quinta-feira, março 20, 2025
Pocahontas morreu há 408 anos
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Fernando Martins
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quinta-feira, fevereiro 20, 2025
Paul Kane morreu há 154 anos...
Paul Kane, auto-retrato, circa 1845
Paul Kane (Mallow, Cork, 3 de setembro de 1810 - Toronto, 20 de fevereiro de 1871) foi um pintor irlando-canadiano, famoso por seus quadros que retratam a população das primeiras nações do Canadá Ocidental e de outros nativos americanos de Oregon Country.
Kane, artista autodidata, cresceu em Toronto (na altura conhecida como York) e treinou-se copiando os mestres europeus quando fez uma viagem de estudos pela Europa. Realizou duas viagens pelo noroeste selvagem canadiano em 1845 e de 1846 a 1848. Na sua primeira viagem de ida e volta de Toronto a Sault Ste. Marie, conseguiu o apoio da Companhia da Baía de Hudson para a segunda viagem, muito mais longa que a primeira, iniciando em Toronto, atravessando as Montanhas Rochosas até Fort Vancouver e Fort Victoria na Colúmbia Britânica, como os canadianos designavam Oregon Country.
Em ambas as viagens, Kane fez esboços, pintou os povos indígenas e documentou os seus modos de vida. Quando regressou a Toronto, produziu mais de uma centena de pinturas a óleo baseadas nos esboços. Os trabalhos de Kane, em especial os seus esboços, são ainda um recurso valioso para os etnólogos. As pinturas a óleo completadas no seu estúdio são consideradas uma parte do património cultural canadiano, embora, frequentemente ele as tenha embelezado consideravelmente, baseado na exatidão dos seus esboços, em favor de cenas mais dramáticas.
Assiniboine hunting buffalo, 1851–56
segunda-feira, fevereiro 17, 2025
Say Geronimo...!
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Pedro Luna
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O chefe Gerónimo morreu há 116 anos...
Geronimo! é uma exclamação ou grito de guerra ocasionalmente usada durante o salto por paraquedistas ou, mais geralmente, qualquer um que esteja para saltar de uma grande altitude, ou ainda como exclamação de alegria e satisfação. O grito foi originado nos Estados Unidos.
Origens
Há várias explicações diferentes das origens da exclamação no Fort Benning, Geórgia onde alguns dos primeiros saltos de paraquedas do Exército Americano ocorreram nos anos 40.
De acordo com o paraquedista Gerard Devlin, esta exclamação data de agosto de 1940 e é atribuída ao soldado Aubrey Eberhardt, membro do pelotão de testes de paraquedas no Fort Benning. O paraquedas tinha sido recentemente adotado pelas tropas e este pelotão foi o primeiro a testá-lo. Na véspera do primeiro salto, o pelotão decidiu acalmar os nervos passando o dia assistindo a filmes no Main Post Theatre e a noite em uma biergarten local. O filme que assistiram foi um western sobre o nativo americano e chefe tribal Geronimo. O título é incerto, mas foi provavelmente o filme de 1939 Geronimo com Andy Devine e a estrela de O Cavaleiro Solitário, Chief Thundercloud no papel título.
No caminho de volta aos barracões, os camaradas de Eberhardt o provocaram dizendo que ele ficaria tão assustado na hora do salto que não lembraria do próprio nome. Eberhardt rebateu: "Tudo bem, caramba! Eu vou dizer a vocês, palhaços, o que vou fazer! Para provar que não vou ficar com medo, quando eu pular vou gritar Geronimo bem alto quando sair por aquela porta amanhã!" Eberhardt manteve a sua promessa e o grito foi gradualmente adotado por outros membros de seu pelotão.
No seu livro, Beyond Band of Brothers: The War Memoirs of Major Richard Winters, Winters oferee uma explicação diferente: O 501º Regimento de Infantaria no Fort Benning iria fazer seu primeiro salto. Na época havia uma canção popular chamada 'Geronimo' que rapidamente se tornou a favorita entre as tropas. O comandante, no entanto, insistia que eles deveriam pular e gritar "Currahee", o nome de um monte no Camp Toccoa, o seu primeiro campo de treinamento. Os paraquedistas subiam e desciam constantemente o monte durante o treinamento. Este percurso era conhecido pelas tropas como "3 milhas acima, 3 milhas abaixo".
Existe ainda uma terceira explicação. O local conhecido como Medicine Bluffs, no Fort Sill, Oklahoma, onde Geronimo esteve como prisoneiro de guerra e seu túmulo está localizado, nos penhascos íngremes que passaram a ser conhecidos como Geronimo's Bluff. Muitas mentiras foram contadas sobre Geronimo enquanto estava no Fort Sill. Foi dito que certo dia Geronimo, com o exército atrás dele, fez um salto a cavalo por um penhasco quase vertical, uma proeza que o pelotão não poderia fazer. A lenda continua dizendo que no meio do salto para a liberdade ele deu o grito ensurdecedor “Geronimo-o-o!”
Resposta
Inicialmente, a hierarquia militar estava cautelosa relativamente ao grito, alegando que ele era falta de disciplina. Outros diziam que isto mostrava bravura e deveria ser encorajada. Eventualmente a última visão venceu e quando a infantaria de paraquedistas do Exército cresceu, o grito cresceu com ela. Em 1941, o primeiro regimento de paraquedista do Exército, o 501º Regimento de Infantaria de Paraquedista (PIR) (agora chamado 501º Regimento de Infantaria), incorporou o nome "Geronimo" na sua insígnia, com a permissão da verdadeira família de Geronimo. O grito também foi incorporado na canção Down From Heaven do Tenente Coronel Byron Paige.
A cobertura das façanhas dos paraquedistas durante a Guerra tinha feito o grito "Geronimo" conhecido ao público em geral e o seu uso espalhou-se para além das forças armadas e da força aérea.
quinta-feira, fevereiro 06, 2025
Porque hoje é dia de recordar uma alma boa e um príncipe da língua portuguesa...
(imagem daqui)
António Vieira
O céu estrela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e a gloria tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
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Pedro Luna
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O Padre António Vieira nasceu há 417 anos
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quinta-feira, janeiro 09, 2025
Rigoberta Menchú, Prémio Nobel da Paz de 92, faz hoje sessenta e seis anos
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Fernando Martins
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domingo, dezembro 29, 2024
O Massacre de Wounded Knee foi há 134 anos...
Vala comum para os Lacotas mortos no massacre, em 1891
O Massacre de Wounded Knee foi um massacre de nativos americanos ocorrido em 29 de dezembro de 1890, perto de Wounded Knee Creek (dacota: Čhaŋkpé Ópi Wakpála) na Reserva Indígena de Pine Ridge, pertencente ao povo dacota, no estado da Dakota do Sul, Estados Unidos.
Foi a última batalha das Guerras Indígenas. No dia anterior, um destacamento de 7º Regimento de Cavalaria dos Estados Unidos, comandado pelo Major Samuel M. Whitside, interceptou um grupo composto por índios Miniconjou e 38 Hunkpapa que eram liderados pelo chefe tribal Spotted Elk, perto de Porcupine Butte, e acompanhou-o por 8 quilómetros a oeste até Wounded Knee Creek, onde eles fizeram um acampamento. O restante do 7º Regimento de Cavalaria chegou, liderado por James W. Forsyth, e cercou o acampamento com o apoio de quatro canhões Hotchkiss.
Na manhã de 29 de dezembro, as tropas entraram no acampamento para desarmar os Lacotas. Uma das versões do ocorrido afirma que durante o processo de desarmamento dos Lacotas, um nativo chamado Black Coyote estava relutante em abrir mão dos seus rifles, alegando que ele tinha pago muito caro por essas armas. A disputa sobre a posse dos rifles de Black Coyote intensificou-se e um tiro foi disparado, o que resultou num tiroteio provocado pela 7ª Cavalaria de forma indiscriminada por todos os lados do local, matando homens, mulheres e crianças, bem como alguns dos seus próprios companheiros soldados. Os poucos guerreiros Lacota que ainda tinham armas começaram a atirar em resposta para os soldados que os atacavam, que rapidamente foram reprimidos pelas armas dos indígenas. Alguns Lacotas sobreviventes fugiram, mas cavaleiros dos Estados Unidos perseguiram e mataram muitos dos nativos que estavam desarmados.
No momento em que tudo acabou, pelo menos 150 homens, mulheres e crianças do povo Lacota tinham sido mortos e 51 feridos (4 homens, 47 mulheres e crianças, alguns dos quais morreram mais tarde); algumas estimativas colocam o número de mortos em 300. Vinte e cinco soldados também morreram e 39 ficaram feridos (seis dos feridos morreram mais tarde). Acredita-se que muitos foram vítimas de fogo amigo, já que o tiroteio ocorreu numa estreita faixa e em condições caóticas. Pelo menos vinte dos soldados foram agraciados com uma Medalha de Honra. O local do massacre foi designado como um Marco Histórico Nacional.
domingo, dezembro 15, 2024
Touro Sentado foi assassinado há 134 anos...
Touro Sentado (em dacota: Tatanka Iyotake; na ortografia padrão do dacota: Tȟatȟáŋka Íyotake; em inglês: Sitting Bull; também conhecido como Slon-he ou Slow, "Devagar"; Grand River, Dakota, meados de 1831 – Grand River, South Dakota, 15 de dezembro de 1890) foi um chefe indígena da tribo dos sioux hunkpapa. Viveu entre os anos de 1831 e 1890.
Touro Sentado chegou a ser famoso por conduzir três mil e quinhentos índios sioux e cheyenne contra o Sétimo Regimento de Cavalaria Americana, que estava sob as ordens do general Custer, na batalha de Little Bighorn em 25 de junho de 1876, na qual o exército federal foi derrotado.
Perseguido pelo exército dos Estados Unidos, Touro Sentado levou os seus homens até ao Canadá, onde permaneceram até 1881. Neste ano regressou com a sua tribo aos Estados Unidos para que a sua gente se entregasse e acabasse assim a guerra. Touro Sentado não conseguiu uma porção de terras canadianas, porque a Rainha Vitória o considerava um selvagem dos Estados Unidos.
Nos anos seguintes Touro Sentado fez parte do show de Buffalo Bill.
Touro Sentado teria se sentido atraído pela Dança dos Fantasmas, grupo religioso fundado pelo suposto messias Wovoca. Segundo o profeta, que se dizia o próprio Cristo, a dança faria com que no próximo ano a terra engolisse os homens brancos das terras dos índios. O governo dos Estados Unidos viu nestas danças uma ameaça e enviou uma polícia índia para prender o chefe. Touro Sentado e o seu filho morreram baleados na luta que se seguiu à tentativa de prisão.
Em sioux, Tatanka Iyotake significa «Búfalo Macho Sentado». O nome de Touro Sentado chegou ao português através da tradução do inglês, Sitting Bull, posto que bull, além de significar touro, utiliza-se para denominar os machos de animais similares aos bois, como os búfalos e bisontes.
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quinta-feira, dezembro 05, 2024
A Funai, Fundação Nacional do Índio, foi fundada no Brasil há 57 anos
quarta-feira, outubro 30, 2024
Claude Lévi-Strauss morreu há quinze anos...
As suas ideias são muito diferentes do pensamento da época em que viveu, rompem com a ideia de que índios são somente índios, pois não concordava com a divisão em civilizados e selvagens ou a divisão em superiores e inferiores, além de possuir uma visão ambientalista radical. Embora as obras de Lévi-Strauss em certo ponto descrevam os índios do cerrado brasileiro de forma "eurocêntrica" ou "colonialista", e por mais que suas teorias sejam muitas vezes interpretadas sob a ótica do pensamento marxista pós-Guerra Fria do século XXI, ideias assim só apareceram a partir do final da década de 60 com o surgimento da contracultura marxista e ambientalista radical.
Professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de Antropologia Social de 1959 a 1982. Foi também membro da Academia Francesa - o primeiro a atingir os cem anos de idade.
Desde os seus primeiros trabalhos sobre os índios do Brasil Central, que estudou em campo, no período de 1935 a 1939, e a publicação de sua tese As estruturas elementares do parentesco, em 1949, publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente.
Dedicou uma tetralogia, as Mitológicas, ao estudo dos mitos, mas publicou também obras que escapam do enquadramento estrito dos estudos académicos - dentre as quais o famoso Tristes Trópicos, publicado em 1955, que o tornou conhecido e apreciado por um vasto círculo de leitores.
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segunda-feira, setembro 23, 2024
O chefe Dan George morreu há quarenta e três anos...
quinta-feira, setembro 05, 2024
O chefe Cavalo Louco foi assassinado há 147 anos...
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quinta-feira, julho 18, 2024
Poema para recordar um grande Homem...
António Vieira
O céu estrela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e a gloria tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
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O Padre António Vieira morreu há 327 anos...
António Vieira
Filho peninsular e tropical
De Inácio de Loyola,
Aluno de Bandarra
E mestre
De Fernando Pessoa,
No Quinto Império que sonhou, sonhava
O homem lusitano
À medida do mundo.
E foi ele o primeiro.
Original
No ser universal…
Misto de génio, mago e aventureiro.
Miguel Torga
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domingo, junho 16, 2024
Say Geronimo!
Geronimo - Sheppard
Can you feel it?
Now it's coming back we can steal it
If we bridge this gap,
I can see you
Through the curtains of the waterfall
When I lost it,
Yeah you held my hand,
But I tossed it,
Didn't understand,
You were waiting,
As I dove into the waterfall
So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Can you feel my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away
Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away,
Say Geronimo!
Well we rushed it,
Moving away too fast
That we crushed it,
But it's in the past
We can make this leap,
Through the curtains of the waterfall
So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away,
Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away
Well I'm just a boy,
With a broken toy,
All lost and coy,
(At the curtains of the waterfall)
So it's here I stand,
As a broken man,
But I've found my friend,
At the curtains of the waterfall
Now I'm falling down,
Through the crashing sound
And you've come around,
At the curtains of the waterfall
And you rushed to me,
And it sets us free
So I fall to my knees,
(At the curtains of the waterfall)
So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away (Say Geronimo!)
Say Geronimo!
Make this leap
Make this leap
Make this leap
Make this leap
Can you feel my love?
O chefe Gerónimo nasceu há 195 anos...
quarta-feira, maio 08, 2024
Nova teoria sobre a primeira migração de humanos para a América
Os primeiros humanos podem ter chegado à América numa “auto-estrada” de gelo
“Ponte de gelo” no que é hoje o estreito de Bering
A pesquisa sugere que os primeiros habitantes das Américas terão chegado ao continente no gelo, por onde terão caminhado e usado trenós para se deslocarem.
Um novo estudo publicado na revista PNAS sugere que, durante a última era glacial, o gelo marinho pode ter fornecido uma “auto-estrada” para os primeiros humanos alcançarem as Américas.
A pesquisa, apresentada em dezembro de 2023 na reunião anual da União Geofísica Americana, em São Francisco, destaca a importância do gelo marinho, além da hipótese anterior de que os migrantes viajaram de barco ao longo das costas do Pacífico.
Existem duas principais teorias sobre como as pessoas migraram para as Américas. A mais antiga sugere que a jornada ocorreu quando Beringia, a massa de terra que ligava a Ásia à América do Norte, estava relativamente livre de gelo.
No entanto, evidências crescentes sugerem que os viajantes navegaram ao longo das costas do Pacífico há mais de 15.000 anos, quando enormes camadas de gelo dificultavam a viagem por terra. Esta “auto-estrada de algas” poderia ter fornecido recursos abundantes em águas costeiras.
Determinar qual desses cenários é correto tem sido desafiador, especialmente porque muitos locais prováveis de ocupação humana durante a migração estão agora submersos no Mar de Bering.
A equipa de pesquisa, liderada por Summer Praetorius, paleoceanógrafa do U.S. Geological Survey, investigou sedimentos oceânicos ao longo da costa do Pacífico norte-americano. Os dados, em grande parte provenientes de fósseis microscópicos de plâncton, ajudaram a deduzir temperaturas oceânicas antigas, salinidade e cobertura de gelo marinho.
Os modelos climáticos da equipa revelaram que, há 20.000 anos, as correntes oceânicas tinham mais do dobro da força que têm hoje devido a ventos glaciais e níveis mais baixos do mar. Essas condições poderiam ter tornado a viagem para o sul por barco muito difícil e podem ter durado de 1.000 a 2.000 anos.
A equipa também descobriu que grande parte da região tinha gelo marinho durante o inverno até há cerca de 15.000 anos. Isto sugere que, em vez de remar contra estas correntes poderosas, os antigos migrantes para as Américas podem ter usado o gelo marinho como uma plataforma para caminhar.
Povos do Ártico modernos viajam ao longo do gelo marinho em trenós puxados por cães e motos de neve. Os primeiros migrantes para as Américas também podem ter usado uma “auto-estrada de gelo marinho” para se deslocar e caçar, chegando lentamente à América do Norte, escreve o Live Science.
Além disso, os dados climáticos sugeriram que as condições ao longo da rota costeira podem ter apoiado a migração entre há 24.500 e 22.000 anos, bem como há entre 16.400 e 14.800 anos, possivelmente com a ajuda do gelo marinho de inverno.
“Esta é uma combinação muito inteligente de dados ambientais passados e modelagem oceânica de ponta”, disse Jesse Farmer, paleoceanógrafo da Universidade de Massachusetts Boston.
No entanto, “a pergunta de um milhão de dólares ainda permanece: quando, como e por que os humanos se mudaram da Ásia para a América do Norte?” disse Farmer. “Precisamos de compilar abordagens de pesquisa e formas de saber. O estudo de Praetorius e outros é um excelente passo nessa direção.”
in ZAP
domingo, abril 21, 2024
A nossa fascinação pelos dinossáurios é mesmo muito antiga...
Povo desconhecido gravou símbolos misteriosos ao lado de pegadas de dinossauro no Brasil
Um local único no Brasil apresenta gravuras rupestres associadas a pegadas de dinossauro - que o povo pré-histórico que as esculpiu considerava aparentemente significativas.
Gravuras rupestres misteriosas cuidadosamente esculpidas junto a pegadas de dinossauro no Brasil sugerem que os povos ancestrais que as descobriram há milhares de anos as consideravam importantes, e lhes terão eventualmente dado algum tipo de significado ritual.
Encontradas no sítio de Serrote do Letreiro, no estado da Paraíba, as pegadas foram deixadas por dinossauros terópodes, saurópodes e ornitópodes do início do Cretácico, período geológico entre 145 milhões e 100 milhões de anos atrás.
Ao lado destas pegadas encontram-se gravadas mais de 30 gravuras rupestres, sem se sobreporem às pegadas de dinossauro. Estes petroglifos, com motivos abstratos, são predominantemente circulares com linhas radiais.
As gravuras foram encontradas por uma equipa liderada pelo arqueólogo brasileiro Leonardo Troiano, investigador do Instituto Nacional do Património Histórico e Artístico do Brasil, que nas suas visitas ao sítio arqueológico usou pela primeira vez drones para fazer um levantamento aéreo do local.
A descoberta destas gravuras foi apresentada num artigo publicado a semana passada na revista Scientific Reports.
Pouco se sabe sobre os criadores destes petroglifos. “Eram grupos nómadas ou povos semi-sedentários que viviam no nordeste do Brasil”, explica Troiano, citado pela New Scientist.
Os misteriosos artistas “usavam ferramentas de pedra, viviam da caça e recolhiam os recursos naturais disponíveis na região”, acrescenta o investigador. “Considerando os dados obtidos nos poucos sítios datados nesta região, especulamos que os petroglifos foram feitos entre 3.000 e 9.000 anos atrás“.
Segundo Troiano, há uma relação especial entre os petroglifos e as pegadas, mas é impossível perceber qual o seu significado. “Fomos os primeiros a dar atenção à relação íntima entre os petróglifos e as pegadas”, explica o investigador em entrevista à Newsweek.
“Determinar os motivos por trás destas representações é um desafio verdadeiramente complexo”, diz o investigador. “Os artistas pré-históricos podem ter pensado que eram pegadas de aves gigantes“.
Alguns paleontólogos consideram que as aves gigantes das narrativas tradicionais representadas em imagens rupestres por toda a América do Norte podem ser representações de Teratornis, um género de aves de rapina massivas que se extinguiram no final do Pleistoceno.
Embora não representem animais reais, a semelhança destas gravuras com outros petróglifos encontrados na região sugere haver uma ligação cultural entre diferentes sítios arqueológicos do nordeste brasileiro.
Segundo Leonardo Troiano, os petróglifos esculpidos por estes povos ancestrais poderão ter sido criados num contexto ritualístico, e o local terá sido escolhido para as cerimónias rituais precisamente devido à presença destas pegadas.
“Tradicionalmente, a ciência ignorou e menosprezou a história dos Nativos Americanos, e rejeitou sempre a ideia de que os povos indígenas, ‘devido às suas ideias simples ou primitivas’, pudessem ser capazes de admirar ou ter curiosidade científica sobre fósseis”, explica o investigador.
O seu estudo parece contradizer definitivamente tal ideia.
in ZAP
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Fernando Martins
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quarta-feira, março 20, 2024
A verdadeira Pocahontas morreu há 407 anos
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Fernando Martins
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Marcadores: índios, Pocahontas