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sábado, março 01, 2025

O Parque Nacional de Yellowstone faz hoje 153 anos

  

O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional norte-americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma área de 8.980 km², estando a maior parte dele no condado de Park, no noroeste do Wyoming. O parque é famoso por ter, entre outras atrações, os seus geiseres, as suas fontes termais e pela sua variedade de vida selvagem, na qual se incluem ursos mansos, lobos, bisontes, alces e outros animais. É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no planeta. O geiser mais famoso do mundo, denominado Old Faithful, encontra-se neste parque. A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana
  
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Old Faithful Geyser
  
Muito antes de haver presença humana em Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejetou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos, a maioria do centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção do Monte Santa Helena, em 1980, e deixou uma enorme caldeira vulcânica (70 km por 30 km) assentada sobre uma câmara magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640.000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos posteriores à sua ocorrência.

  

  
in Wikipédia

sábado, fevereiro 01, 2025

Hoje é dia de recordar que há 207 anos houve uma erupção no Pico...!

(imagem daqui)
  
Santa Luzia é uma freguesia portuguesa do concelho de São Roque do Pico, com 30,69 km² de área e 422 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 13,8 hab/km². Localiza-se a uma latitude 38.55 (38°33') Norte e a uma longitude 28.4 (28°24') Oeste, estando a uma altitude de 118 metros.
Esta localidade foi em 1617 elevada à categoria de freguesia, sob a invocação de Santa Luzia, tendo-se na altura construído uma ermida que durante 101 anos, até 1718, guardou a imagem da referida santa.
No dia de 1 de fevereiro de 1718 iniciou-se uma crise sísmica e eruptiva que destruiu praticamente tudo o que era construção humana e cobriu a terra com uma espessa camada de lava que se estendeu em grande largura e por uma extensão de nove quilómetros até ao mar, destruindo o templo então ali existente, datado de 1617 e dedicado à evocação da referida Santa Luzia. 
     

    

Lava encordoada na Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da ilha do Pico, lajido de Santa Luzia

   

Os Mistérios de Santa Luzia são uma localidade da Freguesia de Santa Luzia, Concelho de São Roque do Pico, ilha do Pico, arquipélago dos Açores.

Na origem desta local estiveram duas erupções vulcânicas, uma ocorrida no século XVI e uma outra nos princípios do século XVIII, mais precisamente em 1718. Esta última erupção teve grande violência, tendo procedido à expulsão de grandes quantidades de lava, cujas escoadas de lava, em alguns casos, chegaram a percorrer distâncias de nove quilómetros até atingirem o mar entre o Porto do Cachorro e o Lajido.

Estes campos de lava negra, tem sido ao longo dos séculos locais de cultivo de vinha, de cujos vinhos de elevadas qualidades se destaca o Verdelho

 


in Wikipédia

sexta-feira, janeiro 03, 2025

Às vezes a causa de mudanças climáticas é geológica...

Encontrado o misterioso vulcão que há 200 anos quase destruiu o Mundo

 

A erupção misteriosa ocorreu no vulcão Zavaritskii, na ilha de Simushir, e criou uma caldeira com 3 km de largura, revelando espetaculares camadas vermelhas, pretas e brancas constituídas por depósitos eruptivos do passado

 

A identidade do misterioso do vulcão responsável por uma erupção vulcânica gigante que intrigou os cientistas durante quase 200 anos foi finalmente encontrada: foi o vulcão Zavaritskii, na remota e desabitada ilha de Simushir, parte das Ilhas Curilhas

Em 1831, uma erupção vulcânica maciça lançou gases sulfurosos na atmosfera, refletindo a luz solar e provocando um arrefecimento global de cerca de 1ºC.

Este tempo frio, bem documentado em todo o mundo, levou a quebras de colheitas generalizadas e a fomes devastadoras.

O compositor Felix Mendelssohn chegou mesmo a escrever sobre o tempo catastrófico durante a sua viagem de verão pelos Alpes, em 1831: “Tempo desolador, voltou a chover toda a noite e toda a manhã, está tão frio como no inverno, já há neve profunda nas colinas mais próximas…

A erupção de 1831 é a mais recente “erupção misteriosa” da Terra. Embora os cientistas soubessem que se tratava de um acontecimento importante que causou alterações climáticas e convulsões sociais, a identidade do vulcão responsável permaneceu desconhecida e ferozmente debatida, até agora.

Num novo estudo, uma equipa liderada por Will Hutchison, investigador da Universidade de St Andrews, analisou os registos do núcleo de gelo do evento de 1831 e identificou uma “correspondência perfeita das impressões digitais” dos depósitos de cinzas.

Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado a semana passada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Só nos últimos anos é que desenvolvemos a capacidade de extrair fragmentos microscópicos de cinzas de núcleos de gelo polar e efetuar análises químicas detalhadas. São incrivelmente minúsculos, com cerca de um décimo do diâmetro de um cabelo humano”, explica Hutchison num comunicado da universidade.

Hutchison e a sua equipa conseguiram datar com precisão e fazer corresponder os depósitos do núcleo de gelo ao vulcão Zavaritskii, na remota e desabitada ilha de Simushir, parte das Ilhas Curilhas.

Estas ilhas são um território disputado entre a Rússia e o Japão. Atualmente controladas pela Rússia, funcionam como um posto militar estratégico.

Durante a Guerra Fria, num enredo que faz lembrar um filme de Bond, os soviéticos utilizaram Simushir como base secreta de submarinos nucleares, atracando os navios numa cratera vulcânica inundada.

“Analisámos a química do gelo com uma resolução temporal muito elevada. Isto permitiu-nos identificar o momento exato da erupção, na primavera/verão de 1831, confirmar que foi altamente explosiva e depois extrair os pequenos fragmentos de cinzas”, acrescenta Hutchison.

“Encontrar a correspondência demorou muito tempo e exigiu uma colaboração alargada com colegas do Japão e da Rússia, que nos enviaram amostras recolhidas nestes vulcões remotos há décadas”, nota o investigador.

“O momento no laboratório em que analisámos as duas cinzas juntas, uma do vulcão e outra do núcleo de gelo, foi um verdadeiro momento eureka. Não conseguia acreditar que os números eram idênticos”, conta Hutchison.

“Depois disso, passei muito tempo a investigar a idade e a dimensão da erupção nos registos de Kuril para me convencer verdadeiramente de que a correspondência era real“, admite.

Os resultados do estudo permitem identificar as Ilhas Kuril como uma região vulcânica pouco estudada mas extremamente produtiva.

O vulcão responsável pela erupção de 1831 era muito remoto, mas teve um impacto global significativo no clima e consequências graves para as populações humanas.

Identificar as fontes destas erupções misteriosas é crucial, pois permite aos cientistas cartografar e monitorizar as regiões da Terra com maior probabilidade de produzir eventos vulcânicos que alteram o clima.

“Há muitos vulcões como este, o que realça a dificuldade de prever quando ou onde poderá ocorrer a próxima erupção de grande magnitude. Como cientistas e como sociedade, temos de pensar em coordenar a resposta internacional quando ocorrer a próxima grande erupção, como a de 1831”, conclui.

 

in Wikipédia

Há novidades sobre vulcanismo atenuado em Marte...

Black Beauty foi encontrado na Terra em 2011. Agora, um grão de zircão deste meteorito prova que existiram termas em Marte

 

 

Um mineral preso num meteorito marciano que caiu na Terra revelou vestígios de água em Marte que datam de há 4,45 mil milhões de anos, de acordo com uma nova investigação. O grão de zircão pode conter a mais antiga prova direta de água quente no planeta vermelho, que pode ter proporcionado ambientes como as fontes termais que estão associadas à vida na Terra.

A descoberta abre novos caminhos para compreender se Marte foi habitável no passado. Também acrescenta mais suporte às observações já recolhidas pela frota de naves espaciais que orbitam e percorrem o planeta vermelho, que detetaram indícios da existência de rios e lagos na superfície marciana.

Mas, continuam a existir questões fundamentais sobre quando exatamente a água apareceu em Marte e como evoluiu - e desapareceu - ao longo do tempo.

Os cientistas analisaram uma amostra do meteorito “Black Beauty”, também conhecido como NWA 7034, que foi encontrado no deserto do Saara, em 2011. O meteorito foi ejetado da superfície marciana depois de outro objeto celeste ter atingido o planeta entre 5 milhões e 10 milhões de anos atrás, e os seus fragmentos têm servido como uma fonte determinante para estudar Marte antigo durante anos.

O novo estudo, publicado na revista Science Advances a 22 de novembro, centrou-se num único grão do mineral zircão encontrado no meteorito. A análise da equipa mostra que a água estava presente apenas 100 milhões de anos após a formação do planeta, o que sugere que Marte pode ter sido capaz de suportar vida em algum momento da sua história.

“Os nossos dados sugerem a presença de água na crosta de Marte numa altura comparável à das primeiras evidências de água na superfície da Terra, há cerca de 4,4 mil milhões de anos”, afirma o principal autor do estudo, Jack Gillespie, investigador da Faculdade de Geociências e Ambiente da Universidade de Lausanne, na Suíça, num comunicado. “Esta descoberta fornece novas provas para a compreensão da evolução planetária de Marte, dos processos que nele tiveram lugar e do seu potencial para ter albergado vida.”

 

Minerais como cápsulas do tempo

As rochas podem conter as respostas a algumas das maiores questões que ainda subsistem sobre Marte, incluindo a quantidade de água existente e se alguma vez existiu vida no planeta. É por isso que meteoritos como o Black Beauty são de grande interesse para os cientistas. Carl Agee, professor e diretor do Instituto de Meteorítica da Universidade do Novo México, apresentou pela primeira vez a rocha espacial à comunidade científica em 2013.

“(O meteorito Black Beauty) contém centenas de fragmentos de rochas e minerais, cada um com uma parte diferente dos 4,5 mil milhões de anos da história marciana”, diz o coautor do estudo, Dr. Aaron Cavosie, cientista planetário e professor sénior do Centro de Ciência e Tecnologia Espacial da Universidade de Curtin, num e-mail. “É a única fonte de peças para o puzzle geológico do Marte pré-Noachiano”.

O período Noachiano ocorreu entre 4,1 e 3,7 mil milhões de anos atrás, e pouco se sabe a partir de medições diretas que datam do período pré-Noachiano em Marte, entre 4,5 mil milhões e 4,1 mil milhões de anos atrás, embora seja crucial compreender porque serve como a primeira página no livro de história de Marte, disse Cavosie.

Mas, o Black Beauty revelou alguns dos seus segredos. Muitos dos fragmentos de rocha que o meteorito contém mostram que a crosta marciana sofreu uma série de impactos, causando uma enorme quantidade de perturbações na superfície do planeta, explicou o mesmo especialista.

A rocha espacial também contém os mais antigos fragmentos conhecidos de Marte, incluindo os mais antigos zircões, explica Cavosie.

O zircão, usado em produtos como joias, azulejos de cerâmica e implantes médicos, é um mineral resistente que pode ajudar os cientistas a perscrutar o passado e a determinar as condições presentes quando cristalizou, incluindo a temperatura na altura e se o mineral interagiu com a água.

“O zircão contém vestígios de urânio, um elemento que funciona como um relógio natural”, refere Gillespie, que era investigador associado de pós-doutoramento na Escola de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade de Curtin na altura do estudo. “Este elemento decompõe-se em chumbo ao longo do tempo a uma taxa conhecida com precisão. Comparando o rácio entre o urânio e o chumbo, podemos calcular a idade de formação dos cristais”.

O zircão do Black Beauty não foi alterado pela sua viagem à Terra e pela sua entrada ardente na atmosfera do nosso planeta antes de se despenhar no Saara, porque estava protegido pela sua localização no interior do meteorito, disse Cavosie.

Durante a análise do grão de zircão, a equipa de estudo detetou quantidades invulgares de ferro, sódio e alumínio, sugerindo que fluidos ricos em água deixaram estes vestígios no zircão quando este se formou há 4,45 mil milhões de anos. Estes elementos não são normalmente encontrados no zircão cristalino, mas os estudos à escala atómica dos investigadores do zircão mostraram os elementos incorporados na estrutura cristalina e alinhados como bancas de fruta num mercado, disse Cavosie.

“Pelos padrões de como os elementos (ferro, alumínio e sódio) se encontram no interior do zircão, podemos dizer que foram incorporados no grão à medida que este crescia, como as camadas de uma cebola”, acrescenta Cavosie.

Na Terra, os zircões de sistemas hidrotermais - que se formam quando a água é aquecida por atividade vulcânica subterrânea, como o fluxo ascendente de magma quente - têm padrões semelhantes aos encontrados em Black Beauty.

Se existiam sistemas hidrotermais na crosta marciana há 4,45 mil milhões de anos, é provável que a água líquida tenha chegado à superfície.

“A nossa experiência na Terra mostra que a água é essencial para os habitats capazes de suportar vida”, argumenta Cavosie. “Muitos ambientes na Terra albergam vida em sistemas de água quente, incluindo nascentes de água quente e fontes hidrotermais. Estes ambientes podem ter dado origem às primeiras formas de vida na Terra. O nosso novo estudo mostra que a crosta de Marte era quente e húmida no período pré-Noachiano, o que significa que podem ter existido ambientes habitáveis nessa altura.”

 

Aproximar-se de Marte

Cavosie tem curiosidade em determinar se os sistemas hidrotermais, como as fontes termais, eram predominantes quando o magma estava a ajudar a formar a crosta do planeta vermelho, entre 4,48 mil milhões e 4,43 mil milhões de anos atrás, ou se eram mais episódicos.

“Se os sistemas hidrotermais eram uma caraterística estável no início de Marte, isso indicaria que as condições de habitabilidade podem ter persistido durante um período de tempo considerável”, explica Cavosie. “Esta é agora uma hipótese testável que pode ser abordada através da recolha de mais dados de zircões marcianos”.

Até que as amostras possam ser devolvidas diretamente de Marte, o meteorito Black Beauty é uma das melhores janelas para a formação da crosta marciana e para a superfície inicial de Marte, disse Briony Horgan, co-investigadora da missão do rover Perseverance e professora de ciências planetárias na Universidade Purdue em West Lafayette, Indiana. Horgan não esteve envolvido neste estudo.

Encontrar provas de sistemas hidrotermais na subsuperfície a partir de um pequeno grão de zircão alinha-se com as teorias científicas sobre a quantidade de água e a atividade vulcânica que existia em Marte antigo, disse. E estes primeiros ambientes potencialmente habitáveis teriam sido protegidos da radiação por um forte campo magnético planetário, que Marte não tem atualmente, acrescentou Horgan. Os cientistas ainda estão a tentar explicar como é que o planeta vermelho perdeu o seu campo magnético protetor.

Atualmente, o rover Perseverance está a escalar a borda da cratera Jezero em Marte, um antigo lago que se encheu de água há 3,7 mil milhões de anos. Algumas das rochas que o rover encontrou podem ter sido formadas por sistemas hidrotermais, disse Horgan.

O rover vai recolher amostras das rochas porque estas podem preservar provas de vida microbiana antiga.

“Por muito que os meteoritos nos possam dizer, podemos fazer ainda melhor com uma amostra de rocha cuidadosamente selecionada e intacta de um local conhecido em Marte com um bom contexto geológico”, diz Horgan. “Por isso, este artigo é uma grande motivação para trazer as nossas amostras de Marte para a Terra, para serem estudadas com o mesmo nível de pormenor nos próximos anos”.

 

in CNN Portugal

quarta-feira, dezembro 18, 2024

A sétima erupção do vulcão Grindavik, na Islândia, decorreu de 20 de novembro a 8 de dezembro...

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Eruption visible from Reykjavík on 20 November 2024

 

On 20 November 2024, the seventh eruption in an ongoing volcanic series began at 23:14 UTC, following a series of small earthquakes that started over 40 minutes earlier. A fissure initially measuring 2 km long formed, extending north-east to 3 km in about 2.5 hours, with lava flowing to both the west and east. The eruption’s lava flow rate was about 1,300 m3/s in the first hours, which was considerably lower than in the August–September eruption 2024. Within the first seven hours, the eruption had spread to nearly 7 km2, and lava quickly approached Route 43 (Grindavíkurvegur), crossing it over five hours after the eruption started. By 11 hours, the lava had reached the Blue Lagoon's parking lot and engulfed it, along with a temporary service building. At that point, the lava was advancing at approximately 100 m per hour. Around 10 million m3 of magma had flowed from the magma chamber in the first hours, about half the volume of the previous eruption. After less than 24 hours, only three craters remained active, with the middle one producing the most significant output.

By the eighth day, the lava field had reached an area of 9.1 km2, with a total volume of 47 million m3 and only one crater active. The rate of lava effusion, while initially declining after the eruption's onset, had stabilised and remained relatively consistent. On the same day, the lava flow rate was measured at approximately 7–8 m3/s, a substantial decline compared to the eruption's first day. The volcanic activity also released an estimated 64–71 kg/s of sulfur dioxide. During its second week, the lava primarily flowed south-eastward, advancing toward Sandhóll [ˈsantˌhou̯tl̥] and Fagradalsfjall. Additionally, the eruption began to stabilise as a balance was reached between the inflow of magma to the reservoir beneath Svartsengi and the effusion of lava at the surface. The sole active crater continued to grow, raising concerns about the potential for structural collapse. By the third week, eruptive activity gradually diminished, accompanied by a steady decline in volcanic tremor measurements.

At the onset of the eruption, authorities described its location as "favourable" because it was initially far from infrastructure. However, the situation changed when the lava flow quickly developed a well-defined channel. This was facilitated by alterations in the landscape caused by previous lava flows, which created conditions conducive to the formation of a robust pathway. As a result, the lava advanced along the northern section of the Svartsengi barrier. The eruption came as a surprise, as the pattern of previous eruptions had led scientists to anticipate the magma intrusion would continue into December 2024. Unlike earlier events, there was no significant increase in seismic activity in the weeks preceding the eruption, suggesting a potential shift in the volcano's behavior. The eruption prompted the evacuation of the Blue Lagoon and more than 50 houses in Grindavík. Authorities instructed people not to come to the area, which continued to be closely monitored for safety. Although around 25 million m3 of magma had accumulated in a shallow chamber at a depth of roughly 5 km beneath Svartsengi prior to the eruption, nearly 50 million m3 of lava have been expelled onto the surface. This discrepancy is attributed to magma being sourced from a deeper chamber, with equilibrium gradually forming between magma inflow and outflow. As magma begins to accumulate again in the shallow chamber, land uplift is expected to resume, likely indicating the preparation for a future eruption. This eruption is currently the second largest in the ongoing eruptive series, with a total volume approximately 16 million m3 less than the August–September 2024 eruption, which remains the largest in the series.

The lava flow engulfed Blue Lagoon's 350-space parking area and destroyed a small, temporary service building in the zone. However, construction workers managed to close an exposed gap in the defence barrier, which had served as the entrance to the Blue Lagoon area, preventing the lava from advancing further into the site. A water protection area near the geothermal spa was not considered in danger, and power lines experienced only minor disturbances. Two transmission towers in the area were later at risk as lava had surrounded the protective filling at their bases, steadily advancing toward their reinforced concrete foundations and steel frameworks. In response to the threat, fire crews were requested to the site and deployed an apparatus to apply water streams onto the lava flow, aiming to cool its surface, slow its progression, and protect the structural stability of the towers. On the north-western section of the protective barriers around Svartsengi, lava neared overspilling, prompting the installation of 12 high-powered water cannons along a 360 m stretch. Connected to excess water discharge from the Svartsengi power station, the cannons provided a continuous supply, effectively cooling the lava and halting its advance. Officials later declared the effort successful. Construction workers also decided to reinforce the barriers in the area by increasing their height. The last activity from the active crater was observed on the morning of 8 December 2024, with no further activity detected later that day, thereby confirming the end of the eruption.

 

in Wikipédia

quarta-feira, novembro 13, 2024

Hoje é dia de recordar (o início) da agonia de uma menina (chamada Omayra Sánchez...)

A erupção do vulcão Nevado del Ruiz matou vinte e três mil pessoas, em Armero, há 39 anos...

Lahars que cobrem a cidade de Armero
   
A Tragédia de Armero foi uma das maiores consequências da erupção do estratovulcão Nevado del Ruiz, em Tolima, Colômbia, a 13 de novembro de 1985. Depois de 69 anos de repouso, a erupção do vulcão apanhou as cidades próximas desprevenidas, mesmo tendo o governo recebido advertências de diversos Observatórios Vulcanológicos para evacuar a área, quando a atividade vulcânica foi detectada, em setembro de 1985.
   
Quando o fluxo piroclástico irrompeu da cratera vulcânica, derretendo os glaciares da montanha e enviando quatro enormes lahars (deslizamentos de terra vulcânica) montanha abaixo, a uma velocidade de 60 km/h. Os lahars aumentaram a sua velocidade nos barrancos, dirigindo-se para os seis principais rios na base do vulcão, envolvendo a cidade de Armero e matando mais de 20.000 pessoas, de um total de 29.000 habitantes. As perdas noutras cidades, em particular Chinchiná, trouxeram o número total de mortos para cerca de 23 mil. Filmagens e fotografias de Omayra Sánchez, uma jovem vítima da tragédia foram publicadas ao redor do mundo. Outras fotografias dos lahars e do impacto do desastre chamaram a atenção mundial, abrindo uma controvérsia sobre o grau de responsabilidade do governo colombiano pelo desastre. Um cartaz no funeral em massa, em Ibagué, dizia; O vulcão não matou 22.000 pessoas. Foi o governo que as matou.
Os esforços de socorro foram dificultados pela composição da lama, o que tornava quase impossível andar pela região sem ficar preso. quando os socorristas chegaram a Armero cerca de 12 horas depois da erupção, muitas das vítimas com ferimentos graves já estavam mortas. Os trabalhadores ficaram horrorizados com a paisagem de árvores caídas, corpos humanos desfigurados e pilhas de escombros de casas inteiras. Essa foi o segundo maior desastre vulcânico do século XX, atrás apenas da erupção do Monte Pelée, em 1902, o quarto evento vulcânico desde o século XVI em número de mortos. O evento foi uma catástrofe previsível, agravada pelo desconhecimento da população da história destrutiva do vulcão. Geólogos e outros especialistas tinham alertado as autoridades e meios de comunicação sobre o perigo ao longo das semanas e dias que antecederam a erupção e mapas de risco foram preparados para a zona, porém foram mal distribuídos. No dia da erupção, foram feitas várias tentativas de evacuação, mas uma forte tempestade restringiu as comunicações. Diversas vítimas ficaram em suas casas, como haviam sido instruídas, acreditando que a erupção tinha terminado. O barulho da tempestade pode ter impedido muitos de ouvir os sons do vulcão até que fosse tarde demais.
   
Armero, após a tragédia
 
O Nevado del Ruiz entrou em erupção diversas vezes desde o desastre e continua a ameaçar 500.000 pessoas que vivem próximas, em Combeima, Chinchina, Coello-Toche e nos vales do rio Guali. Um lahar (ou um conjunto de lahars) similares em tamanho aos do evento de 1985 poderiam atingir  até 100 km do vulcão e podem ser espoletados por uma erupção menor. Para conter essa ameaça, o governo colombiano estabeleceu um escritório especializado na monitorização das ameaças naturais. O Serviço Geológico dos Estados Unidos também criaram o Programa de Assistência aos Desastres de Vulcão e a Equipa de Assistência a Crises Vulcânicas evacuou cerca de 75.000 pessoas da área em redor do Monte Pinatubo antes da erupção de 1991. Em 1988, três anos após a erupção, o Dr. Stanley Williams da Universidade do Estado da Luisiana declarou que, "Com a possível exceção do Monte Santa Helena no estado de Washington, nenhum outro vulcão no Hemisfério Ocidental é vigiado de forma tão elaborada como o Nevado del Ruiz". Diversas das cidades colombianas possuem programas de monitorização de catástrofes naturais, desenvolvendo planos para salvar vidas em situações extremas. Próximo do Nevado del Ruiz em particular, os habitantes locais tornaram-se cautelosos com a atividade vulcânica: quando o vulcão entrou em erupção em 1989, mais de 2.300 pessoas que viviam ao redor foram evacuadas.
   
Nevado del Ruiz visto do espaço - a calota de gelo do cume e glaciares cercam a escura cratera Arenas
   
 
As zonas mais afetadas pela erupção do Nevado del Ruiz

Armero é o nome de uma antiga cidade da Colômbia, no departamento de Tolima, sepultada devido à erupção do vulcão Nevado del Ruiz, nos Andes, que deu origem a um lahar que transportou lama e rochas que, nalguns locais, chegou a formar uma camada com 104 metros de espessura. Isto sucedeu na manhã do dia 13 de novembro de 1985.
Provocou a morte da quase totalidade da população e os poucos sobreviventes fugiram antes do acidente, vivendo hoje em cidades próximas. O resto, cerca de 23.000 pessoas, jaz debaixo das ruínas, tal como sucedeu em Pompeia e Herculano. O mais triste é que a população da cidade podia ter sido avisada, na noite anterior, do perigo, mas o presidente da câmara, não querendo assustar as pessoas, não o fez e deu-se a tragédia.
   

Omaira Sanchez
Esta adolescente da cidade de Armero, de 13 anos, que caiu no meio das lamas e nos escombros, agonizou durante 60 horas e morreu, vítima de gangrena gasosa, convertendo-se no símbolo mundial de uma das piores tragédias ocasionada por um vulcão no século XX; durante o tempo que sobreviveu falou com jornalistas e enviou, constantemente, uma mensagem de fé e esperança. As suas fotos e filmes correram o mundo inteiro.
 

terça-feira, outubro 22, 2024

Notícia sobre um lago de origem vulcânica e os seus riscos...

O Lago do Céu nasceu graças a uma das maiores erupções vulcânicas da história

 

 

O impacto da erupção vulcânica deixou marcas ainda visíveis na paisagem do famoso lago, com uma inundação de pelo menos um quilómetro cúbico de água a causar uma erosão extrema.

Em 946 d.C., o vulcão Changbaishan-Tianchi, situado na fronteira entre a China e a Coreia do Norte, sofreu uma erupção gigante que continua a ser uma das maiores da história.

Conhecido como Baekdu na Coreia, o vulcão libertou grandes quantidades de magma e desencadeou uma inundação catastrófica do Lago do Céu, que se situa no cume do vulcão. A inundação, que transportou pedregulhos e rochas mais pequenas montanha abaixo, deixou um impacto duradouro na paisagem, com provas geológicas do acontecimento ainda hoje visíveis.

Os vulcanólogos estão cientes de que o Changbaishan-Tianchi pode voltar a entrar em erupção, o que levou à investigação dos riscos que representa para as populações vizinhas. Para compreender melhor a erupção de 946 e as suas consequências, uma equipa examinou os depósitos vulcânicos da região. O estudo foi publicado na Water Resources Research.

As suas descobertas revelaram que pelo menos um quilómetro cúbico de água do lago derramou para fora da caldeira, resultando numa erosão extrema, com o desgaste dos sedimentos a atingir taxas de 34 metros por hora durante um período de três horas, explica o Eos.

Uma das conclusões significativas do estudo é que a erupção se desenrolou em duas fases, com a inundação a ocorrer entre estas duas fases. As teorias anteriores sugeriam que a inundação resultou de uma explosão súbita quando a erupção fracturou a borda do vulcão. No entanto, a equipa considerou esta hipótese improvável, observando que a disseminação de sedimentos não foi tão generalizada como seria de esperar de um evento deste tipo.

Em vez disso, os investigadores propuseram três explicações alternativas para a inundação. A primeira teoria sugere que a caldeira transbordou quando o magma subiu por baixo dela. A segunda teoria sugere que um terramoto provocado pela atividade vulcânica fez ruir parte da parede da caldeira, desencadeando a inundação. A terceira teoria envolve uma forte precipitação antes da erupção, que pode ter enchido a caldeira até à sua capacidade máxima, enfraquecendo a borda e permitindo que a água transbordasse.

Compreender as inundações vulcânicas do passado, como a de 946 d.C., é fundamental para a preparação de futuras catástrofes, não só em Changbaishan-Tianchi mas também noutros locais vulcânicos em todo o mundo.

 

in ZAP

quinta-feira, outubro 10, 2024

Uma forte erupção provocou a evacuação da ilha de Tristão da Cunha há 63 anos...

   

Em agosto e setembro de 1961 a ilha de Tristão da Cunha teve a única erupção histórica desde que a ilha começou a ser habitada, no século XIX.

Assim, em 10 de outubro de 1961 os seus habitantes decidiram abandonar a sua ilha (mais exatamente a sua única localidade, Edimburgo dos Sete Mares, assim chamada em homenagem ao Duque de Edimburgo, o príncipe Alfredo, segundo filho da Rainha Victoria, que visitou a ilha em 1867), partindo nos barcos pesqueiros até serem recolhido por um barco que ia buscar alunos para o Reino Unido e que acabou por levar os cerca de 300 habitantes para a Cidade do Cabo (e daqui foram levados para o Reino Unido).

Depois da erupção terminar, em 1962, o governo do Reino Unido não queria que eles regressassem, mas os insulares resolveram voltar e recomeçar a sua vida na ilha, após votação democrática, em 1963.

Hoje tem uma população de cerca de 251 cidadãos britânicos, orgulhosos de viveram na ilha mais inacessível da Terra (nisto rivalizam com Pitcairn, pois não têm aeroporto e/ou televisão - e a ilha ou cidade mais próximas são a ilha de Santa Helena, 2.420 km a norte, e estão a 2.800 km da Cidade do Cabo, a leste).

Vivem agora, na única ilha habitada do arquipélago, cerca de oitenta famílias, que se dedicam à pesca, agricultura e venda dos selos da ilha, num estilo de vida único...
     

 





Selos comemorativos da erupção e evacuação de dos habitantes de Tristão da Cunha, em outubro de 1961

sexta-feira, outubro 04, 2024

Marte pode ser geologicamente ativo...

Encontradas misteriosas estruturas ocultas sob o antigo oceano de Marte

 

 

Novas imagens detetaram estruturas por baixo do antigo oceano e da maior montanha de Marte, o que desafia a ideia que de o planeta já não é geologicamente ativo.

Dados recentes de mapeamento gravitacional de Marte revelaram estruturas densas anteriormente desconhecidas por baixo das planícies do norte do planeta, o que poderá fornecer novos conhecimentos sobre a história antiga de Marte.

Os dados, apresentados por Bart Root da Universidade de Tecnologia de Delft no Congresso Europlanet Science em Berlim, sugerem também que o Olympus Mons, o maior vulcão do Sistema Solar, pode ainda estar a crescer devido a forças planetárias internas, explica o IFLScience.

O mapeamento foi efetuado utilizando dados de satélites em órbita de Marte. Alterações subtis na velocidade destes satélites à medida que passam sobre o planeta fornecem uma imagem detalhada das variações locais da gravidade marciana. A análise destacou estruturas escondidas por baixo das planícies polares do norte de Marte, uma área que se crê ter sido coberta por um grande oceano há milhares de milhões de anos.

“Estas estruturas densas podem ser de origem vulcânica ou o resultado de impactos antigos”, explicou Root. Foram identificadas cerca de 20 estruturas deste tipo, algumas das quais com formas únicas, incluindo uma que se assemelha a um cão.

Estas estruturas, mais densas em 300-400 quilogramas por metro cúbico do que as que as rodeiam, oferecem um vislumbre da história geológica mais antiga de Marte. Se se tratarem de crateras de impacto, isso poderá sugerir que o hemisfério norte de Marte é muito mais antigo do que se pensava.

Para além destas estruturas misteriosas, o mapeamento gravitacional também lançou luz sobre a região de Tharsis Rise, onde se encontram os vulcões mais maciços de Marte, incluindo o Olympus Mons. Estranhamente, foi detetada uma região de gravidade fraca em torno dos vulcões, o que implica a presença de uma grande área de baixa densidade nas profundezas do planeta.

Root e a sua equipa propõem que isto pode ser causado por uma pluma de lava gigante, a mais de 1000 quilómetros abaixo da superfície, que sobe lentamente e que pode alimentar a atividade vulcânica contínua. A pluma pode ser responsável pela enorme dimensão do Olympus Mons e pode mesmo estar a empurrar o vulcão para cima.

Esta nova evidência desafia a crença de longa data de que Marte é geologicamente inativo. Os vulcanólogos estão a começar a considerar a possibilidade de Marte ainda estar a sofrer movimentos internos que podem levar a atividade vulcânica à superfície.

O estudo está atualmente a ser revisto por pares e uma pré-impressão está disponível em authorea.com.

 

in ZAP

domingo, setembro 29, 2024

Notícia divertida sobre georrecursos e antigos vulcões...

Vulcões extintos contêm os elementos para fabricar turbinas eólicas - e até smartphones

 

 

Os vulcões extintos da Terra são uma fonte inexplorada de elementos necessários para fabricar smartphones, turbinas eólicas e muitos outros dispositivos.

O seu magma rico em ferro pode conter alguns dos 17 elementos de terras raras, incluindo gadolínio, prasedímio, cério, samário, lantânio e neodímio. Estes são necessários para ajudar a construir melhores tecnologias de energia renovável, incluindo turbinas eólicas e baterias de automóveis elétricos.

Segundo o Popular Science, estes materiais não são assim tão raros, mas podem ser difíceis de extrair, uma vez que são frequentemente encontrados em baixas concentrações.

À medida que a procura aumenta, muitos países tentam encontrar novas fontes para quebrar a sua dependência da China, que atualmente domina a cadeia de abastecimento. 

Num novo estudo, publicado esta terça-feira no Geochemical Perspectives Letters, os investigadores analisaram o magma rico em ferro de vulcões extintos. Este magma é até 100 vezes mais eficiente na concentração de metais de terra raras do que os magmas que surgem de vulcões ativos.

A equipa simulou erupções vulcânicas em laboratório utilizando rochas semelhantes às encontradas em vulcões extintos ricos em ferro. Seguidamente, as rochas foram colocadas num forno pressurizado para aquecer a temperaturas elevadas.

“Partimos de laboratório e depois reproduzimos um ambiente natural, para perceber como é que estas terras raras se poderiam acumular num pequeno local de toda a crosta”, explica o coautor do estudo, Michael Anenburg.

Os cientistas conseguiram observar bolhas de fluido magmático-hidrotérmico e pares de bolhas de óxido de ferro, indicando que alguns elementos de terras raras estão presentes no magma.

“Nunca vimos um magma rico em ferro a irromper de um vulcão ativo, mas sabemos que alguns vulcões extintos, com milhões de anos, tiveram este tipo de erupção”, diz Anenburg.

Os resultados deste estudo indicam que podem haver depósitos inexplorados de terras raras em vulcões extintos em todo o mundo, incluindo nos Estados Unidos, Chile e Austrália.

 

in ZAP

quinta-feira, setembro 19, 2024

Há três anos começou uma erupção nas Canárias...!


La erupción volcánica de La Palma de 2021 se inició el 19 de septiembre en la zona de Montaña Rajada,​ cercano a la localidad de El Paraíso del municipio de El Paso, en la isla de La Palma, perteneciente al archipiélago atlántico de Canarias (España).​ Fue la última erupción en la isla desde la del Teneguía en 1971 y la última en Canarias desde la submarina de El Hierro de 2011.​ La erupción del volcán de Tajogaite se detuvo el 13 de diciembre tras 85 días de actividad,​ siendo la erupción histórica más larga registrada en la isla y tercera en el archipiélago, tras Timanfaya en Lanzarote y Tagoro en El Hierro.​ El 19 de diciembre de 2023 se anunció en el BOC las medidas cautelares por la posible existencia de valores geomorfológicos, por lo que quedarían protegido el volcán de Tajogaite y su entorno, así como las dos fajanas.​ El 9 de febrero de 2023 el Cabildo de La Palma oficializó en sesión plenaria la denominación de Volcán de Tajogaite para esta erupción.

 


Extensión de la colada de lava con resaltado de edificios destruidos, el 23 de noviembre de 2021

 

19 de septiembre

Después de más de 25.000 pequeños terremotos que azotaron la isla durante ocho días, a las 15:10 (hora local)​ se inició la erupción en un paraje denominado Cabeza de Vaca, en el lugar de Las Manchas, municipio de El Paso.​ La erupción tenía inicialmente dos fisuras separadas por 200 metros, y ocho bocas.​ Autoridades como la Guardia Civil, que desplegó sobre el terreno a más de 120 efectivos, estimaron que el número total de evacuados podría superar los 10 000, consonante al recorrido que hiciese la lava hacia la costa. Igualmente y en prevención de que la lava cortase las carreteras de acceso a los núcleos costeros, se evacuó Puerto Naos, La Bombilla, El Remo y Charco Verde, que hubieran quedado incomunicados. También se cerraron al tráfico varias carreteras por prevención.

 

sexta-feira, agosto 23, 2024

É já a sexta erupção, desde dezembro, do vulcão Grindavik na Islândia...!

Vulcão entra em erupção na Islândia a partir de uma fissura de 4 km 

 

 

Na quinta-feira à noite, a península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, assistiu a um espetáculo natural espantoso. Pela sexta vez desde dezembro, um vulcão da região entrou em erupção, iluminando o céu noturno com uma impressionante exibição de lava vermelha.

A erupção começou pouco depois das 21:00 horas locais, marcando o sexto episódio de atividade vulcânica na zona desde o final do ano passado. O fenómeno caraterizou-se pela abertura de uma nova fissura de 4 quilómetros na cratera de Sundhnúkur, precedida por uma série de fortes sismos que serviram de precursores da atividade vulcânica iminente.

O fluxo de lava, visível a grande distância, criou um espetáculo noturno que deverá durar vários dias ou mesmo semanas, com base nos padrões observados em erupções anteriores.

Apesar da magnitude do evento, as autoridades islandesas afirmam que os efeitos da erupção permanecem localizados e não representam uma ameaça imediata para as áreas povoadas. No entanto, foram adotadas medidas preventivas, incluindo o encerramento de estradas nas proximidades da erupção.

A emissão de gases vulcânicos nas imediações é motivo de precaução e as equipas de monitorização mantêm-se permanentemente atentas à atividade sísmica e vulcânica.

 

O vulcão Grindavik entra em erupção na noite de 22 de agosto de 2024 

O vulcão Grindavik entra em erupção na noite de 22 de agosto de 2024

 

Grindavik, o epicentro vulcânico da Islândia, não foi afetado por enquanto

A cidade de Grindavik foi evacuada em dezembro durante um episódio anterior e também noutras ocasiões este ano de 2024, mas, desta vez, não se encontra na trajetória do fluxo de lava.

No entanto, as autoridades mantêm-se em estado de alerta e dispõem de planos de evacuação atualizados, prontos a serem aplicados caso a situação se altere. As equipas de proteção civil permanecem em alerta máximo, prontas a responder a qualquer eventualidade.

 

Especialistas falam sobre a situação na região

Especialistas em vulcanologia e geofísica apresentaram a sua análise da situação. Halldór Björnsson, responsável pelo clima na Agência Meteorológica Norueguesa, confirmou que o fluxo de lava não está a dirigir-se para áreas povoadas, o que diferencia esta erupção de eventos anteriores.

Entretanto, o geofísico Magnús Tuma Guðmundsson, após um sobrevoo dos centros de erupção, previu que a atividade já atingiu o seu pico e que começará a diminuir, seguindo o padrão de erupções anteriores. Ambos os peritos sublinham a importância de uma monitorização contínua para antecipar possíveis alterações da atividade vulcânica na Islândia.

 

Turismo vulcânico na Islândia

A erupção tornou-se rapidamente uma atração turística, atraindo centenas de espetadores locais e turistas internacionais para pontos de observação seguros.

O fenómeno levou a um aumento das reservas de hotéis e de excursões na região, impulsionando a economia local. As autoridades designaram zonas específicas para uma observação segura e guias turísticos especializados oferecem visitas a distâncias adequadas, equilibrando a experiência única com a segurança dos visitantes.

 

Erupção de um vulcão na Islândia, noite de 22 de agosto de 2024 

Erupção de um vulcão na Islândia, noite de 22 de agosto de 2024

 

Mahnoor Ali, um visitante dos Estados Unidos, descreveu a experiência como "a coisa mais incrível que já viu na minha vida", confessando que inicialmente confundiu a erupção com uma aurora boreal. Ameerul Awalludin, da Malásia, e Shohei Miyamito, do Japão, que acorreram ao local depois de terem ouvido a notícia, compararam a experiência com a dos vulcões dos seus países de origem.

Miyamito observou: "Também temos vulcões, mas não podemos ver lava como esta", sublinhando a singularidade do espetáculo islandês.

 

Impacto mínimo da nova erupção nos voos

A boa notícia é que, desta vez, a erupção tem um efeito mínimo na aviação. O aeroporto de Keflavík está a funcionar normalmente e não se preveem perturbações significativas nos voos.

No entanto, as autoridades aeronáuticas mantêm uma vigilância constante e têm planos de emergência preparados para o caso de a atividade vulcânica se alterar. Os viajantes são aconselhados a verificar as atualizações dos voos junto das companhias aéreas e a manterem-se informados sobre eventuais alterações da situação.

 

in euronews

sábado, agosto 10, 2024

Há lava fresquinha em Io, satélite de Júpiter...!

NASA revela lago de lava fria na superfície de Io, a lua de Júpiter

 

 

Cientistas da missão Juno, da NASA, transformaram dados recolhidos durante dois sobrevoos recentes de Io em animações que destacam duas das características mais dramáticas da lua de Júpiter: uma montanha e um lago quase liso de lava fria.

A exploração espacial alcançou um novo marco com a descoberta de um lago de lava com superfície vítrea em Io, uma das luas de Júpiter.

A descoberta, feita por cientistas da NASA, revela mais sobre a geologia única e as forças vulcânicas atuantes neste corpo celeste, que é o mais vulcanicamente ativo do Sistema Solar.

As novas imagens foram divulgadas no dia 18 de abril por Scott Bolton, investigador principal da missão Juno, na European Geophysical Union’s General Assembly. 

Este satélite natural de Júpiter é o local com maior atividade vulcânica em todo o Sistema Solar, com centenas de vulcões na superfície lunar que tornam o estudo da Lua e do seu passado bastante difícil para os cientistas.

“Io está simplesmente repleta de vulcões e capturamos alguns deles em ação”, disse Bolton, em comunicado, citado pelo Live Science.  “Há detalhes surpreendentes que mostram essas ilhas incrustadas no meio de um potencial lago de magma cercado por lava quente”.

“A reflexão especular que os nossos instrumentos registaram no lago sugere que partes da superfície de Io são tão lisas como vidro, reminescentes do vidro de obsidiana criado vulcanicamente na Terra”, acrescenta o investigador

Juno fez sobrevoos extremamente próximos de Io em dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, chegando a cerca de 1.500 quilómetros da superfície. Foi assim que conseguiu obter as primeiras imagens próximas das latitudes norte da lua.

A superfície lisa como vidro do lago de lava é um testemunho das temperaturas extremamente altas e da natureza fluida do magma em Io.

Além de confirmar a atividade vulcânica contínua na lua, a descoberta recente também sugere que o interior de Io é incrivelmente quente.

No futuro, a análise deste fenómeno pode ajudar os cientistas a entender melhor como a atividade vulcânica pode afetar a formação e evolução de outros corpos celestes.

 

in ZAP

quarta-feira, julho 24, 2024

Ainda havemos de fazer espeleologia na Lua...!

Encontrada uma enorme caverna na Lua

 

Impressão artística do fosso lunar no Mare Tranquillitatis, que esconde uma conduta que dá acesso a uma caverna com dezenas de metros de comprimento

 

Uma equipa de cientistas encontrou provas de uma gruta subterrânea na Lua que é acessível a partir da superfície, podendo vir a ser um local privilegiado para a construção de uma futura base lunar.

Num novo estudo, publicado esta segunda-feira no Nature Astronomy, uma equipa de investigadores anunciou a descoberta de uma gruta com 45 metros de largura e até 80 metros de comprimento, uma área equivalente a catorze campos de ténis.

A gruta é acessível a partir de um poço aberto no Mar da Tranquilidade, a antiga planície de lava onde os astronautas da Apollo XI pisaram a Lua pela primeira vez.

Segundo o The Guardian, as órbitas lunares detetaram pela primeira vez poços na Lua há mais de uma década. Os cientistas acreditam que muitos deles são claraboias que ligam as grutas subterrâneas, tais como tubos de lava que se formam através de processos vulcânicos.

Estas grutas podem vir a constituir a base de um abrigo lunar de emergência, porque a temperatura é maioritariamente estável no interior e os astronautas estariam naturalmente protegidos dos raios cósmicos nocivos, da radiação solar e dos micrometeoritos.

Os cientistas estão interessados em estudar as rochas no interior destas grutas, pois é provável que contenham pistas sobre a formação da Lua e a sua história vulcânica. As grutas podem também conter gelo, um recurso essencial para missões lunares a longo prazo e para a colonização.

 

Pensa-se que muitos poços lunares estão ligados a grutas subterrâneas, tais como tubos de lava, túneis subterrâneos gigantes que se formam através de processos vulcânicos

 

“Os sistemas de cavernas lunares são vistos como potenciais locais para a instalação de futuras bases tripuladas, uma vez que o espesso teto de rocha das cavernas é ideal para proteger as pessoas e as infraestruturas das variações de temperatura dia/noite e para bloquear a radiação de alta energia da superfície lunar”, diz Katherine Joy, professora da University of Manchester, que não esteve envolvida no estudo.

Apesar desta descoberta, um dos maiores desafios seria o acesso ao poço que requer um grande cuidado.

“Para entrar no poço é necessário descer 125 metros antes de chegar ao solo, e a borda é uma encosta íngreme de detritos soltos, onde qualquer movimento enviará pequenas avalanches para quem estiver por baixo”, conclui Robert Wagner, investigador da Arizona State University, também não envolvido no estudo.

 

in ZAP

quarta-feira, julho 10, 2024

Mais novidades sobre estruturas geológicas estranhas da Lua...

O mistério dos redemoinhos da Lua pode ter sido resolvido

 

 

Reiner Gamma, o mais famoso redemoinho lunar

 

No último capítulo de “O Mistério dos Redemoinhos Lunares”, os cientistas planetários têm uma nova teoria para explicar estas estranhas marcas na superfície da Lua. A teoria invoca magmas subterrâneos e estranhas anomalias magnéticas.

Os redemoinhos lunares são características sinuosas que parecem muito mais claras do que a paisagem circundante. Estendem-se por centenas de quilómetros e ninguém sabe ao certo porque existem.

Nenhum astronauta visitou uma destas estranhas regiões, mas isso não impediu os cientistas de especularem com base em imagens e medições de campos magnéticos.

“Os impactos podem causar este tipo de anomalias magnéticas”, explica Michael J. Krawczynski, professor associado de Ciências da Terra, do Ambiente e do Planeta na Universidade de Washington em St. Krawczynski, que salienta que os meteoritos fornecem material rico em ferro a zonas da superfície da Lua.

No entanto, estes remoinhos existem em regiões que não são necessariamente perturbadas por meteoritos. Então, o que mais poderia explicar os remoinhos?

“Outra teoria é que há lavas subterrâneas que arrefecem lentamente num campo magnético e criam a anomalia magnética”, disse Krawczynski, que, juntamente com o estudante de pós-doutoramento Yuanyuan Liang, concebeu experiências para testar esta explicação.

Os dois investigadores mediram os efeitos de diferentes químicas atmosféricas e taxas de arrefecimento magmático num mineral chamado ilmenite e descobriram que, sob certas condições, o arrefecimento de lavas subsuperficiais poderia estar a causar os remoinhos lunares fantasmagóricos.

 

Usar princípios geológicos terrestres para compreender os remoinhos lunares

Apesar do facto de mais de uma dúzia de pessoas terem andado na Lua, ninguém visitou um remoinho lunar ou recolheu amostras da sua poeira. Isso deixou os cientistas planetários terrestres a usar análogos terrestres para as rochas lunares para compreender o magnetismo lunar.

“As rochas terrestres são muito facilmente magnetizadas porque têm frequentemente pequenos pedaços de magnetite, que é um mineral magnético”, disse Krawczynski. “Muitos dos estudos terrestres que se centraram em coisas com magnetite não se aplicam à Lua, onde não existe este mineral hiper-magnético.”

Por isso, a equipa de investigação recorreu à ilmenite como material de teste. Trata-se de um mineral de óxido de titânio com um sinal magnético fraco. A ilmenite existe em toda a Lua. Reage facilmente para formar partículas de ferro metálico magnetizáveis.

“Os grãos mais pequenos com que estávamos a trabalhar pareciam criar campos magnéticos mais fortes porque a relação entre a área de superfície e o volume é maior nos grãos mais pequenos do que nos grãos maiores”, disse Liang. “Com uma área de superfície mais exposta, é mais fácil para os grãos mais pequenos sofrerem a reação de redução.”

Curiosamente, os cientistas planetários observaram uma reação semelhante na criação de ferro metálico em meteoritos lunares, em amostras das missões Apollo.

A diferença, porém, é que essas amostras provinham de fluxos de lava à superfície. O estudo de Krawczynski e Liang centrou-se nos tipos de magma que arrefeceram no subsolo.

“As nossas experiências analógicas mostraram que, em condições lunares, podíamos criar o material magnetizável de que precisávamos. Por isso, é plausível que estes remoinhos sejam causados por magma subterrâneo“, disse Krawczynski.

“Se se pretende criar anomalias magnéticas através dos métodos que estudámos, então o magma subterrâneo tem de ter um elevado teor de titânio”, acrescenta.

 

Porquê estudar os remoinhos na Lua?

Esses misteriosos padrões de poeira não estão lá apenas por acidente. Contêm pistas sobre os processos que moldaram a superfície lunar. Além disso, se o magnetismo está envolvido na sua formação, isso diz algo sobre o magnetismo na Lua como um todo.

Até que os astronautas possam ir à Lua para estudar estes remoinhos, a experiência com a ilmenite é uma boa forma de testar a ideia do magma subterrâneo à distância, segundo Krawczynski.

Claro que seria bom obter amostras reais de rochas subterrâneas na Lua, mas isso vai ter de esperar. “Se pudéssemos perfurar, poderíamos ver se esta reação estava a acontecer”, disse. “Isso seria ótimo, mas ainda não é possível. Neste momento, estamos presos à superfície”.

Estudos como os de Krawczynski e Liang serão muito úteis quando a NASA enviar futuras missões lunares para a superfície. Há todo um projeto de rover, parte de uma missão chamada Lunar Vertex, planeado para estudar Reiner Gamma. Trata-se de um dos redemoinhos mais conhecidos da Lua. O Vertex deverá ser lançado este ano e é um antecessor do regresso à Lua que a NASA planeia para o final desta década.

Essa missão poderá confirmar se os remoinhos estão ou não relacionados com o campo magnético. Se não, então há algo mais a acontecer em Reiner Gamma e noutros locais de redemoinhos.

 

in ZAP