
Senna começou a sua carreira competindo no
karting. Mudou-se para competições de
automobilismo em 1981, sagrando-se campeão do
Campeonato Britânico de Fórmula 3, 2 anos após a sua estreia. O seu bom desempenho na Fórmula 3 impulsionou a sua ascensão à
Fórmula 1, fazendo a sua primeira aparição na categoria no
Grande Prémio do Brasil, de 1984, pela equipe
Toleman-
Hart,
tendo abandonado a corrida na 8ª volta. Na sua primeira temporada,
Senna conseguiu pontuar em 5 corridas, fechando o ano com treze pontos e
a 9ª posição na classificação geral dos pilotos. No ano seguinte,
trocou a Toleman-Hart pela
Lotus-
Renault, equipa pela qual venceu seis Grandes Prémios ao longo de três temporadas. Em 1988, juntou-se ao
francês Alain Prost (que seria o seu maior rival na sua carreira) na
McLaren-
Honda e viveu anos vitoriosos pela equipa. Os dois juntos venceram 15 dos 16 Grandes Prémios
daquela temporada, e Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez. Prost levou o
campeonato de 1989, e Senna retomou o título em
1990 - ambos títulos foram decididos por colisões entre os pilotos no
Grande Prêmio do Japão. Na
temporada seguinte,
Senna ganhou o seu terceiro título mundial, tornando-se o piloto mais
jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula 1 - façanha que foi
mantida até o final da temporada de 2012, quando Sebastian Vettel chegou
ao tricampeonato, vencendo três anos consecutivos. A partir de
1992, a equipe
Williams-
Renault dominou amplamente a competição. Ainda assim, Ayrton Senna conseguiu terminar a
temporada de 1993 como vice-campeão, vencendo cinco corridas. Negociou então uma transferência para a Williams em
1994.
A sua reputação de piloto veloz ficou marcada pelo recorde de
pole positions
que deteve. Sobre asfalto chuvoso, demonstrava grande capacidade e
perícia, como demonstrado em atuações antológicas nos GPs de Mónaco de
1984, de Portugal, em 1985 e da Europa, em 1993. Senna ainda detém o
recorde de maior número de vitórias no prestigioso
Grande Prémio de Mónaco - seis - e é o terceiro piloto mais bem sucedido de todos os tempos em termos de vitórias.
Em dezembro de 2009 a revista inglesa
Autosport publicou um estudo onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de
Fórmula 1 de todos os tempos. A revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria, e Ayrton Senna venceu tal votação.
A
rede de comunicação estatal britânica, BBC, elegeu o brasileiro Ayrton
Senna como o melhor piloto de Fórmula 1 da história. “Provavelmente
nenhum piloto da Fórmula 1 tenha se dedicado mais ao desporto e dado
mais de si mesmo em sua rígida busca pelo sucesso. Ele era uma força da
natureza, uma combinação incrível de muito talento e, em alguns casos,
uma determinação espantosa”, aponta o texto publicado no site da BBC.
Em 2014, foi homenageado pela escola de samba
Unidos da Tijuca, que veio a ser a vencedora do carnaval carioca.
É considerado um dos maiores ídolos do desporto no
Brasil, ganhando inclusive a alcunha de herói nacional por parte dos
media especializados em automobilismo.
(...)
Ao participar na terceira corrida da temporada, o
GP de San Marino, em
Ímola,
Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por
Michael Schumacher. Senna iniciara a que seria a sua última volta na
F1; ele entrou na curva Tamburello (a mesma em que bateu
Nelson Piquet
com um Williams em 1987 e também onde bateu Berger com um Ferrari em
1989) e perdeu o controle do carro, devido a ter a barra de direção partida, seguindo a direito e chocando violentamente contra um muro de
betão. A
telemetria
mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu,
nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h para
cerca de 200 km/h. Os
oficiais de pista chegaram ao local do acidente e, ao perceber a
gravidade, só puderam esperar pela equipa médica. Por um momento a cabeça
de Senna mexeu levemente, e o mundo, que assistia pela TV, imaginou que
ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um
profundo dano cerebral. Senna foi removido do seu carro pelo Professor
Sid Watkins,
neurocirurgião
de renome mundial, pertencente aos quadros da Comissão Médica e de
Segurança da Fórmula e chefe da equipa médica da corrida, e recebeu os
primeiros socorros ainda na pista, ao lado do seu carro destruído, antes
de ser levado de
helicóptero para o Hospital Maggiore de
Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.