quinta-feira, março 26, 2015

A Batalha de Iwo Jima terminou há 70 anos

Memorial que recria a famosa imagem da tomada da ilha e o hasteamento da bandeira americana

A Batalha de Iwo Jima (Operação Detachment) foi travada entre os Estados Unidos e o Japão, entre 19 de fevereiro e 26 de março de 1945, durante a Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial. Como resultado da batalha, os EUA ganharam controle da ilha de Iwo Jima e os campos aéreos localizados nessa mesma ilha.
O combate foi intenso, em parte devido à preparação japonesa, e as tropas norte-americanas capturaram o ponto mais elevado da ilha, o Monte Suribachi, perdendo 6.812 homens. O motivo para a invasão de Iwo Jima era capturar os seus campos aéreos de modo a fornecer um local de aterragem e de reabastecimento para os bombardeiros norte-americanos no avanço para o Japão, enquanto também tornava possível a escolta dos bombardeiros por caças.
A imagem mais famosa desta batalha é o hastear da bandeira norte-americana pelos combatentes do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos no cume do Monte Suribachi.

Antecedentes
Nos primeiros dias de 1945, o Japão viu-se à beira de uma possível invasão pelas forças Aliadas. Bombardeamentos diários na ilha principal eram originários das ilhas Marianas, numa operação com o nome de Scavenger. Iwo Jima servia como uma estação de alerta, que reportava movimento aéreo de volta para a ilha principal do Japão. Quando os bombardeiros Aliados chegavam às cidades Japonesas, as defesas antiaéreas já estariam aguardando por eles.
No fim da Batalha do Golfo de Leyte nas Filipinas, os Aliados tinham ficado com dois meses de atraso em suas operações. O plano anterior, a invasão de Okinawa, não era mais aceitável. Mas mesmo assim, a decisão de invadir Iwo Jima foi tomada. A invasão foi chamada de Operação Detachment.
As defesas estavam prontas. A ilha era defendida por 22.000 soldados e estava fortificada com uma rede de bunkers e túneis. O alvo da defesa de Iwo Jima era causar muitas baixas nas forças aliadas e desanimar a invasão da ilha principal. Era esperado que cada soldado morresse pela defesa da pátria, levando 10 soldados inimigos no processo.
Os aliados não queriam apenas Iwo Jima para neutralizar a ameaça aos seus bombardeiros e navios de carga, mas também para usar os seus campos aéreos para bombardeamento e aterragens de emergência. Em 19 de fevereiro de 1945 iniciaram um massivo bombardeamento aéreo e naval de três dias na ilha.

Defesa japonesa
Mesmo antes da queda da ilha de Saipan para os americanos, em junho de 1944, os estrategas japoneses sabiam que Iwo Jima teria de ser reforçada materialmente caso fosse para ser mantida durante algum tempo, e a preparação começou a ser efetuada para enviar um grande número de homens e grandes quantidades de material para a ilha. Em finais de maio, o tenente-general Tadamichi Kuribayashi foi chamado ao escritório do Primeiro Ministro, general Hideki Tojo, que informou que o general havia sido escolhido para defender Iwo Jima até ao fim. A Kuribayashi foi indicada a importância da sua missão, a Tojo coube apontar os olhos da nação inteira, que estariam focados na defesa de Iwo Jima. A 8 de junho de 1944, Kuribayashi estava a caminho da sua missão final, determinado a converter Iwo Jima numa fortaleza invencível.
Quando chegou, estavam cerca de 80 caças colocados em Iwo Jima, mas por volta de inícios de julho restavam apenas quatro. Uma força da Marinha dos Estados Unidos apareceu perto da ilha e sujeitou os japoneses a um bombardeamento naval durante dois dias. Este bombardeamento destruiu todos os edifícios na ilha, bem como os quatro aviões restantes.
A grande surpresa para a guarnição japonesa em Iwo Jima, uma invasão norte-americana da ilha, não se deu durante o verão de 1944. Existiam poucas dúvidas quanto aos norte-americanos serem compelidos a atacar a ilha em curto tempo. O general Kuribayashi estava determinado, mais que nunca, a aumentar o custo da tomada de Iwo Jima quando os invasores atacassem. Sem apoio naval ou aéreo, chegou-se rapidamente à conclusão que a ilha não poderia ser indefinidamente mantida pelas forças japonesas, contra um invasor com supremacia aérea e naval.
Como um primeiro passo para preparar Iwo Jima para uma defesa prolongada, o comandante da ilha ordenou a evacuação de todos os civis. Este passo foi terminado no final de Julho. Em seguida veio um plano geral para a defesa da ilha. O tenente-general Hideyoshi Obata, comandante-geral do 31º Exército, tinha anteriormente, em 1944, sido responsável pela defesa de Iwo Jima, antes do seu retorno para as Marianas. Nesse tempo, e com fé na doutrina que a invasão tinha praticamente de ser travada na borda da água, Obata tinha ordenado a colocação de artilharia e a construção de bunkers perto das praias. O general Kuribayashi tinha ideias diferentes. Em vez de um esforço fútil para manter as praias, Kuribayashi planejou defender essas mesmas com um sistema de fogo cruzado fornecido por armas automáticas e infantaria. Artilharia, morteiros e foguetes seriam posicionados nas encostas do Monte Suribachi, tal como noutros terrenos altos ao norte do campo aéreo de Chidori.

Cavernas e túneis
A defesa prolongada da ilha requisitava a preparação de um extensivo sistema de cavernas e túneis, pois o bombardeamento naval tinha claramente mostrado que as instalações à superfície não poderiam aguentar um bombardeamento extensivo. Para este objetivo, engenheiros especializados em minas foram enviados do Japão para desenhar as plantas para fortificações subterrâneas projetadas que iriam consistir de túneis elaborados em níveis variados para garantir uma boa ventilação e minimizar os efeitos das bombas que explodissem perto das entradas ou saídas.
Ao mesmo tempo, reforços estavam gradualmente começando a alcançar a ilha. Como comandante da 109º Divisão de Infantaria, o general Kuribayashi decidiu antes de mais nada, desviar a 2ª Brigada Mista Independente, consistindo de cerca de cinco mil homens sob o comando do major-general Kotau Osuga, de Chichi para Iwo. Com a queda do Saipan, 2.700 homens do 145º Regimento de Infantaria, comandados pelo Coronel Masuo Ikeda, foram revertidos para Iwo Jima. Estes reforços, que chegaram à ilha durante Julho e Agosto de 1944, trouxeram a força na guarnição até aproximadamente 12.700 homens. Em seguida chegaram 1.233 membros do 204º Batalhão de Construção Naval, que rapidamente começaram a construção de posições para metralhadoras de betão e outras fortificações.
A 10 de agosto de 1944, o vice-almirante Toshinosuke Ichimaru chegou a Iwo Jima, sendo seguido de uma equipe naval de 2.216 homens, incluindo aviadores e equipas de solo. O almirante, um aviador japonês de renome, tinha ficado gravemente ferido numa queda de avião no meio dos anos vinte e, desde o início da guerra, tinha ficado repetidamente no comando de missões atrás das linhas da frente.

Artilharia
Os reforços seguintes que chegaram a Iwo Jima foram equipes de artilharia e cinco batalhões anticarro. Embora numerosos navios em rota a Iwo Jima fossem afundados por submarinos e aviões norte-americanos, quantidades substanciais de material chegaram a Iwo Jima durante o Verão e Outono de 1944. Pelo final do ano, o general Kuribayashi tinha disponível 361 peças de artilharia de 75 mm ou de calibre maior, uma dúzia de morteiros de 320 mm, 65 morteiros médios (150 mm) e ligeiros (81  mm), 33 armas navais de 80 mm ou de maior calibre, e 94 armas antiaéreas de 75 mm ou maior. Em adição a este formidável arsenal de armas de alto calibre, as defesas de Iwo Jima tinham ainda mais de duas centenas de armas antiaéreas de calibres 20 mm e 25 mm, e 69 armas anticarro de 37 mm e 47 mm. O poder de fogo da artilharia era ainda complementado por uma variedade de projéteis, desde o tipo de 203 mm que pesava 90 kg e que tinha um alcance até 2–3 km, até um projétil gigante de 250 kg que tinha um alcance de mais de 7 km. No total, 70 peças de artilharia e suas equipes chegaram a Iwo Jima.
De modo a aumentar ainda mais a força das defesas de Iwo Jima, o 26º Regimento de Carros de Combate, que tinha sido posicionado em Pusan, na Coreia, após ter servido na Manchúria, recebeu ordens para ser colocada em Iwo Jima. O comandante do regimento era o Tenente-Coronel Barão Takeichi Nishi. O regimento, constituído por 600 homens e 28 carros de combate, partiu do Japão em meados de Julho, a bordo do Nisshu Maru. Ao navio, a navegar num comboio naval, se aproximou de Chichi Jima a 18 de julho de 1944, foi afundado pelo submarino norte-americano USS Cobia. E embora apenas dois dos membros do 26º Regimento de Carros de Combate tivessem sido afundados, todos os 28 carros de combate do regimento foram afundados no mar. Seria apenas antes de dezembro que estes carros de combate poderiam ser substituídos, mas 22 carros de combate novos finalmente chegaram a Iwo Jima.
Inicialmente, o Coronel Nishi tinha planeado empregar os seus blindados como um tipo de "brigada móvel de fogo", que seria empregada em alguns pontos importantes do combate. O terreno acabou por dificultar tal emprego, e no fim, sob o comando do Coronel, os tanques foram colocados em posições estáticas. Sendo ou enterrados, ou tendo a sua torre desmontada e com toda a habilidade posicionada no terreno rochoso onde era praticamente invisível do ar tal como do solo.

Defesas subterrâneas
Os japoneses rapidamente descobriram que a cinza preta vulcânica que existia em abundância em toda a ilha poderia ser convertida em betão de alta qualidade, quando misturada com cimento. Bunkers e posições para metralhadoras foram construídas em betão reforçado perto das ilhas a norte do Monte Suribachi, muitos destes tendo paredes com 1 metro de espessura. Ao mesmo tempo, um sistema elaborado de cavernas, casas fechadas de betão, e bunkers tinham sido terminados. Um dos resultados dos ataques aéreos e dos bombardeamentos navais norte-americanos anteriormente em 1944 foi de conduzir os japoneses para o subterrâneo, que eventualmente as suas defesas ficaram virtualmente imunes tanto ao bombardeamento aéreo, como ao naval.
Enquanto os japoneses na Ilha de Peleliu nas Carolinas do Oeste, também à espera de uma invasão norte-americana, tinham transformado as cavernas naturais numa arte, os defensores de Iwo Jima tinham desenvolvido as suas cavernas numa ciência. Devido à importância das posições subterrâneas, 25% da guarnição estava colocada a trabalhar nos túneis. As posições construídas no subterrâneo tinham passado de cavernas pequenas, a câmaras que podiam abrigar de 300 a 400 homens. De modo a prevenir que os homens ficassem presos numa eventual derrocada em qualquer escavação, as instalações subterrâneas foram providenciadas com múltiplas entradas e saídas, tal como escadas e passagens interligadas. Especial atenção teve de ser dada para fornecer ventilação adequada, visto que fumos de enxofre estavam presente em várias instalações subterrâneas. Felizmente para os japoneses, a maioria das pedras vulcânicas em Iwo Jima eram tão suaves que podiam ser cortadas com ferramentas de mão.
O general Kuribayashi estabeleceu o seu posto de comando na parte norte da ilha, a cerca de 500 m a nordeste da vila de Kita e a sul do Ponto de Kitano. Esta instalação, a 20 m de profundidade, consistia de cavernas numa variedade de tamanhos, ligados por 150 m de túneis. Aqui o comandante da ilha tinha o seu próprio gabinete de guerra numa de três câmaras de betão; as outras duas câmaras semelhantes eram utilizadas pela sua equipa. Ao sul, na Montanha 382, o segundo ponto mais alto da ilha, os japoneses construíram uma estação de rádio e de meteorologia. Próxima, numa elevação apenas a sudeste da estação, uma enorme casa fechada foi construída para servir como quartel-general do Coronel Chosaku Kaido, que comandava a artilharia em Iwo Jima. Outras montanhas na porção mais a norte da ilha foram escavadas. Todas estas enormes escavações tinham múltiplas entradas e saídas e eram virtualmente invulneráveis a danos de artilharia ou bombardeamento aéreo. Típico da força empregada na construção das defesas subterrâneas era o principal centro de comunicações a sul da vila de Kita, que era tão espaçoso que continha uma câmara de 50 metros de comprimento e 20 metros de largura. Esta estrutura gigante era semelhante na construção e na espessura das paredes e do teto ao posto de comando do general Kuribayashi.
Talvez o projeto de construção mais ambicioso a ser realizado tenha sido a criação de uma passagem subterrânea desenhada, a ligar todas as principais instalações de defesa na ilha. Como projetada, esta passagem teria alcançado um total, em comprimento, de 27 quilómetros. E caso tivesse sido completada, teria ligado todas as formidáveis instalações subterrâneas na porção norte de Iwo Jima com as a sul da ilha. Pela altura em que os fuzileiros norte-americanos desembarcaram em Iwo Jima, mais de 18 quilómetros de túneis tinham sido completados.
Um esforço enorme foi necessário, por parte dos japoneses colocados no trabalho das construções subterrâneas. Além do trabalho físico pesado, os homens estavam expostos a temperaturas de 30 a 50 °C, tal como aos fumos de enxofre, de origem vulcânica, que os forçavam a utilizar mascaras de gás. Em várias ocasiões um trabalhador tinha de ser substituído apenas após cinco minutos de trabalho. Quando ataques aéreos norte-americanos foram lançados contra a ilha a 8 de dezembro de 1944 e tornaram-se uma ocorrência diária até a data da invasão da ilha, um grande número de homens teve de ser retirado do trabalho subterrâneo para reparar os campos aéreos danificados.

Mapa de Iwo Jima

Planeamento da defesa
Enquanto Iwo Jima estava a ser convertida numa fortaleza a toda a velocidade possível, o general Kuribayashi formulou o seu plano final para a defesa da ilha. Este plano, que era uma radical mudança das táticas defensivas utilizadas pelos japoneses no início da guerra, providenciou os seguintes pontos de maior importância:
  1. De modo a prevenir a revelação das suas posições aos norte-americanos, a artilharia japonesa tinha ordens para manter-se em silêncio durante o bombardeio esperado, precedente ao desembarque. Nenhum bombardeio seria direcionado contra os navios norte-americanos.
  2. Após o desembarque em Iwo Jima, os norte-americanos não deveriam encontrar oposição nas praias.
  3. Uma vez que os norte-americanos tivessem avançado cerca de 500 metros na terra, seriam colocados debaixo de fogo concentrado de armas automáticas posicionadas perto do campo aéreo de Motoyama a norte, tal como de armas automáticas e de posições de artilharia, ambas nos terrenos altos ao norte das praias onde desembarcaram os invasores e no Monte Suribachi no sul.
  4. Após infligir o máximo possível de baixas e de danos na força terrestre, a artilharia era para ser recolocada em terreno alto perto do campo aéreo de Chidori.
Em ligação a isto, Kuribayashi indicou mais uma vez que tinha planeado conduzir uma defesa elástica para gastar a força invasora. Tal resistência prolongada naturalmente necessitava de um depósito de rações e de munição. Para este fim o comandante da ilha acumulou uma reserva de comida para durar durante dois meses e meio, tendo sempre em mente que o fornecimento de mantimentos estavam a ter cada vez mais problemas em chegar a Iwo Jima durante o final de 1944, e que esses mesmos mantimentos parariam de chegar ao mesmo tempo, finalmente, a ilha ficasse cercada por uma força naval hostil.
Embora o assédio intermitente dos submarinos e aviões norte-americanos, pessoal adicional continuou a chegar a Iwo Jima até fevereiro de 1945. Nessa altura, o general Kuribayashi já tinha sob o seu comando uma força que totalizava entre 21 mil e 23 mil homens, incluindo ambas unidades do Exército e da Marinha.

Linhas de defesa
O general Kuribayashi efetuou várias alterações no seu plano de defesa básico nos meses precedentes à invasão norte-americana de Iwo Jima. O estratagema final, que tornou-se efetivo em janeiro de 1945, chamava pela criação de fortes, e mutuamente apoiantes posições que seriam defendidas até à morte. Quer contra-ataques em grande escala, quer retiradas, quer ataques banzai não foram contemplados. A parte ao sul de Iwo Jima na proximidade do Monte Suribachi foi organizada num semi-independente setor defensivo. Fortificações incluíam bunkers de artilharia costeira e de armas automáticas num mútuo suporte de fogo. O estreito ao norte de Suribachi seria defendido por uma pequena força de infantaria. Por outro lado esta área inteira estava exposta ao fogo da artilharia, lançadores de rockets, e morteiros posicionados em Suribachi ao sul e ao terreno elevado no norte.
Uma linha principal de defesa, consistindo de posições mutuamente a apoiarem-se, estendia-se desde a parte noroeste da ilha até ao sudoeste, ao longo de uma linha geral desde montanhas até ao noroeste, através do campo aéreo número 2 de Motoyama até à vila de Minami. Desde lá continuava em direcção a leste até à linha de água apenas a sul do Ponto de Tachiiwa. A linha inteira de defesa era dotada de bunkers. Os carros de combate estáticos do Coronel Nishi, enterrados e camuflados com todo cuidado, reforçavam ainda mais a área fortificada, ao qual a sua força era suplementada pelo terreno. Uma segunda linha de defesas estendia desde algumas centenas de quilómetros a sul do Ponto de Kitano até ao ponto distante no norte de Iwo Jima através do ainda não terminado campo aéreo número 3, até à vila de Motoyama, e depois até à área entre o Ponto de Tachiiwa e Basin Leste. Esta segunda linha continha menos fortificações construídas por homens, mas os japoneses tiraram o máximo de proveito das cavernas naturais e das cavernas de terreno.
Como um meio adicional à proteção dos dois campos aéreos terminados, em Iwo Jima, de assalto direto, os japoneses construíram um número de trincheiras anticarro perto dos campos e minaram todas as rotas naturais de aproximação. Quando, a 2 de janeiro, mais de uma dúzia de bombardeiros B-24 Liberator atacaram o campo aéreo número 1 e infligiram danos pesados, Kuribayashi moveu mais de 600 homens, 11 camiões e 2 bulldozers para reparações imediatos. Como resultado, o campo tornou-se novamente operacional apenas após 12 horas. Eventualmente, 2 mil homens foram colocados a encher as crateras causadas pelas bombas. No final de 1944 bombardeiros B-24 norte-americanos atacavam quase todas as noites a ilha. A 8 de dezembro de 1944, aviões norte-americanos largaram mais de 800 toneladas de bombas em Iwo Jima, que fez poucos danos reais nas defesas da ilha. Embora os ataques aéreos frequentes interferissem com as preparações japonesas e rouba-se muito do descanso da guarnição, o progresso do trabalho não se tornou lento.
A 5 de janeiro de 1945, o almirante Ichimaru realizou um briefing com o pessoal naval no seu posto de comando, no qual os informou da destruição da frota japonesa na Batalha do Golfo de Leyte, a perda das Filipinas, e a espera da invasão em breve da Iwo Jima. Exatamente um mês depois, os operadores de rádio japoneses começaram a reportar ao comandante da ilha que os sinais de código dos aviões norte-americanos tinham sofrido grandes alterações. A 13 de fevereiro, um avião de patrulha naval japonês detectou 170 navios norte-americanos a se moverem a noroeste do Saigon. Todas as tropas japonesas nas Ogasawaras foram alertadas e ocuparam as suas posições de batalha. Em Iwo Jima, a preparação para a batalha esperada tinha sido terminada e os defensores estavam prontos.

Preparação norte-americana
Em 7 de outubro de 1944, o almirante Chester Nimitz e a sua equipa publicaram um estudo para planeamento preliminar, que claramente listava os objetivos da Operação Detachment. O principal motivo da operação era o de manter pressão militar contra o Japão e o de estender o controle norte-americano ao Pacífico Oeste. Nas mãos norte-americanas, Iwo Jima poderia ser convertida numa base da qual poderiam ser lançados ataques aéreos contra as ilhas principais do Japão, proteger base nas Marianas, apoiar forças navais, conduzir operações de reconhecimento, e fornecer escolta através de caças a operações de longa distância. Três tarefas especialmente visionadas no estudo eram: a redução da força naval e aérea, e industrial no Japão; a destruição da força naval e aérea japonesa nas Ilhas Bonin, e a captura, ocupação, e subsequente defesa de Iwo Jima.

Um canhão americano disparando contra posições japonesas no Monte Suribachi

Ataque a Iwo Jima
Às 02.00 horas da manhã de 19 de Fevereiro, navios de guerra assinalaram o início do ataque a Iwo Jima. Em breve 100 bombardeiros atacaram a ilha, em seguida outra rajada de artilharia naval. Às 08.30 horas, os primeiros dos eventuais 30.000 fuzileiros da 3ª, 4ª e 5ª divisão de fuzileiros, sobre a V Corporação Anfíbia, desembarcaram na ilha Japonesa de Iwo Jima, e a batalha pela ilha começou.
Os fuzileiros foram recebidos com fogo pesado proveniente da montanha de Suribachi, ao sul da ilha, e combateram em péssimo terreno; cinza vulcânica áspera que não permitia nenhum movimento seguro ou escavação de uma trincheira. Não obstante, por essa noite a montanha tinha sido cercada e 30.000 fuzileiros navais tinham desembarcado. Aproximadamente 40.000 mais estavam por vir.
O movimento para cima do monte Suribachi foi combatido por cada metro. A artilharia era ineficaz contra os Japoneses, mas os atiradores, lança-chamas e granadas limpavam os bunkers. Finalmente, a 23 de fevereiro, o cume foi alcançado. O fotógrafo Joe Rosenthal da Associated Press tirou a famosa foto "Raising the Flag on Iwo Jima" (Hasteando a Bandeira em Iwo Jima) da bandeira norte-americana sendo colocada no cume da montanha.
Com a área de desembarque segura, mais fuzileiros navais e equipamento pesado chegaram à costa e a invasão procedeu para norte, para capturar as bases aéreas e o resto da ilha. Com a sua bravura habitual, muitos soldados japoneses combateram até à morte. De mais de 21.800 defensores, apenas 200 foram feitos prisioneiros.
As forças Aliadas sofreram mais de 26.000 baixas, com mais de 7.000 mortos. Mais de um quarto das Medalhas de Honra que foram atribuídas a fuzileiros navais norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial foram dadas pela sua conduta em Iwo Jima.
A ilha de Iwo Jima foi declarada segura a 26 de março de 1945.
A marinha norte-americana atribuiu o nome de USS Iwo Jima a vários barcos.
O memorial da Corporação de Infantaria da Marinha dos Estados Unidos, nos arredores de Washington, homenageia todos os fuzileiros navais norte-americanos com uma estátua da famosa fotografia.


Steven Tyler - 67 anos

Steven Tyler (nascido Steven Victor Tallarico, Yonkers, 26 de março de 1948) é um cantor, compositor e multi-instrumentista dos Estados Unidos, conhecido pelo seu trabalho como vocalista da banda Aerosmith, na qual também toca harmónica, piano e, ocasionalmente, percussão. Conhecido como "Demon of Screamin'" ("Demónio da Gritaria", em tradução livre), e pelas suas acrobacias sobre o palco, durante as suas performances enérgicas, nas quais se veste com roupas coloridas e brilhantes e utiliza o seu microfone adornado com lenços coloridos.


James Hutton, o pai da geologia moderna, morreu há 218 anos

James Hutton (Edimburgo, 14 de junho de 1726 - Edimburgo, 26 de março de 1797) foi um geólogo, químico e naturalista escocês, conhecido por ser o pai do uniformitarismo e do plutonismo. Pelo seu trabalho pioneiro, na interpretação dos processos geológicos, é considerado como o pai da geologia moderna.

quarta-feira, março 25, 2015

Um milhão de visitantes desde junho de 2010..!


Béla Bartók nasceu há 134 anos

Béla Viktor János Bartók de Szuhafő (Nagyszentmiklós, 25 de março de 1881Nova Iorque, 26 de setembro de 1945) foi um compositor húngaro, pianista e investigador da música popular da Europa Central e do Leste.


Claude Debussy morreu há 97 anos

A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Em França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prélude à l'après-midi d'un Faune ("Prelúdio ao entardecer de um Fauno"), com que, para Pierre Boulez, começou a música moderna, até Jeux ("Jogos"), toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.


Aretha Franklin nasceu há 73 anos

Aretha Louise Franklin (Memphis, 25 de março de 1942) é uma cantora norte-americana de gospel, R&B e soul que virou ícone da música negra. Foi considerada a maior cantora de todos os tempos pela revista Rolling Stone e, pela mesma revista, a nona maior artista da música de todos os tempos.
Nascida em Memphis, criada em Detroit, Michigan, Aretha tornou-se a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame, em 3 de janeiro de 1987. Recebeu as alcunhas de "Rainha do Soul" ou "Dama do Soul". Reconhecida pela suas habilidades na música soul e R&B, também é uma adepta de jazz, rock, blues, pop e até mesmo ópera. Ela é geralmente reconhecida como uma das melhores vocalistas da história da música por publicações de porte da revista Rolling Stone e do canal de televisão VH1. É a segunda cantora a possuir mais prémios Grammy na história, atrás apenas de Alison Krauss. Aretha possui dezoito prémios competitivos e três honorários.
Apesar de todo o sucesso, Franklin possui apenas dois singles que foram para o primeiro lugar na lista dos mais vendidos dos Estados Unidos segundo a revista Billboard: "Respect", na década de 1960 (sua canção mais conhecida) e "I Knew You Were Waiting (For Me)", um dueto com George Michael. No entanto, vários singles dela já apareceram entre os 20 mais vendidos na lista daquela publicação, como "Think", "I Say a Little Prayer", "Until You Come Back to Me", "Chain of Fools", "(Sweet, Sweet Baby) Since You've Been Gone", "Call Me", "Ain't No Way", "Don't Play That Song (for me)", "Freeway of Love", entre outros.



O terceiro Rei de Portugal morreu há 792 anos

D. Afonso II de Portugal (cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, em virtude da doença que o teria afectado; Coimbra, 23 de abril de 1185 - Santarém, 25 de março de 1223), terceiro rei de Portugal, era filho do rei Sancho I de Portugal e da sua mulher, D. Dulce de Aragão, mais conhecida como Dulce de Barcelona, infanta de Aragão. Afonso sucedeu ao seu pai em 1211

Elton John - 68 anos

Elton John (nascido Reginald Kenneth Dwight; Londres, 25 de março de 1947) é um cantor-compositor, pianista e produtor. Elton possui 35 discos de ouro e 25 discos de platina, já vendeu mais de 450 milhões de discos em todo o mundo, e detém o recorde do single mais vendido de todos os tempos. Ao longo de quase cinco décadas, desde 1969, Elton fez mais de 3.500 concertos ao redor do mundo. Elton John é homossexual assumido, vive com o companheiro David Furnish há 21 anos, e em 2005 os dois casaram e em 2014 oficializaram a união. O casal tem dois filhos, nascidos de barriga de aluguer: Zachary, de 3 anos,e Elijah, de 1 ano e 11 meses.


terça-feira, março 24, 2015

Hoje é dia de 99 balões...



Nena - 55 anos!

Nena, nome artístico de Gabriele Susanne Kerner (Hagen, 24 de março de 1960) é uma cantora pop e atriz alemã. Ficou internacionalmente conhecida na década de 1980 com a música 99 Luftballons.


Sharon Corr - 40 anos!

Sharon Helga Corr (Dundalk, 24 de março de 1970) é uma música da República da Irlanda, conhecida por ser violinista e vocalista de apoio da banda de folk rock, formada por irmãos, The Corrs.
Sharon começou a aprender violino aos seis anos. A sua irmã Caroline Corr estava, originalmente, destinada pela família a aprender o instrumento. Mas, por falta de interesse dela, Sharon acabou por aprender a tocar o instrumento. Sharon orgulha-se de jamais ter faltado a uma aula desde que começou a aprender violino. Chegou a tocar numa orquestra e está qualificada para lecionar este instrumento. Em 2001, casou-se com o barrister de Belfast Gavin Bonnar. Em 31 de março de 2006, deu à luz o primeiro filho, Cathal Robert Gerard Bonnar e, em 18 de julho de 2007, nasceu Flori Jean Elizabeth Bonnar.
Sharon completou o seu primeiro álbum solo, "Dream of You", em 2010. O single "Everybody's Gotta Learn Sometime" foi lançado em 6 de setembro de 2010 e o álbum "Dream of You" foi lançado em 13 de setembro de 2010, no Reino Unido e Irlanda.


Música para geopedrados...


Júlio Verne morreu há 110 anos

Júlio Verne, em francês Jules Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 - Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o inventor da ficção científica, tendo feito predições nos seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Auguste Piccard morreu há 53 anos

Auguste Antoine Piccard (Basileia, 28 de janeiro de 1884Lausana, 24 de março de 1962) foi um físico, inventor e explorador suíço.
Foi o inventor do batiscafo, espécie de submarino utilizado para pesquisas a grandes profundidades. Ele e seu irmão gémeo, Jean Piccard, foram também balonistas. O seu filho, Jacques Piccard, desceu ao fundo da Fossa das Marianas e foi também um reconhecido hidronauta e explorador.
Auguste foi citado pelo compositor Paulo Vanzolini, na música "Samba Erudito": 
Fui ao fundo do mar 
Como o velho Piccard 
Só pra me exibir 
Só pra te impressionar
Além de ter inspirado o escritor belga Hergé, na criação do Professor Girassol, personagem da história em quadrinhos Tintim, Auguste, juntamente com seu irmão Jean, é considerado a inspiração para o nome do personagem Capitão Jean-Luc Picard, da série Jornada nas Estrelas - A Nova Geração.

Marcos Portugal nasceu há 253 anos

Marcos António da Fonseca Simao, conhecido como Marcos Portugal ou Marco Portogallo (Lisboa, 24 de março de 1762 - Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1830) foi um compositor e organista português de música erudita. Em seu tempo as suas obras foram conhecidas em toda a Europa, sendo um dos mais famosos compositores portugueses de todos os tempos.


Há 26 anos o Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambiental

Exxon Valdez (atualmente chamado Dong Fang Ocean e anteriormente conhecido também como Exxon Mediterranean, SeaRiver Mediterranean, S/R Mediterranean e Mediterranean) foi um navio petroleiro que ganhou notoriedade a 24 de março de 1989, quando 50.000 a 150.000 m³ (aproximadamente 257.000 barris) do petróleo que transportava foram lançadas ao mar, na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound). Como consequência, houve um grande desastre ambiental. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de milhares de milhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derrame de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.

Óscar Romero foi assassinado há 35 anos

Óscar Arnulfo Romero Galdámez, conhecido como Monsenhor Romero, (Ciudad Barrios, San Miguel, 15 de agosto de 1917 - San Salvador, 24 de março de 1980) foi um sacerdote católico salvadorenho, quarto arcebispo metropolitano de San Salvador (1977-1980).
Sentire cum Ecclesia

Em 3 de fevereiro de 1977 foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Escolhido como arcebispo por seu aparente conservadorismo, uma vez nomeado aderiu aos ideais da não-violência, posição que o levou a ser comparado ao Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Por isso, Óscar Romero passou a denunciar, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou publicamente sua solidariedade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.
Dentro da Igreja Católica, defendia a "opção preferencial pelos pobres".

A morte
Na homilia de 11 de novembro de 1977, Monsenhor Romero afirmou: "a missão da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação."
Óscar Romero foi assassinado quando celebrava a missa, em 24 de março 1980, por um atirador de elite do exército salvadorenho, treinado nas Escola das Américas. A sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador.
Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas, em reconhecimento pela atuação de Dom Romero em defesa dos direitos humanos.
Em 1997 Romero foi declarado um "Servo de Deus" pelo papa João Paulo II. Em fevereiro de 2015 o papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir.

segunda-feira, março 23, 2015

Damon Albarn - 47 anos

Damon Albarn (Londres, 23 de março de 1968) é um cantor britânico.
Na juventude participou das bandas Circus, Real Lives e The Aftermath. Nos anos 90 ganhou notoriedade como líder e vocalista dos Blur, uma das mais importantes e emblemáticas bandas inglesas do chamado Britpop. Formado por Graham Coxon (guitarra e voz), Alex James (baixo), Dave Rowntree (bateria) e Damon Albarn (voz e teclado), os Blur lançaram sete álbuns e inúmeros hits no topo das paradas de sucesso, entre eles "There's no other way", "Girls And Boys", "Song 2" e "Coffee And TV".
Damon estava a dedicar-se, desde 2003, a outros projetos de sucesso comercial e/ou de crítica. O primeiro deles foi os Gorillaz, banda virtual onde os músicos são desenhos animados. Os Gorillaz já lançaram, desde 2000, quatro discos de estúdio e contaram com a participação de diversos artistas como Miho Hatori, De La Soul, Neneh Cherry e Shaun Ryder.
Em 2002, Damon lançou Mali Music, álbum gravado durante uma viagem que fez em apoio a ONG Oxfam, em 2000. O projeto contou com a participação de músicos locais e tem sua sonoridade baseada na música de Mali e no Britpop.
Com o projeto The Good, the Bad and the Queen, banda que tem na sua formação, além do Damon (voz e piano), o baixista Paul Simonon (The Clash), o guitarrista Simon Tong (The Verve) e o baterista Tony Allen (Fela Kuti), lançou o disco homónimo, que estreou em janeiro de 2007.
Mais recentemente, em 2008, formou o supergrupo Rocket Juice and The Moon, em conjunto com o baixista do Red Hot Chili Peppers, Flea e o baterista Tony Allen.
Mesmo com os Blur reunidos, e realizando concertos por todo o mundo em turnês, Damon Albarn ainda se dedica a outros projetos, como os Gorillaz, além da sua carreira individual. Recentemente lançou o seu álbum a solo "Everyday Robots", em abril de 2014. Em 2012, ainda lançou pelos Blur o single EP "Under the Westway".
Em abril de 2015, será lançado o seu novo álbum de músicas inéditas com os Blur, o The Magic Whip.


in Wikipédia
   

O pintor, escritor e poeta Reis Ventura nasceu há 105 anos

(imagem daqui)

Manuel Joaquim Reis Ventura (Calvão, Chaves, 23 de março de 1910 - Oeiras, 29 de janeiro de 1988), mais conhecido por Reis Ventura, foi um pintor, escritor e poeta português.
  
Biografia
Reis Ventura, que também usou o pseudónimo de Vasco Reis, notabilizou-se pela escrita de obras de temática colonial.
Radicado em Angola, dedicou-se à escrita e ao jornalismo e pertenceu à segunda fase da literatura colonial portuguesa do século XX, de clara inspiração africana.

Homenagens
A 18 de julho de 1972 foi feito Oficial da já não existente Ordem do Império.
Em Chaves existe, em sua homenagem, a Rua Reis Ventura


REIS VENTURA - Ervedelo/Chaves, 1910 - Lisboa, 1992

Reis Ventura é o pseudónimo literário de Manuel Joaquim dos Reis Barroso. Tendo começado a sua vida pela Ordem de São Francisco, onde professou com o nome de Vasco Reis e recebeu ordens sacras, estudou Teologia em Espanha, tendo seguido depois para Moçambique como missionário. Ali abandonaria não só os franciscanos como as próprias ordens sacerdotais, tendo regressado a Lisboa onde estudou então na Escola Superior Colonial. Em 1938 seguiu para Angola, onde trabalhou primeiro como funcionário administrativo e, ultimamente, como empregado da companhia de petróleos daquela então colónia. Regressou a Portugal em 1975, tendo-se fixado em Lisboa. Estreou-se como poeta com o volume A Romaria, que em 1934 recebeu o "Prémio Antero de Quental" do Secretariado de Propaganda Nacional, ex-aequo com a Mensagem de Fernando Pessoa. Para além de continuar a cultivar a poesia, dedicou-se depois a escrever crónicas, contos e romances de temática colonial, pelo que recebeu alguns prémios da antiga Agência Geral das Colónias. Está representado nas antologias: Novos Contos d'África, de Garibaldino de Andrade e Leonel Cosme, 1962; Contos Portugueses do Ultramar, de Amândio César, 1969; O Corpo da Pátria, antologia poética sobre a guerra colonial, de Pinharanda Gomes, 1971; e Antologia do Conto Ultramarino, de Amândio César, 1972.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Lisboa, 1997 (daqui)

Baião de Luanda

Tão velhinha e tão linda, e tão presa
nos mistérios das ondas do mar,
é Luanda uma flor, uma beleza
com perfume e encantos sem par.

De S. Paulo à Marginal
- Vem ver, meu amor! -
Luanda ao sol-pôr,
Como é sem favor, divinal!

Raparigas do Bungo e da Samba,
do Cruzeiro e da Sé, do Balão,
na Paris, Polo Norte ou Mutamba,
são a nossa maior tentação.

Nesta terra onde eu nasci
eu quero casar
e ter o meu lar
e rir e chorar
só por ti.

Pelos bailes seletos da Alta,
nos batuques tão ricos de cor,
é Luanda que dança e que salta,
numa festa de vida e amor.

Bungo, Samba e Sambizanga
ou Portas do Mar
- Tudo isto é Luanda,
cidade e quitanda
ao luar...

Tão velhinha e tão bela e fagueira,
debruçada nas ondas do mar,
É Luanda sagaz, feiticeira.
Quem cá chega, cá quer ficar!


Reis Ventura

Calouste Gulbenkian nasceu há 146 anos

Calouste Sarkis Gulbenkian (Üsküdar, 23 de março de 1869 - Lisboa, 20 de julho de 1955), foi um engenheiro e empresário arménio otomano naturalizado britânico (1902), activo no sector do petróleo e um dos pioneiros no desenvolvimento desse setor no Médio Oriente. Foi também um mecenas, tendo dado um grande contributo para o fomento da cultura em Portugal. A sua herança esteve na origem da constituição da Fundação Calouste Gulbenkian.

domingo, março 22, 2015

Hoje foi o Dia Mundial da Água...

O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos Hídricos) da Agenda 21.
Nesse período vários estados foram convidados, como se fosse mais apropriado no contexto nacional, a realizar no Dia, atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações proposta pela Agenda 21. A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
  • Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
  • Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
  • Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado;
Os temas dos DMA anteriores foram:
  • 2015: Água e desenvolvimento sustentável
  • 2014: Água e Energia
  • 2013: Cooperação pela água
  • 2012: Água e segurança alimentar
  • 2011: Água para cidades: respondendo ao desafio urbano
  • 2010: Água limpa para um mundo saudável
  • 2009: Águas Transfronteiriças: a água da partilha, partilha de oportunidades.
  • 2008: Saneamento
  • 2007: Lidando com a escassez de água
  • 2006: Água e cultura
  • 2005: Água para a vida
  • 2004: Água e desastres
  • 2003: Água para o futuro
  • 2002: Água para o desenvolvimento
  • 2001: Água e saúde
  • 2000: Água para o século XXI
  • 1999: Todos vivem rio abaixo
  • 1998: Água subterrânea: o recurso invisível
  • 1997: Águas do Mundo: há suficiente?
  • 1996: Água para cidades sedentas
  • 1995: Mulheres e Água
  • 1994: Cuidar de nossos recursos hídricos é função de cada um
A partir de 2001 ficou restrito a cada país a adoção da Agenda 21.
Em Portugal foi ainda criado o Dia Nacional da Água, comemorado a 1 de outubro de cada ano.

A poetisa Branca de Gonta Colaço morreu há 70 anos

(imagem daqui)

Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço (Lisboa, 8 de julho de 1880 - Lisboa, 22 de março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
  
Biografia
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a 8 de julho de 1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder. Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casou, em 1898, com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonta, a aldeia natal do seu pai.
Cedo revelando talento para as letras, inicia-se como poetisa e como colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos periódicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de Almeida, e O Talassa (1913-1915), um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu marido. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas Serões (1901-1911), Illustração portugueza (1903-1980) e Ilustração (1926-).
Por iniciativa sua, a Academia das Ciências de Lisboa promoveu em 1918 uma homenagem a Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado português agraciou-a com a Ordem de Santiago da Espada.
Branca Colaço foi mãe do escritor Tomás Ribeiro Colaço e da escultora Ana de Gonta Colaço.
Faleceu em Lisboa a 22 de Março de 1945. Em Lisboa e em Parada de Gonta existem ruas com o seu nome.


De Profundis

… E silenciosamente

morri, de morte humilde, humildemente,
numa longínqua torre,
num triste anoitecer ...

…………………………..

Não é quando se acaba que se morre;
é quando acaba o gosto de viver.


Branca de Gonta Colaço

Jorge Ben Jor - 70 anos!

Jorge Ben ou Jorge Ben Jor (Rio de Janeiro, 22 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor brasileiro. O seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos. A obra de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no swing e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, trouxe influências árabes e africanas, oriundas da sua mãe, nascida na Etiópia.


sábado, março 21, 2015

Ayrton Senna nasceu ha 55 anos

Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 - Bolonha, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Ele morreu em um acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de San Marino de 1994. Ele está entre os pilotos de Fórmula Um mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do desporto.

Faleceu o Geólogo ex-Reitor e decano dos Professores da Universidade de Coimbra, o Professor Doutor Cotelo Neiva...

João Cotelo Neiva (1917-2015)
Reitor da reforma universitária em Coimbra

Eminente geólogo, o prof. doutor João Manuel Cotelo Neiva, que morreu anteontem, com 98 anos, foi reitor da Universidade de Coimbra entre 1971 e 74 e protagonista da Reforma Veiga Simão para as universidades: alargou a Faculdade de Ciências às Engenharias e abriu Economia, além de criar estruturas científicas e dinamizar os Serviços Sociais. No 25 de abril, apesar de alguns incómodos, a reitoria passou sem violência para o prof. Teixeira Ribeiro. O funeral sai hoje pelas 10h00 da capela da Universidade para São Mamede de Ribatua, Alijó, onde se celebra missa de corpo presente às 16h00. O académico está ligado à terra pela família materna e projetou ali a rede de água que fez história no concelho.

in CM - ler notícia

Solomon Burke nasceu há 75 anos

Solomon Vincent McDonald Burke (Filadélfia, 21 de março de 1940 - Amesterdão, 10 de outubro de 2010), sendo mundialmente referido como Rei do Rock 'N Soul e Bispo do Soul, foi um cantor e compositor de música soul, gospel e rock americano, reconhecido como um dos músicos mais influentes do século XX, responsável pela introdução de ritmo gospel nas músicas de soul e rock & roll. Já vendeu cerca de 17 milhões de álbuns e foi eleito pela revista Rolling Stone o 89º maior artista da música de todos os tempos.


Roger Hodgson - 65 anos!

Roger Hodgson (registado como Charles Roger Pomfret Hodgson; Portsmouth, Hampshire, Inglaterra, 21 de março de 1950) é um músico e cantor inglês e co-fundador da banda progressiva Supertramp. É conhecido pela sua voz, que pode atingir altos agudos, uma marca registada dos Supertramp.


O príncipe herdeiro D. Luís Filipe nasceu há 128 anos

D. Luís Filipe, de nome completo Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Bragança Orleães Saboia e Saxe-Coburgo-Gotha (Santa Maria de Belém, Lisboa a 21 de março de 1887 - Praça do Comércio, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi Príncipe Real de Portugal, tendo sido Príncipe da Beira antes da subida de seu pai ao trono. Era o filho mais velho do Rei D. Carlos I de Portugal e de sua mulher, a Rainha D. Amélia de Orleães.

Brasão de armas do Príncipe Real de Portugal

Hoje é o Dia Mundial da Árvore...

(imagem daqui)

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!



Olavo Bilac