quinta-feira, março 05, 2020
Estaline morreu há 67 anos
quarta-feira, março 04, 2020
O poeta Eugénio de Castro nasceu há 151 anos
Teu corpo de âmbar, gótico, afilado,
Sempre velado de cheirosos linhos,
Teu corpo, aprilino prado,
Por onde o meu desejo, pastor brando,
Risonho há-de viver, pastoreando
Meus beiços, desinquietos cordeirinhos,
Teu corpo é esbelto, ó zagaia esguia,
Como as harpas que o pai de Salomão tangia!
Teu corpo eléctrico, ogival,
Núbil, sequinho, perturbante,
É uma dispensa real:
Os teus olhos são duas cabacinhas
Cheias dum vinho estonteante
Os teus dentes são alvas camarinhas,
Os teus dedos, suavíssimos espargos,
E os teus seios, pêssegos verdes mas não amargos.
Lira de nervos, glória das trigueiras,
Como tu és graciosa! As laranjeiras,
Desde que viste o sol com esses sóis amados,
Só vinte vezes perfumaram noivados!
Nobre e graciosa és, morena das morenas,
Como as senhoras de olhos belos,
Que passeavam nos jardins de Atenas
Com uma cigarra de ouro nos cabelos!
Como tu, eu sou moço! e atrevido
Com Anceu, rei de Samos,
E jamais caçador me fez vencido,
Quando, caçando o javali, ando entre os ramos.
O meu peito é de jaspe, a minha voz macia,
Meus olhos ágeis e dourados como abelhas,
E, para que as colhas, minha boca sadia
E um orvalhado cabazinho de groselhas.
Novos e alegres somos! Ah! que em breve
Nossas bocas se colem voluptuosas;
Vamos sonhar e toucar-nos de rosas,
Enquanto há sol, enquanto não cai neve!
Não te demores,
Ó cheia de graça,
Que os dias correm voadores,
E a mocidade passa...
A mocidade passa... e, um dia, ó meus pecados,
A tua boca vermelha Será uma rosa velha,
E minhas mãos uns lírios fanados...
E então, velhinhos combalidos,
Como dois galhos ressequidos
Sem folhas e sem pomos,
Lembrar-nos-emos do que hoje somos,
Ó maravilha
De graciosidade!
Como dum filho e duma filha
Que nos morressem na flor da idade!
in Silva (1894) - Eugénio de Castro
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Miriam Makeba nasceu há 88 anos
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Lucio Dalla nasceu há 77 anos
ADENDA: uma versão desta música, de Chico Buarque, para quem não entende italiano...
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O Infante de Sagres nasceu há 626 anos
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Gabriel, o Pensador, nasceu há 46 anos
Gabriel Contino (Rio de Janeiro, 4 de março de 1974), mais conhecido pelo nome artístico Gabriel, o Pensador, é um rapper, compositor, escritor e empresário brasileiro.
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Vivaldi nasceu há 342 anos
A Tragédia de Entre-os-Rios foi há dezanove anos
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terça-feira, março 03, 2020
Johann Pachelbel morreu há 314 anos
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Nicola Porpora morreu há 252 anos
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Maria Manuela Couto Viana nasceu há 101 anos
Rimance do rapaz de veludo
O mar de Afife levou-o
E trouxe-o de volta à praia.
Foram três dias de argaço,
Três noites de verde raiva.
Quando o vulto da Estadeia
Se ergueu das bandas de Espanha,
O vento espalhou a angústia
E a lua escondeu a cara.
Em sudário de crespelho
(Cor de sangue e viva brasa)
Jaz o rapaz de veludo
À espera da madrugada.
Sobre o olhar ambarino
Cortinas de longa franja;
Sua boca é uma ferida,
Amarga flor de genciana
- Flor da Senhora das Neves
A da Sagrada Montanha;
Sobre o seu peito redondo
Fio e coração de prata;
O cabelo é palha milho,
Folhelho na desfolhada.
A onda que o embalou
Aconchegado nas algas
Deu-lhe ao corpo de veludo
Um movimento de dança:
A gota de Gondarém
Ou Verde-Gaio da Armada.
Todo o seu corpo macio
Rebrilha como uma chama
Ou espelho de aço fino
Frente ao Sol que se alevanta.
Quem vela e chora esse corpo?
Quem o beija? Quem o canta?
Quem é que o acaricia,
Quem sofregamente o enlaça?
Que vulto o círculo mágico
Silenciosamente traça?
Poetas do mar de Afife
E fandangueiros das Argas,
Boieiras da verde veiga,
Resineiros da Estorranha,
De meio-lenço amarelo,
Cochiné cor de laranja
E o avental vermelho
Com saia de vergastada.
Por isso grito: - Presente!
Como poeta e amada,
Poeta dos mares de Afife,
Amante das noites claras,
A sombra da sua sombra,
A alma da sua alma,
O eco do seu gemido,
O lençol da sua cama.
Viva-morta em mortos-vivos
A responder à chamada
Com o grito da Pieira
De lobos na noite trágica.
Frementes, meus pés desnudos
Pedem terreiro de dança.
Abraçado à concertina,
O Marco Rocha comanda.
Cantava a encomendação
Deolinda da Castelhana,
Enquanto com seus cabelos
Enxugava as minhas lágrimas
E vi que o Nelson de Covas
Já tinha a madeixa branca
E que o bailador perdera
A sua estranha arrogância;
Que era de velhos e mortos
Essa velada macabra.
Só o rapaz de veludo
Tinha sua face intacta
Brilhando no amanhecer
Como concha nacarada.
Fugi gritando nas brumas,
Nas dunas de areia branca.
Em leito de camarinhas
Acordei na manhã alta.
Ai, o rapaz de veludo
Minha noite de ameaça
O meu punhal de ciúme,
Minha constante lembrança!
Só não sei se foi o mar,
Se fui eu que o matara.
Maria Manuela Couto Viana
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segunda-feira, março 02, 2020
Lou Reed nasceu há 78 anos
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Jon Bon Jovi nasceu há 58 anos
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Marcadores: Bed Of Roses, Bon Jovi, country rock, glam metal, hard rock, Jon Bon Jovi, música
Chris Martin - 43 anos
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Marcadores: Champion Of The World, Chris Martin, Coldplay, guitarra, música, Rock alternativo
Berthe Morisot morreu há 125 anos
Foi casada com Eugène Manet, irmão do seu amigo e colega pintor Édouard Manet.
(...)
Berthe Morisot faleceu em 2 de março de 1895, em Paris, devido à uma pneumonia adquirida quando cuidava de Julie, a filha, que também esteve doente. Foi sepultada no Cemitério de Passy, em Paris.
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Marcadores: Berthe Morisot, França, impressionismo, pintura
domingo, março 01, 2020
Coimbra tem mais encanto na hora da despedida...
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que me dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Quem me dera estar contente
Enganar minha dor
Mas a saudade não mente
Se é verdadeiro o amor.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Não me tentes enganar
Com a tua formosura
Que para além do luar
Há sempre uma noite escura.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
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Camilo Pessanha morreu há 94 anos
Inscrição
Eu vi a luz em um país perdido.
A minha alma é lânguida e inerme.
Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!
No chão sumir-se, como faz um verme...
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Marcadores: Camilo Pessanha, poesia, Simbolismo
A Universidade de Coimbra faz hoje 730 anos...!
Roger Daltrey - 76 anos
Nik Kershaw - 62 anos
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Kesha - 33 anos
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Chopin nasceu há 210 anos
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O Parque Nacional de Yellowstone faz 148 anos
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Rosa Casaco, o assassino de Humberto Delgado, nasceu há 105 anos
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Botticelli nasceu há 575 anos
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Porque hoje a mais antiga Universidade portuguesa faz anos...!
Tuna Académica da Universidade de Coimbra
Orfeon Académico de Coimbra
Coro Misto da Universidade de Coimbra
Coro da Capela da Universidade de Coimbra
Sarau Académico da Queima das Fitas 2013
Teatro Académico de Gil Vicente, 3 de Maio de 2013
Maestro: André Granjo
Gaudeamus igitur
Gaudeamus igitur
Juvenes dum sumus.
Post jucundam juventutem
Post molestam senectutem
Nos habebit humus.
Vivat academia!
Vivant professores!
Vivat membrum quodlibet
Vivant membra quaelibet
Semper sint in flore.
Alegremo-nos, portanto,
Enquanto somos jovens.
Depois de uma vida prazenteira,
Após uma velhice doentia,
A terra nos acolherá.
Viva a academia!
Vivam os professores!
Viva cada estudante!
Vivam todos os estudantes!
Estejam sempre no ápice!
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