Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço (
Lisboa,
8 de julho de
1880 - Lisboa,
22 de março de
1945), mais conhecida por
Branca de Gonta Colaço,
foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que
ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era
filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português
Tomás Ribeiro. Casou com
Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
Biografia
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a
8 de julho de
1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa
Ann Charlotte Syder.
Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da
época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e das
artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casou, em
1898, com o pintor e azulejista
Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de
Parada de Gonta, a aldeia natal do seu pai.
Cedo revelando talento para as letras, inicia-se como poetisa e como
colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um
grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por
múltiplos periódicos, com destaque para os jornais
O Dia, de
José Augusto Moreira de Almeida, e
O Talassa
(1913-1915), um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu
marido. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas
Serões (1901-1911),
Illustração portugueza (1903-1980) e
Ilustração (1926-).
Por iniciativa sua, a
Academia das Ciências de Lisboa promoveu, em
1918, uma homenagem a
Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o
drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e
intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que
fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi
distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas
e estrangeiras. O estado português agraciou-a com a
Ordem de Santiago da Espada.
Branca Colaço foi mãe do escritor
Tomás Ribeiro Colaço e da escultora
Ana de Gonta Colaço.
Faleceu em
Lisboa a
22 de março de
1945. Em Lisboa e em Parada de Gonta existem ruas com o seu nome.