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domingo, março 30, 2025

Porque hoje é dia de celebrar um grande artista...

Autorretrato com Orelha Enfaixada e Cachimbo, 1889

 

A CABEÇA LIGADA
 

La pintura è una poesia che si vede
Leonardo


 
Van Gogh, queria algo
tão consolador como a música.
 
Os campos de trigo e centeio
com ciprestes, os seus obeliscos,
e lírios e grandes nuvens,
a sesta dos camponeses,
a natureza morta
de girassóis e anémonas,
o sereno bivaque de ciganos,
as árvores com o azul tisnado do céu,
loendros, paveias,roçadores
de pastagens limão ouro pálido,
o semeador ferruginoso de ocre,
enxofre e do tamanho de uma catedral,
o voo de corvos sobre ramos
luminosos e ternos
de amendoeiras em flor.
 
Depois de cortar a orelha
retratou-se com os lábios
pintados de sangue.
Se o sofrimento fosse mensurável,
naquela cara de símio
louco de ser homem
haveria dores
de um inteiro campo de concentração.

  
 
 
in
A Ignorância da Morte (1978) - António Osório

terça-feira, março 25, 2025

Claude Debussy morreu há 107 anos...

    
A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Em França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prélude à l'après-midi d'un Faune ("Prelúdio ao entardecer de um Fauno"), com que, para Pierre Boulez, começou a música moderna, até Jeux ("Jogos"), toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.
  
(...)
  

Em 1909, Debussy soube que sofria de cancro.

A maior parte da sua obra tardia constitui-se de música de câmara, incluindo três sonatas para violoncelo, para violino e para flauta, viola e harpa. Com o organismo minado pelo cancro, Debussy continuou a trabalhar. A eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, roubou-lhe todo o interesse pela música. Após um ano de silêncio, ele percebeu que tinha de contribuir para a luta da única maneira que podia, "criando com o melhor de minha capacidade um pouco daquela beleza que o inimigo está atacando com tanta fúria". Uma de suas últimas cartas fala da sua "vida de espera - a minha existência sala de espera, eu poderia chamá-la - porque sou um pobre viajante esperando por um comboio que não virá." O seu último trabalho, a Sonata para Violino e Piano L 140, foi executado em maio de 1917, com ele ao piano. Ele tocou essa mesma peça em setembro, em Saint-Jean-de-Luz. Foi a última vez que tocou em público. Debussy morreu em 25 de março de 1918, durante o bombardeamento de Paris, durante a última ofensiva alemã da Primeira Guerra Mundial. Encontra-se sepultado no Cemitério de Passy, em Paris. Pouco tempo depois, em 14 de julho de 1919, também morreria a sua filha, Chouchou, de difteria. Ela foi sepultada no túmulo de seu pai, em Passy. 
   
 

segunda-feira, março 17, 2025

A exposição que mostrou a pintura de van Gogh ao mundo foi há 124 anos...


Onze anos após suicídio, quadros de Van Gogh são exibidos em Paris

Em 17 de março de 1901, quadros do pintor holandês Vincent van Gogh são exibidos na galeria Bernheim-Jeune em Paris. Os 71 quadros, que capturavam seus objetos com fortes pinceladas e cores expressivas, causaram viva sensação no mundo da arte. Onze anos antes, enquanto vivia em Auvers-sur-Oise, arredores de Paris, van Gogh cometeu suicídio, sem ter qualquer noção de que seus trabalhos teriam um destino: o de conquistar a consagração, muito além de seus enlouquecidos sonhos. 
Em vida, van Gogh tinha conseguido vender apenas um quadro por míseros francos. Recentemente, uma de suas pinturas – Os Girassóis da Yasuda – foi vendida num dos leilões da Casa Christie de Londres em 1987 por exatamente 40 milhões de dólares.
Nascido em Zundert, Holanda, em 1853, van Gogh trabalhou como vendedor numa galeria de arte, como professor de idioma, como vendedor de livros e como evangelizador entre mineiros belgas, antes de se fixar em sua verdadeira vocação como artista plástico.
O que é conhecida como sua “década produtiva” começou em 1880, tendo se limitado nos primeiros anos quase que inteiramente em desenhos e aguarelas enquanto ia adquirindo competência técnica. Ele estudou desenho na Academia de Bruxelas e em 1881 estabeleceu-se na Holanda para trabalhar tendo como motivo a natureza.

Fase pós-impressionista
O seu mais famoso quadro do período holandês foi o sombrio e pouco sofisticado “Os comedores de batatas” (1885), que não escondia a influência de Jean-Francois Millet, um pintor francês famoso por seus temas campestres.
Em 1886, van Gogh passou a viver com seu irmão, Theo, em Paris. Lá, van Gogh encontrou-se com os mais destacados pintores franceses do período do pós-impressionismo como Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Camille Pissarro e Georges Seurat. Foi bastante influenciado pelas teorias desses artistas e a conselho de Pissarro adotou o estilo de cores primárias bastante fortes, como o amarelo, para as quais o pintor atribuía significados próprios e pelo qual se tornou famoso. Seu quadro “Retrato do Pai Tanguy (1887) foi a sua primeira obra de sucesso em sua nova fase pós-impressionista.
Em 1888, van Gogh, mentalmente exausto e sentindo estar se tornando um fardo para Theo, deixou Paris e passou a residir em Arles, no sudeste da França. O ano que se seguiu marcou seu primeiro grande período. Trabalhando com grande velocidade e intensidade, produziu um conjunto de obras magistrais como a série de Girassóis e o “Café à Noite”.

Orelha
Esperava formar uma plêiade de pintores com a mesma visão artística em Arles. Gauguin juntou-se a ele para dois tensos meses que culminaram quando van Gogh ameaçou Gauguin com uma lâmina de barbear para em seguida, subitamente, cortar um pedaço de sua própria orelha. Foi seu primeiro acesso de doença mental, diagnosticado como demência.
Van Gogh passou duas semanas no Hospital de Arles e em abril de 1889 internou-se no asilo de Saint-Remy-en-Provence. Ali permaneceu por 12 meses, continuando a trabalhar nos interregnos dos recorrentes ataques. Um dos grandes quadros desse período foi o visionário e em redemoinhos “Noite Estrelada” (1889).
  
Suicídio
Em maio de 1890, deixou o asilo, visitando Theo em Paris antes de passar a viver com Paul-Ferdinand Gachet, um médico homeopata, amigo de Pissarro, em Auvers-sur-Oise. Trabalhou com entusiasmo por diversos meses, porém, o seu estado emocional e mental logo se deteriorou. No final de julho de 1890, sentindo-se que era um peso para Theo e outros, atirou contra si mesmo. Morreu dois dias mais tarde, em 29 de julho, nos braços do seu irmão.
Havia exibido algumas telas no Salão dos Independentes em Paris e em Bruxelas. Após a sua morte ambos os salões realizaram uma pequena amostra do seu trabalho, como homenagem póstuma. Na década que se seguiu um punhado de outras exibições de Van Gogh teve lugar, mas foi somente com a mostra da galeria Bernheim-Jeune, em 1901, que foi reconhecido como um verdadeiro grande pintor. Nas décadas seguintes a sua fama cresceu exponencialmente e hoje em dia as suas obras estão entre as mais consagradas no mundo da arte.
  

domingo, março 02, 2025

Berthe Morisot morreu há 130 anos...

Berthe Morisot - Edouard Manet, 1872
     
Berthe Morisot (Bourges, Cher, 14 de janeiro de 1841 - Paris, 2 de março de 1895) foi uma pintora impressionista francesa.
Expôs seus trabalhos, pela primeira vez, no prestigiado Salão de Paris, em 1864, patrocinado pela Academia de Belas-Artes de Paris. Os seus trabalhos foram selecionados para as exposições seguintes, juntamente com os de Paul Cézanne, Edgar Degas, Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir e Alfred Sisley.
Foi casada com Eugène Manet, irmão do seu amigo e colega pintor Édouard Manet. Depois de participar da primeira exposição dos impressionistas, em 1874, a pintora iniciou uma série de viagens de estudo pela Itália, Países Baixos e Bélgica. As suas obras foram apresentadas em 1886 em Nova Iorque, e um ano mais tarde na Exposição Internacional de Paris. A obra de Berthe Morisot representa uma reflexão afirmativa da obra de Manet, embora com pinceladas mais longas e suaves, com tendência para a verticalização, numa tentativa de organizar a composição.
    
(...)
   
Berthe Morisot faleceu em 2 de março de 1895, em Paris, devido à uma pneumonia que contraiu quando cuidava de Julie, a filha, que também esteve doente. Foi sepultada no Cemitério de Passy, em Paris.
  
Jeune fille au bal, óleo sobre tela, 1875
      
    in Wikipédia

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Renoir nasceu há cento e oitenta e quatro anos

Busto de Pierre-Auguste Renoir, no Museu Nacional de Varsóvia, autoria do escultor francês Aristide Maillol

       
  

 
Desde o princípio que a sua obra foi influenciada pela sensualidade e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza das suas habilidades anteriores, como decorador de porcelana. O seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor durante o seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu numa mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados e o seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou a obra Ao Piano, em 1892.
  
"O camarote", 1874

 

Auguste Renoir, Autoportrait, 1876, Fogg Art Museum, Cambridge (Massachusetts)

quarta-feira, janeiro 29, 2025

Alfred Sisley faleceu há 126 anos...

Retrato de Sisley feito por Renoir em 1874
        
Alfred Sisley (Paris, 30 de outubro de 1839 - Moret-sur-Loing, 29 de janeiro de 1899) foi um pintor francês de ascendência e nacionalidade britânica.
Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em Londres, (1857-1861) para continuar o trabalho do seu pai, diretor de uma empresa de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Porém em vez de estudar, passava o tempo a visitar museus e copiando esboços de Constable, Turner e Bonington. Quando voltou para Paris conseguiu autorização dos pais para entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de Paris, Sisley conheceu Renoir, Bazille e Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em 1877 participou da terceira exposição do grupo impressionista. Juntamente com Camille Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do impressionismo, sendo considerado também um dos pintores da escola de Barbizon.
Os seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de Jean-Baptiste Camille Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais subtis da luz, habilidade que demonstra nos seus quadros das estações do ano.
Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando as suas paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs os seus quadros, sem sucesso, em Paris. Mais tarde, em 1890, Sisley foi indicado como académico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs as suas obras pela última vez, no ano de 1898.
   
Biografia
A família de Sisley, proveniente de Manchester, morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, William, exportava flores artificiais para a América do Sul. A mãe, Felicia Sell, era de uma família inglesa culta. O pai estimulava Alfred Sisley a interessar-se pelo comércio, razão pela qual o mandou para Londres estudar.
Entre 1857 e 1861, Sisley ficou em Londres para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros pintores como Frédéric Bazille, Claude Monet e Renoir.
Em 1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol.
Até praticamente 1870, Sisley pintava com tons escuros, mas a partir de então as suas cores tornam-se mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios, tema constante de suas obras.
O pai foi à falência com o fim da guerra franco-prussiana e morreu pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver do próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima de Paris.
Em 1872, Sisley conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, que investia o seu dinheiro em obras impressionistas. Em 1874, Sisley expôs cinco telas na exposição independente do Salão Oficial de Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso. No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro. Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição independente sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela.
Em 1877, Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta de Fontainebleu. Ano após ano a sua situação financeira piorava. Procurou ajuda do marchand Durand que, em 1883 promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em Moret-sur-Loing.
Foi só no ano de 1890 que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento pelo seu trabalho, ao participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1897, George Petit, um marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, que não vendeu nenhum quadro.
Em 1898, Eugenie Lescouezec, a sua mulher morreu a 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois, em 29 de janeiro de 1899, sem o reconhecimento merecido em vida.

  

"Neve em Louveciennes", obra de 1878
    
"A ponte e os Moinhos de Moret", obra de 1888
        

quinta-feira, janeiro 23, 2025

Manet nasceu há 193 anos

    
Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 - Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.
Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant.
Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também pela sua técnica, que escapava às convenções académicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua libertação das associações literárias tradicionais, cómicas ou moralistas, com a pintura, deve o facto de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. As suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano.
 
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Retrato do Senhor e Senhora Auguste Manet

 

 A execução de Maximiliano - 1867
      
Olympia
     
  in Wikipédia

domingo, janeiro 19, 2025

Cézanne nasceu há 186 anos...


Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 - Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das conceções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
   

Os jogadores de cartas, 1892-1895 - Courtauld Institute of Art, Londres
 
 
  

"A casa do enforcado", 1873 - Museu d’Orsay, Paris
        

 

terça-feira, janeiro 14, 2025

Berthe Morisot nasceu há 184 anos...

Berthe Morisot - Edouard Manet, 1872
     
Berthe Morisot (Bourges, Cher, 14 de janeiro de 1841 - Paris, 2 de março de 1895) foi uma pintora impressionista francesa.
Expôs seus trabalhos, pela primeira vez, no prestigiado Salão de Paris, em 1864, patrocinado pela Academia de Belas-Artes de Paris. Os seus trabalhos foram selecionados para as exposições seguintes, juntamente com os de Paul Cézanne, Edgar Degas, Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir e Alfred Sisley.
Foi casada com Eugène Manet, irmão do seu amigo e colega pintor Édouard Manet. Depois de participar da primeira exposição dos impressionistas, em 1874, a pintora iniciou uma série de viagens de estudo pela Itália, Países Baixos e Bélgica. As suas obras foram apresentadas em 1886 em Nova Iorque, e um ano mais tarde na Exposição Internacional de Paris. A obra de Berthe Morisot representa uma reflexão afirmativa da obra de Manet, embora com pinceladas mais longas e suaves, com tendência para a verticalização, numa tentativa de organizar a composição.
    
(...)
   
Berthe Morisot faleceu em 2 de março de 1895, em Paris, devido à uma pneumonia adquirida quando cuidava de Julie, a filha, que também esteve doente. Foi sepultada no Cemitério de Passy, em Paris.
 

  
Jeune fille au bal, óleo sobre tela, 1875
      
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quinta-feira, dezembro 05, 2024

Claude Monet morreu há 98 anos...

        
Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 - Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha. A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, tendo consciência da revolução que estavam a iniciar na pintura.
    

 
A ponte japonesa
   

terça-feira, dezembro 03, 2024

Renoir morreu há 105 anos...

    
Desde o princípio que a sua obra foi influenciada pela sensualidade e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza das suas habilidades anteriores, como decorador de porcelana. O seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria a sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor durante o seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu numa mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados e o seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou a obra Ao Piano, em 1892.
 
Auguste Renoir, Autoportrait, 1876, Fogg Art Museum, Cambridge (Massachusetts)
   
"O camarote", 1874
  
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domingo, dezembro 01, 2024

O Museu de Orsay celebra hoje 38 anos

Museu de Orsay, fachada sobre o Sena
   
O Museu de Orsay (musée d'Orsay em francês) é um museu na cidade de Paris, na França. Situa-se na margem esquerda do rio Sena, no VII Bairro de Paris. As coleções do museu apresentam principalmente pinturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Degas, Maurice Denis e Odilon Redon. Existem também exposições temporárias que ocorrem paralelamente à exposição permanente.
  
Relógio do átrio principal do museu

História
O edifício, que atualmente alberga o museu, era originalmente uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans (em português, Caminho de ferro de Paris a Orleães), no local onde se erguera até 1871 um antigo palácio administrativo, o Palais d'Orsay. Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projeto foi do arquiteto Victour Laloux.
Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orleães devido ao comprimento reduzido do cais, passando a ser apenas uma estação da rede suburbana de caminhos de ferro; e mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial serviu de centro de correios. A estação foi fechada a 1 de janeiro de 1973.
Em 1977, o Governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterrand, a 1 de dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação.

Coleções
As coleções do museu provêm essencialmente de três locais: do Museu do Louvre, as obras de artistas nascidos a partir de 1820, ou que tenham emergido no mundo da arte com a Segunda República; do museu do Jeu de Paume, as obras impressionistas desde 1947; e do museu de arte moderna de Paris, as obras mais recentes. Estas coleções abrangem várias vertentes das artes plásticas tais como a pintura, a escultura, a fotografia entre outras.

Pintores

Escultores
 

Paul Gauguin - Arearea

   
 
van Gogh - Noite Estrelada Sobre o Rio Ródano
    
Henri Rousseau - A Encantadora de Serpentes
   

quinta-feira, novembro 14, 2024

Claude Monet nasceu há 184 anos

       
Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 - Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha. A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, tendo consciência da revolução que estavam a iniciar na pintura.
 

 

A ponte Japonesa
   

quarta-feira, novembro 13, 2024

Camille Pissarro morreu há 121 anos...


Auto-retrato de Camille Pissarro
    
Jacob Abraham Camille Pissarro (Charlotte Amalie, ilha de São Tomás, Índias Ocidentais Dinamarquesas, hoje Ilhas Virgens Americanas, 10 de julho de 1830 - Paris, 13 de novembro de 1903) foi um pintor francês, co-fundador do impressionismo, e o único que participou nas oito exposições do grupo (1874-1886).
  
O seu pai, Abraham Frederic Gabriel Pissarro, era português cripto-judeu de Bragança, que, no final do século XVIII, quando ainda pequeno, emigrara, com a sua família, para Bordéus, onde na altura existia uma comunidade significativa de judeus portugueses, refugiados da Inquisição. A mãe dele era crioula e tinha o nome Rachel Manzano-Pomie.
Com 11 anos Camille Pissarro foi enviado a Paris para estudar num colégio interno. Voltou para a ilha São Tomás, a fim de tomar conta do negócio da família. Algum tempo depois, a sua paixão pela pintura fê-lo mudar de vida: fez em 1852 amizade com o pintor dinamarquês, Fritz Melbye e a oportunidade de concretizar o seu sonho surgiu com um convite para acompanhar uma expedição do Fritz Melbye, enviado pelo governo das Antilhas Dinamarquesas, para estudar a fauna e a flora da Venezuela, onde passou dois anos.
Pissarro conquistou a sua liberdade aos 23 anos. Em 1855, ele já estava em Paris com ajuda de Anton Melbye, tentando iniciar a sua carreira. O jovem antilhano fascinou-se com as telas de Camille Corot e travou amizade com Paul Cézanne, Claude Monet, Charles-François Daubigny, entre outros pintores impressionistas. Com Monet passou a sair para pintar ao ar livre, em Pontoise e Louvenciennes. Em 1861 casou com Julie Vellay, de quem teve oito filhos.
Faleceu em 13 de novembro de 1903 e foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, Paris na França.
    

 

Entrée du village de Voisins - 1872
 
La Moisson, 1882

quarta-feira, outubro 30, 2024

Alfred Sisley nasceu há 185 anos...

Retrato de Sisley, feito por Renoir, em 1874
        
Alfred Sisley (Paris, 30 de outubro de 1839 - Moret-sur-Loing, 29 de janeiro de 1899) foi um pintor francês de ascendência e nacionalidade britânica.
Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em Londres, (1857-1861) para continuar o trabalho do seu pai, diretor de uma empresa de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Porém em vez de estudar, passava o tempo a visitar museus e copiando esboços de Constable, Turner e Bonington. Quando voltou para Paris conseguiu autorização dos pais para entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de Paris, Sisley conheceu Renoir, Bazille e Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em 1877 participou da terceira exposição do grupo impressionista. Juntamente com Camille Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do impressionismo, sendo considerado também um dos pintores da escola de Barbizon.
Os seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de Jean-Baptiste Camille Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais subtis da luz, habilidade que demonstra nos seus quadros das estações do ano.
Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando as suas paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs os seus quadros, sem sucesso, em Paris. Mais tarde, em 1890, Sisley foi indicado como académico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs as suas obras pela última vez, no ano de 1898.
   
Biografia
A família de Sisley, proveniente de Manchester, morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, William, exportava flores artificiais para a América do Sul. A mãe, Felicia Sell, era de uma família inglesa culta. O pai estimulava Alfred Sisley a interessar-se pelo comércio, razão pela qual o mandou para Londres estudar.
Entre 1857 e 1861, Sisley ficou em Londres para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros pintores como Frédéric Bazille, Claude Monet e Renoir.
Em 1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol.
Até praticamente 1870, Sisley pintava com tons escuros, mas a partir de então as suas cores tornam-se mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios, tema constante de suas obras.
O pai foi à falência com o fim da guerra franco-prussiana e morreu pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver do próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima de Paris.
Em 1872, Sisley conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, que investia o seu dinheiro em obras impressionistas. Em 1874, Sisley expôs cinco telas na exposição independente do Salão Oficial de Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso. No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro. Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição independente sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela.
Em 1877, Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta de Fontainebleu. Ano após ano a sua situação financeira piorava. Procurou ajuda do marchand Durand que, em 1883 promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em Moret-sur-Loing.
Foi só no ano de 1890 que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento pelo seu trabalho, ao participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1897, George Petit, um marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, que não vendeu nenhum quadro.
Em 1898, Eugenie Lescouezec, a sua mulher morreu a 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois, em 29 de janeiro de 1899, sem o reconhecimento merecido em vida.
 
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O canal Saint-Martin em Paris

  

"Neve em Louveciennes", obra de 1878
    
"A ponte e os Moinhos de Moret", obra de 1888