domingo, outubro 14, 2012

Rommel, a Raposa do Deserto, teve de suicidar-se há 68 anos, para salvar a sua família

Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de novembro de 1891Herrlingen, 14 de outubro de 1944) (conhecido popularmente como A Raposa do Deserto) foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Rommel ficou mundialmente famoso por sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Por sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, granjeou o apelido de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.

(...)

Em 17 de julho de 1944, 41 dias após o início dos desembarques aliados lançados no Dia D, Rommel foi gravemente ferido por um caça Spitfire canadiano e permaneceu hospitalizado por vários dias. Nesse período, Claus von Stauffenberg executou o atentado de 20 de julho de 1944 contra Hitler, que escapou por pouco, com ferimentos leves (a mesa da conferência acabou por lhe servir de escudo). Sem nunca ter feito parte do partido nazi, Rommel tornara-se cada vez mais crítico ao governo do Führer.
Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também sua família a ser confinada em um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez, jamais se venha a saber o que exatamente se passou no caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da chancelaria do Reich. Maisel que ao final da guerra foi condenado juntamente como motorista da SS, afirmam terem recebido ordens de abandonar o carro por alguns momentos, quando retornaram encontraram Rommel agonizando.
O seu funeral foi celebrado em 18 de outubro de 1944, com as mais altas honrarias militares do III Reich e, oficialmente, a sua "causa mortis" foi anunciada como sendo efeito dos ferimentos que recebera meses antes.
Os seus restos mortais, depois de cremados foram sepultados em Herrlingen, Alemanha, no cemitério próximo de sua casa. A sua família não foi perseguida após sua morte e um dos seus filhos chegou ao cargo de presidente da câmara (Bürgermeister) da cidade de Stuttgart.

Dan McCafferty, o vocalista da banda escocesa Nazareth, faz hoje 66 anos

Dan McCafferty (Dunfermline, 14 de outubro de 1946) é um cantor escocês. A sua trajetória artística iniciou-se no ano de 1965, quando passou a acompanhar os seus amigos Pete Agnew e Darrel Sweet nas apresentações da banda local "The Shadettes" em pequenos clubes escoceses. Pete e Dan, aliás, são amigos desde os 5 anos de idade, quando estudaram juntos no mesmo colégio.
Dan tornou-se, assim, vocalista do "The Shadettes". Em 1968, com a chegada do guitarrista Manny Charlton, a banda passou a chamar-se "Nazareth".
Dono de uma voz rouca e potente, McCafferty não se limita a ser um intérprete de hard rock (estilo no qual se filiam os Nazareth). Pelo contrário, o seu talento pode ser reconhecido nos vários estilos que esta banda escocesa tem experimentado durante sua longa carreira. Aliás, a sua voz ficou mundialmente conhecida por intermédio de uma balada - a clássica regravação de "Love Hurts" (Bryant).
A música que lhe traz as melhores recordações é, provavelmente, "Broken Down Angel", pois foi com ela que os Nazareth chegou às "paradas de sucesso" pela primeira vez, em 1973.
Sua afinação e seu potencial vocal estão registrados não apenas nos inúmeros álbuns já lançados pelos escoceses do Nazareth, mas também em seus dois álbuns solo: "Dan McCafferty" (1975) e "Into The Ring" (1986). O seu modo de cantar foi uma influência para cantores como Axl Rose dos Guns n' Roses, Rob Halford dos Judas Priest e Brian Johnson dos AC/DC.


Usher - 34 anos

Usher Terry Raymond IV (Dallas, 14 de outubro de 1978), mais conhecido como Usher, é um cantor, dançarino e ator norte-americano. Ele é considerado em todo o mundo como o principe do R&B. Usher, chegou à fama no final dos anos 90's com o lançamento de seu segundo álbum My Way, que gerou o seu primeiro hit número 1 na Billboard Hot 100, "Nice and Slow". Seu álbum seguinte 8701 , teve mais dois hits número um na Billboard Hot 100 "U Remind Me" e "U Got It Bad". Ambos os álbuns venderam mais de 8 milhões de cópias em todo o mundo, estabelecendo Usher como um dos melhores artistas de R&B em relação a vendas da década de 1990.


Música para um geopedrado que faz anos hoje

Para o Carlos, que hoje faz anos, dos amigos de Leiria, uma música para celebrar o aniversário, recordando-o que está sempre no nosso coração:

sábado, outubro 13, 2012

Há 44 anos a poesia e a língua portuguesa ficaram duplamente mais pobres...

(imagem daqui)

Cristovam Pavia, ou Cristóvam Pavia, pseudónimo de Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho (Lisboa, 7 de outubro de 1933 - Lisboa, 13 de outubro de 1968) foi um poeta português, filho do também poeta Francisco Bugalho (da geração da revista Presença), oriundo de Castelo de Vide.
Além do pseudónimo Cristovam Pavia, António Flores Bugalho assinou composições com os pseudónimos Sisto Esfudo, Marcos Trigo e Dr. Geraldo Menezes da Cunha Ferreira.
Para José Bento, "A poesia de Cristovam Pavia é a revelação de si próprio, de uma personalidade em conflito com o mundo em que vive e que procura uma fuga pela recuperação da infância morta, pela aceitação do seu conhecer-se diferente e despojado do que lhe é mais caro (a infância, o amor, o espaço e o tempo em que ambos se situavam), a transformação do seu próprio ser pelo sofrimento, num movimento de ascese e de autodestruição, quando o poeta atinge a consciência de si próprio e da sua voz."


Não fugir...

Não fugir. Suster o peso da hora
Sem palavras minhas e sem os sonhos,
Fáceis, e sem as outras falsidades.
Numa espécie de morte mais terrível
Ser de mim todo despojado, ser
Abandonado aos pés como um vestido.
Sem pressa atravessar a asfixia.
Não vergar. Suster o peso da hora
Até soltar sua canção intacta.

Cristovam Pavia



(imagem daqui)

    Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
    Considera-se que Bandeira faz parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.


    Minha grande ternura

    Minha grande ternura
    Pelos passarinhos mortos;
    Pelas pequeninas aranhas.

    Minha grande ternura
    Pelas mulheres que foram meninas bonitas
    E ficaram mulheres feias;
    Pelas mulheres que foram desejáveis
    E deixaram de o ser.
    Pelas mulheres que me amaram
    E que eu não pude amar.

    Minha grande ternura
    Pelos poemas que
    Não consegui realizar.

    Minha grande ternura
    Pelas amadas que
    Envelheceram sem maldade.

    Minha grande ternura
    Pelas gotas de orvalho que
    São o único enfeite de um túmulo.

    Manuel Bandeira

    Sammy Hagar faz hoje 65 anos

    Samuel Roy Hagar (13 de outubro de 1947, Monterey, Califórnia) é um compositor, vocalista e guitarrista de rock dos Estados Unidos conhecido por ter sido integrante das bandas Van Halen e Montrose.


    Paul Simon - 71 anos

    Paul Frederic Simon (Newark, 13 de outubro de 1941), é um cantor e compositor norte-americano de música folk rock. Foi considerado o 93º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

    (...)

    O sucesso veio apenas em meados da década de 60, com o reencontro com o seu parceiro Art Garfunkel, no disco Wednesday Morning (1964), que continha a clássica faixa The sound of silence, tida por muitos como a melhor de seu repertório. Esse disco não fez sucesso imediato e a dupla Simon & Garfunkel foi novamente desfeita (embora momentaneamente). Paul Simon formou-se em Literatura, para por fim dedicar-se à música e, influenciado por Bob Dylan e a onda folk que varria a América, interpretar suas próprias composições.
    Em 1965, Simon foi tentar a sorte no circuito folk de Londres e, ao retornar aos Estados Unidos, encontrou a canção "The sound of silence" no topo das paradas, numa versão com instrumentos elétricos feita por cima da versão acústica gravada no ano anterior. Retomou a parceria com Garfunkel e gravaram um álbum às pressas, acolhido por público e crítica. Lançaram juntos, no total, seis discos, todos disco de ouro por recorde de vendas. Seu folk rock harmonioso e delicado fez muito sucesso com canções como "America", "I am a rock", "The Boxer", "Bridge over troubled water", entre outras.
    Porém, em 1968, ainda nas gravações de Bookends, as tensões com Garfunkel começam. Simon achava que se sentia demasiado pressionado e, também como já estava noivo, queria começar uma vida mais familiar. Logo, decidiram gravar apenas só mais um álbum. Bridge Over Troubled Waters, gravado em 1969 e, lançado em 1970, encerra uma carreira que já durava há 13 anos.
    Após ter rompido com Garfunkel e, ter seguido carreira solo, produziu obra de grande qualidade, com um sucesso artístico enorme. Em 1974, realizou uma turnê acompanhado de uma banda gospel e um grupo de músicos peruanos, mostrando seu interesse pela cultura de outras nações e que só aumentou com o passar dos anos, gravando com artistas de vários países.
    Porém, em 1975, reaviva a amizade com Art Garfunkel e, os dois voltam a trabalhar juntos, na canção My Little Town, do álbum Still Crazy After All These Years. Não tendo produzido mais originais, os dois continuaram a trabalhar juntos ainda hoje, dando concertos memoráveis em toda a parte.
    Em 1977, tenta mudar de rumo artístico, iniciando uma carreira como actor. Assim, foi convidado por Woody Allen para participar no filme Annie Hall. Devido ao sucesso do papel, três anos depois, o realizador Robert M. Young convida-o para escrever o argumento para One Trick Pony e, também para o papel principal. Porém, Simon viu que não era no cinema que estava a sua vocação e, abandona a carreira de actor, voltando à música.
    Em 1981, junta-se de novo com Art Garfunkel e, os dois dão um memoravel concerto no Central Park de Nova Iorque, no dia 19 de setembro desse ano. Além de interpretarem os temas que compuseram juntos, interpretaram também temas a solo de cada um. O Disco/DVD é até hoje um dos grandes êxitos da dupla.


    Scarborough Fair - Scarborough Fair

    Are you going to Scarborough Fair?
    Parsley, sage, rosemary, and thyme
    Remember me to one who lives there
    She once was a true love of mine

    Tell her to make me a cambric shirt
    (On the side of a hill in the deep forest green)
    Parsley, sage, rosemary, and thyme
    (Tracing a sparrow on snow-crested ground)
    Without no seams nor needlework
    (Blankets and bedclothes the child of the mountain)
    Then she'll be a true love of mine
    (Sleeps unaware of the clarion call)

    Tell her to find me an acre of land
    (On the side of a hill, a sprinkling of leaves)
    Parsley, sage, rosemary, and thyme
    (Washes the ground with so many tears)
    Between the salt water and the sea strand
    (A soldier cleans and polishes a gun)
    Then she'll be a true love of mine

    Tell her to reap it in a sickle of leather
    (War bellows, blazing in scarlet battalions)
    Parsley, sage, rosemary, and thyme
    (Generals order their soldiers to kill)
    And to gather it all in a bunch of heather
    (And to fight for a cause they've long ago forgotten)
    Then she'll be a true love of mine

    Are you going to Scarborough Fair?
    Parsley, sage, rosemary, and thyme
    Remember me to one who lives there
    She once was a true love of mine

    Yves Montand nasceu há 91 anos


    O seu nome de batismo era Ivo Livi e, embora nascido na Itália, ele foi o ator que melhor encarnou o mito do homem francês. Considerado menos bonito que Alain Delon mas mais simpático e carismático, Montand provou que além de um ótimo cantor era também um bom ator.
    Sendo inicialmente comunista e depois defensor da liberdade e contra qualquer ditadura, Montand foi parceiro constante do diretor Costa-Gavras, com quem fez cinco filmes, entre eles "Z", "Estado de Sítio" e "A Confissão".
    Estreou como ator em 1946 com o diretor Marcel Carné no filme "As Portas da Noite", mas se destacou também em "O Salário do Medo" de Henri-Georges Clouzot em 1952; "Adorável Pecadora" ao lado de Marilyn Monroe de 1960; "Paris Está em Chamas" de René Clement em 1966 e "Viver por Viver" de Claude Lelouch em 1967.
    Foi casado durante 30 anos com a atriz Simone Signoret, até a morte dela, em 1985, mas teve romances célebres com a cantora Edith Piaf, no final dos anos 40, e com Marilyn Monroe.


    A mais iníqua Sexta Feira Treze foi há 705 anos

    A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
    Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Por causa do local onde originalmente se estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
    O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados publicamente. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até aos dias atuais.

    (...)

    Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.
    A ordem de prisão foi redigida em 14 de setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.
    O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V esteve para absolver os templários das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda dessa sua vontade e de razões de oportunismo político que a ultrapassaram.
    Dela se aproveitou Filipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.



    O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de um membro feminino da Casa Real Francesa e havia levado consigo poucos cavaleiros. Na madrugada de 13 de outubro, ele e os seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.
    Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV usava as forças do papa Clemente V para condenar os templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção de Filipe.
    Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com os seus amigos e cavaleiros. Ele recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou denunciar os seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por de Molay. Desmentiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte. Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay, outro cavaleiro, Guy d'Auvergne, desmentiu a sua confissão e ambos foram condenados. O rei Filipe IV, o Belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. De Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade, no dia 18 de março de 1314.
    Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França, Filipe IV, o Belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o chefe da guarda e conselheiro real, Guilherme de Nogaret, e, no dia 27 de novembro de 1314, morreu o rei Filipe IV com 46 anos de idade.

    A primeira Rainha da Dinastia de Bragança nasceu há 399 anos

    D.ª Luísa Maria Francisca de Gusmão (Sanlúcar de Barrameda, 13 de outubro de 1613 - Lisboa, 6 de novembro de 1666), pelo seu casamento com João, duque de Bragança em (12 de janeiro de 1633) veio a ser a primeira rainha de Portugal da quarta dinastia.

    Brasão de Luísa de Gusmão

    Da Casa Ducal de Medina-Sidónia, Dona Luísa era filha de João Manuel Peres de Gusmão, 8º duque de Medina-Sidónia, e de Joana Lourença Gomes de Sandoval e Lacerda, os senhores mais poderosos da Andaluzia. Descendia dos reis de Portugal por via paterna - a sua avó Ana de Silva e Mendonça era descendente de D. Afonso Henriques) - e por via materna - a sua outra avó, Catarina de Lacerda, descendia de D. Afonso I de Bragança.

    (...)

    Dona Luísa de Gusmão, (...) apoiou a política do marido na rebelião contra a Espanha. Tê-lo-á mesmo incitado a aceitar a Coroa do Reino de Portugal, nem que para isso fossem precisos grandes sacrifícios. O conde da Ericeira atribuiu à duquesa Dona Luísa o propósito "mais acertado de morrer reinando do que acabar servindo", a partir do qual os adversários da autonomia portuguesa fizeram depois sonoras frases ao gosto popular, como a de que ela teria afirmado, "melhor ser Rainha por um dia, do que duquesa toda a vida". Segundo a opinião de Veríssimo Serrão, «não é de manter-se a falsa tradição que fez dela um dos «motores» da Restauração, mas não oferece dúvida que se identificou com o movimento e soube enfrentar os sacrifícios com ânimo varonil».

    Há 95 anos, em Fátima, uma multidão viu o Milagre do Sol

    Página de Ilustração Portuguesa, 29 de outubro de 1917, mostrando as pessoas a observar o milagre

    O Milagre do Sol foi um fenómeno testemunhado por cerca de 70 mil pessoas em 13 de outubro de 1917 nos campos de Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal. As estimativas do tamanho da multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida, escrevendo para o jornal português O Século, a cem mil, segundo estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na Universidade de Coimbra. Ambos presenciaram o fenómeno.
    As crianças haviam relatado em datas anteriores que Nossa Senhora tinha prometido um milagre para o meio-dia de 13 de outubro, na Iria de Cova, "de modo que todos pudessem acreditar."
    De acordo com muitas indicações das testemunhas, por exemplo o avô materno de Fátima Magalhães, entre muitos outros, após uma chuva torrencial, as nuvens desmancharam-se no firmamento e o Sol apareceu como um disco opaco, girando no céu. Algumas afirmaram que não se tratava do Sol, mas de um disco em proporções solares, semelhante à lua. Disse-se ser significativamente menos brilhante do que o normal, acompanhado de luzes multicoloridas, que se reflectiram na paisagem, nas pessoas e nas nuvens circunvizinhas. Foi relatado que o pretenso Sol se teria movido com um padrão de ziguezague, assustando muitos daqueles que o presenciaram, que pensaram ser o fim do mundo. Muitas testemunhas relataram que a terra e as roupas previamente molhadas ficaram completamente secas, num curto intervalo de tempo.
    De acordo com relatórios das testemunhas, o Milagre do Sol durou aproximadamente dez minutos. As três crianças, relataram terem observado Jesus, a Virgem Maria, e São José abençoando as pessoas dentro ou junto do Sol. Outras testemunhas afirmaram ter visto vultos de configuração humana dentro do Sol quando este desceu.



    O Milagre do Sol

    Um relado de testemunha do Dr. José Maria de Almeida Garrett, professor da Faculdade de Ciências em Coimbra, Portugal

    "Seria 13.30 horas quando surgiu, no sítio exato onde estavam as crianças, uma coluna de fumo, fino, delicado e azulado, que se estendia talvez uns dois metros por cima das suas cabeças e se evaporava a essa altura. Este fenómeno, perfeitamente visível ao olho nu, durou uns segundos. Não tendo notado quanto durou, não posso dizer se foi mais ou menos de um minuto. O fumo dissipou repentinamente, e depois de algum tempo, voltou a aparecer uma segunda vez, e depois uma terceira.

    "O céu, que tinha estado encoberto todo o dia, de repente se aclarou; a chuva parou e parecia que o Sol ia encher de luz a paisagem que a manhã de inverno tinha tornado tão triste. Eu estava olhando para o sítio das aparições na expetativa serena e fria de que acontecesse alguma coisa e já com a curiosidade diminuída porque tinha passado muito tempo sem que nada despertasse a minha atenção. O Sol, uns momentos antes, tinha penetrado a camada espessa de nuvens que o escondiam e agora brilhava claro e intensamente.

    "Sùbitamente ouvi o alvoroço de milhares de vozes e vi toda a multitude espalhada nesse espaço vasto aos meus pés… virar as costas ao sítio onde, até então, todas as suas expetativas estavam focadas, e olhar para o sol no outro lado. Eu também me virei para o ponto que comandava o seu olhar e pude ver o Sol, como um disco muito claro com uma margem muito aguda, que vislumbrava sem ferir a vista. Não se podia confundir com o sol visto através de um nevoeiro (não havia nevoeiro nesse momento), pois nem estava velado nem turvo. Em Fátima, mantinha a sua luz e o seu calor, e sobressaia nitidamente no céu, com uma margem aguda, como uma grande mesa de jogo. A coisa mais espantosa era poder olhar para o disco solar por muito tempo, brilhando com luz e calor, sem ferir os olhos ou prejudicar a retina. [Durante este tempo], o disco do Sol não se manteve imóvel, teve um movimento vertiginoso, não como a cintilação de uma estrela em todo o seu brilho, pois girou sobre si mesmo num rodopio louco.

    "Durante este fenómeno solar, que acabo de descrever, houve também mudanças de cor na atmosfera. Olhando para o sol, notei que tudo se escurecia. Olhei primeiro para os objetos mais perto e depois estendi a minha vista ao longo do campo até ao horizonte. Vi que tudo tinha assumido cor de ametista. Os objetos à minha volta, o céu e a atmosfera, eram da mesma cor. Tudo perto e longe tinha mudado, tomando a cor de velho damasco amarelo. As pessoas pareciam que sofriam de icterícia e lembro-me de uma sensação de divertimento ao vê-los tão feios e repulsivos. A minha mão estava da mesma cor.

    "Então, de repente, ouviu-se um clamor, um grito de agonia vindo de toda a gente. O Sol, girando loucamente, parecia de repente soltar-se do firmamento e, vermelho como o sangue, avançar ameaçadoramente sobre a terra como se fosse para nos esmagar com o seu peso enorme e abrasador. A sensação durante esses momentos foi verdadeiramente terrível.

    "Todos os fenómenos que descrevi foram observados por mim num estado de mente calmo e sereno sem nenhuma perturbação emocional. Cabe aos outros interpretá-los e explicá-los. Finalmente, tenho que declarar que nunca, antes ou depois de 13 de outubro [1917], observei semelhante fenómeno solar ou atmosférico."

    A Tragédia dos Andes ocorreu há 40 anos

     Foto dos sobreviventes entre os destroços

    O Voo Força Aérea Urugaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de rugby, seus amigos, familiares e associados que caíram na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de Dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
    Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros (11.800 pés) de altitude. Diante da fome e de relatórios da rádio com a notícia de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

    sexta-feira, outubro 12, 2012

    Luciano Pavarotti nasceu há 77 anos

    Luciano Pavarotti (Módena, 12 de outubro de 1935 - Módena, 6 de setembro de 2007) foi um cantor (tenor lírico) italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi, de entre outros em seu grande repertório. É reconhecido como o tenor que popularizou mundialmente a ópera.




    Hoje é o dia de aniversário e da coroação do Imperador D. Pedro I do Brasil

    D. Pedro I e a coroa imperial do Brasil (pintura de Henrique José da Silva)




    D. Pedro I (12 de outubro de 1798 – 24 de setembro de 1834), alcunhado o Libertador, foi o fundador e primeiro monarca do Império do Brasil. Como Rei D. Pedro IV, ele reinou brevemente em Portugal, onde também ficou conhecido como o Libertador e também como o Rei Soldado. Nascido em Lisboa, D. Pedro I foi o quarto filho do Rei D. João VI de Portugal e da Rainha Carlota Joaquina, e assim membro da Casa de Bragança. Quando o seu país foi invadido por tropas francesas em 1807, ele e sua família emigraram para o Brasil, a maior e mais rica colónia portuguesa.

    A deflagração da Revolução liberal de 1820 no Porto, com a rápida adesão de Lisboa e resto do país, obrigou o pai de D. Pedro I a regressar a Portugal em abril de 1821, deixando-o a governar o Brasil como regente. Ele teve que lidar com as ameaças de revolucionários e da insubordinação de tropas portuguesas, todas as quais ele subjugou. A tentativa do governo português de retirar a autonomia política que o Brasil gozava desde 1808 foi recebida com descontentamento geral. D. Pedro I escolheu o lado brasileiro e declarou a independência do Brasil de Portugal em 7 de setembro de 1822. Em 12 de outubro ele foi aclamado imperador brasileiro e em março de 1824 ele já havia derrotado todos os exército leais a Portugal. Poucos meses depois, D. Pedro I esmagou a breve Confederação do Equador, uma tentativa frustrada de secessão de rebeldes provinciais na região nordeste do Brasil.
    Uma rebelião separatista na província sulista da Cisplatina no início de 1826, e a tentativa subsequente de sua anexação pela Províncias Unidas do Rio da Prata levaram o império à Guerra da Cisplatina. Em março de 1826, D. Pedro I tornou-se brevemente rei de Portugal antes de abdicar em favor de sua filha mais velha, D. Maria II. A situação piorou em 1828 quando a guerra do sul resultou na perda da Cisplatina. Nesse mesmo ano, em Lisboa, o trono de D. Maria II foi usurpado pelo príncipe Dom Miguel, irmão mais novo de D. Pedro I. O relacionado sexual escandaloso com uma cortesã maculou a reputação do imperador. Outras dificuldades surgiram no parlamento brasileiro, onde o conflito sobre se o governo e suas políticas seriam escolhidos pelo monarca ou pela legislatura dominaram os debates políticos de 1826 à 1831. Incapaz de lidar com os problemas do Brasil e de Portugal ao mesmo tempo, em 7 de abril de 1831 D. Pedro I abdicou e favor de seu filho, D. Pedro II, e partiu para a Europa.
    D. Pedro I invadiu Portugal à frente de um exército em julho de 1832. Frente ao que parecia inicialmente uma guerra civil nacional, ele logo se envolveu num conflito em escala muito maior que abrangeu toda a península Ibérica numa luta entre os defensores do Liberalismo e aqueles que procuravam o retorno ao Absolutismo. D. Pedro I morreu de tuberculose,  em 24 de setembro de 1834, apenas poucos meses após ele e os liberais terem emergido vitoriosos. Ele foi consagrado pelos contemporâneos e pela posteridade como uma figura chave que ajudou a propagar os ideais liberais que permitiram ao Brasil e a Portugal a se moverem de regimes autoritários à formas de governo representativo.

    John Denver morreu há 15 anos

    John Denver (Roswell, 31 de dezembro de 1943 - Pacific Grove, 12 de outubro de 1997), nascido Henry John Deutschendorf, Jr., foi um cantor, compositor, músico e ator americano. Compunha e cantava canções do género musical conhecido como "country music". Denver morreu aos 53 anos na região costeira de Monterey, na Califórnia, enquanto pilotava um avião experimental, feito de fibra de vidro.
    John Denver é mais conhecido por sua balada Annie's Song, mas grandes sucessos mundiais foram também as canções Take Me Home, Country Roads, Sunshine On My Shoulders, Perhaps Love (em dueto com Plácido Domingo), Leaving on a Jet Plane, Don't Close Your Eyes Tonight e Come And Let Me Look In Your Eyes. Ficou também famoso por outras paixões, além da música: aviões, natureza e mulheres.


    Há 12 anos o grupo terrorista islâmico al-Qaeda fez um ataque suicida contra um barco norteamericano

    O rebocador USNS Catawba (T-ATF-168), à frente, rebocando o USS Cole logo após o atentado

    O Atentado ao USS Cole foi um ataque suicida feito contra o destroyer USS Cole (DDG 67)‎ da Marinha dos Estados Unidos, em 12 de outubro de 2000, enquanto este estava a ser reabastecido no porto de Áden, no Iémen. Um total de 17 marinheiros americanos foram mortos e outros 39 ficaram feridos.
    O grupo terrorista islâmico al-Qaeda assumiu a autoria do ataque. A resposta da Administração Clinton foi considerada tímida, com pouca ação militar direcionada contra os responsáveis.

    José Ribeiro dos Santos, militante do MRPP, foi assassinado há 40 anos

    (imagem daqui)

    GRANDE MANIFESTAÇÃO POPULAR NO FUNERAL DE RIBEIRO SANTOS
    CONTRA A FÚRIA ASSASSINA DA POLÍCIA - CONTRA A REPRESSÃO

    Na tarde de 12 de outubro de 1972, no ISEF um agente da polícia política (PIDE) assassinou o estudante da faculdade de Direito JOSÉ ANTÓNIO RIBEIRO SANTOS.

    Ao disparar a pistola sobre os estudantes o pide que matou José António feriu também JOSÉ REBELO DOS REIS (JOSÉ LAMEGO) que se encontra internado SOB PRISÃO.

    O funeral de José António Ribeiro dos Santos foi uma grandiosa manifestação de muitos milhares de populares e estudantes que deixaram bem claro o seu repúdio por mais este hediondo crime da PIDE-DGS.

    À espera que o funeral saísse de casa encontravam-se cerca de 5 000 pessoas. Quando a urna sai ao ombro dos estudantes começa a formar-se um cortejo para se fazer o percurso a pé. São lançados ao ar milhares de comunicados. A população grita. "ASSASSINOS", "MATAM OS NOSSOS FILHOS", "FORA A PIDE", "ABAIXO A GUERRA COLONIAL", "ABAIXO O FASCISMO".

    Intervém a polícia de choque, disparando tiros, tentando fazer prisões, roubando a urna aos estudantes e metendo-a num carro funerário. A população confrontou-se violentamente com a polícia, conseguindo até arrancar das mãos dos esbirros duas das três pessoas presas.

    Milhares de pessoas vão em manifestação ao cemitério, formando grupos de várias centenas que utilizam percursos diferentes, continuando a gritar o seu repúdio. Conseguem entrar no cemitério 3000 pessoas, concentrando-se alguns milhares nos arredores. A polícia de choque intervém novamente conseguindo fazer mais 8 prisões. À saída formam-se várias manifestações de rua que se sucedem até ao fim da tarde. São apedrejados estabelecimentos bancários, continua a berrar-se "FORA A PIDE", "ASSASSINOS", etc. São feitas mais 21 prisões.

    Houve muitos feridos entre os quais polícias. 

    Mais uma descoberta palentológica feita nos materiais guardados em Museus

    Fóssil com 200 milhões de anos
    Este dinossauro tinha dentes de vampiro mas comia plantas

    Modelo ao lado do crânio do dinossauro descoberto na África do Sul

    Mais pequeno do que um gato, tinha o corpo coberto de espinhos como os ouriços-cacheiros e a boca fazia lembrar a de um papagaio. Assim deveria ser o aspecto de um dinossauro cujos ossos foram descobertos na década de 1960 em Transkei, perto do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Só agora foi estudado e percebeu-se que tinha uns dentes caninos tão afiados como os de um vampiro. 

    Foi no meio das colecções de fósseis da Universidade de Harvard, que Paul Sereno, paleontólogo da Universidade de Chicago encontrou o estranho e, até agora, único exemplar desta espécie de dinossauro. Os seus ossos foram encontrados num pequeno bloco de arenito, rocha que resulta da compactação de pequenos grãos de areia.

    O Pegomastax africanus, como é o nome científico da espécie, faz parte da família dos heterodontossauros e viveu há cerca de 200 milhões de anos, quando o supercontinente da Pangeia começou a dividir-se. Acompanhando a separação dos continentes, estes pequenos dinossauros, bípedes e ágeis, espalharam-se pelo globo terrestre. Por isso, não é de estranhar que tenham sido encontrados exemplares de heterodontossauros em vários países, como a China, Argentina ou África do Sul.

    Paul Sereno é conhecido por já ter descoberto novas espécies de dinossauros em vários continentes. Neste caso, no meio de outros exemplares da colecção de fósseis de Harvard, os dentes do Pegomastax africanus chamaram-lhe à atenção por serem ainda mais invulgares que os dos outros heterodontossauros.

    O que é raro nestes dentes é serem grandes – têm 2,5 centímetros de comprimento –, o que tornava sofisticada a mandíbula deste dinossauro, tendo em conta a altura em que viveu. Os dinossauros apareceram há 220 milhões de anos, o que em termos geológicos é pouco tempo antes do Pegomastax africanus, e grande parte deles extinguiu-se há 65 milhões de anos. “Tais estruturas voltaram a surgir milhões de anos depois, nos mamíferos”, refere Paul Sereno, citado no site da revista National Geographic.

    Além do par de presas afiadas que lhe dá um ar de vampiro, que assustariam por certo qualquer um, escondia por detrás delas uma fiada de dentes. Alguns cientistas pensam que o Pegomastax africanus comia carne ou pelo menos insectos, mas Paul Sereno, tem outra opinião: os dentes de ar vampírico serviam para defesa própria ou para competir com outros dinossauros na época de acasalamento. Os outros dentes, ao deslizarem uns sobre os outros, funcionariam como lâminas para cortar plantas. “É muito raro que um herbívoro como o Pegomastax tenha grandes caninos afiados”, sublinha Paul Sereno.

    Publicado na revista ZooKeys, o estudo refere que, além da estranha dentição, o dinossauro tinha o corpo cheio de espinhos, tal como um outro heterodontossauro, o Tianyulong. Descoberto recentemente na China, este dinossauro chinês ainda tinha grande parte dos espinhos preservados. Como são parentes próximos, os cientistas concluíram que este devia ser também o aspecto do Pegomastax africanus.

    quinta-feira, outubro 11, 2012

    Renato Russo, vocalista dos Legião Urbana, morreu há 16 anos

    Renato Russo nome artístico de Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996) foi um cantor e compositor brasileiro, célebre por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana. Antes da fundação do grupo que o tornou conhecido mundialmente, Renato integrou o grupo musical Aborto Elétrico, do qual saiu devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos.
    Bissexual assumido, Renato morreu devido as complicações causadas pela SIDA em 11 de outubro de 1996, na época com 36 anos. Amigos do cantor afirmam que o mesmo contraiu a doença após se envolver com um jovem que conhecera em Nova Iorque, portador da doença, em 1989. Como integrante da Legião Urbana, Russo lançou oito álbuns de estúdio, cinco álbuns ao vivo, alguns lançados postumamente, e diversos singles, escritos em sua maioria pelo próprio. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude.

    A Cimeira de Reiquiavique acabou há 26 anos

     Höfði, sede do encontro

    A Cimeira de Reiquiavique (ou Conferência de Reykjavík) foi um encontro de trabalho entre o presidente norteamericano Ronald Reagan e o Secretário-Geral soviético Mikhail Gorbachev, realizado na famosa casa de Höfði, em Reykjavík, a capital da Islândia, em 11 e 12 de outubro de 1986. As negociações falharam no último minuto, mas o progresso alcançado até então, eventualmente, resultou no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário de 1987, entre os EUA e a União Soviética.
    As negociações falharam por causa da insistência de Gorbachev em incluir a Iniciativa Estratégica de Defesa (Strategic Defense Initiative, SDI) dos EUA em todo e qualquer acordo sobre a eliminação de mísseis nucleares de alcance intermediário da Europa, a redução das armas nucleares táticas da NATO e a redução das forças convencionais do Pacto de Varsóvia, e por causa da recusa de Reagan e da delegação estado-unidense em negociar sobre a pesquisa SDI. O encontro foi prolongado, embora sem haver acordo algum no final. No entanto, participantes e observadores referem-se ao encontro como um enorme avanço, que eventualmente facilitou o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, assinado em Washington em 8 de dezembro de 1987.

    O astrónomo Olbers nasceu há 254 anos

    Heinrich Wilhelm Matthäus Olbers (11 de outubro de 1758 - 2 de março de 1840) foi um astrónomo alemão.
    O asteroide 1002 Olbersia (descoberto em 15 de agosto de 1923 por V. Albitzkij) foi assim batizado em sua homenagem.
    O paradoxo de Olbers, descrito por ele em 1823 (e, em seguida, reformulado em 1826), afirma que a escuridão do céu noturno entra em conflito com a suposição de um universo estático eterno e infinito.

    Asteróides descobertos: 2
    2 Pallas 28 de março, 1802
    4 Vesta 29 de março, 1807