Rommel ficou mundialmente famoso por sua intervenção na
África do Norte entre
1941 e
1943, no comando do
Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças
italianas que então batiam em retirada frente ao
exército britânico. Por sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, granjeou o apelido de
A Raposa do Deserto e entre os árabes como
O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.
(...)
Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais conspiradores membros da
resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em
14 de outubro de
1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do
Führer a Rommel: ir a
Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também sua família a ser confinada em um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez, jamais se venha a saber o que exatamente se passou no caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da chacelaria do Reich. Maisel que ao final da guerra foi condenado juntamente como motorista da SS, afirmam terem recebido ordens de abandonar o carro por alguns momentos, quando retornaram encontraram Rommel agonizando.
Claus Philipp Schenk Graf von Stauffenberg (
Jettingen-Scheppach,
15 de novembro de
1907 -
Berlim,
21 de julho de
1944) foi um
coronel alemão da
II Guerra Mundial, autor de um dos atentados da
resistência alemã contra
Adolf Hitler em
1944, ato conhecido como
Atentado de 20 de julho.
Pertencia a uma família
nobre da
Baviera, detentores do
título nobiliárquico de
graf, que na
nobreza latina equivale-se ao
conde.
Stauffenberg junto com outros militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler e organizaram um atentado a bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com
explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um
telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste malsucedido atentado que tentou remover o líder
nazista do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "
Toca do Lobo" (em
alemão, "
Wolfsschanze") situado nas proximidades de
Rastenburg (atualmente
Kętrzyn, junto à
aldeia à época chamada
Görlitz hoje
Gierłoż na
Prússia Oriental, atual território da
Polónia).
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar a sala de reunião onde ocorreu o atentado, apenas uma das bombas. Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba
britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada
mesa de
madeira protegeu o
Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "
eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu
Benito Mussolini no local. O
duce fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom
presságio no fato de Hitler ter sobrevivido.
Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em
Berlim. Foram traídos por um cúmplice o
general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais
Friedrich Olbricht, Hoepner,
Erwin von Witzleben (posteriormente
enforcado), o Coronel
Mertz e o
Tenente Werner von Haeften, os quais foram
fuzilados naquele mesmo dia, após
julgamento sumário.
No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da
Alemanha pós-Hitler foi encontrada no
cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de
golpe de estado. O
ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e executado na
forca em
12 de Março de
1945.
Conforme apresentado no
filme The Desert Fox: The Story of Rommel, o outro suspeito de participar da conspiração, o
Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a "
Raposa do Deserto", foi concedida a opção de
suicidar-se, de que ele fez uso.
Claus von Stauffenberg disse à sua família:
"
se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência".
Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de
soldado alemão pelo
Bundeswehr: "
um cidadão fardado".
Foi
fuzilado nas primeiras horas do dia
21 de Julho de
1944 no
Bendlerblock de
Berlim. Diante do
pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:
– "Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada Alemanha!)"