket ou, simplesmente, Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária de 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra, pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.

  

segunda-feira, novembro 25, 2024

A Anarquia chegou à Inglaterra há 904 anos, com a morte do príncipe herdeiro...

  
Guilherme Atelingo (Winchester, 5 de agosto de 1103Barfleur, 25 de novembro de 1120), designado ou intitulado Adelino, foi o filho de Henrique I de Inglaterra e Edite da Escócia, e assim, o herdeiro  do trono inglês. Ele morreu aos dezassete anos de idade, no naufrágio do Barco Branco, iniciando uma crise sucessória que acabaria por levar ao período de guerra civil conhecido como a Anarquia

  

   
Guilherme morreu na tragédia do Navio Branco, em 25 de novembro de 1120. O duque e seus companheiros estavam a cruzar o Canal da Mancha, de Barfleur, no Blanche-Nef, o navio mais rápido e moderno da frota real. Guilherme e seu grupo haviam permanecido a beber na praia até ao anoitecer, confiantes de que num navio veloz e no mar calmo o atraso não teria efeito real. Consequentemente, já era madrugada quando o timoneiro, bêbado, bateu com o navio numa rocha na baía. A tripulação e os passageiros não podiam tirar o navio da rocha ou impedir que o navio se enchesse de água; no entanto, Guilherme e vários de seus amigos conseguiram lançar um bote salva-vidas. No último minuto, Guilherme correu de volta para resgatar a sua meia-irmã, ilegítima, Matilda FitzRoy, Condessa de Perche; quando eles e vários outros se atiraram no pequeno bote, ele, "sobrecarregado pela multidão que saltou para dentro dele, virou, afundou e os enterrou indiscriminadamente nas profundezas".
   

domingo, novembro 17, 2024

A rainha Isabel I de Inglaterra começou a reinar há 466 anos

  
Isabel I
(Greenwich, 7 de setembro de 1533 - Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, o seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 17 de novembro de 1558, Isabel sucedeu, por morte desta, à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa, por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros, dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.
Seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças estendiam-se à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
O seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão, no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.
     
         

sexta-feira, novembro 08, 2024

Arnold Bax, compositor e poeta inglês, nasceu há 141 anos

   
Arnold Edward Trevor Bax  (Pendennis Road, Streatham, Londres, 8 de novembro de 1883 - Cork, 3 de outubro de 1953), foi um compositor e poeta inglês. O seu estilo musical mistura elementos do romantismo e impressionismo, sempre com uma forte influência celta. A sua pontuação orquestral é notada pela sua complexidade e colorido instrumental. As poesias e histórias, que escrevia sob o pseudónimo de Dermot O'Byrne, refletem a sua profunda afinidade com o poeta irlandês William Butler Yeats e são em grande medida redigidas na tradição do Renascimento Literário Irlandês
   
 

terça-feira, novembro 05, 2024

A Conspiração da Pólvora foi há 419 anos

     
A Conspiração da Pólvora, também chamada de Traição da Pólvora, foi uma tentativa de assassinato contra o rei Jaime I da Inglaterra por um grupo provinciano de católicos ingleses, liderados por Robert Catesby. Ficou conhecida como um dos "mais memoráveis acontecimentos da história inglesa". O plano era explodir, com trinta e seis barris de pólvora, armazenados na cave do Palácio de Westminster, a Câmara dos Lordes durante a cerimónia de abertura do parlamento, a 5 de novembro de 1605.
    
História
Os conspiradores estavam irritados com o rei Jaime, que não concedia direitos iguais a católicos e protestantes. A conspiração começaria quando a filha de nove anos de Jaime I (princesa Isabel) seria declarada chefe de estado católica, e foi planeada em maio de 1604, por Robert Catesby. Os outros conspiradores eram Thomas Winter (também grafado Wintour), Robert Winter, Christopher Wright, Thomas Percy (também grafado Percye), John Wright, Ambrose Rokewood, Robert Keyes, Sir Everard Digby, Francis Tresham, e o criado de Catesby, Thomas Bates. O responsável pelos explosivos era um especialista em explosivos, chamado Guy Fawkes, que fora apresentado a Catesby por Hugh Owen.
Os detalhes sobre a conspiração foram contados ao principal jesuíta da Inglaterra, Henry Garnet, com a permissão de Robert Catesby, por Oswald Tesimond, outro jesuíta. Apesar da oposição de Garnet, a conspiração foi adiante, e Garnet foi sentenciado a decapitação, afogamento e esquartejamento, por traição.

Conspiração
Em março de 1605, a cave por baixo da Câmara dos Lordes foi preenchida com 36 barris de pólvora, contendo 1.800 libras de material explosivo. Como os conspiradores notaram que o ato poderia levar a morte de diversos inocentes e defensores da causa católica, enviaram avisos para que alguns deles se mantivessem à distância do parlamento no dia do ataque. Para infelicidade dos conspiradores, um dos avisos chegou aos ouvidos do Rei, o qual ordenou uma revista ao parlamento. Assim acabaram encontrando Guy Fawkes, guardando a pólvora. Ele foi preso e torturado, revelando o nome dos outros conspiradores. No final foi condenado a morrer na forca, por traição e tentativa de assassinato. Os outros participantes revelados por Guy Fawkes acabaram também sendo executados. Ainda nos dias de hoje o rei ou rainha vai até o parlamento apenas uma vez ao ano, para uma sessão especial, sendo mantida a tradição de se revistar a cave do Parlamento antes desta sessão.
    
Noite das Fogueiras (ou Noite de Guy Fawkes) de 2005 em Lewes, Sussex
  
Cultura popular
Foi criada um poema tradicional, em alusão à Conspiração da Pólvora:
"Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder treason and plot;
I know of no reason why the gunpowder treason
Should ever be forgot."
   

sexta-feira, outubro 25, 2024

A Batalha de Agincourt foi há 609 anos

     
A Batalha de Agincourt foi uma batalha que aconteceu em 25 de outubro de 1415 (dia de São Crispim), no norte da França e que faz parte da Guerra dos Cem Anos.

"Aquele que sobreviver esse dia e chegar a velhice, a cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: "Amanhã é São Crispim". E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: "Recebi estas feridas no dia de São Crispim."

 

in A vida do rei Henrique V, ato IV, cena III - Shakespeare

Assim romanceia Shakespeare, um discurso que o rei Henrique V da Inglaterra, em revista às tropas, teria pronunciado antes da batalha que decorreria naquele dia (25 de outubro de 1415) em Azincourt (ou Agincourt), num terreno em que a chuva transformara num atoleiro. Os seus oponentes, os franceses, eram comandados pelo Condestável Charles I d'Albret.
Em grande inferioridade numérica, os ingleses contavam com, aproximadamente, 15 mil soldados para se opor aos 50 milhares de franceses (os números são imprecisos). Numa excelente estratégia, os arqueiros ingleses - e galeses - praticamente liquidaram os franceses no atoleiro. A derrota foi assombrosa. Além do Condestável Charles I d'Albret e outros membros da alta nobreza, mais de 1.500 cavaleiros e 4500 soldados morreram nesta batalha. Alguns calculam a morte de 10.000 franceses contra a de apenas 1.600 ingleses. No fim da batalha Henrique V teria entre seus prisioneiros Charles, Duque de Orleans (que ficaria cativo na Torre de Londres durante 25 anos, até o seu "resgate" ser pago, em 1440), e o líder efetivo do exercito francês, o Marechal Boucicault (que morreria cativo na Inglaterra). O próprio rei Carlos VI jamais comandaria qualquer exército, visto que sofria de uma doença mental.
Segundo uma lenda ou invenção muito posterior, os franceses gabavam-se de sua superioridade numérica e ameaçavam os arqueiros ingleses e galeses de cortar o dedo do meio deles (fundamental para arqueiros, para armar o arco), mostrando o seu dedo maior levantado; quando os franceses foram feitos prisioneiros, os ingleses mostraram os dedos e disseram '' Olha: os meus dedos estão aqui''. Esse gesto deu origem ao gesto obsceno de "mostrar o dedo" de hoje em dia, nas versões francesa/continental de um dedo só e na inglesa dos dois dedos.
     

segunda-feira, outubro 14, 2024

A Batalha de Hastings deu a Inglaterra aos normandos há 958 anos

Extrato da tapeçaria de Bayeux, retratando a batalha

A batalha de Hastings foi travada a 14 de outubro de 1066, entre o exército franco-normando do duque Guilherme II da Normandia (1035–1087) e um exército inglês sob o comando do rei anglo-saxão Haroldo II, durante a conquista normanda da Inglaterra. Ocorreu a cerca de 11 quilómetros a noroeste de Hastings, perto da atual cidade de Battle, em East Sussex, e teve como resultado uma decisiva vitória normanda.
O momento causador da batalha foi a morte do rei sem filhos Eduardo, o Confessor (r. 1042–1066), em janeiro de 1066, o que ocasionou uma luta pela sucessão entre os vários pretendentes ao trono. Haroldo foi coroado rei logo após a morte de Eduardo, mas enfrentou invasões de Guilherme, de seu próprio irmão Tostig e do rei norueguês Haroldo Hardrada (1046–1066). Hardrada e Tostig derrotaram um exército apressadamente reunido pelos ingleses na batalha de Fulford em 20 de setembro de 1066, e foram, por sua vez, derrotados por Haroldo na batalha de Stamford Bridge, cinco dias depois. As mortes de Tostig e Hardrada em Stamford Bridge deixaram Guilherme como único adversário sério de Haroldo da Inglaterra. Enquanto o rei inglês e as suas forças estavam a recuperar da batalha, Guilherme desembarcou os seus exércitos invasores no sul da Inglaterra, em Pevensey, a 28 de setembro de 1066 e estabeleceu uma praça de armas para a conquista do reino. Haroldo foi forçado a marchar rapidamente para o sul, reunindo forças no caminho.
Os números exatos de pessoas presentes na batalha são desconhecidos; as estimativas estão em torno de 10.000 soldados para Guilherme e cerca de 7.000 para Haroldo. A composição das forças é mais clara: o exército inglês era composto quase inteiramente de infantaria e tinha poucos arqueiros, enquanto que apenas cerca da metade da força invasora era de infantaria, o restante dividido igualmente entre a cavalaria e arqueiros. Haroldo parece ter tentado surpreender o duque da Normandia, mas batedores encontraram o seu exército e relataram a sua chegada a Guilherme, que marchou de Hastings até ao campo de batalha, para enfrentar o rei da Inglaterra. A batalha durou cerca de nove horas, até ao anoitecer. Os primeiros esforços dos invasores para quebrar as linhas de batalha inglesa tiveram pouco efeito; portanto, os normandos adotaram a tática de fingir que fugiam em pânico e então atacar os seus perseguidores. A morte de Haroldo, provavelmente perto do fim da batalha, levou à retirada e à derrota da maior parte de seu exército. Após novas marchas e algumas escaramuças, Guilherme foi coroado rei, no dia do Natal de 1066.
Embora continuasse a haver rebeliões e resistência ao regime do duque da Normandia, Hastings efetivamente marcou o culminar da conquista de Guilherme na Inglaterra. O número de vítimas é difícil de precisar, mas alguns historiadores estimam que 2.000 invasores morreram junto com um número cerca de duas vezes maior de ingleses. Guilherme fundou a Abadia de Battle no local da batalha, o altar-mor da igreja da abadia sendo supostamente colocado no local onde Haroldo morreu.

terça-feira, outubro 01, 2024

John Blow morreu há 316 anos

   
John Blow (batizado a 23 de fevereiro de 1649 e falecido a 1 de outubro de 1708) foi um compositor inglês e organista barroco. Orgulhoso e com perfil de estadista, o humilde Blow tornou-se o mais famoso músico da Inglaterra no final do século XVIII. Importante na música da Restauração, teve postos reais criados especialmente para ele, como na catedral de St. Paul e em Westminster. As suas obras seculares incluem música cerimonial e Venus and Adonis, a primeira ópera inglesa. Escreveu muita música religiosa, em especial mais de cem hinos intensamente melódicos. Dos seus doze trabalhos anglicanos, o em sol maior é magistral.

 

(...)

 

Blow morreu a 1 de outubro de 1708, na sua casa, em Broad Sanctuary, na Abadia de Westminster.

 

 


sábado, setembro 28, 2024

A última invasão bem sucedida da Inglaterra começou há 958 anos

Excerto da Tapeçaria de Bayeux - obra feita em bordado para comemorar o sucesso da Conquista Normanda de Inglaterra
  
A invasão ou conquista normanda da Inglaterra, realizada em 1066 por Guilherme II, Duque da Normandia, que se tornou subsequentemente Guilherme I, Rei de Inglaterra, e a subsequente subida ao poder da dinastia normanda é considerada por alguns historiadores como o fim de uma era.

Em 1066, o rei Eduardo, "o Confessor", da Inglaterra, morreu sem deixar descendentes, gerando uma crise sucessória. O principal pretendente inglês era o seu cunhado, Haroldo Godwinson; outro poderoso candidato era o seu primo, duque Guilherme da Normandia. Eduardo poderá ter-lhe prometido o trono em 1051 e Guilherme fortaleceu a sua posição persuadindo Haroldo (possivelmente com algum truque) a jurar-lhe fidelidade.
Depois da morte de Eduardo, o Conselho elegeu Haroldo para rei e este, durante alguns meses, manteve o exército de prevenção contra uma eventual invasão normanda. No entanto, de imediato teve de se dirigir ao norte para combater um ataque efetuado pelo seu irmão Tostig e pelo rei Haroldo Hardråde da Noruega, a quem derrotou em Stamford Bridge. Logo a seguir à batalha, recebeu a notícia de que Guilherme desembarcara no Sussex. Ele, juntamente com os seus guardas pessoais, mobilizaram novas tropas, inexperientes, interpelando os normandos em Senlac, perto de Hastings; Haroldo foi morto e o seu exército derrotado. No dia de Natal de 1066, Guilherme, "o Conquistador", era coroado na Abadia de Westminster.
Guilherme empreendeu uma sistemática campanha para submeter os rebeldes saxões, confiscando grandes propriedades e entregando-as aos seus seguidores - tomando o cuidado de lhes dar pequenas áreas espalhadas por todo o país, para evitar que se tornassem demasiado poderosos. Todos os proprietários de terras, grandes ou pequenos, foram obrigados a jurar-lhe lealdade.
   
CRONOLOGIA

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Cena do desembarque na Inglaterra, retratando os navios que chegam e cavalos que aterram, na tapeçaria de Bayeux
   

terça-feira, setembro 10, 2024

Hoje é dia de recordar a música de Henry Purcell...

Henry Purcell nasceu há 365 anos

         
Henry Purcell (Londres, 10 de setembro de 1659 – Londres, 21 de novembro de 1695) foi um compositor britânico. Apesar de uma vida relativamente breve, Henry Purcell permanece um dos mais importantes compositores ingleses. Sua facilidade em compor para todos os géneros e públicos, sua popularidade na corte durante os reinados de três monarcas e a sua vasta produção de odes cortesãs, música cénica, anthems' sacros, canções e catches' seculares, música de câmara e voluntaries para órgão são uma prova clara do seu prodigioso talento.
    

 


domingo, setembro 08, 2024

Ricardo I, dito Coração de Leão, nasceu há 867 anos

  

Ricardo I (Oxford, 8 de setembro de 1157Châlus, 6 de abril de 1199), também conhecido como Ricardo Coração de Leão, pela sua grande reputação como guerreiro e líder militar, foi o Rei da Inglaterra de 6 de julho de 1189 até 6 de abril de 1199. Também foi Duque da Normandia, Aquitânia e Gasconha, Senhor do Chipre, Conde de Anjou, Maine e Nantes e suserano da Bretanha em vários momentos durante o mesmo período. Foi o terceiro filho do rei Henrique II de Inglaterra e da rainha Leonor da Aquitânia.

Aos dezasseis anos, Ricardo comandou seu próprio exército, acabando com rebeliões contra o seu pai em Poitou. Ele foi o principal comandante cristão durante a Terceira Cruzada, liderando a campanha depois da saída de Filipe II de França, conseguindo consideráveis vitórias contra Saladino, o líder muçulmano, mesmo não tendo conseguido conquistar Jerusalém.

Ricardo falava a língua de oïl, um dialeto francês, e a língua occitana, uma língua falada no sul da França e nas regiões próximas. Ele viveu no Ducado da Aquitânia e passou pouquíssimo tempo na Inglaterra, preferindo usar o seu reino como uma fonte de rendimentos para apoiar os seus exércitos. Era visto por seus súbditos como um herói piedoso. Ricardo permanece até hoje como um dos poucos reis ingleses mais lembrados pelo epíteto do que pelo número régio, sendo uma grande figura icónica na Inglaterra e França. 

   

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quinta-feira, setembro 05, 2024

Sal Solo, o vocalista dos Classix Nouveaux, nasceu há 63 anos


Sal Solo, born Christopher Scott Stevens (Hatfield, Hertfordshire, 5 September 1961) is an English singer. 

   

Career

Solo began his career with a band called The News, which released one 7" single on GTO Records. Then he formed the pop group Classix Nouveaux, with former members of X-Ray Spex, which became associated with the burgeoning New Romantic movement. They released three albums with EMI Records. Classix Nouveaux had number one hits in Poland, Portugal, Israel, Iceland and other countries in the early 1980s. They also had one top 20 and various other top 50 hits in the United Kingdom, including "Is It a Dream", which reached No. 11 on the UK Singles Chart. The band split in 1985. Between 1984 and 1992, he provided lead vocals for the French space rock group Rockets.

Following a pilgrimage to San Damiano in Italy, Solo embraced the Roman Catholic faith of his childhood. He had a solo hit with "San Damiano (Heart and Soul)" which reached No. 15 on the UK Singles Chart, and went to No. 1 in Poland. The song has since been recorded by several artists, including Aled Jones for his 2003 album Higher, which remained on the UK Albums Chart top 40 for several weeks, and earned a silver disc.

In 1987, Solo became active in youth ministry in the Catholic Church in the UK. During this time, he continued to write and perform new music. In the early 1990s, he released three albums of Christian music through the Christian record label, Word Records, followed by several more released independently. In 1999, he moved to Chicago, where he works with Catholic teens in the United States and other parts of the world, speaking on matters of faith and justice, and giving concerts and youth retreats.

 

in Wikipédia

 


Música de aniversariante de hoje...

domingo, setembro 01, 2024

O Grande Incêndio de Londres foi há 358 anos

      
O grande incêndio de Londres foi uma das maiores catástrofes da capital inglesa, tendo destruído as partes centrais da cidade de 2 de setembro a 5 de setembro de 1666. O incêndio ameaçou destruir o distrito de Westminster, o Palácio de Whitehall e alguns subúrbios, mas não chegou a destruí-las. Destruiu 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de S. Paulo e 44 prédios públicos. Entretanto, acredita-se que poucas pessoas morreram. Os registos da época indicaram um total de 100 mil desabrigados e nove óbitos. Mas pesquisas atuais afirmam que milhares de pessoas podem ter morrido, já que pessoas mais pobres e da classe média não eram mantidas nos registos.
O fogo começou na padaria de Thomas Farriner (ou Farynor) em Pudding Lane e logo se espalhou. A propagação das chamas foi favorecida pela estrutura medieval da cidade: ruas estreitas e casas de madeira muito próximas umas das outras.
A técnica contra incêndios da época (derrubar construções e assim impedir o espalhamento do fogo) foi atrasada por decisão do Lord Mayor de Londres, Sir Thomas Bloodworth, que subestimou o potencial das chamas. Quando as demolições foram autorizadas, uma tempestade de fogo impediu que fossem feitas. No dia 3 de setembro o fogo se dirigiu à zona norte, rumo ao coração da cidade. No dia 4, destruiu a Catedral de S. Paulo. Um ataque contra o incêndio foi mobilizado. Finalmente o fogo foi controlado.
Além do prejuízo estimado em 10 milhões de libras, vários problemas sociais eclodiram. O rei Carlos II logo tomou providencias para a capital. Contratou um arquiteto para fazer as casas de tijolos e cimento e as casas longe uma das outras, construindo um muro largo de 89 metros. A cidade ficou mais estreita. Apesar de críticas, a cidade não foi modernizada, mas reconstruida nos moldes e estilos medievais.
O arquiteto Cristopher Wren liderou os muitos arquitetos que participaram da reconstrução, que deu origem à área conhecida como City of London, hoje um distrito financeiro. A Catedral de São Paulo (século XII) foi completamente destruída. A edificação atual foi desenhada por arquiteto Cristopher Wren. A única parte restante do prédio antigo é um memorial ao poeta John Donne.
A ponte de Londres, parcialmente consumida pelo primeiro incêndio (1663), foi consumida pelas chamas. A biblioteca de teologia do Sion College teve um terço dos seus livros queimados. O centro administrativo (Guildhall) - onde ocorriam julgamentos desde o século XIV - foi seriamente danificado.
Finalmente, no 5º dia o Duque de York consegue deter o fogo no Temple, a célebre construção que, durante a Idade Média, abrigou a Ordem dos Cavaleiros Templários.
     

sexta-feira, agosto 23, 2024

William Wallace foi barbaramente executado há 719 anos...

Estátua de William Wallace à entrada do Castelo de Edimburgo
     
William Wallace (Elderslie, circa 1270  - Londres, 23 de agosto de 1305) foi um guerreiro escocês que liderou os seus compatriotas na resistência na dominação inglesa imposta rei inglês Eduardo I. O seu nome em gaélico medieval era Uilliam Uallas e em gaélico escocês atual é Uilleam Uallas.
Recentes biógrafos situam o seu nascimento em Ellerslie, Ayrshire, ainda que a tradição oral o situe em Elderslie, Renfrewshire. Venceu o exército de Eduardo I de Inglaterra na batalha conhecida como "Batalha da ponte de Stirling" ou "Stirling Bridge". Pouco depois da sua terrível execução, a independência da Escócia pode ser restabelecida por Robert the Bruce. A sua participação foi decisiva na Guerra da Independência Escocesa, no decorrer dos conflitos incessantes entre os clãs, viu as tropas de Eduardo I avançarem para a total subjugação do reino. Wallace venceu os ingleses em várias batalhas, culminado com o nascimento do estado escocês.
Tornou-se muito conhecido após ser biografado no filme Braveheart ( O Desafio do Guerreiro), dirigido e feito por Mel Gibson. William Wallace é, certamente, um herói para os escoceses.
   
A queda
Pouco se sabe a respeito da verdadeira captura de Wallace, além do facto de que ela foi realizada pelo escocês John Mentieth (ou, como dizem algumas fontes, por um servo de Mentieth). Assim, no dia 3 de agosto de 1305, crê-se que sir John Mentieth capturou William Wallace nalgum lugar perto de Glasgow. Mentieth havia estado do lado da liberdade dos escoceses algum tempo antes, mas sucumbiu a Eduardo I. Como recompensa, foi feito xerife de Dumbarton. Em relação ao filme Braveheart - O desafio do guerreiro, embora não haja indicação de que Wallace estava a caminho para encontrar Robert the Bruce quando foi traído, o filme foi preciso ao retratar a traição por um de seus próprios conterrâneos. Wallace foi levado para Londres imediatamente e chegou lá a 22 de agosto. Na manhã seguinte, foi levado pelas ruas de Fenchurch, onde as multidões zombavam dele e lhe atiravam comida e pães podres, perceba-se que os ingleses haviam sido levados a acreditar que Wallace era um impiedoso fora-da-lei, que havia matado ingleses inocentes, e que deveria ser punido.
No Westminster Hall, Wallace ficou diante do tribunal designado pelo rei Eduardo I, que o obrigou a ficar numa plataforma e usar o que alguns acreditavam ser uma coroa de espinhos. Além de traição, Wallace foi acusado do assassinato do xerife de Lanark, Hazelrig, oito anos antes. As acusações eram lidas e a sentença pronunciada, como era costume, uma vez que os marginais, estando fora da lei, não tinham direitos. Wallace não teve oportunidade de falar em sua própria defesa e a sentença foi executada imediatamente: Wallace foi amarrado com couro e arrastado por diversos quilómetros, até Smithfield.
   
A execução
Primeiro Wallace foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e as suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado e, então finalmente, foi liberto do seu sofrimento inimaginável pela decapitação. O seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. A sua cabeça foi colocada num pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".
   

domingo, agosto 04, 2024

P. B. Shelley nasceu há 232 anos


Percy Bysshe Shelley (Field Place, Horsham, 4 de agosto de 1792 - Mar Lígure, Golfo de Spezia, 8 de julho de 1822) foi um dos mais importantes poetas românticos ingleses.

Shelley é famoso por obras tais como Ozymandias, Ode to the West Wind, To a Skylark, e The Masque of Anarchy, que estão entre os poemas ingleses mais populares e aclamados pela crítica. O seu maior trabalho, no entanto, foram os longos poemas, entre eles Prometheus Unbound, Alastor, or The Spirit of Solitude, Adonaïs, The Revolt of Islam, e o inacabado The Triumph of Life. The Cenci (1819) e Prometheus Unbound (1820) são peças dramáticas em 5 e 4 atos respetivamente. Ele também escreveu os romances góticos Zastrozzi (1810) e St. Irvyne (1811) e os contos The Assassins (1814) e The Coliseum (1817).

Shelley ficou famoso pela sua associação com John Keats e Lord Byron. A romancista Mary Shelley foi a sua segunda esposa. É um dos mais significativos poetas românticos da Inglaterra.

 

in Wikipédia


Hymn of Pan

 


From the forests and highlands
         We come, we come;
From the river-girt islands,
         Where loud waves are dumb
                Listening to my sweet pipings.
The wind in the reeds and the rushes,
         The bees on the bells of thyme,
The birds on the myrtle bushes,
         The cicale above in the lime,
And the lizards below in the grass,
Were as silent as ever old Tmolus was,
                Listening to my sweet pipings.

Liquid Peneus was flowing,
         And all dark Tempe lay
In Pelion's shadow, outgrowing
         The light of the dying day,
                Speeded by my sweet pipings.
The Sileni, and Sylvans, and Fauns,
         And the Nymphs of the woods and the waves,
To the edge of the moist river-lawns,
         And the brink of the dewy caves,
And all that did then attend and follow,
Were silent with love, as you now, Apollo,
                With envy of my sweet pipings.

I sang of the dancing stars,
         I sang of the daedal Earth,
And of Heaven, and the giant wars,
         And Love, and Death, and Birth—
                And then I chang'd my pipings,
Singing how down the vale of Maenalus
         I pursu'd a maiden and clasp'd a reed.
Gods and men, we are all deluded thus!
         It breaks in our bosom and then we bleed.
All wept, as I think both ye now would,
If envy or age had not frozen your blood,
                At the sorrow of my sweet pipings.

sábado, julho 06, 2024

Thomas More foi executado há 489 anos...

   
São Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Morus (Londres, 7 de fevereiro de 1478 - Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado como santo da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e a sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.
  
Biografia
Thomas More chegou a se autodescrever como "de família honrada, sem ser célebre, e um tanto entendido em letras". Era filho do juiz Sir John More, investido cavaleiro por Eduardo IV, e de Agnes Graunger. Casou-se com Jane Colt em 1505, em primeiras núpcias, tendo tido como filhos: Margaret, Elizabeth, Cecily e John. Jane morreu em 1511 e Thomas More casou-se em segundas núpcias com Lady Alice Middleton. More era homem de muito bom humor, caseiro e dedicado à família, muito próximo e amigo dos filhos. Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam e Luis Vives.
Deu aos filhos uma educação excecional e avançada para a época, não discriminando a educação dos filhos e das filhas. A todos indistintamente fez estudar latim, grego, lógica, astronomia, medicina, matemática e teologia. Sobre esta família escreveu Erasmo: "Verdadeiramente, é uma felicidade conviver com eles."
Fez carreira como advogado respeitado, honrado e competente e exerceu por algum tempo a cátedra universitária. Em 1504, fazia parte da Câmara dos Comuns da qual foi eleito Speaker (ou presidente), tendo ganho fama de parlamentar combativo. Em 1510, foi nomeado Under-Sheriff de Londres, no ano seguinte juiz membro da Commission of Peace. Entrou para a corte de Henrique em 1520 foi várias vezes embaixador do rei e tornou-se cavaleiro (Knight) em 1521. Foi nomeado vice-tesoureiro e depois Chanceler do Ducado de Lancaster e, a seguir, Chanceler da Inglaterra.
A sua obra mais famosa é "Utopia" (1516) (em grego, utopos = "em lugar nenhum") . Neste livro criou uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspetos desta obra de More é que ela recorreu à alegoria (como no Diálogo do Conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo .
Como intelectual, ele foi inicialmente um humanista no sentido consensual do termo. Latinista, escreveu uma "História de Ricardo III" em texto bilíngue latim-inglês, em que Shakespeare, mais tarde se basearia para escrever a peça de igual nome. Foi um grande amigo de Erasmo de Roterdão que lhe dedicou o seu "In Praise of Folly" (a palavra "folly" equivale à "moria" em grego).
Era um leitor das obras de Santo Agostinho e traduziu para o vernáculo "A Vida de Pico della Mirandolla", obras que exerceram sobre ele grande influência. Escolheu John Colet, sacerdote, como diretor espiritual, que lhe estabeleceu um plano intenso de práticas pietistas.
De Morus teria dito Erasmo: "É um homem que vive com esmero a verdadeira piedade, sem a menor ponta de superstição. Tem horas fixas em que dirige a Deus suas orações, não com frases feitas, mas nascidas do mais profundo do coração. Quando conversa com os amigos sobre a vida futura, vê-se que fala com sinceridade e com as melhores esperanças. E assim é More também na Corte. Isto, para os que pensam que só há cristãos nos mosteiros."
   
O divórcio de Henrique VIII
Thomas Wolsey, Arcebispo de York, não foi bem sucedido na sua tentativa de conseguir o divórcio e anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão como Henrique VIII de Inglaterra pretendia e foi forçado a demitir-se em 1529. More foi nomeado chanceler em sua substituição, sendo evidente que Henrique ainda não se tinha apercebido da retidão de caráter de More nesta matéria.
A sua chancelaria (1529-32) distinguiu-se pela sua exemplaridade, tratando pessoalmente, de todos os litígios existentes, até mesmo os herdados, sendo extremamente eficiente, imparcial e justo em suas decisões.
Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem religioso - ao ponto de se mortificar por Deus - usava por baixo das roupas uma camisa cilício - More via no anulamento do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimónio. Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo (devido às questões pessoais do soberano que conduziram à crise político-diplomática com Roma), More - apoiante das decisões da Santa Sé e arreigadamente católico - deixa o seu cargo de Lord Chancellor do Rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.
A reação de Henrique VIII foi atribuir-se a si mesmo a liderança da Igreja em Inglaterra sendo o sacerdócio obrigado a um juramento ao abrigo do Acto de Supremacia que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.
More escapara, entretanto, a uma tentativa de o implicar numa conspiração. Em 1534, o Parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, e (2) repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.
   
Execução
More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas quais não prestaria o juramento.
Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill, a 6 de julho. Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom humor e, diante das próprias dificuldades reagia com ironia.
Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em atenção à importância do condenado, o rei, "por clemência", reduziu a pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."
A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei. Ele foi sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.
    
Canonização
A sua trágica morte - condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja é à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886 por decreto do Papa Leão XIII e canonizado, conjuntamente com São João Fisher, em 19 de maio de 1935, pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.
Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, o  seu genro, William Roper, escreveu a sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.
Em 2000 São Thomas More foi declarado Patrono dos Estadistas e Políticos pelo Papa João Paulo II:
"Esta harmonia do natural com o sobrenatural é talvez o elemento que melhor define a personalidade do grande estadista inglês: viveu a sua intensa vida pública com humildade simples, caracterizada pelo proverbial «bom humor» que sempre manteve, mesmo na iminência da morte.
Esta foi a meta a que o levou a sua paixão pela verdade. O homem não pode separar-se de Deus, nem a política da moral: eis a luz que iluminou a sua consciência. Como disse uma vez, "o homem é criatura de Deus, e por isso os direitos humanos têm a sua origem n'Ele, baseiam-se no desígnio da criação e entram no plano da Redenção. Poder-se-ia dizer, com uma expressão audaz, que os direitos do homem são também direitos de Deus" (Discurso, 7 de abril de 1998).
É precisamente na defesa dos direitos da consciência que brilha com luz mais intensa o exemplo de Tomás Moro. Pode-se dizer que viveu de modo singular o valor de uma consciência moral que é "testemunho do próprio Deus, cuja voz e juízo penetram no íntimo do homem até às raízes da sua alma" (Carta encíclica Veritatis splendor, 58), embora, no âmbito da ação contra os hereges, tenha sofrido dos limites da cultura de então.